Você está na página 1de 14

AF - Lista 01

Professor Marcos Leandro


Turma de Doutorado 2018
20 de Abril de 2018

1. Se E = (E, k.k) é um espaço vetorial normado real e d(x, y) = kx − yk, x, y ∈ E , mostre que d é
uma métrica em E e portanto, que (E, d) é um espaço métrico.

Solution: Para mostrar que d é uma métrica em E, dados x, y, z ∈ E , vamos mostrar que d
satisfaz às seguintes propriedades:

• d(x, x) = 0.
De fato, d(x, x) = kx − xk = k0k = 0, onde a segunda igualdade segue do fato de que E é
espaço vetorial e a última igualdade segue da propriedade da norma.

• d(x, y) > 0, se x 6= y .
Segue da propriedade da norma que d(x, y) = kx − yk > 0, pois x − y 6= 0.
• d(x, y) = d(y, x).
Temos também pela propriedade da norma que d(x, y) = kx − yk = | − 1|kx − yk =
k − (x − y)k = ky − xk = d(y, x).
• d(x, z) ≤ d(x, y) + d(y, z).
Pela Desigualdade Triangular válida para a norma, segue que

d(x, z) = kx − zk = kx − y + y − zk ≤ kx − yk + ky − zk = d(x, y) + d(y, z).

Portanto (E, d) é um espaço métrico.

2. Dados p ∈ R, 1 ≤ p < ∞ e q>0 com 1/p + 1/q = 1 valem:

(a) para a, b ≥ 0,
ap bq
ab ≤ + , (Des. Young)
p q
(b) para xi , yi ∈ R,
N N N
X X 1/p X 1/q
|xi yi | ≤ |xi |p |yi |q , (Des. Hölder) ,
i=1 i=1 i=1

(c) para xi , yi ∈ R,
N N N
X 1/p X 1/p X 1/p
kx + ykp := |xi + yi |p ≤ |xi |p + |yi |p , (Des. Minkowski) .
i=1 i=1 i=1

Solution:

1
(a) Nesse item faremos a desigualdade para p, q > 1. Consideremos a função, f (x) = xp−1
denida em (0, ∞), observe que:
a a
ap
Z Z
A1 = f (x)dx = xp−1 dx = .
0 0 p
1
Note que a função g(y) = y p−1 f (x) em (0, ∞). Além
é a inversa de disso

b Z b
bq
Z
1
A2 = g(y)dy = y p−1 dy = .
0 0 q
Podemos supor sem perda de generalidade que, a < b. Fazendo o gráco da função f
podemos ver facilmente que:
ab ≤ A1 + A2 .
O que prova a desigualdade de Young.

(b) Utilizaremos o item (i) para os seguintes números:

|xk | |yk |
a= ! p1 e b= ! q1 , ∀ k≥1
N
X N
X
|xi |p |yi |q
i=1 i=1

Temos que,
 p  q
   
   

 |xk | 


 |yk | 

 N ! p1   N ! q1 
 X   X 
 |xi |p   |yi |q 
|xk | |yk | i=1 i=1
N
! p1 N
! q1 ≤ p
+
q
.
X X
|xi |p |yi |q
i=1 i=1

Passando o somatório em k, variando de 1 até N, obtemos:

N N N
1 X 1 X
p 1 X
! p1 ! q1 |xk yk | ≤ N
|xk | + N
|yk |q .
N N
k=1 k=1 k=1
X X
p |xi |p q |yi |q
X X
p q
|xi | |yi |
i=1 i=1 i=1 i=1

1 1
Usando que
p + q = 1, e reindexando os índices teremos a desigualdade requerida.

(c) Agora para o item (iii), utilizaremos a desigualdade de Hölder,

N
X N
X
(kx + ykp )p = |xi + yi |p−1 |xi + yi | ≤ (|xi | + |yi |)|xi + yi |p−1 ,
i=1 i=1

dessa maneira teremos a desigualdade:

N
X N
X
(kx + ykp )p ≤ |xi ||xi + yi |p−1 + |yi ||xi + yi |p−1 . (Usando Hölder, obteremos)
i=1 i=1
≤ kxkp k(|x1 + y1 |p−1 , ..., |xn + yn |p−1 )k p−1
p

+ kykp k(|x1 + y1 |p−1 , ..., |xn + yn |p−1 )k p−1


p ,

N
X p−1
= ( |xi + yi |p ) p (kxkp + kykp ).
i=1

Logo,
kx + ykp ≤ kxkp + kykp .

Page 2
3. Mostre que:

(a) k.k, k.kS , k.kM são normas equivalentes em RN ;


(b) Se N = 2, então lim kxkp = kxkM ;
p→∞
(c) Duas normas em um espaço de dimensão nita são equivalentes.

