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N-2671 REV. D 11 / 2022

Operações de Barcaças em Terminais

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A unidade do Sistema Petrobras usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.
Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve
CONTEC ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual
resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve ter
Comissão de Normalização fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela unidade
Técnica do Sistema Petrobras usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.
Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições
previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela unidade do Sistema
Petrobras usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 40 CONTEC - Subcomissão Autora.

Transporte Marítimo de As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Petróleo, Derivados e Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
Biocombustíveis seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno no Sistema Petrobras, e qualquer
reprodução para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa
autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação
pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis.
A circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação

As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho


(GT), formados por especialistas do Sistema Petrobras, comentadas e votadas pelas unidades do
Sistema Petrobras e aprovadas pelas Subcomissões Autoras (SC). A Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela SC e deve ser reanalisada a cada 5 anos para ser
revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em
conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 14 páginas, 1 formulário e Índice de Revisões


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1 Escopo

1.1 Esta Norma estabelece procedimentos para as operações de carregamento e descarga de


petróleo, seus derivados e biocombustíveis em barcaças em terminais ou em operações “ship to ship”
ou “ship to barge”.

1.2 A presente revisão desta Norma não se aplica a procedimentos iniciados antes desta publicação.

1.3 O prazo efetivo para implementação desta Norma, em substituição à revisão anterior, é de 180
dias a partir da data de sua publicação. Caso a unidade da Petrobras que esteja aplicando a Norma
entenda que não é possível implementá-la neste prazo, deve registrar um Plano de Implementação
definindo as ações necessárias e os respectivos prazos.

1.4 A definição do prazo efetivo de implementação dos requisitos desta norma, quando estiver
referenciada em contratos de prestação de serviços e aquisição de bens, será prerrogativa exclusiva
da Petrobras.

1.5 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

NORMAM-1/DPC – Embarcações Empregadas na Navegação em Mar Aberto;

NORMAM-2/DPC - Embarcações Empregadas na Navegação Interior;

PETROBRAS N-2651 - Controle da Qualidade para Fornecimento de Combustíveis


Marítimos;

PETROBRAS N-2652 - Combustíveis Marítimos - Controle Operacional;

PETROBRAS N-2653 - Fornecimento de Bunker – Contratação e Fiscalização do Transporte


por Barcaça.

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
águas parelhas (“even keel”)
situação em que a leitura dos calados de proa e de popa são iguais, ou seja, o “trim” existente é nulo
ou igual a zero

3.2
barcaça (“barge”)
qualquer embarcação empregada para armazenamento, transporte e entrega de combustíveis
marítimos a navios ou outras embarcações. Para efeito desta norma, também são considerados como
barcaças os navios-tanque utilizados com os mesmos propósitos, em especial as que estiverem
operando sob um contrato de Transporte e Fornecimento de “Bunker”

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3.3
biocombustível
derivados de biomassa renovável que podem substituir, parcial ou totalmente, combustíveis derivados
de petróleo e gás natural em motores a combustão ou em outro tipo de geração de energia

3.4
compasso (“trim”)
diferença entre as leituras de calados a vante e a ré. Quando a diferença de leitura for igual a zero, diz-
se que a embarcação se encontra trimada ou em águas parelhas (“even-keel”)

3.5
inspetor de segurança de “bunker” (“bunker safety surveyor”)
profissional especializado em segurança operacional e operações de graneis líquidos inflamáveis,
designado para acompanhar as operações de carregamento e fornecimento de “bunker”

3.6
órgão operacional abastecedor
terminal onde são realizadas as operações de carga e/ou descarga das barcaças, bem como todo o
processo de controle do fornecimento de “bunker”. Para efeito desta norma, também serão
considerados como órgão operacional abastecedor as embarcações que estiverem carregando
barcaças em operações STS (“ship to ship”) ou STB (“ship to barge”) (atracado e fundeado)

3.7
representante do terminal
profissional designado pela gerência do órgão operacional abastecedor encarregado de supervisionar
as operações de barcaças

