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Quando uma funçǎo ƒ (x) nǎo é diferenciável num complexo xO, diremos que xO é
uma singularidade de ƒ (x) ; xO dir-se-á uma singularidade isolada de ƒ (x) se, contudo, ƒ
(x) for holomorfa numa bola perfurada
Do(xO) = (x : 0 < |x — xO| < o} ,
de centro em xO e raio o > 0, suficientemente pequeno. A independência do valor do
∫
integral (ver a secçǎo 5, DESENVOLVIMENTOS EM SÉRIES DE POTÊNCIAS)
1
2vi Cr(x0)
ƒ (x) dx,
1
Σ∞
ƒ (x) = a (x — x )n,
n O
n=O
2
para x ∈ Do(xO), onde esta série é convergente. Como tal podemos tornar ƒ diferenciável
em xO, mediante a chamada remoção da singularidade, a qual consiste simplesmente em
atribuir à funçǎo o valor aO no ponto xO. De facto, desse modo, passamos a ter ƒ analítica
em xO.
(=1
Dem.: Para cada j = 1, ..., q, existe, pelo teorema de Laurent, uma bola perfurada
Dr( (x() = (x : 0 < |x — x(| < r(} ,
de centro em x( e raio r( > 0 suficientemente pequeno, na qual,
∞
Σ b(n
∞
ƒ (x)
(n Σ
n=O
( n .
(x — x n=1 (x — x ()n
= a
Para cada j = 1, ..., q, consideremos )a +
família de funçǒes
∞
Σ b(n
(
σ n= .
1 (x — x ()n
(x) =
Observemos que cada uma destas séries é absolutamente convergente em K (x(; 0, ∞) =
x : 0 < x (j = 1, ..., q)) e neste conjunto σ((x) é uma funçǎo holomorfa (veja-se a este
( |
propósito as observaçǒes feitas no final da secçǎo 4.2, FUNÇÕES ANALÍTICAS).
Assim, podemos afirmar que cada σ( é holomorfa em s x( (j = 1, ..., q) .
\(
Deste modo, através de
q
g(x) = ƒ(x) — Σσ((x)
(=1
constituímos uma funçǎo holomorfa em U\ (x1, ..., xq} . Porém, em cada x(, (j = 1, ..., q),
g possui uma singularidade removível, já que na correspondente bola perfurada, Dr( (x(),
é ∞ q
Σ Σ
g(x) = a(n(x — x()n — σk(x).
n kk (
Logo, após a remoçǎo das respectivas singularidades, podemos tomar g como uma
3
q
funçǎo holomorfa em U, vindo pelo teorema de Cauchy que
∫ Σ ∫
ƒ (x) dx = σ( (x) dx.
F F
(=1
4
Por outro lado, para cada j = 1, ..., q, tem-se
∞
∫ ∫ b(n
σ (x) dx = Σ n
dx,
( F
F n=1 (
e como ∫ (x — x
b
(n dx = 0,
n
para n ≥ 2, podemos concluir F (x — x()
que
∫
S( (x) dx = 2vib(1I(r, x() = 2viI(r, x() Res(ƒ, x(),
F
3
Σ∞
ƒ (x) = a (x — x )n.
n O
n
4
Como tal, existe limx→x0 ƒ (x) = aO.
Inversamente, a existência deste limite implica que
lim (x xO)ƒ (x) = 0.
x→x0 —
Isto significa que para qualquer 6 > 0, existe r ∈ ]0, o[ , suficientemente pequeno, digamos
tal que r < 1, de modo que para qualquer x ∈ Br(xO),
temos que
1
|b n| ≤ max n—1
2 |ƒ(x)| |x — x | s (C(x , r))
O O
maxm2C (x r
2C (x ) n—2
≤ |ƒ(x)| |x — xO| |x — xO|
r 0
r
< 6 rn—1 < 6.