Solution:
(a) (Primeira solução) Pelo item iii, temos: Se X é um espaço vetorial de dimensão nita, en-
tão todas as normas em X são equivalentes. Em particular, as normas k.k, k.kS , k.kM
N N
são normas equivalentes em R , pois R é um espaço vetorial de dimensão n.

(Segunda solução) Basta mostrar que as normas são duas a duas equivalentes. Inicialmente,
mostraremos que k.k ∼ k.kS .
Pela denição de normas equivalentes, precisamos encontrar A, B > 0, de forma que,
AkxkS ≤ kxk ≤ BkxkS para todo x ∈ RN .

Armação 1: k.k ≤ Bk.kS .


N
Dado x ∈ R , temos

n n n
! n
! n
!2
X X X X X
x2i = |xi xi | ≤ |xi | |xi | = |xi |
i=1 i=1 vi=1 i=1 i=1
uXn n
X
x2i ≤
u
⇒t |xi |
i=1 i=1

Logo kxk ≤ 1kxkS e B=1.

Armação 2: Ak.kS ≤ k.k


v
u n 2
uX
|xi | ≤ t xi para cada i = 1, 2, 3, · · · , n.
i=1
Somando as desigualdades, temos
v
n
X
u n
uX 2
|xi | ≤ nt x i
i=1 i=1
v
n u n
1X uX 2
⇒ |xi | ≤ t xi .
n i=1 i=1

1 1
Logo kxkS ≤ kxk e A= .
n n
Agora mostremos que k.kS ∼ k.kM .
Por denição precisamos encontrar A, B > 0, de forma que,

AkxkM ≤ kxkS ≤ BkxkM para todo x ∈ RN .


n
X
Observe que |xi | ≤ n max {|xi |}.
i
i=1
Logo B = n. Por outro lado,

n
X
max {|xi |} ≤ |xi |.
i
i=1

Logo A = 1.
Por m, k.k ∼ k.kM . Pela transitividade da relação de equivalência, temos

Page 3
k.k ∼ k.kS , k.kS ∼ k.kM ⇒ k.k ∼ k.kM .

(b) Basta provar que kxkM ≤ lim kxkp ≤ kxkM .


p→∞

De fato,

Se N =2 tem-se, então dado um vetor x ∈ R2 , x = (x1 , x2 ).

kxkp = kx1 kp + kx2 kp ≤ 2 max {kx1 kp , kx2 kp }


1 1 1
(kx1 kp + kx2 kp ) p ≤ 2 p (max {kx1 kp , kx2 kp }) p
Aplicando limite com p → ∞, tem-se:
1 1 1
lim (kx1 k + kx2 kp ) p ≤ lim 2 p (max {kx1 kp , kx2 kp }) p
p
p→∞ p→∞
1
lim (kx1 kp + kx2 kp ) p ≤ max {kx1 k, kx2 k}
p→∞

Logo lim kxkp ≤ kxkM . Observe ainda que


p→∞

max {kx1 kp , kx2 kp } ≤ kx1 kp + kx2 kp


1 1
(max {kx1 kp , kx2 kp }) p ≤ (kx1 kp + kx2 kp ) p
Aplicando limite com p → ∞, tem-se:
1
lim max {kx1 k, kx2 k} ≤ lim (kx1 kp + kx2 kp ) p
p→∞ p→∞
1
max {kx1 k, kx2 k} ≤ lim (kx1 kp + kx2 kp ) p
p→∞

Logo kxkM ≤ lim kxkp . Portanto segue que lim kxkp = kxkM .
p→∞ p→∞

(c) Sejam k.k : X → R uma norma em {e1 , e2 , · · · , en } uma base para X . Dado ξ ∈ X ,
X e
X n
existem ξ1 , ξ2 , · · · , ξn ∈ F, onde n = dimX , tal que, ξi ei . Basta mostrar k.k é equivalente
i=1
n
X
a k.k∗ = |ξi |. Segue que
i=1

n
X  n
X
kξk ≤ |ξi |kei k ≤ max kei k |ξi | = Bkξk∗ .
i
i=1 i=1

Para obter a outra desigualdade, suponha por absurdo, que não exista A>0 com

Akξk∗ ≤ kξk, para todo ξ ∈ X . Dessa forma, para todo N ∈ N existe ξN ∈ X com
kξN k∗ = 1 e 1 = kξN k∗ > N kξN k. Como S(0; 1) é compacta, existe uma subsequência
(ξNj ) de (ξN ) convergindo para ξ0 em (X, k.k∗ ), pela continuidade da norma vem que
kξ0 k∗ = 1. Assim, usando a desigualdade obtida acima,
1
kξ0 k ≤ kξ0 − ξNj k + kξNj k ≤ Bkξ0 − ξNj k +
Nj

que converge a zero quando j → ∞, ou seja, kξ0 k = 0 e ξ0 = 0, contradição, pois kξ0 k∗ = 1.

