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3272 –Navios Tanque
1º teste: 28/04
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3272 –Navios Tanque
Títulos a tratar
Títulos a tratar
O Imediato deve assim ser uma pessoa com experiência suficiente para o
desempenho deste cargo de alta responsabilidade.
Deve estar familiarizado com todo o arranjo e equipamento do navio, antes de
assumir funções.
Para além disso, todos os oficias de ponte devem estar equipados com planos
de estivas e planos de linhas/manifolds.
De forma a obter uma boa estiva, e segura, existem muitas considerações que
devem ser levadas em conta, quer sejam requeridas pelo carregador, ou pelas
regras e regulamentos aplicáveis.
3 Estas válvulas podem estar totalmente abertas, deixando passar livremente os gases (“free flow
of the vapour mixtures”) ou controlando a descarga dos gases a uma velocidade não inferior a 30
m/s (“throttling of the discharge of the vapour mixtures achieving a velocity of not less than 30
m/s”).
Planeamento à Carga
Planeamento à Carga
Planeamento à Carga
3 – Preparação da tripulação
- Geral (Códigos IMDG e IBC/BCH/IGC, no caso de navios químicos e gás);
- Plano de Carga;
- Plano de Estiva;
- Plano de Linhas;
- Plano de Segurança e Equipamentos de Segurança;
- Planos de emergência/contingência;
- Documentos a ter a bordo, durante as viagens de um Navio Tanque;
Planeamento à Carga
Planeamento à Carga
Carreganento
Carregamento
7 – Amostras e Inspeção
- Amostras para Carregador (Amostras do 1.º Pé, etc).
- Amostras para Armador;
- Manuseamento de amostras;
- Pressão, Temperatura e Ullage;
- Calado e Caimento;
- Medição de Tanques;
- Amostras Finais/Reserva de Amostras.
Carregamento
9 – Medidas Finais
- Drenagem das Linhas de Carga;
- Fecho de todas as válvulas e acessos;
- Sondas dos tanques (dependendo do tipo de sondas).
Títulos a tratar
Ship/Shore Interface
(Ship/Shore Safety Check List)
GENERALIDADES
A responsabilidade e prestação de contas pela segurança das operações enquanto um
navio está num terminal são compartilhadas em conjunto entre o comandante do navio
e o representante do terminal. Antes do início das operações de carga ou lastro, o
Comandante do navio e o representante do terminal devem:
− Acordar por escrito sobre os procedimentos de trasfega da carga, incluindo os
débitos máximos de carga ou descarga.
− Acordar por escrito sobre a ação a ser tomada em caso de emergência durante
operações de carga ou lastro.
− Preencher e assinar a Ship/Shore Safety Check List
.
DIRETRIZES DE UTILIZAÇÃO
As diretrizes que se seguem foram produzidas para ajudar os operadores dos terminais
e os comandantes dos navios no uso conjunto da Ship/Shore Safety Check List.
O capitão e todos sob seu comando devem cumprir estritamente esses requisitos
durante toda a estadia do navio. O representante do terminal deve garantir que o
pessoal em terra faça o mesmo. Cada parte compromete-se a cooperar plenamente no
interesse mútuo de levar a cabo operações seguras e eficientes.
A responsabilidade e prestação de contas pelas declarações contidas na Ship/Shore
Safety Check List são atribuídas no documento. A aceitação da responsabilidade é
confirmada marcando ou rubricando a caixa apropriada e, finalmente, assinando a
declaração no final da lista de verificação. Uma vez assinada, ela detalha a base
mínima para a segurança das operações que foram acordadas por meio da troca mútua
de informação crítica.
DIRETRIZES DE UTILIZAÇÃO
Algumas das declarações da Lista de Verificação são direcionadas a considerações
pelas quais o navio é o único responsável. Algumas onde o terminal tem
responsabilidade e prestação de contas exclusivas; e outras que atribuem
responsabilidade e prestação de contas conjuntas. As caixas são usadas para
identificar declarações que geralmente podem não ser aplicáveis a uma parte, embora o
navio ou terminal possa marcar ou inicializar essas seções, se assim o desejarem.
A atribuição de responsabilidade e prestação de contas não significa que a outra
parte seja excluída da realização de verificações para confirmar a conformidade.
Destina-se a garantir uma identificação clara da parte responsável pela
conformidade inicial e continua, durante toda a estadia do navio no terminal.
DIRETRIZES DE UTILIZAÇÃO
O oficial responsável deve verificar pessoalmente todas as considerações da
responsabilidade do navio. Da mesma forma, todas as considerações de
responsabilidade do terminal devem ser verificadas pessoalmente pelo representante
do terminal. No cumprimento dessas responsabilidades, os representantes devem
assegurar-se de que os padrões de segurança dos dois lados da operação sejam
totalmente aceitáveis. Isso pode ser alcançado por meios como::
− Confirmar que uma pessoa competente tenha concluído satisfatoriamente a lista de
verificação.
− Verificar visualmente os registros apropriados.
− Através de inspeção conjunta, quando considerado apropriado.
DIRETRIZES DE UTILIZAÇÃO
Antes do início das operações, e de tempos em tempos, para segurança mútua, um
membro do pessoal do terminal e, se for o caso, um oficial responsável do navio, pode
realizar uma inspeção no navio para garantir que o navio esteja a cumprir com as suas
obrigações, conforme aceite na Ship/Shore Safety Check List. Verificações semelhantes
devem ser realizadas em terra. Quando os requisitos básicos de segurança estiverem
fora de conformidade, qualquer uma das partes poderá exigir que as operações de
carga e lastro sejam interrompidas até que a ação corretiva seja implementada
satisfatoriamente.
