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N-2670 REV. C 09 / 2013

Embarcações em Terminais -
Liberação e Medição de Produtos em
Navios Tanque

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


CONTEC deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 40 CONTEC - Subcomissão Autora.

Transporte Marítimo de As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Petróleo, Derivados e Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
Bio-Combustíveis seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e Subsidiárias,
devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e serviços,
conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas em
Licitação, Contrato, Convênio ou similar.
A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos
governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos
próprios usuários.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 23 páginas, 2 formulário, Índice de Revisões e GT


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1 Escopo

1.1 Esta Norma estabelece critérios para inspeção e aceitação de tanques de navios petroleiros,
visando garantir a quantidade e qualidade dos produtos a serem movimentados.

1.2 Esta Norma estabelece as condições exigíveis a serem empregadas nas medições das cargas
líquidas de petróleo, seus derivados e etanol, nas operações de carregamento e descarga de navios
em terminais.

1.3 Esta Norma estabelece as condições exigíveis por ocasião da liberação inicial, intermediária ou
final nas operações de carregamento e descarga de navios em terminais.

1.4 Esta Norma estabelece as condições exigíveis para a fiscalização dos contratos de prestação de
serviços técnicos especializados de inspeção de quantidade e qualidade, nos carregamentos e
descargas de petróleo, seus derivados e etanol quando transportados por via marítima, lacustre ou
fluvial.

1.5 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados ou revisados a partir da data de sua edição.

1.6 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

Portaria ANP no 80, de 30/04/1999 - Estabelece o Regulamento Técnico ANP no 003/99,


anexo a esta Portaria, que Especifica os Óleos Combustíveis de Origem Nacional ou
Importados a Serem Comercializados em Todo o Território Nacional;

Resolução CNP no 6, de 25/06/1970 - Tabelas de Correção das Densidades e dos Volumes


dos Produtos de Petróleo;

NR-33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados;

PETROBRAS N-2673 - Embarcações em Terminais - Limpeza de Tanques;

PETROBRAS N-2689 - Operação de Oleoduto Terrestre e Submarino;

PETROBRAS N-2732 - Controle de Qualidade de Produtos e Petróleo;

API MPMS 17.9 - Manual of Petroleum Measurement Standards - Chapter 17 - Marine


Measurement - Section 9 - Vessel Experience Factor (VEF) IP Hydrocarbon Management
HM 49;

ASTM D1265 - Standard Practice for Sampling Liquefied Petroleum (LP) Gases, Manual
Method;

ASTM D3700 - Standard Practice for Obtaining LPG Samples Using a Floating Piston
Cylinder;

ASTM D4057 - Standard Practice for Manual Sampling of Petroleum and Petroleum
Products;

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ISGOTT - International Safety Guide for Oil Tankers and Terminals.

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
Fator de Experiência do Navio - FEN (“Vessel Experience Factor - VEF”)
fator estabelecido para uma determinada embarcação, oriundo da razão entre as quantidades
medidas nos tanques de terra e as quantidades medidas nos tanques de bordo. Este fator tem como
função corrigir a quantidade de bordo e servir como uma ferramenta auxiliar para verificar
consistência em operações de carga ou descarga

3.2
GIAONT
Grupo de Inspeção e Acompanhamento Operacional de Navios e Terminais, responsável pela
verificação da segurança operacional dos navios para liberação das operações

3.3
inspetora (“surveyor”)
empresas independentes, contratadas para prestar serviços de inspeção de quantidade e qualidade
nas operações de navios ou barcaças

3.4
“Material Safety Data Sheet” (MSDS)
ficha de informações de segurança de produto químico, que contém informações sobre o transporte,
manuseio, armazenamento e descarte de produtos químicos, considerando os aspectos de
segurança, saúde e meio ambiente

3.5
navio tanque
navio construído para transportar petróleo e/ou derivados claros, escuros e gases liquefeitos

3.6
Operação de Carregamento ou Carga (CG)
toda operação programada de petróleo e seus derivados e etanol, que tenha como objetivo o
embarque de determinada quantidade de carga nos tanques dos navios

3.7
Operação de Descarregamento ou Descarga (DG)
toda operação programada de petróleo e seus derivados e etanol, que tenha como objetivo o
desembarque de determinada quantidade dos tanques de carga do navio (inclui-se nessa categoria
as descargas de “slop” e/ou resíduos oleosos)

3.8
Relatório de Medições e Quantidades a Bordo (RMQB)
documento que contém os registros dos produtos, medições, cálculo e comparação das quantidades
de cargas a bordo

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3.9
tanque de slop
tanque destinado a receber resíduos de limpeza ou outros

3.10
terminal aquaviário
instalações portuárias, marítimas, lacustres ou fluviais, destinadas a operações de carregamento e
descarga de embarcações, inclui operações de navios fundeados sob a responsabilidade do terminal.

