Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
tem solução uma série de potências em torno de um ponto x0 , tal ponto é classificado
como ponto ordinário (não-singular). Mas se isso não ocorre, dizemos que x0 é ponto
singular para (1).
Exemplo 1 Note que x0 = 0 é ponto ordinário da equação:
y 00 + ex y 0 + sin xy = 0
pois tanto p(x) = ex , como q(x) = sin x podem ser escritas como séries de potências para
todo x.
sin x
xy 00 + sin xy = 0 =⇒ y 00 + y=0
x
x2 x4 x6
pois q(x) = 1 −+ + + . . ., está definida para todo x.
3! 5! 7!
Exemplo 3 Note que x0 = 0 é ponto singular da equação:
y 00 + ln xy = 0.
pois q(x) = ln x não pode ser desenvolvida em séries de potencias em torno do zero.
2x 6
(x2 − 1)y 00 + 2xy 0 + 6y = 0 =⇒ y 00 + y 0
+ y = 0.
(x2 − 1) (x2 − 1)
1
Exemplo 5 Note todos os pontos reais são pontos ordinários:
x 1
(x2 + 1)y 00 + xy 0 − y = 0 =⇒ y 00 + y0 − 2 y = 0.
(x2 + 1) (x + 1)
com A, B e C polinômios sem fator comum, temos que a Edo tem em x = x0 (real ou
imaginário)
Definição 1 Dizemos que x0 é ponto singular regular (ou uma singularidade regular) para
a EDO (1) quando constatamos que:
O ponto singular que não é regular chama-se ponto singular irregular(ou uma singularidade
irregular).
1. Regular- se mp ≤ 1 e nq ≤ 2;
2
que é equivalente a
1 1
y 00 + 2
y0 + y=0
(x + 2) (x − 2) (x − 1)(x + 2)2 (x − 2)2
que é equivalente a
1 1−x
y 00 + y0 + y=0
(x − 3i)(x + 3i) (x − 3i)(x + 3i)
Nesse caso temos dois pontos singulares ±3i. Para sabermos se são regulares ou
não, observamos que x = −3i e x = 3i tem mp = 1 e mq = 1 portanto ambos os pontos
são regulares.
x2 y 00 + B(x)xy 0 + C(x)y = 0
B(x) 0 C(x)
y 00 + y + 2 y=0
x x
Desde que p(x) = B(x)x
e q(x) = C(x)
x2
não são analı́ticas em x = 0 não podemos
resolver essa equação usando série de potências.
Mas, através do método de Frobenius pode-se criar uma solução em série de
potências para tal equação diferencial, contanto que B(x) e C(x) sejam analı́ticas em 0
ou, sendo analı́ticas em outro intervalo, onde os limites de p e q existam em x0 = 0 (e
sejam finitos.)
3
Exemplo 8 Considere o problema
x2 y 00 − 3xy 0 + 4y = 0.
Observe que y1 (x) = x2 e y2 (x) = x2 ln x são soluções para a EDO em (0, ∞). Essa EDO
tem um ponto singular regular em x = 0. Caso fizessemos o processo usando a série de
potencias, so iriamos encontrar a 1◦ solução, visto que ln x não tem expansão em série
de potências na origem.
tem x0 = 0 como ponto singular regular e não tem solução em série em torno desse ponto.
Porém o método de Frobenius nos permitirá encontrar duas soluções em séries.
onde r é uma constante a ser determinada e a série convergirá pelo menos em algum
ponto do intervalo 0 < x − x0 < R.
Por simplicidade podemos fazer x0 = 0, daı́ teremos
∞
X
y(x) = cn xn+r
n=0
Observação 3 Não é permitido que a0 se anule, logo impomos que seja o primeiro termo
da série. Assim, vamos determinar:
1. Os valores de r para os quais a EDO tem solução. Esses valores surgem de uma
equação algébrica de (2◦ ) grau, denominada Equação Indicial cujas soluções r1 e
r2 são chamadas Raı́zes indiciais.
4
Vamos analisar as raı́zes indiciais:
• 1◦ caso: As raı́zes indiciais não diferem por um inteiro, isto é, r1 − r2 ∈
/ Z. Nesse
caso, temos duas soluções linearmente independentes.
