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1. Se E = (E, k.k) é um espaço vetorial normado real e d(x, y) = kx − yk, x, y ∈ E , mostre que d é
uma métrica em E e portanto, que (E, d) é um espaço métrico.
Solution: Para mostrar que d é uma métrica em E, dados x, y, z ∈ E , vamos mostrar que d
satisfaz às seguintes propriedades:
• d(x, x) = 0.
De fato, d(x, x) = kx − xk = k0k = 0, onde a segunda igualdade segue do fato de que E é
espaço vetorial e a última igualdade segue da propriedade da norma.
• d(x, y) > 0, se x 6= y .
Segue da propriedade da norma que d(x, y) = kx − yk > 0, pois x − y 6= 0.
• d(x, y) = d(y, x).
Temos também pela propriedade da norma que d(x, y) = kx − yk = | − 1|kx − yk =
k − (x − y)k = ky − xk = d(y, x).
• d(x, z) ≤ d(x, y) + d(y, z).
Pela Desigualdade Triangular válida para a norma, segue que
(a) para a, b ≥ 0,
ap bq
ab ≤ + , (Des. Young)
p q
(b) para xi , yi ∈ R,
N N N
X X 1/p X 1/q
|xi yi | ≤ |xi |p |yi |q , (Des. Hölder) ,
i=1 i=1 i=1
(c) para xi , yi ∈ R,
N N N
X 1/p X 1/p X 1/p
kx + ykp := |xi + yi |p ≤ |xi |p + |yi |p , (Des. Minkowski) .
i=1 i=1 i=1
Solution:
1
(a) Nesse item faremos a desigualdade para p, q > 1. Consideremos a função, f (x) = xp−1
denida em (0, ∞), observe que:
a a
ap
Z Z
A1 = f (x)dx = xp−1 dx = .
0 0 p
1
Note que a função g(y) = y p−1 f (x) em (0, ∞). Além
é a inversa de disso
b Z b
bq
Z
1
A2 = g(y)dy = y p−1 dy = .
0 0 q
Podemos supor sem perda de generalidade que, a < b. Fazendo o gráco da função f
podemos ver facilmente que:
ab ≤ A1 + A2 .
O que prova a desigualdade de Young.
|xk | |yk |
a= ! p1 e b= ! q1 , ∀ k≥1
N
X N
X
|xi |p |yi |q
i=1 i=1
Temos que,
p q
|xk |
|yk |
N ! p1 N ! q1
X X
|xi |p |yi |q
|xk | |yk | i=1 i=1
N
! p1 N
! q1 ≤ p
+
q
.
X X
|xi |p |yi |q
i=1 i=1
N N N
1 X 1 X
p 1 X
! p1 ! q1 |xk yk | ≤ N
|xk | + N
|yk |q .
N N
k=1 k=1 k=1
X X
p |xi |p q |yi |q
X X
p q
|xi | |yi |
i=1 i=1 i=1 i=1
1 1
Usando que
p + q = 1, e reindexando os índices teremos a desigualdade requerida.
N
X N
X
(kx + ykp )p = |xi + yi |p−1 |xi + yi | ≤ (|xi | + |yi |)|xi + yi |p−1 ,
i=1 i=1
N
X N
X
(kx + ykp )p ≤ |xi ||xi + yi |p−1 + |yi ||xi + yi |p−1 . (Usando Hölder, obteremos)
i=1 i=1
≤ kxkp k(|x1 + y1 |p−1 , ..., |xn + yn |p−1 )k p−1
p
N
X p−1
= ( |xi + yi |p ) p (kxkp + kykp ).
i=1
Logo,
kx + ykp ≤ kxkp + kykp .
Page 2
3. Mostre que:
Solution:
(a) (Primeira solução) Pelo item iii, temos: Se X é um espaço vetorial de dimensão nita, en-
tão todas as normas em X são equivalentes. Em particular, as normas k.k, k.kS , k.kM
N N
são normas equivalentes em R , pois R é um espaço vetorial de dimensão n.
(Segunda solução) Basta mostrar que as normas são duas a duas equivalentes. Inicialmente,
mostraremos que k.k ∼ k.kS .
Pela denição de normas equivalentes, precisamos encontrar A, B > 0, de forma que,
AkxkS ≤ kxk ≤ BkxkS para todo x ∈ RN .
n n n
! n
! n
!2
X X X X X
x2i = |xi xi | ≤ |xi | |xi | = |xi |
i=1 i=1 vi=1 i=1 i=1
uXn n
X
x2i ≤
u
⇒t |xi |
i=1 i=1
1 1
Logo kxkS ≤ kxk e A= .
n n
Agora mostremos que k.kS ∼ k.kM .