3.11
“Time Charter Party” (TCP)
contrato de afretamento de navios por tempo determinado

3.12
“Time sheet” (“Time log”)
formulário de registro de ocorrências

3.13
“Ullage Temperature Interface” (UTI)
equipamento para medição de temperatura, ulagem, inagem e interface entre água e óleo

3.14
volume total calculado (“Total Calculated Volume” - TCV)
volume total de produto, sedimentos e água livre, corrigido para a temperatura de referência (no
Brasil 20 °C) através dos fatores de correção de volume em função da densidade para uma
temperatura padrão

4 Condições Gerais

Esta Seção aplica-se somente a navios envolvidos no transporte de petróleo, derivados escuros e
claros e etanol. Excluem-se os navios químicos e navios de gás.

4.1 Controle da Contaminação de Produtos

4.1.1 A responsabilidade pela limpeza e adequação dos tanques, bombas e redes do navio para
carregar a carga programada é única e exclusivamente do navio. O terminal é responsável pelo
manuseio da carga até o “manifold” do navio. Entretanto, o terminal deve avaliar o cumprimento da
PETROBRAS N-2673, no que diz respeito à verificação da situação da limpeza dos tanques e
proceder conforme 4.3.3 desta Norma. No caso de contaminação, as 3 partes envolvidas (proprietário
da carga, terminal e navio) devem verificar as causas e a responsabilidade.

4.1.2 Qualquer contaminação do produto deve ser detectada durante as operações de carga e/ou
descarga, através de procedimentos de controle da qualidade de produtos e de produtos
movimentados.

o
4.1.3 Os procedimentos de coleta de amostras no píer, no “manifold” do navio e no 1 nível da carga,
o
no 1 tanque recebedor devem ser efetuados para permitir a apuração de responsabilidades por
eventuais contaminações. A PETROBRAS N-2732 define a amostra representativa do início da carga
coletada a bordo quando o produto atinge a altura de 1 m ou 1 pé, do primeiro tanque recebedor ou
do tanque mais crítico em função do plano de carga anterior.

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NOTA Coletar para análise e guardar a amostra representativa do início do carregamento do navio,
ou seja, 1o metro ou 1 pé de altura linear de produto do 1o tanque a ser carregado no navio.

4.1.4 Quando os ensaios realizados detectarem qualquer contaminação, proceder conforme a


PETROBRAS N-2732.

4.2 Inspeção de Tanques

4.2.1 Considerando o 4.1.1 e os mecanismos de coleta de amostras e ensaios realizados nos


terminais, a inspeção no interior de tanques de navios somente deve ser realizada por pessoal
qualificado nas situações a seguir:

a) carregamento de Querosene de Aviação (QAV);


b) carregamento de lubrificantes;
c) carregamento de produto claro quando a última carga for produto escuro;
d) quando o contrato de venda do produto exigir tal inspeção;
e) carregamento de produtos com padrões de qualidade mais restritivos. Ex.: óleo diesel
S10;
f) carregamento de etanol.

NOTA A necessidade destas inspeções deve ser confirmada pela área de qualidade de produto da
PETROBRAS.

4.2.2 Quando da programação e sob as situações listadas em 4.2.1, o representante do navio deve
ser informado de que o navio deve chegar ao porto de carregamento com os tanques designados
para serem inspecionados na condição “free for man”.

4.2.3 A inspeção dos tanques de bordo deve ser realizada por um inspetor independente, nomeado
pela PETROBRAS e acompanhado pelo representante do navio.

4.2.4 O inspetor deve entrar nos tanques programados para receber a carga e verificar as condições
do revestimento, estado de limpeza e se as redes e bombas estão secas e drenadas. O inspetor deve
cumprir as normas e procedimentos de segurança contidos no ISGOTT, NR-33 e aqueles específicos
do navio.

4.2.5 Todos os procedimentos previstos para a verificação das quantidades nos tanques de bordo e
eventual remanescentes devem ser aplicados.

4.3 Critérios para Aceitação e Rejeição dos Tanques

4.3.1 Os tanques e as respectivas redes devem estar totalmente secos e drenados.

a) QAV
— o revestimento dos tanques deve estar em bom estado de conservação
(20 % máximo de corrosão na área total do tanque);
— as anteparas, estruturas internas e o fundo dos tanques devem estar limpos, sem
resíduos;
— os tanques e respectivas redes devem estar totalmente secos;
b) lubrificantes:
— as anteparas, estruturas internas e o fundo dos tanques devem estar limpos, sem
resíduos visíveis;
— tanques e respectivas redes devem estar totalmente secos;
c) produto claro após produto escuro:

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— as anteparas, estruturas internas e o fundo dos tanques, incluindo redes devem estar
limpos, sem resíduos visíveis;
— o tanque, incluindo redes, deve estar totalmente seco;
d) etanol após produtos claros:
— as anteparas, estruturas internas e o fundo dos tanques, incluindo redes devem estar
limpos, adoçados, sem resíduos visíveis.