Page 4
4. Dado p ∈ [1, ∞) considere


X
|xi |p < ∞ ,

`p = x = (x1 , x2 , · · · ) |
i=1


X 1/p
kxkp = |xi |p .
i=1

(a) Mostre que E = (`p , k.kp ) é um espaço normado.


(b) Se x ∈ ` ∩ `q , 1 ≤ p ≤ q < ∞, então x ∈ `r , para
p
todo r ∈ [p, q]. Além disso, prove que

1 α 1−α
kxkr ≤ kxkα 1−α
p kxkq , onde = + .
r q q
(c) Seja 1 ≤ p ≤ q < ∞. Mostre que `p ⊂ `q . Além disso, prove que kxkq ≤ kxkp , ∀x ∈ `p .
p
(d) Prove que para 1 ≤ p < ∞ teremos que ` ⊂ c0 .

Solution:

(i) Mostre que E = (`p , k.kp ) é um espaço normado.


Vamos denotar por K o corpo dos números reais ou complexos. Assim, dados x =
(x1 , x2 , · · · ) e y = (y1 , y2 , · · · ) em `p e α em K, denimos as operações

x + y = (x1 , x2 , · · · ) + (y1 , y2 , · · · ) = (x1 + y1 , x2 + y2 , · · · ),

αx = α(x1 , x2 , · · · ) = (αx1 , αx2 , · · · ).


Assim, `p é um espaço vetorial, já que as propriedades de espaço vetorial são satisfeitas
para os números reais que compõem cada coordenada de um elemento em `p . Note que os
elementos resultantes das operações ainda pertencem a `p , pois:

• pela Desigualdade de Minkowski e pelo fato de que x, y ∈ `p


! p1 ∞
! p1 ∞
! p1 ∞
X X X X
|xi + yi |p ≤ |xi |p + |yi |p <∞ ⇒ |xi + yi |p < ∞
i=1 i=1 i=1 i=1

⇒ (x + y) ∈ `p ;
• pela propriedade do módulo em números reais e pelo fato de que x ∈ `p ,

X ∞
X ∞
X
|αxi |p = |α|p |xi |p = |α|p |xi |p < ∞ ⇒ (αx) ∈ `p
i=1 i=1 i=1
.

Além disso, para mostrar que k.kp é norma, note que:


! p1
X
p
• kxkp = |xi | ≥ 0, pois é soma de números não negativos, e
i=1
kxkp = 0 ⇐⇒ |xi | = 0 ∀i ∈ N ⇐⇒ x = 0;

! p1 ∞
! p1 ∞
! p1
X X X
• kαxkp = |αxi |p = |α|p |xi |p = |α| |xi |p = |α|kxkp ;
i=1 i=1 i=1


! p1 ∞
! p1 ∞
! p1
X X X
p p p
• kx + ykp = |xi + yi | ≤ |xi | + |yi | = kxkp + kykp ,
i=1 i=1 i=1
onde a desigualdade é devido à desigualdade de Minkowski.

Page 5
Portanto (`p , k.kp ) é espaço normado.

(ii) Se x ∈ `p ∩ `q , 1 ≤ p ≤ q < ∞, então x ∈ `r , para todo r ∈ [p, q]. Além disso, prove que

1 α 1−α
kxkr ≤ kxkα 1−α
p kxkq , onde = + .
r p q
P∞ P∞
Seja x = (x1 , x2 , · · · ) ∈ `p ∩ `q , então i=1 |xi |p < ∞ e i=1 |xi |q < ∞. O inciso (iii),
r
seguinte a provar, garanta que x ∈ ` .

0 p q
Como
1 α 1−α 1 1
r = p + q , então 1 = p0 + q 0 , onde p = αr e q0 = (1−α)r , logo podemos fazer
uso da desigualdade de Hölder da seguinte maneira:

kxkr = kxα x1−α kr



1−α r 1/r
X
(|xα

= i ||xi |)
i=1
∞ ∞
X 0 1/p0 X 0 1/q0 1/r
(|xα rp
(|x1−α |)rq

≤ i |) i
i=1 i=1
∞ ∞
p/α α/p
X X (1−α)/q
(|xα (|x1−α |)q/(1−α)

= i |) i
i=1 i=1
∞ ∞
X α/p X (1−α)/q
= (|xi |)p (|xi |)q
i=1 i=1
= kxkα 1−α
p kxkq .

(iii) Seja 1 ≤ p ≤ q ≤ ∞. Mostre que `p ⊂ `q . Além disso, prove que kxkq ≤ kxkp , ∀x ∈ `p .