Por denição precisamos encontrar A, B > 0, de forma que,
n
X
max {|xi |} ≤ |xi |.
i
i=1
Logo A = 1.
Por m, k.k ∼ k.kM . Pela transitividade da relação de equivalência, temos
Page 3
k.k ∼ k.kS , k.kS ∼ k.kM ⇒ k.k ∼ k.kM .
De fato,
Logo kxkM ≤ lim kxkp . Portanto segue que lim kxkp = kxkM .
p→∞ p→∞
(c) Sejam k.k : X → R uma norma em {e1 , e2 , · · · , en } uma base para X . Dado ξ ∈ X ,
X e
X n
existem ξ1 , ξ2 , · · · , ξn ∈ F, onde n = dimX , tal que, ξi ei . Basta mostrar k.k é equivalente
i=1
n
X
a k.k∗ = |ξi |. Segue que
i=1
n
X n
X
kξk ≤ |ξi |kei k ≤ max kei k |ξi | = Bkξk∗ .
i
i=1 i=1
Para obter a outra desigualdade, suponha por absurdo, que não exista A>0 com
Akξk∗ ≤ kξk, para todo ξ ∈ X . Dessa forma, para todo N ∈ N existe ξN ∈ X com
kξN k∗ = 1 e 1 = kξN k∗ > N kξN k. Como S(0; 1) é compacta, existe uma subsequência
(ξNj ) de (ξN ) convergindo para ξ0 em (X, k.k∗ ), pela continuidade da norma vem que
kξ0 k∗ = 1. Assim, usando a desigualdade obtida acima,
1
kξ0 k ≤ kξ0 − ξNj k + kξNj k ≤ Bkξ0 − ξNj k +
Nj
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4. Dado p ∈ [1, ∞) considere
∞
X
|xi |p < ∞ ,
`p = x = (x1 , x2 , · · · ) |
i=1
∞
X 1/p
kxkp = |xi |p .
i=1
1 α 1−α
kxkr ≤ kxkα 1−α
p kxkq , onde = + .
r q q
(c) Seja 1 ≤ p ≤ q < ∞. Mostre que `p ⊂ `q . Além disso, prove que kxkq ≤ kxkp , ∀x ∈ `p .
p
(d) Prove que para 1 ≤ p < ∞ teremos que ` ⊂ c0 .
Solution:
∞
! p1 ∞
! p1 ∞
! p1 ∞
X X X X
|xi + yi |p ≤ |xi |p + |yi |p <∞ ⇒ |xi + yi |p < ∞
i=1 i=1 i=1 i=1
⇒ (x + y) ∈ `p ;
• pela propriedade do módulo em números reais e pelo fato de que x ∈ `p ,
∞
X ∞
X ∞
X
|αxi |p = |α|p |xi |p = |α|p |xi |p < ∞ ⇒ (αx) ∈ `p
i=1 i=1 i=1
.
∞
! p1
X
p
• kxkp = |xi | ≥ 0, pois é soma de números não negativos, e
i=1
kxkp = 0 ⇐⇒ |xi | = 0 ∀i ∈ N ⇐⇒ x = 0;
∞
! p1 ∞
! p1 ∞
! p1
X X X
• kαxkp = |αxi |p = |α|p |xi |p = |α| |xi |p = |α|kxkp ;
i=1 i=1 i=1
∞
! p1 ∞
! p1 ∞
! p1
X X X
p p p
• kx + ykp = |xi + yi | ≤ |xi | + |yi | = kxkp + kykp ,
i=1 i=1 i=1
onde a desigualdade é devido à desigualdade de Minkowski.
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Portanto (`p , k.kp ) é espaço normado.
(ii) Se x ∈ `p ∩ `q , 1 ≤ p ≤ q < ∞, então x ∈ `r , para todo r ∈ [p, q]. Além disso, prove que
1 α 1−α
kxkr ≤ kxkα 1−α
p kxkq , onde = + .
r p q
P∞ P∞
Seja x = (x1 , x2 , · · · ) ∈ `p ∩ `q , então i=1 |xi |p < ∞ e i=1 |xi |q < ∞. O inciso (iii),
r
seguinte a provar, garanta que x ∈ ` .