4.3.2 O representante do terminal não deve assinar qualquer certificado de inspeção de tanques
emitido por terceiros com relação à adequação dos tanques para carregamento.

4.3.3 Para evitar atrasos indesejáveis caso o representante do navio insista na assinatura do
certificado para carregamento, deve ser lançada a ressalva SOMENTE RECEBIDO (“ONLY
RECEIVED”).

4.3.4 O representante do terminal deve avaliar as informações recebidas do navio sobre as


últimas 3 cargas movimentadas para evitar a contaminação do produto. Se o sequenciamento das
últimas cargas não está compatível com o produto a ser operado, o representante do terminal deve
informar a programação e expor os motivos via emissão de carta-protesto contra o navio.

5 Liberação de Navio

5.1 A carta inicial (Anexo B) consiste em um documento que estabelece as condições operacionais e
de segurança entre terminal e navio para regimes inicial, transitório e permanente. A carta inicial inclui
as seguintes informações: equipamentos e medições em terra (vazão, pressão, braços e linhas),
dados contratuais do navio, informações sobre a viagem, informações complementares e
observações sobre a operação e segurança.

5.2 Com objetivo de apurar as quantidades a bordo e verificar a prontificação do navio sob todos os
aspectos, os representantes do navio e do terminal devem realizar:

a) reunião inicial “meeting” (troca de informações sobre procedimentos de carga e


descarga);
b) inspeção de segurança operacional do navio (ISGOTT);
c) leitura do calado avante, meia nau e a ré;
d) recebimento de documentos e amostras da origem (carregamento/descarga);
e) assinatura e entrega de documentos;
f) medição de nível do produto, água, temperatura e amostragem, quando houver, nos
tanques do navio;
g) cálculos das quantidades encontradas a bordo;
h) balanço de quantidade entre origem e destino.

NOTA Caso necessário, eles podem estar acompanhados de uma Companhia Inspetora
Independente ou de um representante da Receita Federal.

5.3 Ao ir a bordo, o representante do terminal, em conjunto com o GIAONT, deve contatar o oficial
responsável pelas informações (imediato ou comandante) sobre o navio, quando devem ser
acertados todos os detalhes da operação a ser realizada. Os representantes do terminal e do navio
devem ter conhecimento prévio das quantidades e características dos produtos a serem
movimentados.

5.4 Quando aplicáveis, todos os documentos emitidos pelas partes envolvidas devem ser assinados
e carimbados por todas.

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NOTA 1 No caso de recusa do navio em receber algum documento, tal fato deve ser registrado no
verso do próprio documento, com assinatura de 2 testemunhas e entregue ao agente do
navio.
NOTA 2 No caso de recusa do terminal em receber algum documento, tal fato deve ser registrado no
verso do próprio documento, com assinatura de 2 testemunhas e entregue ao agente do
navio.
NOTA 3 Caso haja recusa por parte do agente receber documento do terminal, o fato deve ser
comunicado ao responsável pela programação do navio.
NOTA 4 Pode ser adotado um emitente único para o RMQB e “time sheet”, o qual será válido para
as partes envolvidas.

5.5 Nas operações de carga/descarga, o representante do navio deve ser o responsável pela
realização das medições e amostragens dos tanques de bordo, com equipamentos com certificados
de calibração válidos e em perfeitas condições de funcionamento. Na impossibilidade de utilização de
equipamentos do navio, o representante do terminal deve disponibilizar todos os equipamentos de
medição e amostragem.

NOTA O representante do terminal deve fornecer os materiais necessários para a liberação


(formulários, recipientes, lacres, etiquetas etc.).

5.6 Nas medições dos tanques de terra, o representante do terminal deve convidar o representante
do navio para acompanhar as medições dos produtos a serem movimentados.

5.6.1 Para execução das medições, devem ser adotadas as recomendações de segurança
operacional previstas no ISGOTT como regra básica de segurança, existindo ou não sistema de gás
inerte.

5.6.2 As medições nos tanques de bordo podem ser realizadas através dos instrumentos de medição
automática do navio (painel), se devidamente calibrados e com certificados válidos, nas seguintes
situações: [Prática Recomendada]

a) nas operações em terminais não abrigados em que as condições de mar não sejam
favoráveis;
b) nas operações de cabotagem com navios próprios e afretados em TCP transportando
petróleo nacional diretamente das plataformas da PETROBRAS.

