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HENRIQUE
DEPARTAMENTO DE MÁQUINAS MARÍTIMAS
ENIDH – 2021/2022
ESCOLA NÁUTICA INFANTE D. HENRIQUE
DEPARTAMENTO DE MÁQUINAS MARÍTIMAS
Índice
1. Objetivo...............................................................................................................................3
2. Objetivo dos regulamentos................................................................................................3
3. Descrição do Sistema elétrico do navio.............................................................................4
3.1. Sistema principal de fornecimento de energia elétrica............................................4
3.2. Sistema de fornecimento de energia elétrica de emergência...................................5
3.3. Sistema transitório de fornecimento de energia elétrica..........................................5
3.4. Consumidores individuais com uma bateria dedicada para apoio num blackout..5
4. Segurança básica no projeto, operação e manutenção....................................................6
5. Fontes de energia................................................................................................................6
5.1. Principal fonte de energia..........................................................................................6
5.2. Energia elétrica de emergência..................................................................................8
6. Sistema de produção e distribuição de energia................................................................9
6.1. Quadro elétrico de distribuição.................................................................................9
6.2. Sistemas de distribuição.............................................................................................9
6.3. Cabos.........................................................................................................................10
7. Proteção de Sistemas........................................................................................................11
7.1. Proteção de sobrecarga............................................................................................12
7.2. Proteção contra Sobretensão.......................................................................................12
7.3. Proteção de Curto-circuito.......................................................................................13
7.4. Falhas de terra..........................................................................................................14
7.5. Gestão de carga.............................................................................................................14
8. Conclusão..........................................................................................................................15
9. Bibliografia.......................................................................................................................16
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1. Objetivo
Este trabalho tem como objetivo a aquisição de conhecimentos sobre a
regulamentação das instalações elétricas dos navios. Desta forma efetuou-se uma
pesquisa sobre as normas que as sociedades classificadoras e entidades como a SOLAS
impõem no projeto, construção, manutenção e operação dos sistemas elétricos. É de
destacar que as normas de construção dependem de acordo com o tipo de navio, isto é, o
tipo de instalação elétrica, contudo os requisitos relativamente a falhas de
equipamentos, incêndios, risco de electrocução de meios humanos e salvaguarda do
meio ambiente devem também estar previstos.
A segurança, qualidade e conservação das instalações elétricas incide mais nos
regulamento e normas que lhe são aplicáveis do que na sua evolução tecnológica.
Perante a constante alteração técnica e tecnológica dos equipamentos, hábitos de
consumo e necessidades energéticas, a regulamentação enquadrada nesta atividade
necessita de acompanhar estes avanços tecnológicos.
Tendo presente o exposto foi efetuado uma pesquisa abrangente das normas
impostas pelas sociedades classificadoras e entidades que atuam na conceção dos
navios, projeto, manutenção e operação dos sistemas energéticos.
incêndio, explosões);
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Lesão consequente;
auxiliares em alta tensão. Para alimentação menor, são usados fusíveis e disjuntores.
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5. Fontes de energia
5.1.Principal fonte de energia
A principal fonte de energia elétrica, segundo aos requerimentos da SOLAS,
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isenções são feitas para consumidores para os quais os requisitos obrigatórios permitem
6.2.Sistemas de distribuição
O sistema de distribuição utilizado para toda ou parte da instalação, é munido com
medidas de segurança exigidas por forma a proteger o sistema de distribuição de:
Fluxo de corrente perigoso,
Superaquecimento que pode levar a queimaduras, incêndio, risco de
explosão ou outros efeitos nocivos,
Cortes de energia que podem colocar em risco a vida, a saúde e a
propriedade,
Efeitos nocivos sobre outras partes da instalação ou equipamento na
instalação ou equipamento conectado a ela.
O sistema de distribuição deve ser adequado à sua finalidade. Em nenhum dos
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Para que a instalação seja segura, os sistemas de distribuição devem estar equipados
com medidas de proteção adequadas às características de cada sistema individual. Em
sistemas de distribuição onde o ponto neutro é aterrado diretamente, o sistema deve
estar provido de dispositivos de monitorização de falhas de isolamento à terra, como por
exemplo disjuntor de fuga à terra, para circuitos energia, de iluminação e aquecimento.
Estes sistemas monitorizam continuamente o isolamento e acionam um alarme na sala
de controlo caso haja falhas no isolamento.
Nenhum fusível, chave ligada ou disjuntor não ligado deve ser inserido num
condutor ligado à terra. Qualquer interruptor ou disjuntor instalado deve operar
simultaneamente no condutor ligado à terra e nos condutores isolados. Esses requisitos
não impedem que o fornecimento (para fins de teste) de uma ligação de isolamento seja
usado somente quando os outros condutores estiverem isolados. Em sistemas de alta
tensão, onde os sistemas com neutro ligado à terra no gerador e distribuição primária é
usado, este deve ser feito através de uma impedância para limitar a corrente total à terra
a uma magnitude que não exceda a da corrente de curto-circuito trifásica, para os quais
os geradores são projetados O neutro dos geradores pode ser utilizado em comum, desde
que a terceira harmónica em onda de tensão de cada gerador não exceda 5%
Existem disposições, como é o caso da NEK 400, que dizem respeito à construção
técnica de sistemas de distribuição permitidos, incluindo o dimensionamento do
condutor neutro.