3.8
terminal
instalações portuárias marítimas, lacustres ou fluviais, destinadas às operações de carregamento e
descarga de embarcações. Para efeito desta norma, também serão considerados como terminais as
embarcações que estiverem carregando barcaças em operações STS (“ship to ship”) ou STB (“ship to
barge”) (atracado e fundeado)

3.9
válvula devidamente bloqueada
válvula com indicação de fechada e devidamente sinalizada para impedir aberturas acidentais ou
equivocadas. Caso as válvulas sejam acionadas diretamente de um painel mímico, a botoeira deve
estar coberta por uma “capa”, “bloqueio” ou “com fita isolante” de modo a não poder ser manuseada
sem a retirada do bloqueio utilizado

4 Atribuições

4.1 Atribuições do representante do terminal

4.1.1 Supervisionar as operações de barcaças. A supervisão adequada da operação pressupõe a


vigilância permanente das fainas no píer em que a barcaça estiver operando, bem como as operações
da barcaça.

4.1.2 Realizar conjuntamente com o representante da barcaça e o inspetor de segurança de “bunker”


as liberações iniciais e finais da barcaça, incluindo medições e amostragens dos tanques.

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4.1.3 Verificar e aprovar as condições de integridade da conexão terra/bordo e dos equipamentos de


terra dentro dos parâmetros acordados.

4.1.4 Autoridade para interromper prontamente a operação a qualquer momento que identificar risco
iminente de acidente ou descumprimento de norma ou legislação que coloque em risco a operação.

4.1.5 Notificar o Supervisor de Operações sempre que detectar condição de risco ou não conformidade
que não tenha sido imediatamente sanada.

4.2 Atribuições do representante da barcaça

4.2.1 Realizar conjuntamente com o representante do terminal e o inspetor de segurança de “bunker”


liberações iniciais e finais da barcaça, incluindo medições e amostragens dos tanques.

4.2.2 Verificar e aprovar as condições de integridade da conexão terra/bordo, incluindo juntas.

4.2.3 Verificar e aprovar as condições de segurança operacional dos equipamentos de bordo e


alinhamentos, desde a conexão do “manifold” da barcaça até seus respectivos tanques , autorizando o
início de operação apenas quando todas as condições de segurança estiverem dentro dos parâmetros
operacionais acordados.

4.2.4 Verificar e aprovar se a contenção secundária no convés está sendo mantida estanque. Todos
os embornais deverão estar plugados e se houver necessidade de abertura para drenagem de águas
pluviais, um responsável deverá ser mantido no local enquanto a estanqueidade não for restabelecida.

4.2.5 Manter a supervisão adequada da operação a bordo da barcaça, mantendo a vigilância


permanente da faina, na barcaça.

4.2.6 Possui autoridade para interromper prontamente a operação a qualquer momento que identificar
risco iminente de acidente ou descumprimento de norma ou legislação que coloque em risco a
operação.

4.2.7 Notificar o representante do terminal sempre que detectar condição de risco ou não conformidade
que não tenha sido imediatamente sanada.

4.3 Atribuições do inspetor de segurança de “bunker”

4.3.1 Realizar conjuntamente com o representante do terminal e representante da barcaça, as


liberações iniciais e finais da barcaça, incluindo medições e amostragens dos tanques.

4.3.2 Acompanhar e ratificar se os cálculos de quantidades foram realizados corretamente com


aplicação dos fatores de correção.

4.3.3 Inspecionar e acompanhar a operação de embarcações envolvidas na atividade de transporte e


transferência de produtos, de forma a constatar o atendimento aos requisitos de segurança.

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4.3.4 Também possui autoridade para interromper prontamente a operação a qualquer momento que
identificar risco iminente de acidente ou descumprimento de norma ou legislação que coloque em risco
a operação.

4.3.5 Notificar o representante do terminal sempre que detectar condição de risco ou não conformidade
que não tenha sido imediatamente sanada.

NOTA Todos os profissionais envolvidos nas fainas de operação das barcaças e terminal devem ser
habilitados e capacitados para realização da liberação inicial e final dos carregamentos, bem como o
acompanhamento de toda a operação. A capacitação inclui conhecimentos mínimos de operação de
embarcações, incluindo cálculos de medição, amostragem e arqueação, conhecimento sobre
segurança operacional, NRs aplicáveis.