0 p q
Como
1 α 1−α 1 1
r = p + q , então 1 = p0 + q 0 , onde p = αr e q0 = (1−α)r , logo podemos fazer
uso da desigualdade de Hölder da seguinte maneira:
(iii) Seja 1 ≤ p ≤ q ≤ ∞. Mostre que `p ⊂ `q . Além disso, prove que kxkq ≤ kxkp , ∀x ∈ `p .
P∞p p
Seja x ∈ `p , i=1 |xi | < ∞ e portanto |xi | −→ 0 sempre que i −→ ∞, logo existe
então
i0 com a propriedade |xi | < 1 para todo i > i0 . O fato que |xi |p < 1 implica que |xi | < 1
p
q p
e assim |xi | ≤ |xi | para todo i > i0 e portanto
∞
X i0
X ∞
X i0
X ∞
X
|xi |q = |xi |q + |xi |q ≤ |xi |q + |xi |p < ∞,
i=1 i=1 i=i0 +1 i=1 i=i0 +1
portanto x ∈ `q .
|xi | |xi |
Seja x̂ = kxkp para i = 1, 2, · · · , então para todo i = 1, 2, · · · cumpre-se que kxkp ≤ 1 e
|xi | q |xi | p
assim
kxkp ≤ kxk p
, onde fazendo a soma para todo i ∈ N obtemos kxkq ≤ kxkp .
5. Considere
`∞ = x ∈ RN | x é limitada ,
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Solution: Seja K o corpo dos números reais ou complexos. Note que
X = {x = (x1 , x2 , ...) | xi ∈ K, ∀i ∈ N}
é um espaço vetorial (com a soma e produto por escalar usual). Seja x, y ∈ `∞ e α, β ∈ K, temos
sup |αxi + βyi | ≤ sup(|αxi | + |βyi |) ≤ sup |αxi | + sup |βyi | = |α| sup |xi | + |β| sup |yi | . (1)
6. Considere
c = x ∈ CN | x é convergente ,
c0 = x ∈ c | lim xi = 0 ,
i→∞
Solution: Notemos inicialmente que basta mostrar que c e c0 são subespaços vetoriais de `∞ (C),
e que (`∞ (C), k.k∞ ) é um espaço vetorial normado, uma vez que norma restrita a subespaço
vetorial ainda é norma. Mostremos inicialmente que (`∞ (C), k.k∞ ) é um e.v.n. Sejam, pois,
dados (xi ) e (yi ) em `∞ e λ∈C
1. Que `∞ é espaço vetorial (sobre C), pode ser vericado de maneira inteiramente análoga
ao exercício anterior, com as mesmas operações
2. k(xi )k∞ = sup |xi | ≥ 0, e vale a igualdade se, e somente se, xi = 0, ∀i, se e somente se
i
x = 0;
3. kλ(xi )k∞ = sup |λxi | = |λ| sup |xi | = |λ|k(xi )k∞ ;
i i
4. k(xi ) + (yi )k∞ = sup |xi + yi | ≤ sup(|xi | + |yi |) ≤ sup |xi | + sup |yi | = k(xi )k∞ + k(yi )k∞ .
i i i i
Portanto, (`∞ (C), k.k∞ ) é um e.v.n., como armamos. Mostremos agora que c e c0 são subes-
paços vetoriais de `∞ ,
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6. 0 = (0, 0, · · · ) ∈ c ∩ c0 , pois sequências constantes convergem (para essa constante, neste
caso zero);
Segue então que c e c0 são subespaços vetoriais de `∞ . Com isso, completamos o exercício.
7. Dena Z 1
kxk1 = |x(t)|dt, x ∈ C([0, 1]).
0
Mostre que E = (C([0, 1]), k.k1 ) é um espaço normado.
• INVERSO ADITIVO:Para cada x ∈ C([0, 1]) existe um −x ∈ C([0, 1], tal que x(t) −
x(t) = −x(t) + x(t) = 0, ∀t ∈ [0, 1].
• DISTRIBUTIVIDADE: (α+β)x(t) = αx(t)+βy(t), α(x(t)+y(y)) = αx(t)+βy(t), ∀t ∈
[0, 1].
• MULTIPLICAÇÃO POR 1: 1.x(t) = x(t), ∀t ∈ [0, 1].