Σ∞ kΣ
bn
ƒ (x) = na (x —Ox ) + n
n n (x —
para x ∈ Do(xO). Nestas circunstâncias, temos
∞
Σ O k
an(x — xO)n+k + b1 (x — xO)k—1 + ... + b k—1 (x — xO) + bk,
n=O
(x — x ) ƒ
pelo que(x)existe
=
→x (x — xO) ƒ (x) = bk
k
0, ∞.
limx
0
k
=/
Inversamente, se existe limx→x0 (x — xO) ƒk (x) /= 0, ∞, por i), a funçǎo (x — xO) ƒ (x)
tem uma singularidade removível em xO. Como tal, temos para x em torno de xO,
∞
Σ O k an(x — xO)n,
n=
(x — x ) ƒ O
(x) =
em que aO = limx
→x (x — xO ) ƒ (x) =/ 0. Deste modo, o desenvolvimento de Laurent de
k
0
ƒ
em torno de xO é dado por
5
ƒ (x) = aO ak—1
Σ∞ a (x — x )n—k = + ... + + (x — x )n,
n Σ∞
a
n O n O
(x — (x — n
6
Quanto ao resíduo, notemos com base no desenvolvimento de Laurent de (x — xO)k ƒ (x)
em torno de xO, que por derivaçǎo termo-a-termo
h i Σ∞
Dk—1 (x — x )k ƒ (x) = (n + h) ...n(x — x )n+1 + (h — 1)!b ,
x O n
a
O 1
n
resultando em consequência,
1 h i
Res (ƒ, x O) =
(h — 1)!lim 0D x (x — x O) ƒ (x) .
k—1 k
Exemplo 4 A função $(x) = x3 — 2x2 + x tem apenas dois zeros: 0 e 1. Gomo $J(0) =
1 = 0, temos que 0 é um zero simples de $. Gontudo $J(1) = 0 e $JJ(1) = 2 0, o que
/
signi ca que 1 é um zero duplo de $.
Se numa vizinhança de xO, a funçǎo $, nǎo possuir outros zeros para além de xO,
diremos que xO é um zero isolado de $. Neste sentido, notemos que se xO é um zero
de multiplicidade m, entǎo através do desenvolvimento em série de Taylor de $ em
torno de xO, se tem
$(x) = (x — xO)m $ 1(x) ,
para x numa certa bola aberta, Bo (xO) , de centro em xO e raio o > 0, onde
$(m)(xO)
$1 (x) = +$
(m+1)
(xO) $(m+2)(xO) (x — xO) 2 + ... .
m! (x — xO) (m + 2)!
(m + 1)!
+
Sendo $1 (x) contínua e
7
$1 (xO) = /= 0
(m) m!
$ (xO)
podemos escolher o suficientemente pequeno de modo que seja $1 (x) 0 para qualquer
x ∈ Bo (xO) . Como tal, xO é um zero isolado de $.
8
Teorema 5 Se(a ƒ(x) = g(x)/k(x), com g e k holomorfas num dado aberto U, e xO U
∈
um zero de k de multiplicidade m.
i) Se g(xO) /= 0, então xO é um polo de ordem m de ƒ.
ii) Se xO é um zero de g de multiplicidade h m então xO é uma singularidade removível
≥
de ƒ.
iii) Se xO é um zero de g de multiplicidade h < m então xO é um polo de ƒ de ordem
q = m — h.
Dem.: É claro que sendo xO um zero isolado de k, xO será uma singularidade isolada
de ƒ.
Consideremos entǎo os desenvolvimentos de Taylor de g e de k em torno de xO:
g(k)(xO) k
g(k+1)(xO) (x — k+1
g(x) = (x — xO) + (h + 1)! + .. g(k) (xO) 0 ,
h! x O) .
k(m)(xO) k(m+1)(xO) (x —
m
m+1
k(x) = (x — xO) + (m + 1)! + .. k(m) (xO) /= 0 .
m! x O) .
k g(k)(xO) (k+1) ,
g(x) = (x — +g (xO)
h!