P∞p p
Seja x ∈ `p , i=1 |xi | < ∞ e portanto |xi | −→ 0 sempre que i −→ ∞, logo existe
então
i0 com a propriedade |xi | < 1 para todo i > i0 . O fato que |xi |p < 1 implica que |xi | < 1
p
q p
e assim |xi | ≤ |xi | para todo i > i0 e portanto


X i0
X ∞
X i0
X ∞
X
|xi |q = |xi |q + |xi |q ≤ |xi |q + |xi |p < ∞,
i=1 i=1 i=i0 +1 i=1 i=i0 +1

portanto x ∈ `q .

|xi | |xi |
Seja x̂ = kxkp para i = 1, 2, · · · , então para todo i = 1, 2, · · · cumpre-se que kxkp ≤ 1 e
|xi |  q |xi |  p
assim
kxkp ≤ kxk p
, onde fazendo a soma para todo i ∈ N obtemos kxkq ≤ kxkp .

(iv) Prove que para 1≤p<∞ teremos que `p ⊂ c0 .


O resultado segue da denição de serie convergente, de fato, se
P∞ x = (x1 , x2 , · · · ) ∈ `p ,
p p
implica que i=1 |xi | < ∞ ou melhor |xi | −→ 0 quando i −→ ∞, portanto x ∈ c0 .

5. Considere 
`∞ = x ∈ RN | x é limitada ,

kxk∞ = sup |xi |.


i∈N

Mostre que E = (`∞ , k.k∞ ) é um espaço normado.

Page 6
Solution: Seja K o corpo dos números reais ou complexos. Note que

X = {x = (x1 , x2 , ...) | xi ∈ K, ∀i ∈ N}

é um espaço vetorial (com a soma e produto por escalar usual). Seja x, y ∈ `∞ e α, β ∈ K, temos

sup |αxi + βyi | ≤ sup(|αxi | + |βyi |) ≤ sup |αxi | + sup |βyi | = |α| sup |xi | + |β| sup |yi | . (1)

Daí, podemos armar que

sup |αxi + βyi | ≤ |α| kxk∞ + |β| kyk∞ < ∞ =⇒ αx + βy ∈ `∞ .

Portanto, `∞ é um subespaço vetorial de X, e portanto, um espaço vetorial. Agora, basta


provarmos que kxk∞ = sup |xi | é uma norma. Vejamos:

• kxk∞ = sup |xi | ≥ 0,


• kxk∞ = 0 ⇐⇒ sup |xi | = 0 ⇐⇒ xi = 0, ∀i ∈ N ⇐⇒ x = 0,
• kαxk∞ = sup |αxi | = |α| sup |xi | = |α| kxk∞ ,

• Basta fazer α=β=1 em (1) e usar a denição de k.k∞ .

Obs: Todos os supremos estão com respeito ao índice i da sequência.

6. Considere 
c = x ∈ CN | x é convergente ,

c0 = x ∈ c | lim xi = 0 ,
i→∞

kxk∞ = sup |xi |.


i∈N

Mostre que E = (c, k.k∞ ) e E = (c0 , k.k∞ ) são espaços normados.

Solution: Notemos inicialmente que basta mostrar que c e c0 são subespaços vetoriais de `∞ (C),
e que (`∞ (C), k.k∞ ) é um espaço vetorial normado, uma vez que norma restrita a subespaço
vetorial ainda é norma. Mostremos inicialmente que (`∞ (C), k.k∞ ) é um e.v.n. Sejam, pois,
dados (xi ) e (yi ) em `∞ e λ∈C

1. Que `∞ é espaço vetorial (sobre C), pode ser vericado de maneira inteiramente análoga
ao exercício anterior, com as mesmas operações

(xi ) + (yi ) = (xi + yi ) e λ(xi ) = (λxi );

2. k(xi )k∞ = sup |xi | ≥ 0, e vale a igualdade se, e somente se, xi = 0, ∀i, se e somente se
i
x = 0;
3. kλ(xi )k∞ = sup |λxi | = |λ| sup |xi | = |λ|k(xi )k∞ ;
i i

4. k(xi ) + (yi )k∞ = sup |xi + yi | ≤ sup(|xi | + |yi |) ≤ sup |xi | + sup |yi | = k(xi )k∞ + k(yi )k∞ .
i i i i

Portanto, (`∞ (C), k.k∞ ) é um e.v.n., como armamos. Mostremos agora que c e c0 são subes-
paços vetoriais de `∞ ,

5. Como sequências convergentes são limitadas, temos que c e c0 são subconjuntos de `∞ ;

Page 7
6. 0 = (0, 0, · · · ) ∈ c ∩ c0 , pois sequências constantes convergem (para essa constante, neste
caso zero);

7. Se x = (xi ), y = (yi ) ∈ c são tais que xi → a e yi → b quando i → ∞, e λ ∈ C, então pela


continuidade da soma e da multiplicação por escalar, temos que λx + y = (λxi + yi ) é tal
que
i→∞
λxi + yi −−−→ λa + b, (2)

e daí temos que λx + y ∈ c. De (2) decorre ainda que, se x, y ∈ c0 , ou seja, se a = b = 0,


temos que λx + y ∈ c0 .

Segue então que c e c0 são subespaços vetoriais de `∞ . Com isso, completamos o exercício.

