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Universidade Federal de Viçosa

Centro de Ciências Exatas - CCE


Departamento de Matemática
Primeira Lista de MAT345/2015-II - Análise II

1. Ums sequência de funções fn : X → R chama-se uma sequência de Cauchy quando, para


qualquer  > 0, existe n0 ∈ N tal que m, n > n0 implica |fm (x) − fn (x)| < , ∀x ∈ X.
Prove que uma sequência de funções fn : X → R é uniformemente convergente se, e
somente se, é uma sequência de Cauchy.

2. Mostre que a sequência de funções fn : [0, +∞) → R, dadas por fn (x) = xn /(1 + xn )
converge simplesmente. Determine a função limite, mostre que a convergência não é
uniforme.

3. Prove que a sequência do exercı́cio anterior converge uniformemente em todos os inter-


valos do tipo [0, 1 − δ] e [1 + δ, +∞), 0 < δ < 1.

4. Prove que a série ∞ n n


P
n=1 x (1 − x ) converge quando x pertence ao intervalo (−1, 1]. A
convergência é uniforme em todos os intervalos do tipo [−1 + δ, 1 − δ], onde 0 < δ < 1/2.

5. A fim de que uma sequência de funções fn : X → R convirja uniformemente, é necessário


e suficiente que, para todo  > 0 dado, exista n0 ∈ N tal que m, n > n0 implica
|fm (x) − fn (x)| <  qualquer que seja x ∈ X. (Critério de Cauchy)

6. Se a sequeência de funções fn : X → R converge uniformemente para f : X → R, prove


que f é limitada se, e somente se, existem K > 0 e n0 ∈ N tais que n > n0 implica
|fn (x)| ≤ K para todo x ∈ X.

7. Se a sequência de funções fn : X → R P
é tal que f1 ≥ f2 ≥ · · · ≥ fn ≥ . . . e fn → 0
uniformemente em X, prove que a série (−1)n fn converge uniformemente em X.
P P
8. Se |fn (x)| converge uniformemente em X, prove que fn (x) também converge uni-
formemente em X.

9. Se fn → f e gn → g uniformemente no conjunto X, prove que fn + gn → f + g


uniformemente em X. Prove ainda que se f e g forem limitadas então fn .gn → f g
uniformemente em X. Finalmente, se existir c > 0 tal que |g(x)| ≥ c para todo x ∈ X
prove que 1/gn → 1/g uniformemente em X.

10. Seja a sequência de funções fn : [0, 1] → R, onde fn (x) = sen(nx)/ n. Prove que (fn )
converge uniformemente para 0 mas a sequência das derivadas fn0 não converge em ponto
algum do intervalo [0, 1].

1
11. Mostre que a sequência de funções gn (x) = x+xn /n converge uniformemente no intervalo
[0, 1] para a função derivável g e a sequência das derivadas gn0 converge simplesmente
em [0, 1] mas g 0 não é igual a lim gn0 .

12. Sejam X compacto, U aberto e f : X → R contı́nua tal que f (X) ⊂ U . Se uma


sequência de funções fn : X → R converge uniformemente para f , prove que existe
n0 ∈ N tal que n > n0 implica fn (X) ⊂ U .

13. Se uma sequência de funções contı́nuas fn : X → R converge uniformemente num


conjunto denso D ⊂ X, prove que (fn ) converge uniformemente em X.

14. A sequência de funções fn : [0, 1] → X, fn (x) = nx(1 − x)n , converge porém não
uniformemente. Mostre que apesar disso, vale
Z 1 Z 1
( lim fn ) = lim ( fn ).
0 n→∞ n→∞ 0

15. Dada
p uma sequência de funções fn : [0, 1] → R, suponha que exista c ∈ R tal que
P |fn (x)| ≤ P
c < 1 para todo x ∈ X e todo n ∈ N suficientemente grande. Prove que
n

|fn (x)| e fn (x) convergem uniformemente em X.

16. No exercı́cio
p anterior, suponha que fn (x) 6= 0 para todo n ∈ N e todo x ∈ X e, em
vez de n |fn (x)| ≤ c < 1, suponha |fn+1 (x)/fn (x)| ≤ c < 1 para todo x ∈ X e todo n
suficientemente grande. Obtenha a mesma conclusão.

an (x − x0 )n . Prove que se p
r ∈ R+
P
17. Seja r o raio de convergência da série de potências
então r = 1/L, onde p L é o maior valor de aderência da sequência limitada ( |an |).
n

Assim, r = 1/(lim sup n |an |).


p
18. Se n |an | = L, prove que as séries de potências

X ∞
X
2n
an x , an x2n+1
n=0 n=0

tem o mesmo raio de convergência igual a 1/ L.

19. Determine o raio de convergência de cada uma das séries seguintes?


∞ ∞ ∞
√ log n
n2 n
X X X
n n
a x , a x , an n
xn .
n=0 n=0 n=0

20. Prove que a função



X 1 x 2n
f (x) = (−1)n ( )
n=0
(n!)2 2
f 0 (x)
está bem definida para todo x ∈ R e que f 00 (x) + x
+ f (x) = 0 para todo x 6= 0.

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