(x — xO) +
m k(m)(xO) (h + 1)!
k(m+1)(xO)
k(x) = (x — xO) , (8)
+ (x — xO) +
...
m! (m + 1)!
e consequentemente, , ,
g(h)(x0) (h+1)
(x0)
k + g
(x — x ) + ...
O
,
k( (m) (m+1)
(x(x—
— xO) h (x0) h (x0)
g(x) k! + (x — x ) +
ƒ(x) = = , m!
(k+1)!
(m+1)! O
i) Se g(xO) /= 0, entǎo h = 0 .
e
m!g(xO)
lim (x — x )m ƒ (x) = 0, ∞.
O (m)
x→x0 k (xO)
9
Logo xO é uma singularidade removível.1 h! k (xO)
1
Note-se que depois de removida a singularidade, fica ƒ(zO) 0, se k = m, e ƒ com um zero em zO de
multiplicidade k — m, se k > m.
1
iii) Se m > h ≥ 1, com q = m — h, temos que
lim (x — xO)
m! g(k)(xO) /= 0, ∞,
qƒ (x) (m)
=
x→x0 h! k (xO)
pelo que xO é um polo de ordem q.
No que respeita ao cálculo dos resíduos, pode proceder-se segundo as fórmulas (5)
ou (6).
Argumentos semelhantes aos usados no teorema anterior permitem-nos uma general-
izaçǎo às funçǒes holomorfas da conhecida regra de Cauchy.
J 1
g (x) g ( g g
li = e = ,
x→x0 k (x) x→x0 k (x)
J x→x0 1
h(x) x→x0 1
J
h(x)
Dem.: Suponhamos tal como acima que xO é uma zero de multiplicidade h de g (x) e
um zero de multiplicidade m de k (x) . Entǎo por (7) e (8) temos, respectivamente,
onde
g(k)(xO)
(k+1)
g1 (x) = +g (xO)
h! (x — xO) + ...
(m)
(h + 1)!
k (xO) (m+1)
k1 (x) = +k (xO)
(x — xO) + ...
m! (m + 1)!
sǎo funçǒes holomorfas e nǎo nulas numa vizinhança de xO.
Notemos que
lim g (x) g1 (xO) lim (x — xO)k—m .
x→x0 k (x) = k1 (xO) x→x0
De
g (x) gJ (x)
lim = lim ,
x→x0 k x→x0 kJ (x)
(x)
1
o mesmo acontecendo quer quando h > m, caso em que ambos os limites sǎo zero,
quer quando h < m, caso em que os dois limites sǎo .
∞
Analogamente,
1 1
lim g(x) = lim (x— k1 (xO) lim (x m—k
= x )
x→x 0 1 x→x 0
x0)hg1(x)
1 — O
h(x) (x—x0)mh1(x) g1 (xO) x→x0
e
J
1 k(x—x0)h—1g1(x)+(x—x0)hgr (x)
g
— [(x—x )hg 1
0
=
m(x—x0)m—1h1(x)+(x—x0)mhr 1
(x)
x→x0
li 0
x→x J1
— [(x—x0)mh1(x)]2
h(x) [k1 (x)]2 (x — xO)k—m [hg1 (x) + (x — xO) gJ (x)]
2(m—k)
= lim (x xO) 1
x→x0 — [g1 (x)]2 [mk1 (x) + (x — xO)m kJ 1(x)]
[k1 (xO)]2 [hg1 (xO)]
= lim (x — xO)2(m—k) (x — xO)k—m
x→x0 [g1 (xO)]2 [mk1 (xO)]
hk1 (xO) lim (x — xO)m—k ,
=
mg1 (xO) x→x0
donde resulta igualmente J
1 1
g(x)
lim g(x) = lim .
x→x0 1 J
h(x) x→x0 1
h(x)
Pelos argumentos usados podemos ainda concluir que a nǎo existência de um dos
limites implica a nǎo existência do outro.
também o ponto in nito pode ser tomado, com algumas vantagens em certos casos,
como uma singularidade de ƒ.