.
Exemplo 10 Considere a equação diferencial
3xy 00 + y 0 − y = 0.
Então temos:
∞
X ∞
X
n+r−1
0
1. y (x) = f (x) = 0
(n + r)cn x = (n + r)cn xn+r−1 ;
n=1 n=0
∞
X ∞
X
n+r−2
00
2. y (x) = f (x) = 00
(n + r)(n + r − 1)cn x = (n + r)(n + r − 1)cn xn+r−2 .
n=2 n=0
Observação 4
Assim
∞
X ∞
X ∞
X
00 0 n+r−1 n+r−1
3xy + y − y = 3(n + r)(n + r − 1)cn x + (n + r)cn x + cn−1 xn+r−1 .
n=0 n=0 n=1
5
Solução: Desde que:
∞
X
r−1 r−1
(∗) = 3r(r−1)c0 x +rc0 x + [(3(n+r)(n+r−1)+(n+r)cn xn+r−1 +cn−1 ]xn+r−1 = 0
n=1
Segue que
∞
X
(∗) = c0 xr−1 r[3(r − 1) + 1] + [(n + r)cn [3(n + r − 1) + 1]xn+r−1 + cn−1 xn+r−1 = 0
n=1
∞
X
r−1
= c0 x r[3r − 2] + [(n + r)cn [3n + 3r − 2]xn+r−1 + cn−1 xn+r−1 = 0
n=1
Casos:
cn−1
1. Se r = 0, então temos cn =
n(3n − 2)
y1 (x) = x0 (c0 + c1 x + c2 x2 + c3 x3 + c4 x4 + . . .)
Fazendo c0 = 1 temos:
x2 x3 x4 x5
y1 (x) = x0 (1 + x + + + + . . .)
8 3.7.8 3.4.7.8.10 3.4.7.8.10.2
6
cn−1
2. Se r = 2/3, então temos cn =
n(3n + 2)
Fazendo c0 = 1 temos:
x x2 x3 x4
y2 (x) = x2/3 (1 + + + + + . . .)
5 2.5.8 2.3.5..118 2.3.4.5.8.11.14
E a solução geral é dada por
xy 00 + y 0 − 4y = 0.
Então temos:
∞
X ∞
X
1. y 0 (x) = f 0 (x) = (n + r)cn xn+r−1 = (n + r)cn xn+r−1 ;
n=1 n=0
∞
X ∞
X
n+r−2
00 00
2. y (x) = f (x) = (n + r)(n + r − 1)cn x = (n + r)(n + r − 1)cn xn+r−2 .
n=2 n=0
∞
X ∞
X
n+r−1
Observação 5 Como xy = 00
cn (n + r)(n + r − 1)x e 4y = 4cn−1 xn+r−1
n=0 n=1
7
Assim
∞
X ∞
X ∞
X
00 0 n+r−1 n+r−1
xy + y − 4y = cn (n + r)(n + r − 1)x + (n + r)cn x − 4cn−1 xn+r−1 .
n=0 n=0 n=1
Segue que
∞
X
2 r−1
= r c0 x + [(n + r)cn [(n + r − 1 + 1]xn+r−1 − 4cn−1 xn+r−1 = 0
n=1
1. c0 r2 = 0- Equação indicial;
4cn−1
cn =
(n + r)2
Assim temos
y1 (x) = x0 (c0 + c1 x + c2 x2 + c3 x3 + c4 x4 + . . .)
Fazendo c0 = 1 temos:
42 x2 43 x3 44 x4
y1 (x) = 1 + 4x + + + + ...
22 1.22 32 (1.2.3.4)2
8
Referências Bibliográficas
1 Ávila, Geraldo., Introdução á Analise Matemática, 2a edição. Sao Paulo: Edgard
Blucher, 1999.;
2 Thomas, George B., Cálculo, Volume 2. São Paulo: Pearson Addissison Wesley,
200);
4 Guidorizzi, Hamilton Luiz. Um curso de cálculo, vol 4. 5aedição. São Paulo: LTC
- Livros Técnicos e Cientı́ficos Editora S.A., 2002.