Você está na página 1de 38

Revisão

No curso de Cálculo II, vimos séries da forma



X
an (x − xo )n ,
n=0

as quais são chamadas de séries de potências. O seu raio de


convergência, r ≥ 0, pode ser obtido a partir dos Testes da Raiz ou
Teste da Razão. Quando r > 0, ela converge para uma função f (x )
para todo x ∈ (xo − r , xo + r ), ou seja, neste intervalo temos

X
f (x ) = an (x − xo )n , (1)
n=0

a qual é infinitamente derivável. Além disso, as derivadas de f (x )


podem ser obtidas derivando termo a termo a série acima. Ou seja,
∞ ∞
f 0 (x ) =
X X
nan (x − xo )n−1 = nan (x − xo )n−1 . (2)
n=0 n=1

∞ ∞
f 00 (x ) =
X X
n(n − 1)an (x − xo )n−2 = n(n − 1)an (x − xo )n−2 . (3)
n=1 n=2

Em geral,

X
f (k) (x ) = n(n − 1) . . . (n − k + 1)an (x − xo )n−k .
n=k

Em particular,

f (k) (xo ) = k(k − 1) . . . 2.1ak = k!ak .

Ou seja,
f (k) (xo )
ak = .
k!
Ou seja,
f (k) (xo )
ak = .
k!
Portanto, (1) é a série de Taylor de f em torno de xo .
Quando uma função f tem uma representação da forma (1), dizemos
que f é analı́tica em xo .
Séries de Taylor do cosseno, do seno e da exponencial em torno de
xo = 0:

X (−1)n 2n
cos x = x
n=0
(2n)!

X (−1)n+1 2n+1
sin x = x
n=0
(2n + 1)!

x
X 1 n
e = x ,
n=0
n!

as séries acima têm raios de convergências r = ∞.


1 Polinômios são casos especiais de funções que são analı́ticas em
todos os pontos.
2 Se f (x ) = Q(x )
P(x ) onde P e Q são polinômios e se P(xo ) 6= 0,
então f é analı́tica em xo e o raio de convergência da sua
série de Taylor em torno de xo é a distância de xo à raiz de
P(x ) mais próxima de xo . Ou seja,

r = min{|z1 − xo |, . . . , |zk − xo |}

onde z1 , . . . , zk são as raı́zes (podendo estas serem complexas)


de P(x ). Ou seja, dentro do disco |z − xo | < r no plano
complexo não pode ter raiz de P.
Por exemplo, se

x3 + 1
f (x ) = ,
(x 2 − 2x + 2)(x − 3)

então P(x ) = (x 2 − 2x + 2)(x − 3). Como P(0) = −12 6= 0, então


é analı́tica em xo = 0. Note que P(x ) = 0 se, e somente se,

x 2 − 2x + 2 = 0 ou x − 3 = 0 ⇐⇒ z1 = 1 + i, z2 = 1 − i, z3 = 3.

Logo o raio de converência da série de Taylor de f em torno de


xo = 0 é dada por
√ √ √
r = min{|1 + i − 0|, |i − 1 − 0|, | − 3 − 0|} = min{ 2, 2, 3} = 2

(na figura seguinte mostramos estas raı́zes no plano complexo.)


Velocidade de escape

Figura: As raı́zes de P(x ) no plano complexo.

Exercı́cio
Qual o raio de convergência da série de Taylor de f acima em
torno de xo = 2?
Soluções em séries em torno de um ponto ordinário

Dizemos que xo é um ponto ordinário da equação

y 00 + p(x )y 0 + q(x )y = g(x ) (4)

se p, q, g forem analı́ticas em xo . Caso contrário, dizemos que ele é


um ponto singular de (4).