Z 1
kxk1 = |x(t)|dt ≥ 0
0
E
Z 1
kxk1 = 0 ⇐⇒ |x(t)|dt = 0 ⇐⇒ |x(t)| = 0, ∀t ∈ [0, 1] ⇐⇒ x = 0
0
Z 1 Z 1 Z 1
kλxk1 = |λx(t)|dt = |λ||x(t)|dt = |λ| |x(t)|dt = |λ|kxk1
0 0 0
E
Z 1 Z 1 Z 1 Z 1
kx + yk1 = |x(t) + y(t)|dt ≤ |x(t)| + |y(t)|dt = |x(t)|dt + |y(t)|dt = kxk1 + kyk1 .
0 0 0 0
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8. Dado um espaço normado E = (E, k.k) mostre que:
(a) kxk − kxk ≤ kx − yk, x, y ∈ E ,
Solution:
(a) Sejam x, y ∈ E . Notemos que,
kxk = kx − y + yk ≤ kx − yk + kyk e
kyk = ky − x + xk ≤ ky − xk + kxk = kx − yk + kxk
Daí,
kxk ≤ kx − yk + kyk kxk − kyk ≤ kx − yk
⇒
kyk ≤ kx − yk + kxk kyk − kxk ≤ kx − yk
kxk − kyk ≤ kx − yk
⇒ ⇒ ±(kxk − kyk) ≤ kx − yk
−(kxk − kyk) ≤ kx − yk
Portanto, kxk − kyk ≤ kx − yk.
kxn − xk ≥ kxn k − kxk ⇒ kxn k − kxk → 0 ⇔ kxn k → kxk.
Portanto, xn + yn → x + y .
(d) Temos que xn → x, isto é, kxn − xk → 0. Daí,
R1
Solution: Lembremos que |f |1 =
0
|f (t)|dt. Tomemos fn (t) = tn , para t ∈ [0, 1]. Sabemos
que {fn }n∈N ⊂ C([0, 1]). Temos ainda que
Z 1 Z 1
1 1 n,m
n < m ⇒ |fn − fm |1 = |tn − tm |dt = (tn − tm )dt = − −−→ 0,
0 0 n+1 m+1
e, portanto {fn } é uma sequência de Cauchy. No entanto, {fn } não converge para em C[0, 1].
De fato,
0, se 0≤t<1
lim fn (t) = =: f (t).
t→∞ 1, se t=1
Note que
Z 1
1 n→∞
|fn − f |1 = tn dt = −−−−→ 0,
0 n+1
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e portanto, a sequência {fn } ⊂ E coverge para f que, por ser descontínua, pertence a E. Com
isso, mostramos que E não é completo, pois possui uma sequência de Cauchy que não converge
para um de seus pontos.
10. Dado um aberto limitado Ω ⊂ RN mostre que E = (C(Ω), |.|∞ ) é um espaço de Banach.
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Isso mostra que (fm (x)) converge uniformemente para f (x). Como as fi 's são contínuas
em Ω e a convergência é uniforme no compacto Ω, a função limite f é contínua em Ω.
Então f ∈ C(Ω) e fm → f , pois vimos que dado > 0, existe N ∈ N tal que
Solution: Como já vimos que `p é um espaço vetorial normado (Exercício 4), falta vericarmos
p
se ` é completo, isto é, toda sequência de Cauchy converge a um elemento do espaço.
De fato, seja (xn )∞ 1 2 j ∞
n=1 = (xn , xn , · · · , xn , · · · )n=1 ∈ `
p
uma sequência de Cauchy, ou seja, ∀ε>
0, ∃ n0 ∈ N tal que ∀ m, n > n0
p1
Xk
|xjm − xj |p < ε, ∀ m ≥ n0 , k ∈ N.
j=1
12. Seja N um espaço normado sobre um corpo de escalares F. Prove que N é um espaço de Banach se,
e somente se, toda série de elementos de N absolutamente convergente é convergente.
∞
X
Solution: Suponha inicialmente que N é um espaço de Banach e seja xk , uma série abso-
k=1
lutamente convergente em N, i.e.,
∞
X
{xk } ⊂ N e kxk k < ∞. (4)
k=1
Page 11
∞
X n
X
Devemos mostrar que xk converge em N. Ponha Sn := xk . Então,
k=1 k=1
n
X
n
X n,m→∞
n > m ⇒ kSn − Sm k =
xk
≤ kxk k −−−−−→ 0 [por (4)],
k=m+1 k=m+1
o que nos mostra ser {Sk } ⊂ N uma sequência de Cauchy, e portanto convergente, pois N é
completo.
