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TOPOLOGIA

Exercı́cios sobre espaços métricos

1. Verifique se as funções abaixo são métricas (distâncias):


a) d(x, y) = |x2 − y2 |, X = R
b) d(x, y) = |x3 − y3 |, X = R
1 1
c) d(x, y) = − , X = R∗
x y
d) d(x, y) = e x−y , X = R
e) d(x, y) = |x − 3y|, X = R
f) d(x, y) = sin2 (x − y), X = R
g) d(x, y) = |x − y|, X = R
p

2. Seja X = Rn . Definem-se em X:

d2 (x, y) = máx{|xk − yk | : k = 1, · · · , n} ;
n
X
d3 (x, y) = |xk − yk |.
k=1

Demonstre que d2 e d3 são métricas em X.

3. Seja (X, d) um espaço métrico. Mostre que são métricas as seguintes funções:
a) d (x, y) = d(x, y)
′ p

d(x, y)
b) ρ(x, y) =
1 + d(x, y)

c) k(x, y) = mı́n{1, d(x, y)}

4. Dois números p > 1 e q > 1 são chamados expoentes conjugados, se


1 1
+ = 1.
p q
Prove que para todo x, y ∈ R+ e para os expoentes conjugados p e q, a
seguinte desigualdade é válida:
x p yq
xy ≤ + .
p q
2

5. Demonstre a desigualdade de Hölder (para a soma finita). Se p e q são


1 1
expoentes conjugados, i. é, + = 1, com a1 , · · · , an ≥ 0 e, b1 , · · · , bn ≥ 0.
p q
Então a desigualdade seguinte é válida

n n
1 n
1
X X  X 
ai bi ≤ aip p × bqi q
i=1 i=1 i=1

6. Demonstre a desigualdade de Minkowski (para a soma finita). Se p ≥ 1,


a1 , · · · , an ≥ 0 e, b1 , · · · , bn ≥ 0. Então a desigualdade seguinte é válida

n
1 n
1 n
1
X  X  X 
(ai + bi ) p p ≤ ai p +
p
bi p .
p

i=1 i=1 i=1

7. Seja p ≥ 1. Definimos as seguintes funções em Rn × Rn

n
1
X 
d p (x, y) = (xi + yi ) p p
i=1

d∞ (x, y) = máx |xi − yi |.


1≤i≤n

a) Prove que d p e d∞ são métricas em Rn


b) Prove que elas são métricas equivalentes.

8. Seja um espaço métrico (E, d). Demonstre que existe em E uma métrica d′
limitada por 1 (para todo par de pontosx, y ∈ E se verifica que d(x, y) ≤ 1)
equivale à métrica dada.

9. Demonstre que a recta real é metrizável.

10. Consideremos na recta real os conjuntos


1
A = Z+ B = {n − : n ≥ 2, n ∈ Z}
n
Achar d(A, B).

11. Sejam A, B ∈ Matm.n (K). Define-se Distância entre as matrizes:


m X
X n  2 1/2
d(A, B) := ai j − bi j .
i=1 i=1
3
   
 a b c d e   1 2 3 4 5 
 f g h i j   6 7 8 9 10 
Ache a distância de A =   e B =  
 k l m n o   11 12 13 14 15 


p q r s t 16 17 18 19 20
12. Seja U uma esfera aberta de centro em x0 e raio δ. Então para todo ponto
y de U existe uma esfera aberta V com centro em Y e inteiramente contida
em U.

13. Demonstre as equivalências:


i) f : X → Y é contı́nua em X
ii) f −1 (U) é um aberto de x, para cada aberto U de f (x)
iii) { f (xn )}n∈N tende a f (x), para cada sucessão (xn )n∈N que tende a x

14. Se f : X → Y e g : Y → Z são funções uniformemente contı́nuas, então


g ◦ f é uniformemente contı́nua.

15. Demonstre que a aplicação f : R × R → R dada por f (x, y) = x + y é


uniformemente contı́nua.

16. Demonstre que todo espaço métrico compacto é completo.


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TOPOLOGIA
Exercı́cios sobre espaços Topológicos

1. Seja (X, τ) um espaço topológico, onde τ consiste de 4 conjuntos, i.é.,

τ = {X, ∅, G, U},

com G e U subconjuntos próprios, distintos e não vazios de X. Mostre que


condições os conjuntos G e U devem Satisfazer.