O sistema de aterramento deve ser adequado ao sistema de distribuição adotado para
todos ou partes da instalação por forma a evitar os perigos já enunciados no 6.2. Para a
construção dos sistemas de aterramento estás são baseadas em diretrizes.
A bordo de embarcações onde o casco é feito de material isolante e a tensão do
sistema superior a 50 V, o sistema de aterramento da instalação deve ser conectado com
revestimento de cobre em menos 0,2 m 2 na área. O revestimento de cobre deve ser
fixado de forma que fique submerso em todas as condições.
Esta disposição também significa que os componentes aterrados da instalação não
devem formar uma conexão em série funcionando como condutor de proteção.
Uma tubulação não pode ser usada como conexão à terra.
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6.3.Cabos
Os requisitos técnicos dos cabos e da instalação dos cabos são relevantes para a
conceção do sistema na fase de projeto, bem como para a instalação final no navio.
Exceto conforme permitido pela Administração em circunstâncias excecionais,
todas as terminações metálicas e armaduras dos cabos devem ter continuidade elétrica e
aterrada.
Devem ter a propriedade de retardamento da chama, a instalação não deve
prejudicar esta propriedade. A Administração pode autorizar o uso de tipos especiais de
cabos quando necessário para aplicações específicas, como cabos de radiofrequência,
que não cumpram com o anterior.
Cabos e fiação que servem energia essencial ou de emergência, iluminação,
comunicações ou sinais devem, na medida do possível, ser encaminhados para fora das
cozinhas, espaços de máquinas da categoria A e outras áreas de alto risco de incêndio, e
em espaços onde o nível de humidade seja elevado.
Os cabos que conectam as bombas de incêndio ao quadro de distribuição de
emergência devem ser do tipo resistente ao fogo quando passam por áreas de alto risco
de incêndio. Sempre que possível, todos esses os cabos devem ser passados de forma a
evitar a sua inutilização pelo aquecimento das anteparas que pode ser originado por um
incêndio no espaço adjacente.
Onde os cabos que são instalados em espaço onde existe risco de incêndio ou
explosão no caso de uma falha elétrica, precauções especiais contra tais riscos devem
ser tomadas satisfação da administração.
Os cabos instalados em compartimentos refrigerados devem ser adequados para
baixas temperaturas e humidade elevada.
7. Proteção de Sistemas
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7.1.Proteção de sobrecarga
A proteção contra sobrecarga consiste na redução de carga ou pelo disparo dos
disjuntores de consumidores não essenciais. Esta proteção é regulamenta pelo capítulo
II-1/41.5.1.2 da SOLAS. O sistema de proteção de sobrecarga, deverá ser ativado a um
nível de carga inferior 100% da corrente nominal da fonte de energia elétrica.
Os circuitos devem ser providos também de sistemas de proteção contra
sobrecargas, em que os dispositivos de proteção servem para assegurar que a cablagem
e os equipamentos elétricos estão protegidos contra o sobreaquecimento resultante de
sobrecarga elétrica ou mecânica.
As seguintes medidas devem ser instaladas para proteção contra sobretensão:
7.3.Proteção de Curto-circuito
Cada circuito separado deve ser protegido contra curto-circuitos na extremidade da
alimentação (disjuntores ou fusíveis).
Todos os consumidores devem ser protegidos separadamente, exceto nos seguintes
casos:
Para requisitos especiais de proteção dos circuitos das caixas de direção;
Para gerador de emergência;
Circuito de fornecimento de tomadas múltiplas, acessórios de iluminação
múltiplos ou outros múltiplos não importantes os consumidores são aceites
quando classificados no máximo 16 A em sistemas de 230 V, ou 30 A em
sistemas de 110 V;
Motores não importantes com potência nominal inferior a 1 kW, e outros
consumidores não importantes, com potência nominal inferior a 16 A, não
necessitam de proteção separada;
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7.4.Falhas de terra
Todos os sistemas de distribuição que tenham uma ligação à terra intencional, por
meios de uma impedância, devem ser providos com meios de monitorização continua e
indicação da corrente para a terra. Se a corrente para a terra exceder os 5 A deve soar
um alarme e a falha de corrente deve ser automaticamente interrompida ou limitada para
um valor seguro. A classificação de capacidade de curto-circuito de qualquer dispositivo
utilizado para interromper as correntes à terra não deve ser menor que a prospetiva de
falha de corrente à terra no seu ponto de instalação.
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7.5.Gestão de carga
8. Conclusão
Perante os avanços técnicos e tecnológicos da indústria Naval as normas e
regulamentos necessitam de um constante acompanhamento dinâmico. As principais
entidades responsáveis pela regulamentação são a SOLAS e IEC, além destas normas
podem ser aplicadas outras mais restritas pelos estados de Bandeira.
É necessário verificar que estas regras são implementadas nas diversas fases de vida
útil do navio, desde a conceção do projeto, construção e operação. A fiscalização fica a
cargo das Sociedades Classificadoras através das diretrizes internas que vão verificar o
cumprimento da certificação de Bandeira como de Classe.
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9. Bibliografia
[1] SOLAS, “Solas, ch ii, part d regulation 41,” 2002.
[2] https://eurlex.europa.eu/legalcontent/PT/TXT/HTML/?
uri=OJ:L:2020:083:FULL&from=EN
[3] Norwegian Directorate for Civil Protection, Regulations relating to
maritime electrical installations
[4] Maritime and Coastguard Agency, Schedule 7 of Merchant Shipping Notice
MSN 1698 (M)
[5] Government UK, Electrical Equipment and Installations
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