Na troca de informações entre o Navio e o Terminal devem, entre outras, ficar
registados:
a) Características da carga que requeiram cuidados especiais, tais como a presença de H2S,
benzeno e chumbo ou produtos que libertem grandes quantidades de gases; e
b) Os canais de comunicações entre o navio e o terminal, incluindo os sinais para a paragem
de emergência das operações.
Módulo 9: Operações de carga e descarga 40
3272 –Navios Tanque
Títulos a tratar
OPERAÇÕES STS
As Operações entre Navios (STS - Ship to Ship Transfers) são tratadas nas
seguintes publicações:
• Ship to Ship Transfer Guide (Petroleum) - ICS/OCIMF
• International Safety Guide for Oil Tankers & Terminals (ISGOTT)
OPERAÇÕES STS
Supervisão e Controlo das Operações
Em situações normais, estas operações são supervisionadas por um
responsável – Loading ou Mooring Master (neste caso, superintende à
amarração e à operação de trasfega).
Se não for designado um Loading/Mooring Master, então 2 situações podem
ocorrer:
• Quando há um navio dedicado24, o Comandante desse navio superintende
as operações.
• Quando não há navio dedicado, um dos Comandantes superintende as
operações. Neste caso, o acordo mútuo deve ser claramente estabelecido
antes do início das operações.
OPERAÇÕES STS
Supervisão e Controlo das Operações
Em qualquer das situações atrás referidas, cada Comandante continua
responsável pela segurança do seu navio, da sua tripulação, da carga que
transporta e do seu equipamento, não devendo permitir interferências que
prejudiquem a sua segurança por parte do outro Comandante, do seu Armador
ou de outros.
As operações de trasfega devem ser feitas de acordo com os requisitos do
navio que recebe a carga.
OPERAÇÕES STS
Supervisão e Controlo das Operações
Em qualquer das situações atrás referidas, cada Comandante continua
responsável pela segurança do seu navio, da sua tripulação, da carga que
transporta e do seu equipamento, não devendo permitir interferências que
prejudiquem a sua segurança por parte do outro Comandante, do seu Armador
ou de outros.
As operações de trasfega devem ser feitas de acordo com os requisitos do
navio que recebe a carga.
Normalmente, o Comandante delega no Imediato a responsabilidade pela
supervisão prática, condução e performance das operações de manuseamento
da carga, que se manterá em contacto com o responsável pelas operações no
outro navio, quer directamente ou através do Loading Master, se este existir.
OPERAÇÕES STS
Planeamento das Operações
As operações STS, tal como as Operações de Carga, Descarga e COW
efetuadas em porto, devem ser objeto de planeamento de um rigoroso
planeamento.
OPERAÇÕES STS
Comunicações
Como se compreende, as comunicações entre os dois navios e as
comunicações entre as pessoas chave são essenciais para o sucesso deste
tipo de operações de trasfega.
Ao longo da operação, devem ser feitos diversos testes para garantir a
efectividade dos meios de comunicação entre os navios.
A falha de comunicações leva ao imediato suspender das operações, que só
devem ser retomadas quando as comunicações forem restabelecidas.
A língua a ser utilizada deve também ser acordada antes das operações,
sendo normalmente a inglesa a ser utilizada quando os dois navios não têm
uma linguagem comum.
OPERAÇÕES STS
Formação da Tripulação
Para além do planeamento antecipado das operações e do rigoroso controlo
das mesmas, podem acontecer situações de emergência enquanto elas
decorrem, pelo que convém preparar a tripulação. Assim, antes de qualquer
operação STS deve ser feito um exercício com os seguintes cenários:
• Conhecimento e familiarização com os sinais de emergência
• Utilização dos meios de combate a incêndio
• Utilização dos meios de salvação
• Utilização do equipamento de combate à poluição (SOPEP)
OPERAÇÕES STS
Plano de Emergência de Paragem das Operações (Emergency Shut-Down
Plan)
Este plano deve ser acordado entre os Comandantes dos dois navios e deve
conter as situações em que as operações devem ser imediatamente
suspensas:
• Incêndio e/ou explosão
• Derrame no convés e/ou Casa das Bombas
• Derrame para o mar
• Avaria ou falha em equipamentos essenciais do navio (sistema hidráulico
das válvulas de carga, instalação elétrica, etc)
• Falha total das comunicações entre os navios
OPERAÇÕES STS
Ações em Caso de Emergência
a) Cabos de amarração a partir, avarias nas mangueiras ou incêndios são
exemplos das emergências que podem ocorrer durante uma operação STS
mas muitas outras situações se podem dar, o que tornam impossível indicar
uma ação de resposta comum. Os comandantes envolvidos devem avaliar a
situação e atuar de acordo, tendo presente que ações unilaterais podem
comprometer a resposta à emergência em causa.
b) As seguintes ações devem ser consideradas em caso de emergência
durante uma operação de STS:
1. Alertar as tripulações de ambos os navios.
2. Parar todas as operações de trasfega.
3. Reunir a tripulação nas estações de emergência e preparar para iniciar a resposta à situação de emergência.
4. Mandar as equipas de amarração para os seus postos.
5. Drenar as mangueiras para tanques vazios.
6. Desligar mangueiras.
7. Confirmar a prontidão da máquina para utilização imediata
OPERAÇÕES STS
Correntes Elétricas entre os Navios
a. Os cascos dos navios potenciais elétrico significativamente diferentes devido
ao grau de proteção catódica que seja garantido através de um sistema de
corrente impressa.
b. Os sistemas de corrente impressa são controlados automaticamente e
quando funcionam corretamente manterão o casco com um potencial elétrico
entre 0,15 e 0,2 volts. Se ambos os sistemas dos navios estão a trabalhar
corretamente e dentro destes valores, a diferença de potencial entre os navios
é insignificante e inofensivo.
c. Se, contudo, não houver equilíbrio entre os dois sistemas ou se um dos
sistemas estiver inoperativo e se o outro estiver descontrolado, então a
diferença de potencial poderá ser 0,4 volts, o que pode ser perigoso (such a
difference could give rise to a current which might result in incendive sparking if
an intermittent and low resistance electrically conducting path were provided
between the hulls).