O próximo teorema nos assegura que quando xo é um ponto ordinário


da equação acima, a sua solução é a analı́tica em xo , portanto
pode ser representada pela série

X
y (x ) = an (x − xo )n ,
n=0

cujo raio de convergência r é positivo. Com isso, nos restará encon-


trar os coeficientes an ’s.
Teorema
Se xo for um ponto ordinário de (4), então a solução desta equação
é da forma

X
y (x ) = an (x − xo )n = ao y1 (x ) + a1 y2 (x ) + Y (x ),
n=0

onde os coeficientes ao e a1 são arbitrários, y1 e y2 são soluções em


séries analı́ticas da equação homogênea associada a (4) e Y (x ) é
uma solução particular em série e analı́tica da equação (4). Além
disso, os raios de convergências de y1 , y2 e Y (x ) são pelo menos
tão grandes quanto pelo menos o menor dos raios de convergências
de p, q e g.
E muitas situações a equação diferencial será da forma

P(x )y 00 + Q(x )y 0 + R(x )y = W (x ),

onde P, Q, R e W são polinômios. Ao colocarmos na forma (4)


temos
Q(x ) 0 R(x ) W (x )
y 00 + y + y= .
P(x ) P(x ) P(x )
Logo, se P(xo ) 6= 0, então xo será um ponto ordinário da equação
diferencial acima e o raio de convergência da sua solução em série
em torno de xo será pelo menos

min{|z1 − xo |, . . . , |zk − xo |},

onde z1 , . . . , zk são as raı́zes de P(x ). Por quê?


Igualdade de séries

Na obtenção da solução em série de potências, faremos uso do se-


guinte resultado.
Teorema
Suponha que as séries n an (x − xo )n e n bn (x − xo )n convirjam
P P

em (xo − r , xo + r ). Então
X X
an (x − xo )n = bn (x − xo )n ,
n n

para todo x ∈ (xo − r , xo + r ) se, e somente se,

an = bn ,

para todo n.
Operações com séries

X X X
an (x − xo )n + bn (x − xo )n = (an + bn )(x − xo )n
n n n

X X X
an (x − xo )n − bn (x − xo )n = (an − bn )(x − xo )n
n n n

X X
can (x − xo )n = c an (x − xo )n .
n n

X ∞
X
an (x − xo )n = am (x − xo )m
n=0 m=0

(não importa o nome do ı́ndice de soma)


Mudança de ı́ndices

y0 =
X
nan (x − xo )n−1
n=1
X∞
= (l + 1)al+1 (x − xo )l (fizemos n − 1 = l)
l=0
X∞
= (n + 1)an+1 (x − xo )n (fizemos l = n).
n=0


00
X
y = (n − 1)nan (x − xo )n−2
n=2

X
= (l + 1)(l + 2)al+2 (x − xo )l (fizemos n − 2 = l)
l=0
X∞
= (n + 1)(n + 2)an+2 (x − xo )n (fizemos l = n).
n=0
Um exemplo simples

Embora estaremos interessados em equações de segunda ordem, o


método acima pode ser usado para equações de outras ordens, por
exemplo, considere o seguinte problema:

y0 − y = x, y (0) = yo .

Como os coeficientes são analı́ticos em xo = 0, a solução é analı́tica


neste ponto, portanto é da seguinte forma:

X
y (x ) = an x n .
n=0

Então,
∞ ∞
y 0 (x ) =
X X
nan x n−1 = (n + 1)an+1 x n .
n=1 n=0
Substituindo y e y 0 na equação temos

X ∞
X ∞
X
(n+1)an+1 x n − an x n = x ⇐⇒ [(n+1)an+1 −an ]x n = x .
n=0 n=0 n=0

Comparando as duas séries, temos


n=0:
a1 − ao = 0 ⇐⇒ a1 = ao .
n=1:

2a2 − a1 = 1 ⇐⇒ a2 = (1 + a1 )/2 = 1/2 + ao /2

Para n ≥ 2 temos a seguinte relação de recorrência:


an
(n + 1)an+1 − an = 0 ⇐⇒ an+1 =
n+1
Em particular,
n=2:
a2 1/2 + ao /2
a3 = = = 1/3! + ao /3!
3 3
n=3:
a3 1/3! + ao /3!
a4 = = = 1/4! + ao /4!
4 4
É fácil ver para todo n ≥ 2, temos

an = 1/n! + ao /n!.
Logo

X ∞
X
y = a n x n = a o + a1 x + (1/n! + ao /n!)x n
n=0 n=2
∞ ∞
X xn X xn
= ao + ao x + + ao
n=2
n! n=2
n!
∞ ∞
X xn X xn
= ao +
n=0
n! n=2
n!
= ao e + e x − 1 − x .
x

Portanto a solução geral do problema é

y = e x − 1 − x + ao e x .