Notemos que também os valores dos integrais
1
2vi ƒ (x) dx,
∫
Cr
—
Cr
∫ 2π
!
1 1 1
= — ƒ e
i ir
O eit
∫ 2π !
1∫
= — ƒ 1e 1 2i d
2vi O e re
1 $(x) r
= —
it
+
C (O,1/r) dx,
x2
pelo que 2vi
$(x)
Re s (ƒ, ∞) = —Re s x ,0 , (9)
tendo em conta que a funçǎo $(x)/x2 é holomorfa em D1/o(0) = x : 0 < x < 1/o com
( | | }
uma singularidade em x = 0.
É no âmbito do teorema dos resíduos que o resíduo no ponto infinito de uma
funçǎo assume alguma relevância prática de acordo com o que se explicita no teorema
seguinte.
Teorema 7 Se ƒ for uma função com um número nito de singularidades isoladas,
x1, ..., xm, em s, então
m
ΣRes(ƒ, x() + Re s(ƒ, ∞) = 0. (10)
(=1
1 ∫ m
Σ 1
2vi ƒ (x) dx = Re s(ƒ, x() = ƒ (x) dx = —Re s(ƒ, ∞).
2vi ∫
—
Cr
(=1 Cr
—
∫ F (t) = 2eit, t ∈ [0, 2v] , pelo teorema dos resíduos e por (10), o integral
Exemplo 8 Gom
1 1 1
dx = 2vi Re s , 1 + Re s , —1
2
2
F x — 1 x —1 2
x —1
= —2viRe s (ƒ, ∞) .
Aplicando (9) obtemos que
∫
1
1 $(x)
dx = 2vi Re s , 0 = 0,
2
F x — 1 x2
(á que neste
1
caso
$(x) 1 1
1
1
x2
= ƒ = 2 =
x2 x2 x x 1 — x2
é uma função diferenciável em x = 0.
1
6.6 EXERCíCIOS RESOLVIDOS
1. Através dos correspondentes desenvolvimentos em série de Laurent, classifique as
singularidades das funçǒes indicadas a seguir e indique os respectivos resíduos:
a) ƒ(x) = sin x
.
x
b) ƒ(x) = x3ei/x.
1
c) ƒ(x) = 2 .
(1—x)
x
d) ƒ(x) = .
x2 + 1
1
e) ƒ(x) = 2 .
x(1—x)
sin2 x
a) ƒ(x) = .
x3
i)2
(eix
b) ƒ(x) = — .
x—π
2
2x+1
c) ƒ(x) = .
(x—1)(x2—2x+2)
d) ƒ(x) = e — 1 .
ix
sin x
1
6.6.1 RESOLUÇÕES
1.a): A funçǎo
sin x
ƒ(x) =
x
possui uma única singularidade na origem. Podemos construir o desenvolvimento de
Laurent de ƒ em torno da origem através do desenvolvimento de Mac-Laurin da
funçǎo sen x, obtendo-se
1 ∞
1 Σ (—1) Σ (—1)
∞ n n
ƒ(x) = sen x 2n+1 2n
= x (2n + x = (2n + x ,
x n=O 1)!
n=O
1)!
válido para x D∞(0) = x : 0 < x . Podemos entǎo concluir imediatamente que a
∈ ( |
origem é uma singularidade removível de ƒ e que, como em qualquer singularidade
desse tipo, Res (ƒ, 0) = 0. Note-se que após a remoçǎo da singularidade se obtém ƒ (0) =
1 e por conseguinte
lim sin
x→O x = 1.
x
ƒ(x) = x3e1/x
1
x x
ƒ(x) = = ,
x2 + 1 (x + i)(x — i)
1
sǎo x = i. Podemos determinar o desenvolvimento de Laurent da funçǎo em torno de
x = i, através da decomposiçǎo
1 1 1 1
ƒ(x) = + .