Módulo 9: Operações de carga e descarga 54
3272 –Navios Tanque
OPERAÇÕES STS
Correntes Elétricas entre os Navios
Para prevenir o fluxo de correntes entre os navios, deve existir uma falange de
isolamento elétrico ou uma quartelada de mangueira que faça esse isolamento,
para que não haja o risco de saltar uma faísca (arco voltaico) durante o ligar ou
desligar mangueiras.
e. Na ausência de isolamento entre os navios, o potencial eléctrico entre eles
deve ser reduzido ao máximo:
Se os dois navios tiverem os sistemas de protecção catódica de corrente impressa a funcionarem bem, a melhor
solução é mantê-los ligados.
Se um navio tiver sistema de corrente impressa e o outro navio sistema de protecção catódica por ânodos
sacrificiais, o primeiro deve mantê-lo ligado.
Se um navio não tiver protecção catódica do casco ou se tiver o seu sistema de corrente impressa avariado, o
sistema de corrente impressa do outro navio deve ser desligado muito antes do navio encostarem.
f. Todos os cabos de amarração devem ser de fibra ou de aço com aboço de
fibra para garantir o isolamento entre os navios.
g. Também se devem evitar contactos entre os navios através de escadas ou
pranchas metálicas, dos cabos e ganchos dos paus de carga ou gruas e dos
Módulo 9:das
cabos Operações de carga e descarga
defensas. 55
3272 –Navios Tanque
OPERAÇÕES STS
Equipamento de Rádio, Radares e Comunicações por Satélite
Durante as operações STS, os equipamentos de rádio dos 2 navios devem
estar desligados e as antenas à terra.
Deve ser evitada a utilização de radares durante as operações STS,
principalmente quando a antena de um dos navios varre a zona de carga do
outro navio
Caso seja necessário ter ligado o radar, devem ser utilizados os radares de 3
cm (utilizam frequências acima dos 9000 MHz, cujas radiações podem ser
consideradas seguras a distâncias superiores a 10 metros).
Os radares de 10 cm não devem ser usados (utilizam baixas frequências que
podem induzir ignição até 50 metros).
Os equipamentos de comunicações por satélite operam normalmente a 1,6
Ghz e os níveis de electricidades gerados não representam perigo de ignição.
OPERAÇÕES STS
Acumulação de Gases
As operações de trasfega devem ser imediatamente suspensas se os gases se
acumularem sobre o convés dos navios e só devem recomeçar depois que os
gases desapareçam.
OPERAÇÕES STS
Tempestades Elétricas (Electrical Storms)
Quando se prevê uma tempestade ou quando a área em que decorre a
operação é atingida por uma tempestade, as operações devem ser
imediatamente suspensas (independentemente de os navios terem os tanques
de carga inertizados).
OPERAÇÕES STS
Manuseamento das Mangueiras de Carga
a. As mangueiras devem ser verificadas e feito registo dessa verificação no
Livro de Registo das Operações de Carga. Pontos a observar:
• As quarteladas de mangueira devem ser de comprimento suficiente para
evitar esforços (over-stressing and chafing) durante a trasfega, tendo em
atenção as alterações de bordo livre e o movimento dos navios.
• Só se devem utilizar mangueiras de boa qualidade.
• As mangueiras devem ter inscrito a data do último teste de pressão e a
pressão a que foram testadas (normalmente 14 kg/cm2).
b. Durante a operação de trasfega as mangueiras devem estar suspensas
utilizando os meios elevatórios dos navios, evitando movimentos e dobras (to
avoid chafing and kiking).
OPERAÇÕES STS
Lastro e Deslastro
Os procedimentos para lastro e deslastro dos navios são os normais como se
de uma operação em porto se tratasse. Convém, no entanto, lembrar alguns
pontos:
a. Qualquer quantidade de lastro sujo deve ser mantida a bordo.
b. Durante a operação de trasfega, as operações de lastro devem ser feitas
para evitar excessos de bordo livre ou de caimento a ré.
c. Deve-se evitar o adornamento dos navios, exceto se para melhorar a
drenagem de tanques.
OPERAÇÕES STS
Velocidades de Carga/Descarga
a. Antes das operações, devem ser combinadas entre os dois navios as
velocidades de carga/descarga para as diferentes fases das operações.
b. Durante as operações, um navio deve antecipadamente avisar o outro de
qualquer variação na velocidade da carga/descarga.
c. Devido à falta de contra-pressão, o navio deve assegurar-se de que não
ultrapassa o valor combinado para a velocidade de carga/descarga.
OPERAÇÕES STS
Precauções no Manuseamento das Cargas
a. O início da trasfega deve ser feito a baixo caudal para que o navio recebedor
verifique que tem a manobra correta.
b. A velocidade de carregamento deve ser reduzida na fase de enchimento dos
tanques de acordo com o combinado previamente.
c. As operações devem decorrer em sistema fechado e o escape de gases
deve ser feito através de sistema aprovado. Se for aberto um tanque, esta
abertura deve estar protegida com rede (gauze screen).
d. Devem ser seguidos todos os procedimentos operacionais e de segurança
do sistema de gás inerte.
e. Devem ser evitados valores excessivos de adorno e caimento.
f. Durante toda a operação, deve estar uma pessoa responsável de atenção na
área do manifold de cada navio para verificação de fugas e observação das
mangueiras. Devem manter contacto visual para permitir um meio de
comunicações alternativo rápido em caso de emergência.