Como devemos ter y (0) = yo , então

yo = y (0) = ao .
Logo

y = y (0)e x + e x −{z1 − x}
|
.
| {z }
solução geral da homogênea solução particular

Exemplo

y 00 + y = 0, y (0) = yo , y 0 (0) = yo0 .

Resolução.
∞ ∞
an x n , y 00 =
X X
y= (n + 1)(n + 2)an+2 x n .
n=0 n=0

Substituindo estas expressões na equação, temos



X
[(n + 1)(n + 2)an+2 + an ]x n = 0.
n=0
O que nos leva à seguinte relação de recorrência entre os coefici-
entes:
(n + 1)(n + 2)an+2 + an = 0
ou seja,
an
an+2 = − , n ≥ 0.
(n + 1)(n + 2)

n=0:
a0
a2 = − = −ao /2!.
(1)(2)
n=1:
a1
a3 = − = −a1 /3!.
(2)(3)
n=2:
a2
a4 = − = (−1)2 ao /4!.
(3)(4)
n=3:
a3
a5 = − = (−1)2 a1 /5!.
(4)(5)
n=4:
a4
a6 = − = (−1)3 ao /6!.
(5)(6)
n=5:
a5
a7 = − = (−1)3 a1 /7!.
(6)(7)
Em geral, para n ≥ 0 (0! = 1 por convenção), temos
ao
a2n = (−1)n
(2n)!
e
a1
a2n+1 = (−1)n .
(2n + 1)!
Logo,
∞ ∞
X x 2n X x 2n+1
y = ao (−1)n + a1 (−1)n = ao y1 + a1 y2 .
n=0
(2n)! n=0
(2n + 1)!

Note que neste caso conseguimos identificar as séries de y1 e y2


como cos x e sin x , respectivamente. Nem sempre isto será possı́vel.
Devemos ter yo = y (0) = ao e yo0 = y 0 (0) = a1 para satisfazermos
as condições inciais.
Exemplo
Encontre solução em série de potências em torno de xo = 0 para

y 00 − xy 0 − y = 0.

Solução.

X
y= an x n ,
n=0
∞ ∞ ∞ ∞
y0 = xy 0 = x
X X X X
nan x n−1 , nan x n−1 = nan x n = nan x n ,
n=1 n=1 n=1 n=0

y 00 =
X
(n + 1)(n + 2)an+2 x n .
n=0

Substituindo na equação, temos



X
[(n + 1)(n + 2)an+2 − (n + 1)an ]x n = 0.
n=0
Portanto, para todo n ≥ 0, devemos ter

(n + 1)(n + 2)an+2 − (n + 1)an = 0,

o que nos leva à seguinte relação de recorrência:


an
an+2 = , n ≥ 0.
n+2

n=0:
a2 = ao /2
n=1:

a3 = a1 /3
n=2:
a4 = a2 /4 = ao /(2 × 4)
n=3:
a5 = a3 /5 = a1 /(3 × 5)
n=4:
a6 = a4 /6 = ao /(2 × 4 × 6)
n=5:
a7 = a5 /7 = a1 /(3 × 5 × 7)
Em geral, temos
ao ao
a2n = ≡
2 × 4 × 6 × . . . × 2n (2n)!!
e
a1 a1
a2n+1 = ≡ .
1 × 3 × 5 × 7 × . . . × (2n + 1) (2n + 1)!!
Logo, adotando a convenção 0!! = 1 = 1!!, temos
∞ ∞
X x 2n X x 2n+1
y = ao + a1 = ao y1 + a1 y2 .
n=0
(2n)!! n=0
(2n + 1)!!

Note que ao = y (0) e a1 = y 0 (0).


Exemplo
A equação
y 00 − 2xy 0 + λy = 0
onde λ é uma constante é chamada de equação de Hermite.
(a) Encontre a relação de recorrência para a solução em série de
potências em torno de xo = 0.
(b) Mostre que se λ = 2k, onde k é um inteiro não-negativo, a
equação admite polinômio (de grau k) como solução, tais polinômios
são chamados de polinômios de Hermite. Encontre os polinômios
de Hermite para λ = 0, 2, 4, 6, 8, normalizados tais que os polinômios
de graus pares valham 1 em x = 0 e os polinômios de graus ı́mpares
têm derivadas 1 em x = 0.
Solução.