∞
X ∞
X
Como 1/2k < ∞, temos de (5) que (xnk+1 −xnk ) é absolutamente convergente, e portanto,
k=1 k=1
por hipótese, é convergente. Note que suas somas parciais são tais que
n
m→∞
X
Sm = (xnk+1 − xnk ) = xnm+1 − xn1 −−−−→ x ∈ N ,
k=1
m→∞
e assim, xnm+1 −−−−→ x + xn1 ∈ N . Obtemos então uma subsequência {xnm }m∈N de {xn } que
converge, e portanto, como esta é de Cauchy, segue que converge (para o mesmo limite que a
subsequência). Como queríamos.
13. (Ω, A, µ) espaço de medida positiva, Lp (Ω, A, µ) = {[f ] : f ∈ LRp (Ω, A, µ)} com Lp (Ω, A, µ) := {u :
p
|u| dµ < ∞}. Dena kukp = ( Ω |u|p dµ)(1/p) .Prove que (Lp (Ω), k ·
R
Ω → R; u é mensurável e Ω
kp ) é um espaço de Banach.
Solution: Note que k · kp não é, em geral uma norma em Lp (Ω, A, µ), pois pode acontecer
kukp = 0 para u não identicamente nula.
De modo geral se (Ω, A, µ) espaço de medida, introduzimos uma relação de equivalência dizendo
que duas funções u, v : Ω → R, são equivalentes se u = v µ-quase sempre, isto é, existe um
conjunto B ∈ A tal que µ(B) = 0 e u(x) = v(x), ∀x ∈/ B.
Denotando a classe de equivalência de uma função u por [u], o conjunto quociente é
as operações
[u] + [v] = [u + v] e α[u] = [αu]
Além disso, denindo k[u]kp = kukp .
(a) Primeiramente vamos mostrar que Lp (Ω, A, µ) é um espaço vetorial. De fato, sejam u, v ∈
p p
L (Ω, A, µ) e α ∈ R. L (Ω, A, µ) é um espaço vetorial, já que as propriedades de espaço
vetorial são satisfeitas para as classes de equivalência das funções mensuráveis. Note que
os elementos resultantes das operações ainda pertencem a Lp (Ω, A, µ) pois;
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|αu|p dµ = |α|p |u|p dµ < ∞.
R R
• Usando propriedades do módulo e da integral temos
Ω Ω
p
Logo [αu] ∈ L (Ω, A, µ)
(b) (Lp (Ω, A, µ), k · kp ) é um espaço normado
n
!p
X
p
|g(x)| = lim |g1 (x)| + |gk+1 − gk (x)|
n→∞
k=1
Z Z n
!p
X
p
|g| dµ ≤ lim inf |g1 (x)| + |gk+1 − gk (x)| dµ
Ω n→∞ Ω k=1
Z 1/p Z n
!p !1/p
X
p
|g| dµ ≤ lim inf |g1 (x)| + |gk+1 − gk (x)| dµ
Ω n→∞ Ω k=1
n
X
= lim inf kg1 (x) + gk+1 − gk (x)kp (7)
n→∞
k=1
n
X
≤ lim inf (kg1 (x)kp + kgk+1 − gk (x)kp ) ≤ kg1 (x)kp + 1
n→∞
k=1
Denindo B = {x ∈ Ω : g(x) < ∞}, de (7) podemos concluir que µ(Ω − B) = 0.Logo a série
em (6) converge exceto talvez no conjunto de medida nula Ω − B , isto é, a serie converge
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µ-quase sempre.Segue que a funcao gχB ∈ Lp (Ω, A, µ), onde χB é a função característica
de B .Dena f : Ω → R por
∞
g (x) + P (gk+1 − gk (x)) se x ∈ B
1
f (x) = k=1
0 se x ∈
/B
k−1
X
|gk (x)| ≤ |g1 (x)| + |gj+1 − gj (x)| ≤ g(x)
j=1
p
lim |f − gk | = 0, µ − quase sempre
k→∞
Daí concluimos que gk → f em Lp (Ω, A, µ), e portanto [gk ] → [f ] em Lp (Ω, A, µ). Assim
([fn ])n=1 é uma sequência de Cauchy que tem uma subsequência ([fk ])∞
∞
k=1 que converge
p
para [f ], logo, [fn ] → [f ] em L (Ω, A, µ).
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