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Equação Diferencial Ordinária

Uma equação diferencial que abrange somente derivadas ordinárias de uma ou mais
variáveis dependentes em relação à somente uma variável independente é chamada
equação diferencial ordinária. Uma equação diferencial ordinária de ordem n é escrita na

forma
onde (φ) é uma função de (ρ). A equação acima retrata a relação entre a variável
autônoma (ρ) e os valores da função (φ) e suas (n) primeiras derivadas φ`,φ``,.....,φn.
É vantajoso estarmos de acordo com a notação formal das equações diferenciais, redigir
redigir (ψ) em vez de φ(ρ), com ao
invés de
Assim a equação (1.1) pode ser redigida na forma

As equações:

Problemas de valor inicial


Neste capítulo, vamos estudar metodologias numéricas para aproximar a solução de
problema de valor inicial para equações diferenciais ordinárias.
Primeiramente, daremos atenção aos problemas de primeira ordem e, depois, mostraremos
que estas técnicas podem ser estendidas para problemas e sistemas de ordem superior.
Considere um problema de valor inicial de primeira ordem dado por:
A incógnita de um problema de valor inicial é uma função que satisfaz a equação
diferencial e a condição inicial
Considere os próximos três exemplos:
Exemplo 1: O seguinte problema é linear não homogêneo:

Exemplo 2: O seguinte problema é linear homogêneo:

Exemplo 3: O seguinte problema é não linear e não homogêneo:

A solução do primeiro exemplo é pois satisfaz a equação diferencial e


a condição inicial. A solução do segundo também é facilmente obtida:. Porém
como podemos resolver o terceiro problema?
Para muitos problemas de valor inicial da forma, não é possível encontrar uma expressão
analítica fechada, ou seja, sabe-se que a solução existe e é única, porém não podemos
expressá-la em termos de funções elementares. Por isso é necessário calcular aproximações
numéricas para a solução.
Existem uma enorme família de metodologias
para construir soluções numéricas para problemas de valor inicial.
Aqui, vamos nos limitar a estudar métodos que aproximam em um conjunto finito de
valores de t. Este conjunto de valores será chamado de malha e será denotado por Desta
forma, aproximamos a solução por em cada ponto da malha usando diferentes esquemas
numéricos.
Rudimentos da teoria de problemas de valor inicial
Uma questão fundamental no estudo dos problemas de valor iniciais consiste em analisar
se um dado problema é um problema bem posto.

Ou seja,
• Existe uma solução para o problema de valor inicial?
• A solução é única?
• A solução do problema de valor inicial é pouco sensível a pequenas perturbações
nas condições iniciais?
A fim de responder tais questões, precisamos definir o conceito de função Lipschitz
contínua, ou simplesmente, função Lipschitz
Uma função é Lipschitz contínua em um intervalo I em u se existe uma
constante L, tal que

O seguinte resultado estabelece a existência e unicidade de solução para determinada


classe de problemas de valor inicial:
Teorema 1. (Teorema de Picard-Lindelõf).
Seja f (t, u) contínua em t e Lipschitz em u. Então o seguinte problema de valor inicial

Admite uma única solução em um intervalo com


Teorema 2. (Dependência contínua na condição inicial).
Se u (t) e v(t) são soluções do problema de valor isto é, com f (t, u) contínua em t e
Lipschitz em u Lipschitz com u(a) = u(l) , v(a) = v(1)
então

Forma Padrão e Forma Diferencial


A forma padrão de uma equação diferencial de primeira ordem na função incógnita y(x) é

dx
Sendo que a derivada se apresenta somente no membro esquerdo.
dy
Várias equações diferenciais de primeira ordem podem ser expressas em forma padrão
dx
resolvendo-se algebricamente com relação a e igualando g(x,y) ao membro direito de
dy
equação. O membro direito da equação resultante pode sempre se representar como o
quociente de duas outras funções A(x,y) e –B(x,y). converte-se então
em
que equivale a forma diferencial A(x, y)dx + B(x, y)dy = 0 .
Equações Diferenciais de Primeira Ordem Separáveis
Considere uma equação diferencial na forma A(x, y)dx + B(x, y)dy = 0. Caso
A(x, y) =ψ (x) (função apenas de x) e B(x, y) =φ (y) (função apenas de y), a equação
diferencial é separável ou de variáveis separáveis.
Uma equação diferencial de primeira ordem pode ser resolvida por integração, quando for
possível agrupar todos os termos em (x) com (dx) e todos os termos em (y) com (dy). Ou
seja, se for possível representar a equação sob a forma ψ (x)dx +φ (y)dy = 0 pois então a
solução geral será dada por ∫ψ (x)dx + ∫φ (y)dy = c, onde (c) é uma constante arbitrária.
Algumas vezes não é possível calcular as integrais obtidas na Equação ∫ψ (x)dx + ∫φ (y)dy
= c.
Em tais situações, empregam-se técnicas numéricas para conseguir soluções aproximadas.
E mesmo que seja possível realizar as integrações indicadas em ∫ψ (x)dx + ∫φ (y)dy = c.
, ás vezes não é possível resolver algebricamente em relação a (y) em termos de (x).
Nestes casos, deixa-se a solução na forma implícita.
Exemplo. Resolvendo a equação

Reescrevamos a equação na sua forma diferencial, desunindo as variáveis e então


integrando:
Soluções do Problema de Condição Inicial
Para determinar a solução satisfazendo a condição inicial ψ (x)dx +φ (y)dy = 0, sendo ( ) 0
0 y x = y.
primeiramente resolvemos a integral da equação diferencial e aplicamos em seguida a
condição inicial directamente para calcular (c). Opcionalmente, a solução da
Equação ψ (x)dx +φ (y)dy = 0 pode ser conseguida de
Todavia, a Equação pode não decidir de modo único a solução ou seja, pode dispor de
muitas soluções, das quais somente uma satisfaz o problema de valor inicial.

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