7. Dena Z 1
kxk1 = |x(t)|dt, x ∈ C([0, 1]).
0
Mostre que E = (C([0, 1]), k.k1 ) é um espaço normado.

Solution: Primeiramente, mostraremos que E é um espaço vetorial. Para isso, considere x:


[0, 1] → R, y : [0, 1] → R, z : [0, 1] → R em C([0, 1]), arbitrárias. Logo

• COMUTATIVIDADE: x(t) + y(t) = y(t) + x(t), ∀t ∈ [0, 1].

• ASSOCIATIVIDADE:(x(t)+y(t))+z(t) = x(t)+(y(t)+z(t)), α(βx(t)) = (αβ)x(t), ∀t ∈


[0, 1].
• VETOR NULO: ∃0 ∈ C([0, 1]), dado por 0 : [0, 1] → R, tal que x(t) + 0 = 0 + x(t) =
x(t), ∀t ∈ [0, 1].

• INVERSO ADITIVO:Para cada x ∈ C([0, 1]) existe um −x ∈ C([0, 1], tal que x(t) −
x(t) = −x(t) + x(t) = 0, ∀t ∈ [0, 1].
• DISTRIBUTIVIDADE: (α+β)x(t) = αx(t)+βy(t), α(x(t)+y(y)) = αx(t)+βy(t), ∀t ∈
[0, 1].
• MULTIPLICAÇÃO POR 1: 1.x(t) = x(t), ∀t ∈ [0, 1].

Agora, mostraremos que kk1 é norma. Primeiramente, temos que

Z 1
kxk1 = |x(t)|dt ≥ 0
0

E
Z 1
kxk1 = 0 ⇐⇒ |x(t)|dt = 0 ⇐⇒ |x(t)| = 0, ∀t ∈ [0, 1] ⇐⇒ x = 0
0

Dado λ ∈ R, temos que

Z 1 Z 1 Z 1
kλxk1 = |λx(t)|dt = |λ||x(t)|dt = |λ| |x(t)|dt = |λ|kxk1
0 0 0

E
Z 1 Z 1 Z 1 Z 1
kx + yk1 = |x(t) + y(t)|dt ≤ |x(t)| + |y(t)|dt = |x(t)|dt + |y(t)|dt = kxk1 + kyk1 .
0 0 0 0

Isso mostra que E é espaço vetorial normado.

Page 8
8. Dado um espaço normado E = (E, k.k) mostre que:

(a) kxk − kxk ≤ kx − yk, x, y ∈ E ,

(b) se xn → x então kxn k → kxk,


(c) se xn → x e yn → y então xn + yn → x + y ,
(d) se α∈R e xn → x então αxn → αx.

Solution:
(a) Sejam x, y ∈ E . Notemos que,


kxk = kx − y + yk ≤ kx − yk + kyk e
kyk = ky − x + xk ≤ ky − xk + kxk = kx − yk + kxk

Daí,
 
kxk ≤ kx − yk + kyk kxk − kyk ≤ kx − yk

kyk ≤ kx − yk + kxk kyk − kxk ≤ kx − yk

kxk − kyk ≤ kx − yk
⇒ ⇒ ±(kxk − kyk) ≤ kx − yk
−(kxk − kyk) ≤ kx − yk

Portanto, kxk − kyk ≤ kx − yk.

(b) Temos que xn → x, kxn − xk → 0. Notemos pelo item (a) que,


isto é,


kxn − xk ≥ kxn k − kxk ⇒ kxn k − kxk → 0 ⇔ kxn k → kxk.

Portanto, kxn k → kxk.


(c) Temos que xn → x e Temos que yn → y , isto é, kxn − xk → 0 e kyn − yk → 0. Daí,

kxn + yn − (x + y)k = kxn − x + yn − yk ≤ kxn − xk + kyn − yk → 0.

Portanto, xn + yn → x + y .
(d) Temos que xn → x, isto é, kxn − xk → 0. Daí,

kαxn − αxk = kα(xn − x)k = |α|kxn − xk → 0.

Portanto, αxn → αx.

9. Prove que E = (C([0, 1]), k · k1 ) não é completo.

R1
Solution: Lembremos que |f |1 =
0
|f (t)|dt. Tomemos fn (t) = tn , para t ∈ [0, 1]. Sabemos
que {fn }n∈N ⊂ C([0, 1]). Temos ainda que
Z 1 Z 1
1 1 n,m
n < m ⇒ |fn − fm |1 = |tn − tm |dt = (tn − tm )dt = − −−→ 0,
0 0 n+1 m+1

e, portanto {fn } é uma sequência de Cauchy. No entanto, {fn } não converge para em C[0, 1].
De fato,

0, se 0≤t<1
lim fn (t) = =: f (t).
t→∞ 1, se t=1
Note que
Z 1
1 n→∞
|fn − f |1 = tn dt = −−−−→ 0,
0 n+1

Page 9
e portanto, a sequência {fn } ⊂ E coverge para f que, por ser descontínua, pertence a E. Com
isso, mostramos que E não é completo, pois possui uma sequência de Cauchy que não converge
para um de seus pontos.