5 Condições de Segurança e Prevenção a Poluição

5.1 Generalidades

5.1.1 Os representantes do terminal e da barcaça devem cumprir todas as normas de autoridade


marítima (Ref. NORMAMs-1 e 2/DPC). Todo e qualquer terminal e barcaça devem ter um plano de
resposta às emergências em especial para combate à poluição, amplamente divulgado entre todos os
envolvidos nas operações.

5.1.2 Todo pessoal envolvido nas operações deve estar treinado, capacitado e familiarizado com os
perigos oriundos do manuseio do petróleo e seus derivados e biocombustíveis, de forma a executar as
operações e atuar em caso de emergência.

5.1.3 O acesso à área de operações delimitada pelo terminal somente deve ser permitido ao pessoal
diretamente envolvido.

5.1.4 Deve ser mantido pessoal em número adequado, na barcaça e no terminal, para atuar em
qualquer caso de emergência ou acidente.

5.1.5 Antes de iniciar o manuseio de qualquer carga, o convés da barcaça deve estar isento de
resíduos oleosos decorrentes de eventuais vazamentos e detritos, tais como trapos, serragem. Todos
os embornais e drenos devem garantir estanqueidade da área de contenção, estando eficazmente
bujonados. As válvulas que não forem programadas para a operação devem evidenciar que não
interferem na operação e seu status via “software” ou seu trancamento físico devem estar disponíveis
para o fiscal checar. A água da chuva eventualmente acumulada no convés da embarcação deve ser
periodicamente esgotada com supervisão permanente do responsável da barcaça.

5.1.6 As barcaças devem ter bandejas destinadas a coletar pequenos vazamentos no momento da
conexão/desconexão, as quais devem permanecer sempre drenadas e secas. As bandejas devem ter
sua capacidade marcada e legível. O material para absorção e coleta de produtos, em caso de
vazamento, deve ser mantido a bordo e reposto imediatamente com as quantidades mínimas, conforme
requerido no contrato e no Plano de Combate à Emergências.

5.1.6.1 O kit SOPEP deverá ser reconstituído imediatamente após o uso. As quantidades mínimas
devem ser conferidas antes da próxima operação, seja de carregamento ou abastecimento.

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5.1.6.2 A descrição e a quantidades mínima do material que compõe o kit SOPEP deverá estar afixada
no local de guarda.

5.1.7 Todas as linhas, braços de carregamento e mangotes que não estiverem em uso devem estar
seguramente flangeados e com todos os parafusos devidamente apertados.

5.1.8 O sistema fixo de combate a incêndio do terminal deve estar disponível durante a operação e ser
capaz de atender toda a área da barcaça. As mangueiras de combate a incêndio, tanto da barcaça
como do terminal, devem ser posicionadas e mantidas próximo ao “manifold” da barcaça.

5.1.9 A rede de incêndio do terminal e do conjunto barcaça/rebocador deve ser mantida pressurizada
e no caso de não ser possível, a bomba de combate a incêndio deve estar em perfeitas condições de
uso, pronta para operar se houver emergência.

5.1.10 As barcaças devem permanecer com as bocas de visita, medição e outras, totalmente fechadas
durante a operação. Caso haja impossibilidade de cumprimento deste item relativo ao fechamento da
boca de medição, o responsável pela embarcação deverá notificar imediatamente o fiscal do contrato
e obter sua autorização para manutenção da operação mediante apresentação de medidas de contorno
apresentadas em análise de riscos e aprovadas pelo representante do terminal.

5.1.11 No caso de condições adversas de tempo, as operações devem ser paralisadas, principalmente
se houver descargas elétricas.

5.1.12 Durante as operações, não deve ser permitida a atracação de outras embarcações a
contrabordo do conjunto barcaça / rebocador quando o produto manuseado tiver ponto de fulgor abaixo
de 60 °C e mesmo que o produto tenha ponto de fulgor acima de 60 °C, só poderá atracar depois de
autorizado pelo representante do terminal.

5.1.13 Os braços de carregamento e mangotes devem possuir flange isolador ou seção de mangote
não condutora para evitar descarga eletrostática entre a barcaça e o terminal.