5.6.3 Caso haja diferenças acima das tolerâncias aceitáveis nas medições realizadas conforme as
Seções 8 e 12 desta Norma, devem ser adotadas as medições nos tanques de bordo através de
sonda UTI ou trena manual sob responsabilidade do representante do navio.

5.7 Nas medições de óleo combustível, deve ser descontada a quantidade de água e sedimentos
o
que exceder 1,0 %, em volume, conforme a Portaria ANP n 80. No caso de petróleo e demais
derivados, o desconto deve ser integral.

5.8 Amostras coletadas em qualquer etapa produtiva e os procedimentos de controle de qualidade


devem seguir os requisitos da ASTM D4057 ou ASTM D1265. Para GLP, devem ser seguidos os
requisitos da ASTM D3700.

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6 Liberação Inicial no Carregamento

6.1 A carta inicial (Anexo B) consiste em um documento que estabelece as condições operacionais e
de segurança entre terminal e navio para regimes inicial, transitório e permanente. A carta inicial inclui
as seguintes informações: equipamentos e medições em terra (vazão, pressão, braços e linhas),
dados contratuais do navio, informações sobre a viagem, informações complementares e
observações sobre a operação e segurança.

6.2 Ao chegar a bordo, o operador do terminal deve solicitar ao representante do navio toda
documentação da origem. Esta documentação abrange: relatório de medição dos tanques de bordo
no porto de origem, certificado de ensaio do produto (no caso de remanescente) após a última
operação, as quantidades existentes a bordo de “bunker” (óleo combustível ou diesel) e água para
consumo do navio após a atracação e outras informações julgadas necessárias à desejada eficiência
operacional.

NOTA O não atendimento por parte do navio ou terminal implica na emissão de carta-protesto.

6.2.1 A liberação inicial para o carregamento consiste em:

a) medição de todos tanques de carga que possam conter resíduos e “slop”, realizando
medição de óleo e água livre, apurando os possíveis remanescentes;
b) cálculos dos volumes remanescentes em litros ambiente, em litros a 20 °C e de massas
em quilogramas;
c) preenchimento em conjunto com o representante de bordo da carta inicial de operação;
d) emissão do documento RMQB (ver Anexo A) como registro das medições e seus
respectivos volumes;
e) lista de verificação de segurança operacional entre navio e terminal (ISGOTT) antes da
operação de carregamento.

6.2.2 Antes de ser autorizado o início da operação de carregamento, o representante do terminal


deve solicitar ao representante do navio os documentos abaixo, sem os quais não há garantia de
“pronto para operar” por parte do navio. Na falta de um destes documentos, o carregamento não deve
ser autorizado:

a) notificação de pronto a operar para carga “Notice for Readiness” (NOR);


b) declaração de combustível seguro (ponto de fulgor acima de 60 ºC);
c) plano de carga elaborado por bordo.

NOTA O navio/terminal deve informar por escrito qualquer particularidade que possa repercutir nas
medições, operação, qualidade e segurança do carregamento.

6.3 O representante do terminal deve fornecer ao representante do navio a ficha de segurança do


produto conforme a legislação vigente, a qual está disponível na intranet do SMES corporativo da
PETROBRAS, e amostras do produto conforme a PETROBRAS N-2732.

6.4 Havendo ou não remanescente de carga a bordo, o terminal deve emitir o RMQB para registro
das medições e volumes encontrados a bordo antes da carga. Se o navio não permitir ou não facilitar
as medições, deve-se emitir a correspondente carta-protesto.

6.5 Para a realização de uma operação de carga em tanque com remanescente, deve haver
autorização prévia da PETROBRAS. Caso aprovado, o representante do terminal deve providenciar o
certificado de ensaio do volume total a bordo por produto. A nota fiscal original ou cópia fax deve ser
providenciada e enviada para o terminal de destino antes da chegada do navio para que o produto
possa ser descarregado.

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6.6 Os tanques que estiverem parcialmente carregados podem ser completados, desde que tenham
sido previamente medidos e seus volumes quantificados e autorizados pela programação. Ao final do
carregamento, deve constar, em quadro específico do RMQB para quantidades movimentadas, o
desconto em volume a 20 °C do Volume Total a Bordo (“On Board Quantity”-OBQ) antes do
carregamento, conforme fórmula de cálculo abaixo:

Bo = TCVb - OBQ

Onde:
Bo = volume total carregado a bordo e medido a 20 °C (bordo origem);
TCVb = volume total a bordo (produto + água livre + água de lastro a 20 °C) medido após o
carregamento (“Total Calculated Volume”);
OBQ = volume total a bordo (produto+ água livre + água de lastro a 20 °C) medido antes
do carregamento (“On-Board Quantity”).