10. Dado um aberto limitado Ω ⊂ RN mostre que E = (C(Ω), |.|∞ ) é um espaço de Banach.

Solution: Consideremos em C(Ω) = {f : Ω → R; f é contínua} a norma |f |∞ = sup |f (x)|.


x∈Ω
Provemos que:

• C(Ω) é espaço vetorial;


De fato, para f, g ∈ C(Ω) e α ∈ R, consideremos as operações

f + g : Ω → R, (f + g)(x) = f (x) + g(x), ∀x ∈ Ω,

αf : Ω → R, (αf )(x) = αf (x), ∀x ∈ Ω.


Dessa forma, C(Ω) é um espaço vetorial, pois os elementos resultantes das operações ainda
pertencem a C(Ω), já que a soma de funções contínuas ainda é uma função contínua, e o
produto de uma função contínua por um escalar ainda é uma função contínua. Além disso,
as propriedades de espaço vetorial são satisfeitas para os números reais que compõem o
contradomínio das funções em C(Ω).
• |.|∞ é norma;
De fato, note que |.|∞ está bem denida. Temos que Ω é um compacto e as funções em
C(Ω) são contínuas. Além disso, a função modular também é contínua, donde concluímos
que o conjunto {|f (x)|; x ∈ Ω} é compacto, para cada f ∈ C(Ω), e portanto possui valor
supremo.

Agora, sejam f, g ∈ C(Ω) e α ∈ R. Então

i) |f |∞ = sup |f (x)| ≥ 0, pois é supremo de valores não negativos;


x∈Ω
e |f |∞ = 0 ⇔ sup |f (x)| = 0 ⇔ |f (x)| = 0, ∀x ∈ Ω ⇔ f = 0.
x∈Ω
ii) |αf |∞ = sup |αf (x)| = sup |α||f (x)| = |α| sup |f (x)| = |α||f |∞ ;
x∈Ω x∈Ω x∈Ω
iii) |f + g|∞ = sup |f (x) + g(x)| ≤ sup |f (x)| + |g(x)| ≤ sup |f (x)| + sup |g(x)| =
x∈Ω x∈Ω x∈Ω x∈Ω
|f |∞ + |g|∞ , onde a desigualdade segue da desigualdade triangular de números reais.

• (C(Ω), |.|∞ ) é completo;



Seja (fm )m=1 uma sequência de Cauchy em C(Ω). Então, dado  > 0, existe N ∈N tal
que
m, n > N ⇒ |fm − fn |∞ = sup |fm (x) − fn (x)| < . (3)
x∈Ω

Assim, para qualquer x0 ∈ Ω xo,

|fm (x0 ) − fn (x0 )| ≤ sup |fm (x) − fn (x)| < , m, n > N.


x∈Ω

(fm (x0 )) é uma sequência de Cauchy de números reais. Como R é completo,


Isso mostra que
fm (x0 ) → f (x0 ) quando m → ∞. Desse jeito, para cada
a sequência converge; isto é,
x ∈ Ω, podemos denir a função f : Ω → R por f (x) = lim fm (x). Em (3), se n → ∞,
m→∞
obtemos que sup |fm (x) − f (x)| < , e então para qualquer x ∈ Ω,
x∈Ω

|fm (x) − f (x)| ≤ sup |fm (x) − f (x)| < .


x∈Ω

Page 10
Isso mostra que (fm (x)) converge uniformemente para f (x). Como as fi 's são contínuas
em Ω e a convergência é uniforme no compacto Ω, a função limite f é contínua em Ω.
Então f ∈ C(Ω) e fm → f , pois vimos que dado  > 0, existe N ∈ N tal que

m>N ⇒ |fm − f |∞ = sup |fm (x) − f (x)| < .


x∈Ω

Isso prova que C(Ω) é completo.

Portanto, (C(Ω), |.|∞ ) é um espaço de Banach.

11. Prove que `p , 1 ≤ p ≤ ∞, é um espaço de Banach.

Solution: Como já vimos que `p é um espaço vetorial normado (Exercício 4), falta vericarmos
p
se ` é completo, isto é, toda sequência de Cauchy converge a um elemento do espaço.
De fato, seja (xn )∞ 1 2 j ∞
n=1 = (xn , xn , · · · , xn , · · · )n=1 ∈ `
p
uma sequência de Cauchy, ou seja, ∀ε>
0, ∃ n0 ∈ N tal que ∀ m, n > n0

kxm − xn kp < ε ⇒ |xjm − xjn | < ε, ∀ j ∈ N.