2. Relacione todas as topologias em X = {a, b, c, d} que consistam exactamente


em 4 membros.

3. Seja f : X → Y uma função de um conjunto não-vazio X em um espaço


topológico (Y, Λ). Além disso, seja τ a classe de inversos de abertos de Y:

τ = { f −1 (G) : G ∈ Λ}.

Mostre que τ é uma topologia em X.

4. Seja τ a classe de subconjuntos de R que consiste em R, ∅ e todos os interva-


los infinitos abertos Ea = (a, ∞), com a ∈ R. Mostre que τ é uma topologia
em R.

5. No conjunto N dos números naturais provar que:

τ = {A ⊂ N : se 2n + 1 < A logo 2n, 2n + 2 < A}

é uma toplogia de N.

6. Seja a topologia

τ = {X, ∅, {a}, {a, b}, {a, c, d}, {a, b, c, d}, {a, b, e}}

em X = {a, b, c, d, e}. Determine:


i) O derivado dos conjuntos A = {c, d, e} e B = {b};
ii) Determine o fecho dos conjuntos {a}, {b}, {c, d} e {c, d, e};
iii) Indique os conjuntos em ii) que são densos em X
iv) Indique os membros da topologia relativa τA em A = {a, c, e}
5

7. Prove cada uma das afirmações seguintes:


i) A = A ∪ A ; A = A◦ ∪ FrA

ii) Se A ⊂ B então A ⊂ B
iii) A ∪ B = A ∪ B
iv) A ∩ B ⊂ A ∩ B
v) Se A ∩ B = ∅ então Fr(A ∪ B) = Fr(A) ∪ Fr(B)
vi) A◦ ∩ B◦ = (A ∩ B)◦ ; A◦ ∪ B◦ = (A ∪ B)◦ .

8. Demonstre que G é um aberto se, e somente se, G ∩ Fr(G) = ∅

9. Podemos ter dois subconjuntos X e Y da recta real, tais que:

(A ∪ B)◦ , A◦ ∪ B◦ ?

Justifique.

10. Sejam τ e τ duas topologias de um conjunto X. Demonstre que a famı́lia


τ ∩ τ formado por abertos comuns, é também uma topologia de X.


Dê um exemplo de um conjunto X e duas topologias τ e τ em X, tal que a


famı́lia τ ∪ τ não é uma topologia de X.



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TOPOLOGIA
Exercı́cios sobre Bases, bases locais e sub-bases

1. Demonstre a equivalência das duas definições de bases para uma topologia,


i. é., se B é uma subclasse de τ, então as duas afirmações seguintes são
equivalentes:
(i) Cada G ∈ τ é união de membros de B.
(ii) Para qualquer ponto p pertencente a um aberto G, ∃B p ∈ B tal que
p ∈ B p ⊂ G.

2. Dadas as famı́lias de subconjuntos de R:

B1 = {(a, b] : a, b ∈ R}, B2 = {[a, b) : a, b ∈ R}


′ ′
B1 = {(p, q] : p, q ∈ Q}, B2 = {[p, q) : p, q ∈ Q}
Provar que:
a) São bases de alguma topologia de R.
b) Se chamarmos τi = τ(Bi ) e τi = τ(Bi ), com i = 1, 2, τi , τi .
′ ′ ′

3. Seja B uma base para a topologia τ em X e seja B∗ uma classe de abertos


contendo B, i. é., B ⊂ B∗ ⊂ τ. Demonstre que B∗ é também base para τ.

4. No conjunto N dos números naturais se define:

B = {A ⊂ N : Para todo x ∈ A ∃n ∈ N tal que se m ≥ n, logo m.x ∈ A}.

a) Provar que B é base de uma topologia τ de N.


b) Em (N, τ) calcular o interior, o fecho e a fronteira de F = {2n+1 : n ∈ N}.

5. Seja X um espaço discreto e B a classe de todos os subconjuntos unitários de


X, i, é., B = {{p} : p ∈ X}. Mostre que qualquer classe B∗ de subconjuntos
de X é base para X se, e somente se, é superconjunto de B.

6. Determine a topologia τ em R gerada pela classe B de todos os intervalos


fechados [a, a + 1] de comprimemnto unitário.