7 Liberação Inicial na Descarga

7.1 Ao chegar a bordo, o representante do terminal deve solicitar ao representante do navio: o


relatório de medição dos tanques de bordo no porto de origem (antes e após a última operação), as
quantidades existentes a bordo de “bunker” (óleo combustível e diesel) e água para consumo do
navio após a atracação, as amostras da origem, MSDS das cargas a serem movimentadas e
certificado de ensaio (quando aplicável, observando a PETROBRAS N-2732), notificação de “pronto
para operar” para carga NOR, declaração de combustível seguro (ponto de fulgor acima de 60 ºC),
plano de descarga elaborado por bordo e outras informações julgadas necessárias à eficiência
operacional.

NOTA O não atendimento por parte dos representantes do navio ou terminal a quaisquer dos
requisitos da Seção 7 implica na emissão de carta-protesto.

7.2 A liberação inicial para descarga consiste em:

a) medição de todos tanques de carga e “slop”;


b) cálculo das quantidades encontradas: volume em litros à temperatura ambiente; volume
em litros a 20 °C; massa em quilogramas;
c) preenchimento, em conjunto com o representante de bordo, da carta inicial de operação;
d) emissão do documento RMQB;
e) lista de verificação de segurança operacional entre navio e terminal (ISGOTT).

7.3 Antes de ser autorizado o início da operação de descarga, o representante do terminal deve
solicitar ao representante navio os documentos listados abaixo, sem os quais não existe garantia de
“pronto para operar” por parte do navio. Na falta de um dos seguintes documentos, a descarga não
deve ser autorizada:

a) notificação de pronto a operar para carga “Notice for Readiness” (NOR);


b) declaração de combustível seguro (ponto de fulgor acima de 60 ºC);
c) plano de descarga elaborado por bordo;
d) relatório de medição e quantidade a bordo - RMQB (origem - antes e após);
e) documento comprobatório de propriedade da carga (“bill of lading”, conhecimento de
embarque, manifesto da carga ou nota fiscal);
f) certificado de ensaio da carga;
g) MSDS.

NOTA Na falta de qualquer documento, o representante do terminal deve emitir carta-protesto e


registrar o problema para conhecimento da PETROBRAS.

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7.4 O representante do terminal deve solicitar ao representante do navio as amostras de origem do


produto. Em caso de não conformidades nas amostras (recipientes inadequados, lacres rompidos,
falta de assinaturas, identificação inadequada etc.), o representante do terminal deve emitir carta-
protesto e registrar as não conformidades para conhecimento da PETROBRAS.

7.5 O representante do navio deve informar por escrito ao representante do terminal qualquer
anormalidade que possa impactar na medição e qualidade de produto.

8 Medição Inicial no Carregamento e Descarga

8.1 As medições ou sondagens (ulagem-espaço vazio, inagem - espaço cheio, temperatura, água de
carga, em todos os tanques de carga, inclusos águas sujas a bordo e aqueles que não devem ser
movimentados) devem ser realizadas pelo representante do navio, com acompanhamento do
representante do terminal, e, se necessário, dos representantes da Receita Federal ou da firma
inspetora.

NOTA No caso de descarga, as medições de água livre devem ser confrontadas com os valores
encontrados na origem e devem ser considerados os valores de destino.

8.2 A medição de temperatura deve ser realizada em todos os tanques para corrigir seus volumes
conforme a referência de 20 °C.

8.3 Caso o navio possua sistema de gás inerte e não tenha sistema de medição fechada, inclusive
de água livre, deve-se proceder a uma despressurização suficiente e segura sob responsabilidade do
representante do navio, de modo a possibilitar as medições e amostragens.

8.4 Para comparação com os volumes carregados na origem, a medição inicial antes da operação de
descarga deve adotar a densidade da origem para um cálculo preliminar. O cálculo final dos volumes
deve adotar a densidade apurada na amostra composta de bordo, retirada preferencialmente antes
da descarga e analisada pelo laboratório do terminal ou de sua indicação.

NOTA O confronto entre as quantidades a 20 °C de bordo e de terra no carregamento e na


descarga não deve exceder os limites indicados em 12.3.

8.5 Para a correção do volume referente a 20 °C, deve ser adotado o fator de correção
o
correspondente à temperatura de cada tanque, obtido pelas tabelas da Resolução CNP n 6 ou
outras, desde que estas sejam aprovadas e reconhecidas pela PETROBRAS.