5.2 Requisitos para Amarração

5.2.1 A barcaça deve utilizar cabos em bom estado de conservação, preferencialmente, de fibras
sintéticas tais como polipropileno ou poliamida (“nylon”), compatíveis com o porte da barcaça.

5.2.2 Durante a permanência da barcaça atracada ou amarrada, os cabos devem ser vistoriados
frequentemente e mantidos tensionados.

5.2.3 Devem existir procedimentos que permitam desatracação rápida e segura da barcaça em caso
de emergência. Se a barcaça não for autopropulsada, o empurrador ou rebocador deverá permanecer
a contrabordo durante a permanência da barcaça no píer.

5.2.4 Em caso de barcaça não propulsada que necessite a permanência do empurrador ou rebocador
a contrabordo, as liberações iniciais e finais devem incluir estas embarcações que também devem ter
sido previamente inspecionadas e aprovadas pelo “Vetting” da Petrobras.

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5.2.5 Os Empurradores ou Rebocadores atracados a contrabordo de barcaça em operação deverão


atender a todos os requisitos de segurança operacional pertinentes às barcaças, não podendo, em
nenhuma hipótese, oferecer risco à segurança operacional, bem como os tripulantes de ambas
embarcações devem atender, aos requisitos de EPI.

5.3 Equipamentos e Acessórios Energizados

Todos os equipamentos e acessórios a serem utilizados a bordo da barcaça devem ser intrinsecamente
seguros, certificados e aprovados por autoridade competente. É Proibido o uso de rádios portáteis,
gravadores, calculadoras, máquinas fotográficas, telefones celulares, “notebooks” e qualquer outro
capaz de gerar centelhas no convés ou em locais onde possa ser encontrada mistura explosiva.

5.4 Comunicações

O terminal deve ter procedimento específico de comunicação eficaz com a barcaça, devendo:

a) ser testado e aprovado antes de iniciar a operação;


b) ter um sistema secundário de comunicação;
c) utilizar um canal de rádio UHF/VHF preestabelecido e que não seja de chamada.

5.5 Ventilação Forçada

As barcaças providas de praça de máquinas e/ou casa de bombas abaixo do convés devem possuir
ventilação forçada nesses compartimentos. O exaustor instalado deve ter capacidade de atender à NR
aplicável.

5.6 Aceitação para a primeira operação da barcaça em terminal

As barcaças só podem iniciar as operações nos terminais da Petrobras após comprovação de aceitação
do “Vetting”, pela gerência competente da PETROBRAS e depois de inspecionadas e aprovadas pelo
Inspetor de Segurança de “Bunker” ou Representante do Terminal.

6 Condições Operacionais

6.1 Atracação e Amarração

6.1.1 A atracação só deve ser iniciada com a presença e autorização prévia do representante do
terminal no píer, para orientar a embarcação quanto à segurança operacional e a otimização do tempo,
exceto em terminais públicos onde existem procedimentos específicos.

6.1.2 As manobras de aproximação do píer devem ser realizadas segundo as condições de tempo e
correntes específicas do terminal, as quais devem ser do conhecimento do transportador e do
comandante da embarcação.

6.1.3 A amarração depois de concluída, deve ser aprovada e atender aos procedimentos próprios do
terminal.

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6.2 Inspeção e Liberação Inicial

6.2.1 Após a atracação, os representantes do terminal e da barcaça, juntamente com o Inspetor de


Segurança de “Bunker”, esse último, quando das operações de carregamento de “bunker”, devem
inspecionar e medir todos os tanques, bem como verificar as condições operacionais a serem
registradas na carta inicial pelo representante do terminal. O plano de carga/descarga deve
acompanhar a carta inicial.

6.2.2 A lista de verificação da barcaça do Anexo A, quando aplicável, deve estar totalmente conforme
e assinada para o início ou reinício da operação.

6.2.2.1 Em caso de não conformidades, o representante do terminal deve comunicar o Superior de


Operações a NC para que este Supervisor decida quanto ao prosseguimento ou interrupção da
operação. O supervisor do terminal deve fazer registro de não conformidade no RDO e nas listas de
verificação.

