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MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA
COMANDO DE PREPARO

PUBLICAÇÃO GRAU DE SIGILO EMISSÃO VALIDADE


NOPREP/OPR/09 OSTENSIVO 29/11/2018 PERMANENTE
ASSUNTO
TRANSPORTE DE GLP EM AERONAVES DO COMPREP
ANEXO
Não há
DISTRIBUIÇÃO
COMAE, COMPREP e Organizações Militares subordinadas

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1 OBJETIVO

Padronizar os procedimentos para o transporte de Gás Liquefeito de Petróleo


(GLP) em aeronaves do COMPREP.

1.2 ÂMBITO

A presente Norma aplica-se às Organizações Militares subordinadas ao


COMPREP.

1.3 RESPONSABILIDADE

A revisão e a atualização desta NOPREP são de responsabilidade da SCAD do


COMPREP.

1.4 CONCEITUAÇÕES

Os termos e expressões constantes nesta NPA estão definidos no MD 33-M-02


“Manual de Abreviaturas, Siglas, Símbolos e Convenções Cartográficas das Forças Armadas”
ou no MCA 10-4 “Glossário do Comando da Aeronáutica”.

2 DISPOSIÇÕES GERAIS

2.1 O transporte de GLP na FAB está autorizado somente nas aeronaves C-95 e C-105 (essa
aeronave não deverá ser pressurizada).

2.2 É proibido o transporte de GLP (cheios ou vazios) junto com passageiros, independente da
quantidade de botijões a bordo da aeronave.

2.3 Está autorizado o transporte de botijões de no máximo 13 Kg. Observada os limites de


peso e balanceamento da aeronave, a quantidade máxima a ser transportada é de 11 botijões
(cheios ou vazios) por trecho, mesmo que a disponibilidade de carga da aeronave permita
transportar uma quantidade maior.

2.4 É desejável que a tripulação tenha o Curso de Cargas Perigosas ministrado pelo CTLA.
2/5 NOPREP/OPR/09

2.5 A tripulação deverá atentar para a temperatura no interior da aeronave, pois os botijões de
GLP possuem um sistema de segurança chamado de “plugue fusível”, o qual derrete quando
expostos à temperatura entre 70° e 77° C, liberando o GLP que está dentro do botijão,
impedindo que ocorra a explosão do vasilhame.

2.6 Deverá existir, a bordo da aeronave, equipamento adicional de extinção de fogo e


suprimento de oxigênio individual para todos os tripulantes. Para os Mecânicos/Loadmasters
equipamentos de oxigênio portáteis que permitam seu livre movimento no interior da
aeronave.

2.7 O empilhamento de botijões de GLP somente será permitido se houver sobre-grades


laterais ou traseiras com fixação através de fitas, correntes ou outro sistema que garanta a
estabilidade da carga com a aeronave em movimento.

2.8 A tripulação deverá verificar o estado geral dos botijões quanto a deformações em sua
estrutura e vazamentos, recusar o transporte caso esteja muito deteriorado e vazando. Exigir
do órgão apoiado a realização do teste de vazamento antes do embarque dos botijões e que
estes estejam envoltos, individualmente, por uma embalagem, evitando assim o atrito com o
assoalho da aeronave ou com outro botijão, que possa produzir faísca durante a
movimentação da carga em uma eventual necessidade de alijamento.

2.9 Quando qualquer botijão a bordo da aeronave parecer estar danificado ou vazando, a
tripulação deve removê-lo da aeronave e, posteriormente, providenciar a sua disposição em
local seguro. No caso de um botijão com suspeita de vazamento, a tripulação deve assegurar
que o restante da remessa esteja em condições adequadas para o transporte.

2.10 Logo após carregar a aeronave com os botijões, deve-se iniciar os procedimentos de
partida e táxi, a fim de evitar exposição por tempo prolongado dos botijões a altas
temperaturas.

2.11 Quando estiverem transportando botijões de GLP, as aeronaves devem decolar e pousar
em condições VMC diurno, no aeródromo de partida e destino. Além disso, devem evitar
sobrevoar regiões densamente povoadas ou entrar em nuvens que possam causar forte
turbulência.

2.12 Os seguintes procedimentos devem ser observados nesse tipo de missão:


a) transportar os botijões (cheios ou vazios) somente na posição vertical;
b) proibido sob qualquer hipótese pernoitar a aeronave carregada com
botijões;
c) posicionar os botijões de maneira que facilite seu alijamento em caso de
emergência;
d) para evitar vazamentos ou risco de explosão, voar somente até 8.000 Ft
de altitude; e
e) os mecânicos/loadmasters deverão voar com equipamento apropriado
para uma missão de lançamento aéreo de carga.

2.13 Em caso de vazamento de gás em voo, deve-se realizar imediatamente o procedimento


de eliminação de fumaça, de acordo com o manual da aeronave. Tentar identificar o botijão
NOPREP/OPR/09 3/5

com problemas, procurar sobrevoar uma região desabitada e alijá-lo. Caso não consiga
identificar o botijão, alijar toda a carga.

2.14 É proibido o uso de aparelhos de transmissão portáteis, rádios e radares nas


proximidades dos botijões durante os procedimentos de carga e descarga.

2.15 Os botijões vazios deverão receber os mesmos cuidados dispensados aos cheios.
4/5 NOPREP/OPR/09

3 DISPOSIÇÕES FINAIS

3.1 Esta Norma entrará em vigor a partir da data da sua emissão.

3.2 Os casos não previstos nesta NOPREP serão submetidos à apreciação do Comandante de
Preparo.

Ten Brig Ar ANTONIO CARLOS EGITO DO AMARAL


Comandante de Preparo

Digitally signed by ANTONIO


ANTONIO CARLOS CARLOS EGITO DO
EGITO DO AMARAL:00485001861
Date: 2018.12.11 14:13:59
AMARAL:00485001861 -02'00'
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REFERÊNCIAS

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica.


Confecção, Controle e Numeração de Publicações: NSCA 5-1. [Rio de Janeiro], 2011.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Comando de Preparo. Regimento Interno do Comando de


Preparo: RICA 20-38. [Brasília], 2017.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Comando Geral do Pessoal. Correspondência e Atos


Oficiais do Comando da Aeronáutica – ICAER: ICA 10-1. [Brasília], 2015.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Comando de Preparo. Elaboração, padronização e


controle de publicações do COMPREP: NOPREP GEN 01. [Brasília], 2018.

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