8.6 Depois de concluídas as medições, o representante do terminal deve emitir o RMQB conforme o
critério adotado pelo terminal (Anexo A). Refira-se também ao Sistema de Controle de Operações e
Estadia de Navios (SISCOPE).

8.7 As diferenças aceitáveis entre as medições de bordo e de terra, tanto no carregamento quanto na
descarga, devem ser reconhecidas à luz do valor FEN. O cálculo do FEN deve ser realizado de
acordo com a versão atualizada do API MPMS 17.9 e utilizado para corrigir (divisor) as quantidades
volumétricas medidas a bordo. As diferenças “terra/bordo corrigido” devem estar no intervalo -0,3 % a
+0,3 %; caso contrário, o representante do terminal deve emitir carta-protesto ao representante do
navio.

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8.7.1 No carregamento:

Bo = TCVb – OBQ (1)

Boc = Bo / FENc (2)

-0,3 %  (Bo c - TCV t)*100 / TCVt  +0,3 % (3)

Onde:
Bo = volume total carregado medido a bordo (bordo origem) a 20 °C;
TCVb = volume total a bordo (produto + água livre + BSW) a 20 °C, medido a bordo após
o carregamento (“Total Calculated Volume”);
OBQ = volume total a bordo (produto + água livre + BSW) a 20 °C, medido a bordo
antes do carregamento (“On-Board Quantity”);
Boc = volume total carregado a 20 °C medido a bordo e corrigido pelo FEN (bordo
origem corrigido);
FENc = fator de experiência do navio na carga;
TCVt = volume total a 20 °C expedido dos tanques de terra (produto + água livre +
BSW).

8.7.2 Na descarga:

Bd = TCVb – ROB (1)

Bdc = Bd / FENd (2)

-0,3 %  (Bd c - TCV t)*100 / TCVt  +0,3 % (ver Nota) (3)

Onde:
Bd = volume total descarregado a 20 °C, medido a bordo (bordo destino);
TCVb = volume total a bordo (produto + água livre + BSW) a 20 °C, medido a bordo antes
da descarga;
ROB = volume total a bordo (produto + água livre + BSW) a 20 °C, medido a bordo após a
descarga (“Remaining On-Board”);
Bdc = volume total descarregado a 20 °C medido a bordo e corrigido pelo FEN (bordo
destino corrigido);
FENd = fator de experiência do navio na descarga;
TCVt = volume total a 20 °C recebido nos tanques de terra (produto + água livre + BSW).

NOTA Se o navio não possuir FEN, usar o intervalo de tolerâncias -0,5 % a +0,5 %.

9 Medições Intermediárias

9.1 Na primeira hora da realização da movimentação, devem ser comparados os volumes de terra e
de bordo, sendo que a diferença pode ser computada como enchimento de linha, não descartando a
possibilidade de estar ocorrendo uma anormalidade operacional. Após a primeira hora, as medições
devem ser realizadas em intervalos não superiores a 1 hora, devendo ser monitorada a variação de
volume. As medições do recebedor e expedidor do volume acumulado e movimentado devem ser
registradas em formulário apropriado que possa indicar a possibilidade de anomalias operacionais e
diferenças fora dos limites máximos aceitáveis durante todo o período da transferência.

9.2 Caso haja diferenças fora dos limites aceitáveis para aquele navio, a operação deve ser
interrompida, realizada uma medição intermediária e verificadas as causas da anomalia.

NOTA Usar como referência a PETROBRAS N-2689.

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10 Liberação e Medição Final no Carregamento

10.1 Nas medições finais após as operações de carregamento, devem ser adotadas as densidades
médias ponderadas obtidas nas amostragens dos tanques de bordo.

NOTA 1 Quando não existir possibilidade de realização da análise da amostra composta de bordo
pelo terminal para as medições finais após as operações de carregamento, devem ser
adotadas as densidades médias ponderadas obtidas das amostragens dos tanques de terra
ou dos navios de origem (em caso de transbordo).
NOTA 2 Para efeito de cálculo do volume carregado, o volume a 20 °C remanescente existente
antes do carregamento deve ser descontado do volume total a 20 °C encontrado a bordo
após o carregamento.

10.2 Ao término do carregamento, o operador do navio, com acompanhamento do operador do


terminal, deve efetuar as medições dos tanques de bordo para produtos claros, escuros e água livre
conforme a tabela de volumes de cada tanque de bordo. As medições devem ser realizadas em todos
os tanques de bordo do navio, incluindo tanques de “slop”, e serem registradas as respectivas
temperaturas conforme o RMQB (ver Anexo A). Na liberação final, o representante do navio deve
informar as quantidades existentes a bordo de “bunker” e água potável. O representante do terminal
deve anotar estes volumes no formulário de registro de ocorrências (“time sheet ou time log”).