6.2.2.2 Caso as condições operacionais da barcaça não atendam a qualquer dos itens do Anexo A, a
operação só deve ser iniciada ou reiniciada após a adoção de medidas adicionais de contorno
aprovadas e autorizadas pelo representante do terminal ou Supervisor de Operações do Terminal
mediante nova liberação inicial e aprovação da barcaça, conforme itens 4.1, 4.2 e 4.3.

6.3 Conexão

6.3.1 Os mangotes ou braços de carregamento somente devem ser conectados após a conclusão da
atracação ou amarração e de acordo com o item 5.2.

6.3.2 Na conexão, os flanges e as juntas devem estar limpos e em perfeitas condições de uso.

6.3.3 No caso de flanges aparafusados, todos os parafusos devem ser apertados na sequência “em X”.

6.3.4 Todas as tomadas de carga que não estiverem programadas para a operação devem ser dotadas
de flange cego e cuidados devem ser tomados para que a seção entre a última válvula e o flange cego
esteja isenta de pressão ou qualquer produto.

6.3.5 Os mangotes devem ser identificados, testados e certificados, com prazo de aprovação válido e
manuseados com cuidado de forma que não sofram avarias.

6.3.6 Os certificados de inspeção dos mangotes devem ser apresentados às partes para comprovação
dos testes (rastreabilidade). A identificação do mangote deve ser compatível com o certificado.

6.3.7 Os mangotes que apresentem danos aparentes em sua estrutura ou revestimento não devem
ser utilizados na operação, mesmo que estejam certificados e aprovados.

6.3.8 Os braços de carregamento devem ser manuseados de forma segura para que a integridade dos
equipamentos e das pessoas envolvidas seja preservada.

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6.4 Carregamento

6.4.1 O alinhamento das redes do terminal/barcaça deve ser duplamente verificado antes do início da
operação, assim como a situação do enchimento das linhas.

6.4.2 Antes do início do carregamento, as informações do MSDS (“Material Safety Data Sheet”) contendo os
procedimentos para a manipulação de substâncias de maneira segura devem ser emitidas e entregues pelos
responsáveis da carga.

6.4.3 A pressão e vazão de operação devem ser previamente acordadas e registradas na Carta Inicial
e monitorada a pressão através de um manômetro instalado imediatamente após a bomba do terminal.

6.4.4 Para monitoramento da pressão da operação de carga/descarga deve ser instalado outro
manômetro tipo ponteiro de arrasto, junto a(s) tomada(s) de carga / descarga, logo após a válvula do
“manifold” do píer.

6.4.5 Na reunião de pré-conferência, a barcaça deve apresentar um plano de carga e as condições


operacionais, registrando na Carta Inicial o que ficou acordado com o representante do terminal.

6.4.6 Recomenda-se que a barcaça seja mantida em águas parelhas durante o carregamento. [Prática
Recomendada]

6.4.7 A barcaça deve possuir alarmes com sensores independentes do medidor de nível dos tanques
de carga, devendo ser testados um a um antes das operações. O sistema de alarmes de nível alto de
95% dos tanques de carga deve permanecer ligado durante todas as operações.

6.4.8 O carregamento deve ser realizado através do “manifold” da barcaça, não sendo permitido o
carregamento por qualquer outro local da embarcação.

6.4.9 Durante o carregamento das barcaças, o tanque de terra que está enviando produto deve ser
monitorado pelo terminal.

6.4.10 Recomenda-se que o terminal deva ser dotado de dispositivo de parada de emergência da
bomba de carga no píer e/ou barcaça ou “ship-shore-link”, realizando teste conforme procedimento
específico. [Prática recomendada]

6.4.11 O teste de parada de emergência da bomba do terminal, quando disponível, deve ser realizado
conforme os procedimentos específicos.

6.4.12 Nos casos de carregamento por gravidade, devem adotar procedimentos para interrupção em
casos de emergência.

6.4.13 O nível dos tanques de carga cujo carregamento foi concluído deve ser verificado
frequentemente até a conclusão das operações dos demais tanques.

6.4.14 Em caso de vazamento em conexões, válvulas ou mangotes, o carregamento deve ser


imediatamente interrompido até que seja sanada a causa.