2 (x + i) 2 (x — i)
Como para x tal que |x — i| < 2,
1 1 1 1
=
2 (x + i) 2 (2i + x — i)
1 1
=
4i 1 + x—i
2
∞
= 1 Σ —1 n
4i (x — i)n
n=O 2i
n
1Σ∞ i
= (x — i)n
4i 2
n=O
Σ∞ in—1 n
=
(x — i) ,
n=O 2n+2
obtemos
∞
n—1 1 1
ƒ(x) = Σi + ,
n=O (x — i) 2 (x — i)
2n+2
para x ∈ D2(i).
Por comparaçǎo com (1) temos que
in—1
an =, n ≥ 0,
2n+2
e que b1 = 1/2, bn = 0, para n > 1, o que nos permite concluir imediatamente que x = i
é um polo simples de ƒ e que
Res(ƒ, i) = 1/2.
Analogamente em torno de x = —i temos para x ∈ D2(—i)
1 1 1 1 1 1
ƒ (x) = — = — 1
(x + i)n,
2 (x + Σ
4i 1∞— 2x n 2n+2
e, por conseguinte, ƒ tem também naquele ponto um polo simples, sendo Res(ƒ, —i) = 1/2.
1.e): x = 0 e x = 1 sǎo as singularidades de
1
ƒ(x) =2
.
x (1 — x)
Para obtermos o desenvolvimento de Laurent em torno de x = 0, notemos
1
primeira- mente que
1 (1 — 1
= Dx .
2
x) 1—x
2
Como para x ∈ B = (x : |x| < 1} se tem
1 Σ∞
= xn,
1 n
1 xn =
=Dx nxn—1.
(1 — Σ∞
Σ∞
n n
ou seja, ∞ ∞
1 1
ƒ(x) = + Σnx n—2
= + Σ(n + 2) x.
x x
n=2 n=O
= Σ(—1)n (x — 1)n—2
n=O
1 1
= — + (—1)n (x — 1)n—2
Σ∞(x — (x —
n
1 1
= — + (—1)n (x — 1)n .
Σ∞(x — (x —
Comparando com (1) temos que para n ≥ 0, an = (—1)n enquanto que que b1 = —1, b2 =
1, bn = 0 para n > 2.
Logo x = 1 é um polo duplo e Res (ƒ, 0) = —1.
2
2.a) : A única singularidade da funçǎo
sin2 x
ƒ(x) =
x3
é a origem. Notando
que
sin2 x sin2 x
lim x = =1 0, ∞,
lim
3 2
x→O x x→O x
2
podemos concluir que ƒ tem na origem um polo simples, e que Res (ƒ, 0) = 1.
2.b) : Neste caso,
ƒ(x) = (eix — i)2
x—π
2
possui também uma única singularidade, agora em x = v/2. Considerando as funçǒes
g(x) = (eix — i)2 e k(x) = x — π , observamos que g( π ) = 0 e k( π ) = 0. Como
2 2 2
3
lim (x 1) ƒ(x) = 3 /= 0, ∞,
= — (—i) i
x→1 3+ 3
2i
lim (x — 1 — i) ƒ(x) — 0, ∞,
x→1+i i2i = —i
= 2
3 — 2i 3
lim (x 1 + i) ƒ(x) =
x→1—i =— + 0, ∞.
— —i (— i2
2i)
Logo todas as singularidades de ƒ(x) sǎo polos simples e
2
3 3
Re s (ƒ, 1) = 3, Re s (ƒ, 1 + i) = — — i, Re s (ƒ, 1 — i) = — + i.