NOTA 1 Quando da medição dos tanques, o operador do navio deve amostrar os tanques que
receberam carga.
NOTA 2 O operador do navio deve observar o calado final na proa, meia-nau (Bombordo, BB, e
Boreste, BE) e popa e registrar no RMQB e no registro de ocorrência (“time-sheet”).

10.3 Os registros de ocorrências operacionais (“time-sheet”) e de pressões devem ser preenchidos e


ratificados pelas partes.

10.4 Os representantes do terminal ou navio devem emitir cartas-protesto referentes às


anormalidades ocorridas envolvendo as operações terminal/navio imediatamente após sua
ocorrência.

11 Liberação e Medição Final na Descarga

11.1 Ao término da descarga e drenagem previstas, o operador do terminal deve acompanhar as


medições de possíveis remanescentes de produtos em todos os tanques de carga do navio, incluindo
tanques de “slop”, e registrar as respectivas temperaturas e quantidades no RMQB (ver Anexo A).

11.2 Caso o representante do navio não permita ou não crie as condições para que possam ser
inspecionados os seus tanques, o representante do terminal deve emitir carta-protesto, citando os
volumes esperados e não descarregados para o terminal.

11.3 Os registros de ocorrência (“time-sheet”) de pressões devem ser preenchidos e ratificados pelas
partes.

12 Diferenças Quantitativas Aceitáveis

12.1 As diferenças entre os volumes medidos na origem e no destino não devem exceder limites
toleráveis, que servem de parâmetros para a avaliação do resultado da viagem.

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12.1.1 Bordo Origem/Bordo Destino

Limite: de -0,2 % a +0,2 %

NOTA Quando a diferença entre as quantidades a bordo medidas no destino e na origem estiver
fora da faixa de tolerância -0,2 % a +0,2 %, o representante do terminal deve emitir ao
representante do navio carta-protesto para as devidas explicações.

12.1.2 Terra Origem/Terra Destino:

a) limite para derivados claros e escuros: -0,65 % a +0,15 %;


b) limite para petróleo nacional: -0,50 %;
c) limite para importação de petróleo: -0,30 %.

NOTA As quantidades medidas em terra origem e terra destino devem ser calculadas utilizando-se
a mesma tabela de conversão e na mesma temperatura de referência.

12.2 Após as inspeções para liberação do navio, se as diferenças no destino ultrapassarem os


limites estabelecidos e não forem identificadas as causas-raiz no terminal ou navio, o representante
do terminal deve emitir ao representante do navio carta-protesto e comunicar o fato ao proprietário da
carga.

12.3 Para as operações de carga e descarga, tolera-se uma diferença entre a quantidade medida
nos tanques de terra e aquela medida nos tanques de bordo, corrigida pelo FEN, de -0,3 % a +0,3 %
em relação à quantidade medida nos tanques de terra. Caso o navio não possua FEN, a diferença
entre a quantidade medida nos tanques de terra e aquela medida nos tanques de bordo não deve
ultrapassar a faixa -0,5 % a +0,5 % em relação à quantidade medida nos tanques de terra. Caso
esses limites não sejam atendidos, o representante do terminal deve emitir ao representante do navio
carta-protesto e comunicar o fato ao proprietário da carga.

13 Inspetora nas Operações de Carga e Descarga

13.1 A inspetora é permitida iniciar os serviços após emitida ordem de serviço pela PETROBRAS ou
pelo proprietário da carga.

13.2 As seguintes informações devem estar disponíveis para o terminal com uma antecedência
mínima de 24 horas do início de operação de carregamento/descarga, assistida pela inspetora:

a) nome da inspetora designada;


b) local para execução dos serviços;
c) nome do navio;
d) data prevista para o início dos serviços;
e) nome, quantidade e qualidade do produto a ser carregado/descarregado, inspecionado e
analisado;
f) nome, quantidade, origem e destino do produto, quando se tratar de carga em trânsito;
g) tabelas a serem utilizadas no cálculo das quantidades movimentadas;
h) tipos de ensaios desejados;
i) tipos de amostragem desejada;
j) qualquer instrução ou orientação da PETROBRAS.

13.3 O representante do terminal deve verificar cumprimento dos seguintes requisitos:

a) os serviços executados de acordo com técnicas e regulamentos aprovados pela


PETROBRAS;

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b) as amostras testemunho coletadas pela inspetora.

13.4 A inspetora deve acompanhar as medições e coletas de amostras feitas no navio, obedecendo
às regulamentações e normas pertinentes, com instrumentos devidamente certificados e calibrados.
Quando solicitada, a inspetora deve realizar inspeções em tanques/redes.