Módulo 9: Operações de carga e descarga 62
3272 –Navios Tanque
OPERAÇÕES STS
Prevenção da Poluição
a. Qualquer fuga ou derrame deve ser imediatamente comunicada ao Oficial
responsável e as operações imediatamente suspensas
b. Qualquer derrame que fique contido entre os dois navios deve ser coberta
com uma camada de espuma para reduzir o risco de ignição provocado por
uma faísca (por exemplo, dos arames das defensas na borda do navio).
c. Qualquer poluição das águas deve ser imediatamente comunicada às
autoridades de acordo com o SOPEP.
OPERAÇÕES STS
Final da Trasfega
No final da trasfega, todas as mangueiras devem ser drenadas para um dos
navios (obtém-se melhores resultados se no navio com maior bordo livre forem
aliviados os parafusos da mangueira no manifold).
As válvulas dos manifolds são fechadas somente após a drenagem das
mangueiras.
Qualquer resto de produto que fique nas mangueiras cai nos tabuleiros.
As tampas (falanges) são colocadas nos manifolds e nas mangueiras.
OPERAÇÕES STS
Utilização de Check Lists
Durante as operações de trasfegas, devem ser preenchidas as respetivas listas
de verificações. São normalmente feitas as seguintes:
• Antes do começo das operações
• Antes dos navios amarrarem
• Antes da operação de trasfega
• Antes dos navios largarem (separarem)
Outro documento que deve ser preenchido logo que os navios amarram e
antes do início das operações é a Ship-Shore Pre-Transfer Agreement.
Títulos a tratar
Títulos a tratar
Títulos a tratar
NAVIOS PETROLEIROS
As operações de cargas são Operações Críticas.
Porquê Operações Críticas?
NAVIOS PETROLEIROS
Troca de Informações entre o Navio e o Terminal
Para que as operações decorram com sucesso, dentro de todos os parâmetros
de segurança e o mais eficientemente possível, é essencial haver uma boa
troca de informações entre o navio e o terminal antes de se iniciarem as
operações. Essa troca de informações fica registada e portanto oficializada na
chamada Ship/Shore Safety List que, entre outras, cobre os seguintes pontos:
• Confirmação das especificações do(s) produto(s) a carregar e a sequência
do carregamento,
• Se a carga é considerada como um sour crude oil e, nesse caso, qual a
percentagem de (ppm’s) de Hydrogen Sulphide (H2S), bem como os
procedimentos do terminal para estes casos,
• Outras características da carga que requeiram cuidados especiais, tais
como a presença de benzeno e chumbo ou que sejam produtos que
libertem grandes quantidades de gases,
NAVIOS PETROLEIROS
Troca de Informações entre o Navio e o Terminal
• Informações sobre o fornecimento de bancas, se for caso disso
(especificações do combustível, temperatura de carregamento, quantidades
nominadas, loading rate do terminal e a máxima loading rate aceitável pelo
navio e/ou máxima pressão no manifold de bancas),
• Limites das mangueiras ou braços de carga e referência ao máximo air draft
do navio,
• Informação sobre quanto tempo para, em situação normal, parar as bombas
de terra e para reduzir a velocidade de carregamento,
• Procedimentos para o topping up, incluindo as velocidades de topping up e
se o carregamento acaba por terra ou pelo navio (shore stop ou ship stop),
• Procedimentos para o dreno e para desligar mangueiras,
• Procedimentos para a paragem de emergência da operação de carga,
• Combinar os canais de comunicações entre o navio e o terminal, incluindo
os sinais para a paragem de emergência.
Módulo 9: Operações de carga e descarga 83
3272 –Navios Tanque
NAVIOS PETROLEIROS
Troca de Informações entre o Navio e o Terminal
O Comandante e o Imediato devem ainda fornecer as seguintes informações
ao representante do terminal antes do início das operações:
• Detalhe das últimas cargas (normalmente das últimas três), métodos que
foram empregues na lavagem de tanques e as condições dos
encanamentos e válvulas,
• Se o navio tiver parte de carga, informações sobre o produto, seu volume e
distribuição pelos tanques,
• Máximas velocidades de carga e de topping up,
• Máxima pressão aceitável durante o carregamento,
• Quantidade de carga a pedir pelo navio face à quantidade nominada,
• Distribuição da carga e sequência de carregamento,
• Temperatura máxima da carga ou valor máximo da pressão de gases, se
aplicável,
Módulo 9: Operações de carga e descarga 84
3272 –Navios Tanque
NAVIOS PETROLEIROS
Troca de Informações entre o Navio e o Terminal
• Método de libertação de gases (tank venting),
• Localização, qualidade e quantidade de lastro a bordo,
• Máximo freeboard durante as operações,
• Localização, qualidade e quantidade de slops, se os houver,
• Percentagem de gás inerte nos tanques de carga.
NAVIOS PETROLEIROS
Troca de Informações entre o Navio e o Terminal
Quando concluída, a Ship/Shore Safety List é assinada pelo Imediato e pelo
representante do Terminal (Loading Master). Este documento deve incluir,
além dos procedimentos operacionais, a quantidade e a qualidade da carga a
carregar e a sua distribuição a bordo.
Por outro lado, o Comandante e o Imediato devem assegurar-se de que as
informações do terminal sobre o(s) produto(s) a carregar, sequência do
carregamento, quantidades, etc., são concordantes com o pedido do navio, isto
é, com as instruções de viagem.