7. Seja B uma sub-base para uma topologia τ em X e A ⊂ X. Mostre que a


classe BA = {A ∩ S : S ∈ τ} é uma sub-base para a topologia relativa τA em


A.

8. Mostre que cada cada ponto p de um espaço discreto X tem uma base local
finita.
7

9. Considere a topologia τ do limite superior em R, que admite como uma


base a classe dos intervalos semi-abertos (a, b]. Determine se cada uma das
sequências converge:
1 1 1 1 1 1 1
(1, , , · · · ); (−1, − , − , · · · ); (−1, , − , · · · )
2 3 2 3 2 3 4
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TOPOLOGIA
Exercı́cios sobre Funções contı́nuas, Homeomorfismos e bases
induzidas por funções

1. Mostre que se f : X → Y é uma função constante, digamos, f (x) = p ∈ Y,


para todo x ∈ X, então f é contı́nua em relação a qualquer topologia τ em
X e qualquer topologia τ∗ de Y.

2. Seja f : X → Y uma função. Se (Y, ζ) é um espaço não-discreto, prove que


f : (X, τ) → (Y, ζ) é contı́nua para qualquer τ.

3. Seja U a topologia usual na recta real e τ a topologia do limite superior em


R, gerada pelos intervalos semi-abertos (a, b]. Seja, além disso, f : R → R
definida por:


 x si x ≤ 1
f (x) =  .


 x + 2 si x > 1

a) Mostre f não é U − U contı́nua.


b) Mostre que f é τ − τ contı́nua.

4. Suponha-se que uma função f : (X, τ1 ) → (Y, τ2 ) não seja τ1 − τ2 contı́nua.


Mostre que, se τ∗1 é uma topologia em X mais fraca do que τ1 , e τ∗2 é uma
toplogia em Y mais forte do que τ2 , i. é., τ∗1 ⊂ τ1 e τ2 ⊂ τ∗2 , então f também
não é τ∗1 − τ∗2 contı́nua.

5. Mostre que a função identidade i : (X, τ) → (X, τ∗ ) é contı́nua se, e somente


se, τ é mais fina ou mais forte do que τ∗ , i. é., τ∗ ⊂ τ.

6. Sejam as funções f : X → Y e g : Y → Z contı́nuas. Prove que a função


composta g ◦ f : X → Z é também contı́nua.

7. Seja f : (X, τ) → (Y, τ∗ ) contı́nua. Prove que fA : (X, τA ) → (Y, τ∗ ) é


contı́nua, onde A ⊂ X e fA é a restrição de f a A.

8. Considere a seguinte topologia definida em X = {a, b, c, d}:


τ = {X, ∅, {a}, {b}, {a, b}, {b, c, d}}. Seja a função f : X → X dada por:
f = {(a, b), (b, d), (c, b), (d, c)}. Mostre que:

a) f não é continua em c.
b) f é contı́nua em d.
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9. Sumponhamos que o conjunto unitário {p} seja subconjunto de um espaço


topológico X. Mostre que, para qualquer espaço topológico Y e qualquer
função f : X → Y, f é contı́nua em p ∈ X.

10. Seja a função real f : R → R definioda por f (x) = x2 . Mostre que f não é
aberta.

11. Seja β uma base para um espaço topológico X. Mostre que se f : X → Y


tem a propriedade de que f [B] é aberto par todo B ∈ β, então f é uma
função aberta.

12. Mostre que:


1
a) A função f : (−1, 1) → R dada por f (x) = tg πx é um homeomorfismo.
2
b) o intervalo A = [a, b] é homeomorfo do intervalo fechado unitário I =
[0, 1].

13. Considere a seguinte topologia definida em Y = {a, b, c, d}:


τ = {X, ∅, {a}, {c}, {a, b, c}, {c, d}}. Seja X = {1, 2, 3, 4} e sejam as funções
f : X → (Y, τ) e g : X → (Y, τ) dadas por:

f = {(1, a), (2, a), (3, d), (4, b)} e g = {(1, b), (2, c), (3, c), (4, d)}.

Determine a sub-base definidora β para a topologia τ∗ em X induzida por f


e g, i. é., a topologia menos fina em relação a qual f e g são contı́nuas.

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