X
y= an x n ,
n=0
∞ ∞ ∞
0
X X X
n−1 n
xy = x nan x = nan x = nan x n ,
n=1 n=1 n=0

y 00 =
X
(n + 1)(n + 2)an+2 x n .
n=0

Substituindo na equação, temos



X
[(n + 1)(n + 2)an+2 − (2n − λ)an ]x n = 0.
n=0

O que nos leva à seguinte relação de recorrência:

(2n − λ)
an+2 = an , n ≥ 0.
(n + 1)(n + 2)
A relação de recorrência relaciona os a2n ao ao e a2n+1 ao a1 .

Portanto
y = ao y1 (x ) + a1 y2 (x ),
onde a série y1 só tem potências pares de x , enquanto que a série
y2 só tem potências ı́mpares de x .

Note que se λ = 0, então a2 = 0, consequentemente a4 = a6 =


a8 = . . . = 0, isto significa que y1 = 1.
Se λ = 2, então a3 = 0, logo, a3 = a5 = a7 = . . . = 0 e y2 = x .
Se λ = 4, então a4 = 0, logo, a4 = a6 = a8 = . . . = 0 e y1 é um
polinômio de segundo grau da forma y1 = A + Bx 2 .
Se λ = 6, então, a5 = 0, logo, a5 = a7 = a9 = . . . = 0. Portanto
y2 é um polinômio do terceiro grau da forma y2 (x ) = Ax 3 + Bx .
Se λ = 8, então a6 = a8 = . . . = 0, portanto, y1 é um polinômio de
grau 4 da forma y1 = A + Bx 2 + Cx 4 .
Se λ = 2(2l), então

2(n − 2l)
an+2 = an .
(n + 1)(n + 2)

Portanto, quando n = 2l, temos

a2l+2 = 0.

Consequentemente, todos coeficientes pares com ı́ndices maiores ou


igais a 2l + 2 são iguais a zero. Com isso y1 (x ) será um polinômio
de grau 2l.
Resumindo, se λ = 2(2l), y1 (x ) será um polinômio de grau 2l.

Por outro lado, se λ = 2(2l + 1), então

2(n − 2l − 1)
an+2 = an ,
(n + 1)(n + 2)

Logo, se n = 2l + 1, temos

a2l+3 = 0

consequentemente, todos os coeficientes com ı́ndices ı́mpares mai-


ores ou iguais a 2l + 3 são nulos e a série y2 (x ) será um polinômio
de grau 2l + 1.

Resumindo, se λ = 2(2l + 1), a série y2 (x ) será um polinômio de


grau 2l + 1.
De volta a relação de recorrência

(2n − λ)
an+2 = an , n ≥ 0.
(n + 1)(n + 2)

n=0:
0−λ
a2 = ao
2!
n=1:
2−λ
a3 = a1
3!
n=2:
4−λ (4 − λ)(0 − λ)
a4 = a2 = ao
3×4 4!
n=3:
6−λ (6 − λ)(2 − λ)
a5 = a3 = a1
4×5 5!
n=4
(8 − λ)(4 − λ)(0 − λ)
a6 = ao
6!
n=5:
(10 − λ)(6 − λ)(2 − λ)
a7 = a1
7!
n=6:
(12 − λ)(8 − λ)(4 − λ)(0 − λ)
a8 = ao
8!
Em geral,

(4(n − 1) − λ) . . . (8 − λ)(4 − λ)(0 − λ)


a2n = ao
(2n)!

(4n − 2 − λ) . . . (10 − λ)(6 − λ)(2 − λ)


a2n+1 = a1 .
(2n + 1)!
Portanto,
0 − λ 2 (4 − λ)(0 − λ) 4 (8 − λ)(4 − λ)(0 − λ) 6
y1 = 1 + x + x + x
2! 4! 6!
(12 − λ)(8 − λ)(4 − λ)(0 − λ) 8
+ x ... +
8!
(4(n − 1) − λ) . . . (8 − λ)(4 − λ)(0 − λ) 2n
+... + x + ...
(2n)!
2 − λ 3 (6 − λ)(2 − λ) 5 (10 − λ)(6 − λ)(2 − λ) 7
y2 = x − x + x + x
3! 5! 7!
(4n − 2 − λ) . . . (10 − λ)(6 − λ)(2 − λ) 2n+1
+... + x + ....
(2n + 1)!
Das expressões acima, se λ = 8, temos

y1 (x ) = 1 − 4x 2 + (4/3)x 4 .

