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A N
) A possui "menor elemento"
A 6= ?
1.4 Enumerabilidade
De…nição 9 X é enumerável se X N ou X é …nito.
N
Exemplo 10 N Z Q são enumeráveis. f0; 1g = F (N; f0; 1g) e R não são enumeráveis.
Proposição 11 X N ) X é enumerável:
1
2 Números Reais
2.1 R é um corpo
De…nição 14 Um corpo S é um conjunto dotado de operações binárias +; : S S ! S que são associativas, comutativas
e possuem elementos neutros distintos 0 e 1. Além disso, a adição tem de ser distributiva com relação à multiplicação e
cada elemento não-nulo x 2 S tem de ter inverso aditivo x e multiplicativo x 1 .
x + y 2 S+
x; y 2 S + )
xy 2 S +
x 2 S+ , x2S
Fato 17 Num corpo ordenado, a relação x < y é transitiva, monótona com relação à adição e monótona com relação à
multiplicação por números positivos. Também, dado x 6= y, tem-se apenas uma dentre x < y ou y < x.
x, se x 0
jxj =
x, se x < 0
Assim, x 6= 0 ) jxj 2 S + :
Proposição 19 Num corpo ordenado, para quaisquer x; y; a; tem-se jx + yj jxj + jyj; jxyj = jxj jyj e
jx aj < () a <x<a+
8x 2 X, x b
b = sup X )
(8x 2 X; x c) ) b c
As de…nições de cota inferior, conjunto limitado inferiormente e ín…mo são análogas. X é limitado se o for
superiormente e inferiormente.
2
3 Seqüências de Números Reais
3.1 Limite de uma Seqüência
De…nição 23 Uma seqüência (xn ) de números reais é uma função x : N ! R. A seqüência é dita limitada (infe-
riormente, superiormente) se Im (x) o for. Uma subseqüência (xnk ) de (xn ) é a restrição de x a um subconjunto
in…nito N0 = fn1 < n2 < ::: < nk < :::g N (tecnicamente, é a composição x f : N ! R onde f : N ! N é uma função
crescente com f (k) = nk ).
De…nição 24 A seqüência (xn ) é convergente quando tem limite L (denota-se lim xn = L ou limn!1 xn = L ou
xn ! L), isto é,
8" > 0, 9n0 2 N tal que n > n0 ) L " < xn < L + "
Fato 25 Se uma seqüência tem limite L, então ela é limitada e este limite é único. Também, todas as suas subseqüências
convergem para L:
De…nição 26 Uma seqüência é dita monótona quando (8n 2 N; xn xn+1 ) ou (8n 2 N; xn xn+1 ).
Teorema 28 (Bolzano-Weierstrass) Toda seqüência limitada possui subseqüência monótona (e, portanto, convergente).
Teorema 31 (Sanduíche) Se lim xn = lim yn = a e xn zn yn para todo n su…cientemente grande, então lim zn = a.
lim (xn yn ) = a b
lim (xn yn ) = ab
xn a
lim = (desde que b 6= 0)
yn b
Pn 1 1 n
Exemplo 34 As seqüências an = k=1 k! e bn = 1 + n convergem para o mesmo número, denotado e 2; 7182818:::
Proposição 38 Se lim xn = +1 e yn > c > 0 para todo n suf..gr., então lim (xn yn ) = +1.
Proposição 39 Se xn > c > 0 e lim yn = 0+ (isto é, yn > 0 para todo n suf.gr. e lim yn = 0) então lim (xn =yn ) = +1.
3
4 Séries Numéricas
4.1 Séries Convergentes
De…nição 41 De…nimos sua série a partir de uma seqüência (an ) (o termo geral da série) como uma nova seqüência
(sn ) onde cada elemento é uma soma parcial ou soma reduzida da série, a saber,
n
X
sn = ai
i=1
P
Denota-se a série por an . A série é dita convergente ou divergente se a seqüência (sn ) o for.
P P
Proposição 42 Se an converge, então an ! 0. Em outras palavras, se an 6! 0, então an diverge.
Proposição 43 (Critério da Comparação para Séries) Suponha que 0 an cbn para todo n suf. grande. Então
X X
bn converge ) an converge
P n
Exemplo 44 A série geométrica a é convergente com limite 1 1 a se jaj < 1, e divergente caso contrário.
P 1 P1
Exemplo 45 A série-p np é convergente se p > 1 e divergente se p < 1. No caso p = 1, a série n é chamada
série harmônica:
4.4 Comutatividade
P
De…nição
P 56 A série an é dita comutativamente convergente se qualquer permutação bn = a'(n) faz com que
bn seja convergente.
P
Teorema 57 Se an é absolutamente convergente então qualquer permutação bn = a'(n) é absolutamente convergente
com o mesmo limite.
P
Teorema 58 (Riemann)
P Seja an condicionalmente convergente. Então, dado c 2 R qualquer, existe uma permutação
bn = a'(n) tal que bn = c.