NAVIOS PETROLEIROS
Paragens de Emergência
O navio e o terminal devem combinar um plano de paragem de emergência,
que deve ter o acordo das duas partes e ser entendido por todo o pessoal
envolvido.
Esse plano deve referir as situações e as circunstâncias em que as operações
são imediatamente suspensas. Podemos referir como mínimas as seguintes
situações:
• Fogo e/ou explosão a bordo,
• Derrame de carga no convés e/ou na Casa das Bombas,
• Derrame de carga para o mar,
• Falha ou avaria de equipamentos do navio, tais como no sistema hidráulico das
válvulas de carga, falha de energia, etc.,
• Total falha nas comunicações entre terra e o navio.
As paragens de emergência podem provocar alguns perigos, como seja, por
exemplo, as variações bruscas de pressão (pressure surges) e os seus efeitos
nas válvulas e encanamentos.
Módulo 9: Operações de carga e descarga 87
3272 –Navios Tanque
NAVIOS PETROLEIROS
Comunicações
Os meios de comunicação usados entre o navio e o terminal são:
• VHF portátil, sendo que nuns casos é o navio que empresta um aparelho ao
terminal, noutros é o terminal que empresta ao navio um aparelho,
• Telefone direto, posto pelo terminal a bordo,
• Comunicações de voz através do marinheiro de vigia que está ao portaló.
As comunicações básicas devem ser simples e incluir as seguintes instruções:
• “Identification of vessel, berth and cargo”
• “Stand-By”.
• “Start Loading”
• “Slow Down”
• “Stop Loading”
• “Emergency Stop”.
NAVIOS PETROLEIROS
Comunicações
O método de voz através do marinheiro que está ao portaló só deve ser usado
quando:
• o terminal não tem meios de comunicação,
• o número de aparelhos portáteis a bordo não é suficiente para se
disponibilizar um aparelho ao terminal,
• quando o marinheiro de vigia e o operador do terminal se fazem entender e
estão em permanente contacto oral e visual.
NAVIOS PETROLEIROS
Ligar e Desligar Mangueiras
Estas operações tanto são efetuadas por pessoal de bordo como do terminal.
São operações que exigem muito cuidado e que podem originar o derrame de
produto ou a libertação de gases, isto é, não só as pessoas podem ser
atingidas por produtos e gases tóxicos com os danos que daí advém, como
também há a considerar a eventualidade de uma poluição.
NAVIOS PETROLEIROS
Deslastro
Conforme o tipo de navio, assim será a operação de deslastro.
Num navio de lastro segregado, o deslastro faz-se simultaneamente com a
operação de carregamento, isto é, o deslastro não interfere com esta
operação.
No caso de terminais que obrigam a que o lastro segregado seja bombado
para terra, esta operação terá de ser combinada com o terminal e interfere com
o carregamento, pois vai ser usada uma das linhas de carga para a bombagem
do lastro.
Quando o navio de lastro segregado chega ao terminal com lastro num tanque
de carga (reforço de lastro devido a mau tempo), este deslastro também
interfere com o carregamento pois, tal como no caso anterior, também vai ser
usada uma das linhas de carga para a bombagem do lastro.
NAVIOS PETROLEIROS
Esforços
Toda a operação de deslastro e carregamento deve ser controlada e
monitorizada de forma a evitar que o casco do navio sofra esforços excessivos.
Assim, os limites estabelecidos pela Sociedade Classificadora para o BM
(Bending Moment/Momento de flexão) e o SF (Shearing Force/Esforço de
tração) nunca deverão ser excedidos em qualquer momento das operações.
NAVIOS PETROLEIROS
Velocidade Máxima de Carga (Maximum Loading Rate)
A velocidade máxima de carga, seja no geral ou por tanque, acordada entre o
navio e o terminal não deverá exceder os 75% da capacidade máxima de fluxo
da P/V breaker ou 75% da capacidade máxima de fluxo das P/V’s dos tanques
a ser usados.
Nos navios tanques equipados com VEC* (Vapour Emission Control), a
velocidade máxima de carga deverá estar de acordo com a capacidade do
sistema.
Também deverão ser consideradas quaisquer restrições às velocidades de
fluxo impostas pelo estaleiro ou pelo fabricante dos encanamentos ou das
válvulas. .
NAVIOS PETROLEIROS
Sequência do Carregamento
Quando se planeia o carregamento, tudo deve ser feito para cumprir com todos
os requisitos e instruções do comercial (afretador/Operador) e do terminal. Mas
isso nunca poderá colidir com os interesses do navio, isto é, a distribuição dos
pesos e os respetivos esforços do casco, calados e caimento do navio não
poderão nunca ultrapassar os limites estabelecidos.
Por outro lado, a operação de carregamento deve ser planeada em termos de
esforços do casco, calados, caimento e bordo livre de modo a que, numa
situação de emergência, o navio possa largar do cais em qualquer momento e
estar em perfeitas condições de navegabilidade.
NAVIOS PETROLEIROS
Escape de Gases
Quando o navio se apresenta no terminal, todos os tanques devem estar
inertizados e o gás inerte deve ter uma percentagem de oxigénio inferior a 5%.
Durante o carregamento, a instalação de gás inerte é isolada. O carregamento
faz-se em circuito fechado, isto é, todas as escotilhas e aberturas dos tanques
estão fechadas, excepto aquela pela qual se combinou fazer o escape de
gases. Este faz-se por um destes processos, conforme o sistema do navio:
• Através das válvulas P/V dos tanques de carga,
• Através da válvula do vent raiser
NAVIOS PETROLEIROS
Escape de Gases
Durante o carregamento em circuito fechado, quaisquer medições ou tiragem
de amostras será feita através dos vapour lock, não havendo portanto
libertação de gases (ou libertação mínima).