2 2
2.d) : Sendo
ƒ(x) = eix — 1
sin x
2
consideremos as funçǒes auxiliares
ou seja, g (x) tem em x = 2nv zeros de multiplicidade 1. Como x = 2nv também sǎo
zeros de k (x) de multiplicidade 1, podemos concluir, pelo Teorema 5 ii), que x = 2nv sǎo
singularidades removíveis de ƒ (x) . Os respectivos resíduos sǎo todos nulos.
3.a) : Como
ƒ (x) = e(1—1/x)
possui uma única singularidade em x = 0, e pelo teorema dos resíduos tem-se
∫
e(x+1/x) dx = 2viI (r, 0) Res (ƒ, 0) .
r
e(1—1/x) = e e—1/x
1 1 n
= e Σ
n! —x
n≥O
e ( 1)n 1
= Σ
n!— ,
n≥O xn
o que permite concluir que x = 0 é uma singularidade essencial e que
2
Como I (r, 0) = —1 entǎo
∫
e(1—1/x) dx = 2vei.
r
3.b) : As singularidades de
1
ƒ(x) = 2
(x2 + 1)
sǎo x = i e por
conseguinte 1
ƒ(x) =
(x — i)2 (x + i)2
.
= lim D 1
x
x
—2+
(x
= lim
x→—i (x + i)3
—2
= (2i)3
i
= — .
4
Analogamente
2
Logo
∫
1 i i
dx = —2vi — + = 0.
2
r (x + 4 4
NOTA: Observemos que poderia ter sido utilizada aqui a relaçǎo (10) do Teorema 6,
segundo a qual
Res (ƒ, i) + Res (ƒ, —i) = — Res (ƒ, ∞)
Como por (9) .
sendo
$(x)
—Res (ƒ, ∞) = Res x ,0 ,
$(x) = 1 1 = 1 x4 = x2
1 1
x2 x2 ƒ = x2 x12 + 1 x2 (1 + x2)2 (1 + x2)2
2
x
uma funçǎo diferenciável em x = 0, temos que
$(x)
Res (ƒ, i) + Res (ƒ, —i) = Res x ,0 = 0.
3.c) : As singularidades de
1
ƒ(x) = sec2 x = ,
2
cos x
sǎo os reais v
x = + hv, (h ∈ Z) .
2
Porém, em intr apenas se encontram
x = .v
2
Como I r, π = —1 ∫ temos novamentehpelo teorema dos resíduos i
2 v v
sec2 x dx = —2vi Res ƒ, + Res ƒ, — .
r 2 2
Façamos
g (x) = 1, k (x) = cos2 x.
Temos k ( v/2) = 0, e
v
kJ (x) = —2 sin x cos x, kJ 2 = 0,
v
kJJ (x) = —2 cos2 x + 2 sin2 x, kJJ
2 = 2 /= 0,
/ Como g
o que mostra que k (x) tem em x = v/2 zeros de multiplicidade 2. π = 1 =
0, pelo Teorema 5 i) estamos perante polos duplos da funçǎo ƒ. Por (6) com h 2= 2
obtemos "
v #
Res
2
(ƒ, 2
2 ) = lim x π2
x→ π/2 Dx
cos2 x
π 2 π 2
= lim 2 2 2 x
4
x→ π/2 cos x + 2cosx x sin x cos
x
= 2 lim π π 2
x 2 cos x+ x 2 sin x
x→ π/2 cos3 x .
2
Entǎo por aplicaçǎo sucessiva da regra de Cauchy, vem
v π π 2
Res (ƒ, ) = 2 lim 2 cos x2 + x
2
2 x→ π/2 sin—3
x +cosx x sin xcos x
π π 2
2 2 3x
= 2 lim
2 3
x→ π/2 6 cos cos
x sinx —x —x 3 cos sin
x
π 2 π
= 2 lim 2 3 cos x 2— 5 x
x→ π/2 6 sin3 x + 12 cos2 x sin x + 9 cos2 x sin x
0— sin x — x cos x
= 2· π
—6 sin3 2
= 0.
Logo
∫
sec2 x dx = —2vi [0 + 0] = 0.
r