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Cálculo de várias

variáveis
Equações diferenciais de 2ª
ordem

Prof. Ms. Kelly Betereli


kelly.betereli@usf.edu.br
Introdução às Equações Diferenciais
• Muitos problemas importantes da Engenharia, da
Física, da Química, da Biologia e de outras áreas
são modelados por equações diferenciais, que
são equações que envolvem derivadas de uma ou
mais funções desconhecidas.
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS E PARCIAIS
 Se as funções desconhecidas na equação dependem de uma única
variável, temos uma equações diferencial ordinária (EDO)

 Uma equação diferencial parcial (EDP) envolve derivadas parciais


de uma ou mais funções que dependem de duas ou mais variáveis
Equação linear
Forma geral de uma equação linear

Qualquer equação de segunda ordem que não possa


ser escrita assim é dita não linear
Equação homogênea
•Neste
  caso r(x) = 0

Teorema:
 Se é uma solução, então também é uma solução.
 Se e são soluções então também é solução
O teorema é conhecido como principio de
superposição ou linearidade.
Só é valido para equações lineares-homogêneas
Equações lineares de 2º ordem homogêneas com
coeficientes constantes

•  

Vamos supor a e b reais


Lembrando que para a solução é:

Nesse caso temos que :


Equações lineares de 2º ordem
• Estamos
  procurando uma função tal que uma constante
vezes sua segunda derivada mais outra constante vezes
mais uma terceira constante vezes é igual a 0. Sabemos
que a função exponencial (onde r é uma constante) tem
a propriedade de que sua derivada é um múltiplo por
constante dela mesma: . Além disso, . Se substituirmos
essas expressões na equação , veremos que é uma
solução se

Ou
(
Equações lineares de 2º ordem
•Mas
  nunca é 0. Assim, é uma solução da equação,
se r for uma raiz da equação.

A equação abaixo é denominada equação auxiliar


ou equação característica) da equação diferencial .
Observe que ela é uma equação algébrica que pode
ser obtida da equação diferencial substituindo-se
por r², y’ por r e y por 1
Equações lineares de 2ª ordem
•Algumas
  vezes as raízes e da equação auxiliar
podem ser determinadas por fatoração. Em outros
casos, elas são encontradas usando-se a fórmula
quadrática de Bháskara.

Separamos em três casos, de acordo com o sinal do


discriminante b² – 4ac.
Caso I -> b² – 4ac
•Nesse
  caso as raízes e da equação auxiliar são
reais e distintas, logo = e = são duas soluções
linearmente independentes da Equação. (Observe
que não é múltipla por constante de .) Portanto,
pelo Teorema, temos o seguinte fato:
Exemplo
•Resolva
  a equação y’’ + y’ – 6y = 0
SOLUÇÃO: A equação auxiliar é:

cujas raízes são r = 2, –3. Portanto, a solução geral


da equação diferencial dada é

Poderíamos verificar que isso é de fato uma solução


derivando e substituindo na equação diferencial.
CASO II -> b² – 4ac = 0
•Neste
  caso ; isto é, as raízes da equação auxiliar
são reais e iguais. Vamos denotar por r o valor
comum de . Então, temos:

Sabemos que = é uma solução da equação. Agora


verifiquemos que = também é uma solução:
CASO II -> b² – 4ac = 0
•O  primeiro termo é 0, o segundo termo é 0, pois r é
uma raiz da equação auxiliar. Uma vez que = e =
são soluções linearmente independentes, o
Teorema nos fornece a solução geral.
EXEMPLO
•Resolva
  a equação 4y’’ + 12y’ + 9y = 0.
SOLUÇÃO: A equação auxiliar é 4r² + 12r + 9 = 0
pode ser fatorada como
(2r + 3)² = 0
de modo que a única raiz é . Logo a solução geral é:
CASO III -> b² – 4ac < 0
•Nesse
  caso, as raízes e da equação auxiliar são
números complexos. Podemos escrever

onde são números reais. Na verdade, . Então,


usando a equação de Euler
CASO III -> b² – 4ac < 0
Escrevemos a solução da equação diferencial como
CASO III -> b² – 4ac < 0
•Isso
  nos dá todas as soluções (reais ou complexas)
da equação diferencial. As soluções serão reais
quando as constantes e forem reais. Resumiremos
a discussão da seguinte forma:
Exemplo
Resolva a equação y’’ – 6y’ + 13y = 0

SOLUÇÃO: A equação auxiliar é r² – 6r + 13 = 0. Pela


fórmula quadrática, as raízes são

Assim, a solução geral da equação diferencial é


Problemas de Valores Iniciais
•Um  problema de valor inicial para a Equação 1 ou 2
de segunda ordem consiste em determinar uma
solução y da equação diferencial que satisfaça às
condições iniciais da forma

onde e são constantes. Se P, Q, R e G forem


contínuas em um intervalo onde P(x) ≠ 0, então um
teorema encontrado em livros mais avançados
garante a existência e a unicidade de uma solução
para esse problema de valor inicial.
Exemplo
Resolva o problema de valor inicial
y’’ + y’ – 6y = 0 para y(0) = 1 y’(0) = 0

SOLUÇÃO: Do Exemplo 1, sabemos que a solução


geral da equação diferencial é

Derivando essa solução, obtemos


Exemplo
•   satisfazer às condições iniciais exigimos que
Para

Assim:

= 1 => = =
Assim, a solução pedida do problema de valor inicial é
Exercício para fazermos juntos
Escreva a solução do problema de valor inicial
4y’’ – 8y’ + 3y = 0 para y(0) = 2 y’(0) = 1/2
Exercício de pós aula
•Escreva
  a solução dos problemas de valor inicial
1) +3y(t) = 0
para y(0) = 2 y’(0) = ½

2) y’’+8y’-9 = 0 para y(1) = 1 e y’(3) = 0

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