No caso de o processo de escape de gases ser feito através das válvulas P/V
dos tanques de carga, deveremos manter uma monitorização da pressão do
gás inerte tanque a tanque. Além disso e no início da operação, quando se
atingirem os 1400 mmWG*, deveremos confirmar se as válvulas P/V se abrem
e se estão a libertar gases.
Quando se utiliza o vent raiser, que é um sistema mais seguro do que o
anterior (se as P/V individuais não estiverem a funcionar corretamente a
pressão dentro dos tanques pode ser superior a 1400 mmWG e é mais fácil
monitorizar a pressão do gás inerte), abre-se a válvula do vent raiser quando a
pressão sobe ligeiramente (250 mmWG). E assim se mantém até ao final do
carregamento.
* Milimeter Water Gauge
Módulo 9: Operações de carga e descarga 96
3272 –Navios Tanque
NAVIOS PETROLEIROS
Escape de Gases
Quando se carrega um produto muito volátil (very high vapour pressure
cargoes), devemos ainda tomar as seguintes precauções:
• Utilizar apenas o método de circuito fechado,
• Deverá evitar-se o carregamento se a velocidade do vento for inferior a 5
nós,
• A velocidade inicial e a velocidade de topping-up deverão ser muito baixas,
• Deverá verificar-se se há uma efetiva dispersão dos gases e se se estão a
seguir todos os procedimentos de segurança.
NAVIOS PETROLEIROS
Precauções quando se Carregam cargas a Alta Temperatura
Se o navio não for de construção especial, as cargas a alta temperatura podem
danificar a estrutura dos tanques ou a sua pintura, bem como válvulas, bombas
e juntas, que podem não estar preparadas para estas cargas.
Como as Sociedades Classificadoras têm regras relativas às máximas
temperaturas a que uma carga pode ser carregada num determinado navio, o
Comandante deve questionar o seu Armador quando a temperatura da carga a
carregar for superior a 60º C.
Devem também ser tomadas as seguintes precauções:
• Ter a certeza que os tanques e as linhas de carga não têm água se a carga
a receber for a temperatura superior à temperatura de ebulição da água,
• Espalhar a carga pelo maior número de tanques possível ao mesmo tempo
para fazer uma certa dissipação do calor.
• Ajustar a velocidade de carregamento para tentar atingir uma temperatura
aceitável.
Módulo 9: Operações de carga e descarga 98
3272 –Navios Tanque
NAVIOS PETROLEIROS
Preparação e Começo do Carregamento
Após verificação de que as mangueiras estão corretamente ligadas e
concluídos que estão a inspeção de tanques e os cálculos, o navio e o terminal
preparam-se para a operação.
Nesta fase, deverá haver uma perfeita ligação entre o navio e o terminal (falhas
de comunicação nesta fase poderão ter efeitos graves).
NAVIOS PETROLEIROS
Preparação e Começo do Carregamento
Deverão observar-se os passos seguintes:
• Todas as válvulas do sistema de gás inerte no convés ou do sistema de
escape de gases no caso de navios que não tenham gás inerte, deverão
estar corretamente posicionadas para a operação e com os sistemas de
segurança colocados,
• Todas as P/V devem estar na posição de trabalho e leves,
• Um Marinheiro deve estar na área do manifold para verificar fugas nas
ligações,
• Um Oficial deve assistir o Imediato,
• O Bombeiro deve estar no convés,
• Os sistemas de comunicações interno e externo devem estar a funcionar
corretamente,
NAVIOS PETROLEIROS
Preparação e Começo do Carregamento
Deverão observar-se os passos seguintes:
• Todas as check lists aplicáveis devem estar preenchidas e assinadas pelo
navio e pelo terminal,
• Todos os bujões devem estar no lugar e colocados corretamente,
• Todo o equipamento de segurança e de combate à poluição deve estar
disposto e pronto a ser usado,
• Quando os pontos anteriores tiverem sido verificados, o Imediato deve abrir
todas as válvulas a ser usadas nesta fase, exceto as válvulas do manifold.
O terminal é então avisado de que o navio está pronto para o lining-up,
• O terminal avisa que está pronto para começar a carga e manda abrir as
válvulas do manifold,
NAVIOS PETROLEIROS
Preparação e Começo do Carregamento
Deverão observar-se os passos seguintes:
• O terminal avisa que está pronto para começar a carga e manda abrir as
válvulas do manifold,
• O navio confirma que as válvulas do manifold estão abertas (no local o
Bombeiro confirma a abertura das válvulas) e o pessoal no convés é
informado de que o início do carregamento está para breve. O marinheiro
de vigia no manifold é encarregue de avisar quando notar o fluxo do produto
na mangueira e para estar atento a qualquer fuga nas ligações,
• O terminal inicia o carregamento e informa a hora oficial do mesmo,
• O carregamento inicia-se devagar, por gravidade,
• Quando se nota que o produto já chega aos tanques e que tudo está
normal, sem fugas, o Imediato avisa o terminal de que pode ir gradualmente
aumentando a velocidade do carregamento até se atingir o máximo
anteriormente combinado.
Módulo 9: Operações de carga e descarga 102
3272 –Navios Tanque
NAVIOS PETROLEIROS
Preparação e Começo do Carregamento
Deverão observar-se os passos seguintes:
• Enquanto o caudal vai aumentando, fazem-se inspeções nas ligações do
manifold, aos encanamentos e às válvulas no convés e na Casa das
Bombas.