Exercı́cio
Encontre os outros polinômios que foram pedidos.
Exercı́cio
Considere a equação

xy 00 + y 0 + xy = 0.

(a) Encontre a relação de recorrência dos coeficientes da solução em


série de potências de x em torno de xo = 1.
(b) Encontre explicitamente os primeiros quatro termos das séries
de y1 e y2 .

Solução. Note que p(x ) = 1/x e q(x ) = 1, que são analı́ticas em


x = 1 e os raios das suas séries de potências em torno de xo = 1
são 1 e ∞, respectivamente. Portanto, o raio da série de potências
da solução da equação em torno de xo = 1 é pelo menos 1.

X
y = an (x − 1)n
n=0


X
xy = [(x − 1) + 1]y = [(x − 1) + 1] an (x − 1)n
n=0

X ∞
X
= an (x − 1)n+1 + an (x − 1)n
n=0 n=0
X∞ X∞
= an−1 (x − 1)n + an (x − 1)n
n=1 n=0
X∞ ∞
X
= an−1 (x − 1)n + ao + an (x − 1)n
n=1 n=1

X
= ao + (an−1 + an )(x − 1)n (5)
n=1

y0 =
X
nan (x − 1)n−1
n=1
X∞ ∞
X
= (n + 1)an+1 (x − 1)n = a1 + n
(n + 1)an+1 (x − 1)(6)
n=0 n=1


00 00
X
xy = [(x − 1) + 1]y = [(x − 1) + 1] (n − 1)nan (x − 1)n−2
n=2

X ∞
X
= (x − 1) (n − 1)nan (x − 1)n−2 + (n − 1)nan (x − 1)n−2
n=2 n=2

X ∞
X
= (n − 1)nan (x − 1)n−1 + (n − 1)nan (x − 1)n−2
n=2 n=2
X∞ ∞
X
= n(n + 1)an+1 (x − 1)n + (n + 1)(n + 2)an+2 (x − 1)n
n=1 n=0

X
= 2a2 + [n(n + 1)an+1 + (n + 1)(n + 2)an+2 ](x − 1)n (7)
n=1
Subsittuindo (5), (6) e (7) na equação diferencial, temos

2a2 + a1 + a0

X
+ [(n + 1)2 an+1 + (n + 1)(n + 2)an+2 + an−1 + an ](x − 1)n = 0.
n=1

Portanto, devemos ter

a1 + a0
2a2 + a1 + a0 = 0 ⇐⇒ a2 = −
2
e

(n + 1)2 an+1 + (n + 1)(n + 2)an+2 + an−1 + an = 0, n≥1

ou

(n + 1)2 an+1 + an + an−1


an+2 = − , n ≥ 1.
(n + 1)(n + 2)
n=1:

22 a2 + a1 + a0 a0 + a1
a3 = − =− .
2×3 6
n=2:

3 2 a3 + a2 + a 1 a0 a1
a4 = − =− − .
3×4 12 6
Logo,

y = a0 + a1 (x − 1) + a2 (x − 1)2 + a3 (x − 1)3 + a4 (x − 1)4 + . . .


a1 + a0 a0 + a1
= ao + a1 (x − 1) − (x − 1)2 − (x − 1)3
2 6
a0 a1
 
− + (x − 1)4 + . . .
12 6
!
(x − 1)2 (x − 1)3 (x − 1)4
= a0 1− + − + ...
2 6 12
!
(x − 1)2 (x − 1)3 (x − 1)4
+a1 x −1− + − + ...
2 6 6
= a0 y1 (x ) + a1 y2 (x ).

Logo,

(x − 1)2 (x − 1)3 (x − 1)4


y1 (x ) = 1 − + − + ...
2 6 12
e
(x − 1)2 (x − 1)3 (x − 1)4
y2 (x ) = x − 1 − + − + ....
2 6 6

Você também pode gostar