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6.4.15 O representante do terminal, designado para acompanhar a operação de carregamento, deve


estar presente nas fainas relacionadas às liberações iniciais e finais, tendo ainda, dentre outras
responsabilidades, a obrigação de acompanhar a medição dos tanques das barcaças, antes e depois
do carregamento, bem como todas as fases críticas da operação.

6.4.15.1 O representante do terminal deve manter vigilância constante, acompanhar a operação


referenciada e permanecer no píer de barcaça durante todo o carregamento, com o objetivo de verificar
a manutenção da integridade da estrutura de terra, monitorando eventuais surgimentos de manchas
e/ou vazamentos em dutos, braços de carregamento, mangotes, conexões e outros.

6.4.15.2 Quando de ocorrências relacionadas ao carregamento, o representante do terminal deverá


promover investigação do sinistro e emitir relatório conclusivo em até 15 (quinze) dias úteis.

6.4.16 Após o carregamento e drenagem do mangote ou do braço, todos os tanques de carga da


barcaça devem ser medidos e amostrados, pelo representante da barcaça, com acompanhamento do
representante do órgão operacional abastecedor e do Inspetor de Segurança, esse último em operação
de “bunker”. As quantidades recebidas a bordo devem ser confrontadas com os volumes de terra, para
que as diferenças sejam registradas. Em caso de diferenças superiores a 0,5% proceder conforme a
norma aplicável, PETROBRAS N-2653. As amostras devem atender aos requisitos da
PETROBRAS N-2651.

6.4.17 Nas operações de carga de óleo combustível ou óleo diesel (“bunker”) não deve ser utilizado o
“check list” do Anexo A desta Norma. Essas operações devem utilizar os procedimentos e “check list’s”
contidos na PETROBRAS N- 2652.

6.5 Descarga

6.5.1 O alinhamento das redes do terminal/barcaça deve ser duplamente verificado antes do início da
operação, assim como a situação do enchimento das linhas.

6.5.2 Antes do início da descarga devem ser retiradas amostras de todos os tanques que devem ser
movimentados para verificação de sua qualidade. As amostras devem atender a
PETROBRAS N-2651.

6.5.3 A descarga deve ser realizada somente através do “manifold” da barcaça, não sendo permitido
a descarga por qualquer outro local da embarcação.

6.5.4 Antes do início da operação, o teste de parada de emergência das bombas da barcaça deve ser
realizado conforme procedimentos específicos.

6.5.5 As medições de produto, água livre e temperatura devem ser realizadas em todos os tanques.

6.5.6 A válvula do “manifold” da barcaça só deve ser aberta após a pressurização da rede de bordo,
para evitar retorno de produto.

6.5.7 Ao final da descarga, drenar o mangote e bloquear as válvulas do terminal. O representante do


terminal juntamente com o representante da barcaça e o Inspetor de Segurança, esse último em
operação de “bunker”, devem apurar as quantidades descarregadas através de medição na barcaça e
emitir um certificado das condições finais de descarga da barcaça e das quantidades movimentadas.

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6.5.8 Nas operações de descarga de óleo combustível ou óleo diesel “bunker” não deve ser utilizado
o “check list” do Anexo A desta Norma. Essas operações devem utilizar os procedimentos e “check list”
contidos na PETROBRAS N-2652.

6.6 Desconexão

6.6.1 A drenagem de linhas, mangotes ou braços de carregamento, desde as válvulas de bloqueio até
as tomadas de carga da barcaça, deve ser realizada de acordo com os procedimentos do terminal e já
acordados por escrito na Carta Inicial.

6.6.2 Ao término da operação de carga/descarga, os mangotes/braços devem ser drenados para os


tanques de carga da barcaça, conforme previamente acordado e registrado na Carta Inicial.

6.7 Liberação Final

6.7.1 Na liberação final da barcaça devem ser medidos os níveis de produto, de água e temperatura
em todos os tanques e colhidas as amostras.

6.7.2 A quantidade apurada a bordo deve seguir critérios definidos na PETROBRAS N-2653.

6.7.3 Quando no fechamento de ciclo Terra x Bordo houver diferença superior a 0,5%, a fiscalização
deverá rever o procedimento estabelecido pela PETROBRAS N-2652, item 5.4, e, permanecendo a
diferença, informar o Gerente do Terminal para análise do processo e tomada de decisão para medidas
cabíveis.