• Se o navio está a carregar em bóias, deve manter vigia no mar para
detectar eventuais fugas nas mangueiras.
NAVIOS PETROLEIROS
“Line Displacement”
Este procedimento é muito usual e hoje não se aplica só em terminais onde se
sabe que a carga traz muita água (free water). O line displacement é feito do
seguinte modo:
• Pede-se ao terminal que informe qual o volume total das linhas desde o
tanque de terra até ao manifold do navio,
• O primeiro volume da carga correspondente ao volume da(s) linha(s) em
terra mais uma margem de tolerância previamente acordada, é carregada
num só tanque (ou num mínimo de tanques).
• Logo que o volume pretendido é carregado, pára-se a carga e o cargo
surveyor vai fazer a medição da quantidade recebida a bordo.
• Se o valor encontrado estiver dentro dos valores esperados, reinicia-se o
carregamento.
NAVIOS PETROLEIROS
Procedimentos durante o Carregamento
Durante o carregamento é essencial manter uma monitorização constante das
operações. Eis alguns aspectos:
• Uma vigia permanente no manifold para detectar eventuais fugas,
• Verificações frequentes dos encanamentos no convés e Casa das Bombas,
• Verificação das ullages de hora a hora para verificação das quantidades
carregadas e da média do carregamento,
• Verificação regular da temperatura da carga,
• Tiragem de amostras através dos vapour locks.
NAVIOS PETROLEIROS
Flutuações na Velocidade de Carregamento
Por princípio, não se devem verificar alterações significativas na velocidade de
carregamento mas se o Imediato notar que algo se passa sem que disso tenha
sido avisado, deve contactar o terminal e pedir que o informem quando a
normalidade fôr restabelecida.
Nenhuma acção deve ser tomada, tal como fechar válvulas dos tanques,
aproveitando uma redução da velocidade do carregamento como acima
referida, sem que haja uma informação de que essa redução se vai manter por
muito tempo. Se forem fechadas válvulas, quando o terminal de repente
restabelecer o loading rate máximo, pode provocar pressões (pressure surges)
passíveis de danificar não só linhas e mangueiras em terra como
encanamentos no navio.
NAVIOS PETROLEIROS
“Topping-Off” dos Tanques de Carga
O topping-off dos tanques de carga é talvez o estádio mais crítico de uma
operação de carga devido aos riscos associados com o possível aumento de
pressão devido a um deficiente controlo das válvulas dos tanques e/ou ao
derrame dos tanques de carga (overflow) devido a uma destas causas:
• Velocidade excessiva do carregamento na parte final da operação,
• Formação de bolsas de gás entre o nível do líquido e a parte superior do
tanque,
• Não ter em conta o caimento do navio,
• Aviso tardio do navio para diminuir a velocidade de carregamento ou atraso
de terra em diminuir a velocidade de carregamento,
• Operação errada das válvulas de carga,
NAVIOS PETROLEIROS
“Topping-Up” dos Tanques de Carga (cont.)
• Planeamento do carregamento sem ter em conta com ullages mínimas de
segurança,
• Inexistência de espaço vazio suficiente para descomprimir a pressão/fluxo
durante o topping-up,
• Diversos tanques simultaneamente em fase de topping-up,
• Mau funcionamento ou informações erradas do equipamento de sondagem
local ou dos tanques,
• Comunicações deficientes entre terra e o navio,
• Comunicações internas deficientes.
NAVIOS PETROLEIROS
“Topping-Up” dos Tanques de Carga
Para eliminar estes riscos, é essencial tomar algumas precauções:
• Ter em atenção as ullages mínimas de segurança quando se faz o
planeamento do carregamento,
• As ullages finais devem ter em conta os drenos das linhas de terra,
• Durante o período de topping-up, um ou dois tanques devem ser atrasados
para que tenham espaço vazio suficiente para descompressão das linhas
em caso de necessidade,
• A sequência do carregamento deve ser feita de modo a evitar que mais do
que um tanque esteja a acabar ao mesmo tempo,
• As velocidades de topping-up devem ser previamente acordadas entre o
navio e o terminal com o necessário aviso de tempo pedido pelo terminal
para a redução,
• Antes de se iniciar o topping-up devem testar-se os meios de comunicação
terra/navio,
Módulo 9: Operações de carga e descarga 109
3272 –Navios Tanque
NAVIOS PETROLEIROS
“Topping-Up” dos Tanques de Carga
Para eliminar estes riscos, é essencial tomar algumas precauções (cont.):
• Algum tempo antes de se atingir a fase de topping-up, o navio deve avisar o
terminal e pedir que fiquem de atenção para reduzir a velocidade de
carregamento,
• Quando os últimos tanques estão quase a acabar, o Imediato deve pedir
com tempo para reduzirem a velocidade de carga de forma a permitir um
controlo efetivo do fluxo a bordo do navio,
• Sempre que possível, a parte final do topping-up deve ser feito por
gravidade. Assim será possível fechar as válvulas de terra logo que a ordem
de final de carregamento é dada pelo navio,
• Quando o último tanque estiver quase a acabar, deve-se avisar o terminal
que o carregamento está quase a acabar, para assim se ter a certeza de
que a ordem do navio ‘stop loading’ é imediatamente seguida pelo fecho
das válvulas de terra,
Módulo 9: Operações de carga e descarga 110
3272 –Navios Tanque
NAVIOS PETROLEIROS
“Topping-Up” dos Tanques de Carga
Para eliminar estes riscos, é essencial tomar algumas precauções (cont.):
• As válvulas de terra devem ser sempre fechadas antes das válvulas do
navio. O navio só em caso de emergência deve fechar as válvulas quando
ainda está a entrar produto,
• O Imediato só manda fechar as válvulas do manifold depois de ter obtido
autorização do terminal (ou a pedido deste),
• Antes de fechar as válvulas do manifold (ou depois, se houver
encanamentos adequados para o efeito), o Imediato deve assegurar-se de
que os braços ou mangueiras foram efetivamente drenados conforme os
procedimentos previamente acordados, de forma a evitar qualquer derrame
durante o desligar das mangueiras.