Logo, (xjn ) ∈ R é de Cauchy, daí é convergente já que R é completo.


j
Seja xj = lim xn para cada j ∈ N e dena x = (x1 , x2 , · · · ).
p
Mostraremos que x ∈ ` e xm → x.
Como,
 1/p
Xk
kxm − xn kp < ε ⇒  |xjm − xjn |p  < ε, ∀ m, n ≥ n0 .
j=1

Fazendo n → ∞, temos que

  p1
Xk
 |xjm − xj |p  < ε, ∀ m ≥ n0 , k ∈ N.
j=1

⇒ kxm − xkp < ε, ∀ m, n ≥ n0 ⇒ xm → x


E, xm − x ∈ `p , pois

X
|xjm − xj |p < εp < ∞.
j=1

Note que, x = (x − xm ) + xm ∈ `p , pois `p é um espaço vetorial.


Portanto, xm → x com x ∈ `p e com isso `p é Banach.

12. Seja N um espaço normado sobre um corpo de escalares F. Prove que N é um espaço de Banach se,
e somente se, toda série de elementos de N absolutamente convergente é convergente.


X
Solution: Suponha inicialmente que N é um espaço de Banach e seja xk , uma série abso-
k=1
lutamente convergente em N, i.e.,


X
{xk } ⊂ N e kxk k < ∞. (4)
k=1

Page 11

X n
X
Devemos mostrar que xk converge em N. Ponha Sn := xk . Então,
k=1 k=1

n
X n
X n,m→∞
n > m ⇒ kSn − Sm k = xk ≤ kxk k −−−−−→ 0 [por (4)],


k=m+1 k=m+1

o que nos mostra ser {Sk } ⊂ N uma sequência de Cauchy, e portanto convergente, pois N é
completo.

Reciprocamente, suponha que toda série absolutamente convergente em N converge (em N ), e


considere {xn }n∈N ⊂ N {xn } converge. Note
uma sequência de Cauchy. Devemos mostrar que
que é suciente mostrarmos que {xn } possui uma subsequência convergente. Ora, como {xn } é
uma sequência de Cauchy, podemos escolher uma subsequência {xnk }k∈N que satisfaz,

kxnk+1 − xnk k < 1/2k , ∀ k ∈ N. (5)


X ∞
X
Como 1/2k < ∞, temos de (5) que (xnk+1 −xnk ) é absolutamente convergente, e portanto,
k=1 k=1
por hipótese, é convergente. Note que suas somas parciais são tais que

n
m→∞
X
Sm = (xnk+1 − xnk ) = xnm+1 − xn1 −−−−→ x ∈ N ,
k=1

m→∞
e assim, xnm+1 −−−−→ x + xn1 ∈ N . Obtemos então uma subsequência {xnm }m∈N de {xn } que
converge, e portanto, como esta é de Cauchy, segue que converge (para o mesmo limite que a
subsequência). Como queríamos.

13. (Ω, A, µ) espaço de medida positiva, Lp (Ω, A, µ) = {[f ] : f ∈ LRp (Ω, A, µ)} com Lp (Ω, A, µ) := {u :
p
|u| dµ < ∞}. Dena kukp = ( Ω |u|p dµ)(1/p) .Prove que (Lp (Ω), k ·
R
Ω → R; u é mensurável e Ω
kp ) é um espaço de Banach.

Solution: Note que k · kp não é, em geral uma norma em Lp (Ω, A, µ), pois pode acontecer
kukp = 0 para u não identicamente nula.
De modo geral se (Ω, A, µ) espaço de medida, introduzimos uma relação de equivalência dizendo
que duas funções u, v : Ω → R, são equivalentes se u = v µ-quase sempre, isto é, existe um
conjunto B ∈ A tal que µ(B) = 0 e u(x) = v(x), ∀x ∈/ B.
Denotando a classe de equivalência de uma função u por [u], o conjunto quociente é

Lp (Ω, A, µ) = {[u] : u ∈ Lp (Ω, A, µ)}

as operações
[u] + [v] = [u + v] e α[u] = [αu]
Além disso, denindo k[u]kp = kukp .

(a) Primeiramente vamos mostrar que Lp (Ω, A, µ) é um espaço vetorial. De fato, sejam u, v ∈
p p
L (Ω, A, µ) e α ∈ R. L (Ω, A, µ) é um espaço vetorial, já que as propriedades de espaço
vetorial são satisfeitas para as classes de equivalência das funções mensuráveis. Note que
os elementos resultantes das operações ainda pertencem a Lp (Ω, A, µ) pois;

• Pela desigualdade de MInkowski para integrais temos que

ku + vkp ≤ kukp + kvkp < ∞

Assim [u + v] ∈ Lp (Ω, A, µ).

Page 12
|αu|p dµ = |α|p |u|p dµ < ∞.
R R
• Usando propriedades do módulo e da integral temos
Ω Ω
p
Logo [αu] ∈ L (Ω, A, µ)
(b) (Lp (Ω, A, µ), k · kp ) é um espaço normado

• |u| ≥ 0 ⇒ |u|p ≥ 0 ⇒ Ω |u|p dµ ≥ 0 ⇒ ( Ω |u|p dµ)(1/p) ≥ 0, Portanto kukp ≥ 0.