6.7.4 Cada órgão operacional abastecedor deve estabelecer em procedimento o limite de diferença
terra/bordo aceitável, baseado em estudo estatístico dos carregamento das embarcações operadas no
local.

6.7.5 O órgão operacional abastecedor deve estabelecer os procedimentos a serem adotados quando
a operação exceder o limite terra/bordo definido.

6.7.6 Em caso de diferenças sistemáticas, deve ser dado tratamento com abertura de Relatório de
Tratamento de Anomalia (RTA), sendo auditados os sistemas de medição de terra e de bordo
(arqueação de tanques, calibração dos equipamentos de medição etc.).

6.7.7 Nos órgãos operacionais abastecedores com medição dinâmica de vazão, o controle operacional
terra/bordo deve ser feito através destes equipamentos. O órgão deve possuir limite de diferença
tera/bordo baseado em estudo estatístico do uso deste sistema.

6.7.8 Toda operação simultânea (tanque terra ou embarcações) deve utilizar equipamento de medição
dinâmica de fluxo no píer, com erro máximo de ± 0,5% de forma que se possa determinar a diferença
terra/bordo de cada embarcação carregada ou abastecida. [Prática recomendada]

6.7.9 Caso a diferença seja acima do percentual aceitável, os tanques de terra e bordo devem ser
remedidos.

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6.7.9.1 Em caso de tratamento de diferenças na apuração de quantidades para combustíveis


marítimos (“bunker”) devem ser observados os critérios estabelecidos na PETROBRAS N- 2653.

6.8 Desatracação

A desatracação da barcaça somente pode ocorrer após a conclusão do carregamento e/ou descarga e
consequente desconexão e liberação final, excetuando as situações de emergência.

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Revalidação
REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Todas Revisadas
REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Texto principal Revisado conteúdo.
Anexos Anexo A revisado e mantido único
REV. D
Partes Atingidas Descrição da Alteração
1.1 Revisado
1.2 Revisado
1.3 Incluído
1.4 Incluído
2 Revisado
3.1 Revisado
3.2 Revisado
3.3 Incluído
3.4 Revisado
3.5 Incluído
3.6 Incluído
3.7 Incluído
3.8 Revisado
4 Incluído
5.1.1 Incluído
5.1.2 Revisado
5.1.5 Revisado
5.1.6 Revisado
5.1.6.1 Incluído
5.1.6.2 Incluído

PÚBLICA
IR 1/3
-PÚBLICA-

N-2671 REV. D 11 / 2022

5.1.10 Revisado
5.1.12 Revisado
5.2.1 Revisado
5.2.2 Revisado
5.2.3 Revisado
5.2.4 Incluído
5.2.5 Incluído
5.3 Revisado
5.4 Revisado
5.5 Revisado
5.6 Revisado
6.1.1 Revisado
6.1.2 Revisado
6.1.3 Revisado
6.2.1 Revisado
6.2.2 Revisado
6.2.2.1 Revisado
6.2.2.2 Revisado
6.3.1 Revisado
6.3.4 Revisado
6.3.5 Revisado
6.3.7 Revisado
6.4.2 Revisado
6.4.3 Revisado
6.4.5 Revisado
6.4.7 Revisado
6.4.15 Revisado
6.4.15.1 Incluído
6.4.15.2 Incluído
6.4.16 Revisado
6.5.1 Revisado
6.5.7 Revisado
6.6.1 Revisado
6.6.2 Revisado

PÚBLICA
IR 2/3
-PÚBLICA-

N-2671 REV. D 11 / 2022

6.7.2 Revisado
6.7.3 Incluído (de acordo com a N-2653)
6.7.4 Incluído (de acordo com a N-2652)
6.7.5 Incluído (de acordo com a N-2652)
6.7.6 Incluído (de acordo com a N-2652)
6.7.7 Incluído (de acordo com a N-2652)
6.7.8 Incluído (de acordo com a N-2652)
6.7.9.1 Incluído
Anexo A Revisado

PÚBLICA
IR 3/3

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