NAVIOS PETROLEIROS
Final do carregamento e Preparação para a Viagem
As mangueiras não devem ser desligadas sem que se tenha a certeza de que
as quantidades nominadas ou as quantidades pedidas pelo navio foram
corretamente fornecidas. Este princípio implica que, a menos que o navio
tenha sido carregado pela capacidade (volume) e todos os tanques estejam
cheios, as mangueiras não devem ser desligadas antes que:
• As medições da carga e os cálculos tenham sido concluídos e
• As quantidades de carga a bordo satisfaçam o Comandante em face das
quantidades pedidas, ou
• Se as quantidades de carga diferem além do razoável, após o Comandante
emitir uma Carta de Protesto, cuja receção deverá ser confirmada pelo
destinatário.
NAVIOS PETROLEIROS
Final do carregamento e Preparação para a Viagem
Antes de o navio largar, o Imediato deve ainda assegurar-se de que:
• Todas as válvulas dos sistemas de carga e lastro estão fechadas,
• Todas as aberturas dos tanques de carga e lastro estão fechadas e bem
apertadas,
• Todas as ligações de carga e bancas têm as respetivas tampas,
• Os tabuleiros estão secos e limpos,
• As portas da Casa das Bombas estão fechadas e, nalguns casos, a
ventilação está a funcionar,
• A pressão de gás inerte nos tanques está positiva e deve deixar instruções
precisas na Ponte para a monitorização e controlo dessa pressão.
Títulos a tratar
Títulos a tratar
Para além disso, todos os oficias de ponte devem estar equipados com planos
de estivas e planos de linhas/manifolds.
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Módulo 9: Operações de carga e descarga 152
3272 –Navios Tanque
3 – Preparação da tripulação
- Geral (Códigos IMDG e IBC/BCH/IGC, no caso de navios químicos e gás);
- Plano de Carga;
- Plano de Estiva;
- Plano de Linhas;
- Plano de Segurança e Equipamentos de Segurança;
- Planos de emergência/contingência;
- Documentos a ter a bordo, durante as viagens de um Navio Tanque;
7 – Amostras e Inspeção
- Amostras para Carregador (Amostras do 1.º Pé, etc).
- Amostras para Armador;
- Manuseamento de amostras;
- Pressão, Temperatura e Ullage;
- Calado e Caimento;
- Medição de Tanques;
- Amostras Finais/Reserva de Amostras.
9 – Procedimentos Finais
- Drenagem das Linhas de Carga;
- Fecho de todas as válvulas e acessos;
- Sondas dos tanques (dependendo do tipo de sondas).
168
3272 –Navios Tanque
Para além disso, todos os oficias de ponte devem estar equipados com planos
de estivas e planos de linhas/manifolds.
Essa reunião deve ser registada no diário de navegação ou no diário de portos,
conforme aplicável.
Onde:
LL = limite de carga expresso em percentagem, ou seja, o volume máximo de
líquido em relação ao volume da cisterna em que a cisterna pode ser
carregada.
FL = limite de enchimento = 98 por cento, a menos que se apliquem
determinadas exceções.
pR = densidade relativa da carga à temperatura de referência.
pL = densidade relativa da carga à temperatura e pressão de carga.
Conclusões
Completa-se assim o ciclo de operações de carga em navios tanque.
É importante que cada navio tenha os seus próprios procedimentos
operacionais pormenorizados claramente enumerados.
O que pode ser feito num navio pode não ser possível ou mesmo desejável
num outro.
No entanto, os princípios básicos da movimentação de cargas líquidas
continuam a ser os mesmos para todos os navios tanque.
Uma operação segura é invariavelmente também uma operação eficiente e,
em caso de dúvida sobre a segurança de qualquer operação, recomenda-se
que o pessoal do navio procure obter mais aconselhamento.
** FIM **
LAVAGEM DE TANQUES
- Alguns exemplos
Pré-lavagem de tanques com resíduos de Óleos Minerais com Flash Point acima dos 61º C (ex: Óleos Lubrificantes; Gasoil)
A pré-lavagem dos tanques deve ser efectuado, como de costume, com água salgada ou água doce. Contudo, os
tanques pre-lavados com água salgada devem ser enxaguados com água doce antes da lavagem com detergente
(Watensol);
A lavagem ser efectuada de acordo com o Diagrama A3;
A quantidade assumida de água doce necessária para o procedimento de lavagem deve ser bombada para um
tanque separado, se possível limpo, do navio;
A água doce deve ser aquecida até às seguintes temperaturas:
1 – Até cerca de 80º C sem o uso do sistema de aquecimento de água de lavagem do tanque;
2 – Até cerca de 50º C usando o aquecimento do sistema de lavagem do tanque;
Daqui em diante a respectiva quantidade de soluções de lavagem deve ser produzida de acordo com as instruções;
Então, a quantidade parcial da solução de lavagem deve ser bombada para dentro do tanque a lavar (5-20 m3);
Através da bomba de carga, a solução de lavagem deve ser bombada através do sistema de lavagem do tanque e
o tanque deve ser lavado em circuito fechado;
PUBLICAÇÕES:
- Dr. Verwey;
- Miracle.
** FIM **