R R

kukp = 0 ⇔ ( Ω |u|p dµ)(1/p) = 0 ⇔ Ω |u|p dµ = 0 ⇔ |u| = 0 ⇔ u = 0, (existe


R R
um
B ∈ A tal que µ(B) = 0 tal que u(x) = 0, ∀x ∈ / B .)
p (1/p) p p (1/p)
= |α|( Ω |u|p dµ)(1/p) = |α|kukp
R R R
• kαukp = ( Ω |αu| dµ) = ( Ω |α| |u| dµ)
• Usando a desigualdade triangular para módulo e a desigualdade de Hölder
Z Z
ku + vkpp = p
|u + v||u + v|p−1 dµ
|u + v| dµ =
ZΩ Ω
Z Z
≤ (|u| + |v|)|u + v|p−1 dµ = |u||u + v|p−1 dµ + |v||u + v|p−1 dµ
Ω Ω Ω
Z 1/p Z (p−1)/p Z 1/p Z (p−1)/p
p p p p
≤ |u| dµ |u + v| dµ + |v| dµ |u + v| dµ
Ω Ω Ω Ω
= ku + vkp−1
p (kukp + kvkp )

Portanto, ku + vkp ≤ (kukp + kvkp )


(c) Finalmente vamos mostrar que (Lp (Ω, A, µ), k · kp ) é um espaço de Banach, resta provar
∞ p
que é um espaço completo. Para isso seja (fn )n=1 uma sequência de Cauchy em L (Ω, A, µ).
Então, dado  > 0 existe um M = M () ∈ N tal que
Z
|fn − fm |p dµ = kfn − fm kpp < p , sempre que m, n ≥ M


Seja (gk )k=1 uma subsequência de (fn )∞
n=1 tal que kgk+1 − gk k < 2−k , para todo k ∈
N.Considere a função

X
g : Ω → R ∪ {∞}, g(x) = |g1 (x)| + |gk+1 − gk (x)| (6)
k=1

g é mensurável e não negativa.Além disso,

n
!p
X
p
|g(x)| = lim |g1 (x)| + |gk+1 − gk (x)|
n→∞
k=1

Pelo lema de Fatou, segue que

Z Z n
!p
X
p
|g| dµ ≤ lim inf |g1 (x)| + |gk+1 − gk (x)| dµ
Ω n→∞ Ω k=1

Elevando ambos os membros a 1/p e usando a desigualdade de Minkowski, obtemos

Z 1/p Z n
!p !1/p
X
p
|g| dµ ≤ lim inf |g1 (x)| + |gk+1 − gk (x)| dµ
Ω n→∞ Ω k=1
n
X
= lim inf kg1 (x) + gk+1 − gk (x)kp (7)
n→∞
k=1
n
X
≤ lim inf (kg1 (x)kp + kgk+1 − gk (x)kp ) ≤ kg1 (x)kp + 1
n→∞
k=1

Denindo B = {x ∈ Ω : g(x) < ∞}, de (7) podemos concluir que µ(Ω − B) = 0.Logo a série
em (6) converge exceto talvez no conjunto de medida nula Ω − B , isto é, a serie converge

Page 13
µ-quase sempre.Segue que a funcao gχB ∈ Lp (Ω, A, µ), onde χB é a função característica
de B .Dena f : Ω → R por



 g (x) + P (gk+1 − gk (x)) se x ∈ B
1
f (x) = k=1
0 se x ∈
/B

Como gk = g1 + (g2 − g1 ) + (g3 − g2 ) + · · · + +(gk − gk−1 ), temos

k−1
X
|gk (x)| ≤ |g1 (x)| + |gj+1 − gj (x)| ≤ g(x)
j=1

Para todo x e gk (x) → f (x) para todo x ∈ B, isto é, a sequência (gk )∞


k=1 converge para
p
f µ-quase sempre. Pelo teorema da convergência dominada, segue que f ∈ L (Ω, A, µ).
Como
|f − gk |p ≤ (|f | + |gk |)p ≤ (2g)p χB , µ − quase sempre e

p
lim |f − gk | = 0, µ − quase sempre
k→∞

Novamente pelo teorema da convergência dominada temos


Z Z
lim |f − gk |p dµ = 0dµ = 0
k→∞ Ω Ω

Daí concluimos que gk → f em Lp (Ω, A, µ), e portanto [gk ] → [f ] em Lp (Ω, A, µ). Assim
([fn ])n=1 é uma sequência de Cauchy que tem uma subsequência ([fk ])∞

k=1 que converge
p
para [f ], logo, [fn ] → [f ] em L (Ω, A, µ).

Page 14

Você também pode gostar