13.5 A inspetora deve supervisionar a adição de corantes ou aditivos em produtos a bordo e registrar
no relatório final.

13.6 A inspetora deve solicitar ao representante do navio os registros que evidenciem o cumprimento
das rotinas para limpeza de tanques de bordo, considerando os produtos a transportar em relação
aos últimos descarregados e adotando os procedimentos definidos na PETROBRAS N-2673 e
critérios citados no tópico 4.3 desta Norma.

13.6.1 Se necessário, a inspetora deve reportar-se à área responsável pela fiscalização do contrato
na PETROBRAS ao usar a PETROBRAS N-2673.

13.6.2 Caso as condições de limpeza dos tanques não sejam aceitáveis, a inspetora deve emitir ao
representante do navio carta-protesto, com cópias para o fiscal do contrato e para o terminal,
expondo os motivos e solicitando ações corretivas para possibilitar o carregamento.

13.7 Verificação da Qualidade dos Produtos

13.7.1 A Inspetora deve verificar o alinhamento da operação terminal/navio, informando e registrando


as anomalias identificadas.

13.7.2 Nos casos específicos solicitados pelo proprietário da carga, a inspetora deve verificar o
interior dos tanques de bordo programados para carga, devendo seguir os procedimentos do tópico
4.2.1 desta Norma.

13.7.3 A inspetora deve verificar todos os tanques de resíduos ou “slop”, registrando os


remanescentes da última descarga.

13.7.4 A inspetora deve registrar as 3 últimas cargas dos tanques de bordo que devem receber o
produto a ser carregado.

13.7.5 A inspetora deve verificar, amostrar e registrar as cargas em trânsito.

13.7.6 A inspetora deve relatar qualquer evidência de transferência de produtos entre os tanques de
carga e lastro ou “slop”, ou entre os tanques de carga apenas.

13.7.7 A inspetora deve assegurar que as amostras coletadas sejam lacradas e as etiquetas de
identificação contenham rubricas de representantes da PETROBRAS, da inspetora e do
representante do navio.

13.7.8 A inspetora deve fornecer à PETROBRAS uma relação das amostras-testemunho com
respectiva numeração dos lacres.

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13.7.9 A inspetora deve cumprir o prazo de 90 dias, contados a partir da data da coleta, para a
guarda das amostras testemunho.

13.7.10 A inspetora deve aplicar uma metodologia de análise de consistência nos resultados das
amostras coletadas em linhas para prevenir contaminações, comparando os resultados àqueles dos
tanques de terra e de bordo.

13.7.11 Qualquer não conformidade observada na origem ou no destino deve ser comunicada
imediatamente pela inspetora à gerência do contrato. O terminal deve observar e informar
irregularidades e suas necessidades imediatamente, incluindo suas propostas para melhoria, quando
aplicáveis.

13.8 Verificação da Quantidade dos Produtos

13.8.1 A inspetora deve registrar as medições dos níveis de produto, água livre, BSW e temperatura
de produto nos tanques de terra antes e após o carregamento ou descarga.

13.8.2 A inspetora deve calcular as quantidades de terra e de bordo em conjunto com as partes
envolvidas em cada situação.

13.8.3 No caso de produtos aquecidos, o prazo mínimo de 2 horas após o desligamento do


aquecimento deve ser obedecido para a medição inicial, visando à homogeneização da temperatura
do produto.

13.8.4 A inspetora deve registrar as quantidades de produto, teor de água livre e BSW apuradas a
bordo antes da descarga e compará-las com aquelas determinadas a bordo do navio ao deixar o
porto de carregamento.

NOTA A inspetora deve emitir carta-protesto, estabelecendo responsabilidades, quando for o caso.

13.8.5 Para determinação do FEN, a inspetora deve registrar no mínimo as quantidades dos últimos
5 carregamentos do navio.

13.9 O relatório final deve conter quaisquer anormalidades observadas durante a execução dos
serviços de inspeção de qualidade e quantidade.

13.10 Para fins de registro de desempenho, o representante do terminal deve preencher as listas de
verificação da atuação da inspetora junto aos laboratórios e área operacional. As listas são de
responsabilidade da contratante da inspetora. O escopo das listas deve se destinar às operações e
medições da inspetora. A contratante da inspetora deve avaliar os formulários da inspetora e
providenciar as ações corretivas.

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Partes Atingidas Descrição da Alteração

1.1 e 1.2 Revisados

2 Revisado

3.1 e 3.2 Incluídos

3 a 13 Revisados

Anexos A e B Revisados

Anexo C Incluído

REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisão geral.

REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisão geral.

IR 1/1

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