Conclusão 59 Uma série é comutativamente convergente se, e somente se, é absolutamente convergente.
4
5 Algumas Noções Topológicas
5.1 Conjuntos Abertos
De…nição 60 Diz-se que a é interior a X (ou X é uma vizinhança de a) quando há intervalo (a "; a + ") X. O
interior do conjunto X (int X) é o conjunto dos pontos interiores a X. O conjunto X é aberto se intX = X.
Teorema 61 Uma interseção …nita de abertos é aberta. Uma união qualquer de abertos é aberta.
Corolário 165 Podemos considerar apenas partições que re…nem P0 para de…nir integrais inferior e superior.
De…nição 166 Uma função limitada f : [a; b] ! R é integrável quando suas integrais inferior e superior coincidem.
Este valor é chamado a integral de f em [a; b].
Teorema 167 Seja f : [a; b] ! R limitada. São equivalentes:
i) f é integrável;
ii) Para todo " > 0 existem partições P e Q tais que S (f ; Q) s (fP ; P ) < ".
n
iii) Para todo " > 0 existe partição P tal que S (f ; P ) s (f ; P ) = i=1 wi (ti ti 1) < " (onde wi = Mi mi ).
Teorema 176 (Mudança de variável) Sejam f : [a; b] ! R contínua e g : [c; d] ! R de classe C 1 tais que g ([c; d])
[a; b]. Então
Z b Z g(d)
f (g (t)) :g 0 (t) dt = f (x) dx
a g(c)
Teorema 178 (TVM para Integrais) Seja f : [a; b] ! R contínua e p : [a; b] ! R integrável com p (x) 0. Então
existe c 2 [a; b] tal que
Z b Z b
f (x) p (x) dx = f (c) p (x) dx
a a
Rb
Em particular, existe c 2 [a; b] tal que a
f (x) dx = f (c) : (b a).
Teorema 180 (Fórmula de Taylor com Resto Integral) Seja f : I ! R de classe C n em [a; a + h] (ou [a + h; a]).
Então:
"Z #
1 n 1
0 f 00 (a) 2 f (n 1) (a) n 1 (1 t)
f (a + h) = f (a) + f (a) h + h + ::: + h + f (a + th) dt :hn
(n)
2! (n 1)! 0 (n 1)!
Rb
Portanto, limjP j!0 S (f ; P ) = a
f (x) dx.
De…nição 182 Uma partição pontilhada P é de…nida por P = ft0 ; t1 ; :::; tn g e = f 1 ; :::; ng com ti 1 i ti .
Uma soma de Riemann é
X n
X
(f ; P ) = f ( i ) (ti ti 1 )
i=1
P
Teorema 183 f : [a; b] ! R é integrável se, e somente se existir limjP j!0 (f ; P ), que será o valor de sua integral.
11
11.3 Logaritmos e Exponenciais
De…nição 184 A função logaritmo natural é de…nida em R+ por
Z x
1
ln x = dt
1 t
Proposição 185 A função ln x é monótona crescente (logo uma bijeção entre,R+ e R), côncava, de classe C 1 . Além
disso, se x; y > 0, e r 2 Q temos ln (xy) = ln x + ln y e ln (xr ) = r ln x: Note que ln0 (x) = 1=x.
De…nição 186 A função exponencial natural exp : R ! R+ é a função inversa de ln x.
Proposição 187 A função exp (x) é monótona crescente, convexa de classe C 1 . Além disso, exp (x + y) = exp (x) : exp (y)
e, denotando exp (1) = e, temos exp (r) = er para r 2 Q. Também, exp0 (x) = exp (x).
De…nição 188 Sejam x 2 R e a > 0: De…nimos ex = exp (x) e, em geral, ax = exp (x ln a). Note que esta de…nição
coincide com a usual para x 2 Q.
x 1=x p(x)
Proposição 189 Tem-se limx!+1 lnxx = 0; limx!0 e x 1 = 1; limx!0 (1 + x) = e; e limx!+1 ex = 0 onde p (x) é
n
um polinômio qualquer. Em particular, lim 1 + n1 = e.
Proposição 190 Se f : I ! R é derivável e f 0 (x) = kf (x) então f (x) = f (x0 ) ek(x x0 )
para todo x; x0 2 I.
Teorema 208 A série de potências converge sse x pertence a um intervalo de centro x0 e raio de convergência
1
r= p
n
lim sup jan j
(pode ser r = 0 ou r = +1). De fato, a série converge absolutamente em (x0 r; x0 + r) e diverge fora de [x0 r; x0 + r].
Proposição 216 As funções seno e cosseno são C 1 , com cos0 (x) = sin x e sin0 (x) = cos x. Valem: cos2 (x)+sin2 (x) =
1; cos (x + y) = cos x cos y sin x sin y e sin (x + y) = sin x cos y + sin y cos x.
x
Proposição 217 De…nimos como a menor raiz da equação cos 2 = 0. Então cos e sin são periódicas de período 2 .
14