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N-2644 REV.

B FEV / 2004

PLANO DE EMERGÊNCIA LOCAL

Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.
Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o
responsável pela adoção e aplicação dos seus itens.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


CONTEC deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
eventual resolução de não segui-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve
Comissão de Normas ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo
Técnicas Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da
PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter
não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 34 CONTEC - Subcomissão Autora.

Meio Ambiente
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o
item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica.
As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. – PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa
autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação
pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidades
cabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula própria de
Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs
(formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e
as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a
revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para
ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em
conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informações completas sobre as Normas
Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 15 páginas e Índice de Revisões


N-2644 REV. B FEV / 2004

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma estabelece critérios mínimos a serem observados pelo sistema
PETROBRAS para a elaboração do Plano de Emergência Local (PEL), de forma a facilitar o
inter-relacionamento entre os diversos procedimentos operacionais de resposta existentes e
obter a necessária eficácia nas ações de controle e combate a emergências.

1.2 Esta Norma se aplica a todo Plano de Emergência Local a ser elaborado e revisado a
partir da data de sua edição, desde que em prazo não superior a 2 anos, salvo se
estabelecido prazo diferente em legislação específica.

1.3 As unidades de implementação de empreendimentos devem avaliar, em cada caso e


em acordo com o órgão de apoio (quando existente), quais itens desta Norma ficam a cargo
da unidade de implementação de empreendimentos e empresas contratadas e quais itens
ficam a cargo do órgão de apoio.

1.4 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas


para a presente Norma.

Lei no 4395 de 1998 - “Cria o Sistema Nacional de Defesa Civil (SINDEC)”;


Resolução CONAMA no 293 de 12/12/2001 - “Dispõe sobre o conteúdo mínimo do
Plano de Emergência Individual para
incidentes de poluição por óleo
originados em portos organizados,
instalações portuárias ou terminais,
dutos, plataformas, bem como suas
respectivas instalações de apoio, e
orienta a sua elaboração”;
PETROBRAS N-1203 - Projeto de Sistemas de Proteção Contra Incêndio em
Instalações com Hidrocarbonetos;
PETROBRAS N-1645 - Critérios de Segurança para Projeto de Instalações
Fixas de Armazenamento de Gás Liquefeito de
Petróleo;
PETROBRAS N-2080 - Critérios para Projeto de Sistemas de Combate a
Incêndio em Unidade Marítima de Produção;
PETROBRAS N-2693 - Resgate e Transporte Aeromédico;
ABNT NBR 14276 - Programa de Brigada de Incêndio.

3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.18.

3.1 Abandono de Área

Ato de retirar de forma ordenada todas as pessoas da área interna afetada.

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3.2 Acidente

Toda ocorrência, que foge ao controle de um processo, sistema ou atividade, decorrente de


fato ou ação intencional ou acidental da qual possam resultar danos às pessoas, ao meio
ambiente, aos equipamentos ou ao patrimônio próprio ou de terceiros, envolvendo
atividades ou instalações, e que requeiram o acionamento da Estrutura Organizacional de
Resposta (EOR).

3.3 Administrador do Plano

Empregado designado pelo gerente da instalação para atualização e manutenção do Plano


de Emergência Local (PEL).

3.4 Área Sensível

Região que possui populações circunvizinhas, com importância econômica, turística,


recreativa, ou ainda que sejam ecologicamente relevante em termos de impactos
ambientais.

3.5 Área Vulnerável

Região suscetível aos efeitos adversos provocados por um acidente ou incidente.

3.6 Cenário Acidental

Conjunto de situações e circunstâncias específicas de um acidente ou incidente.

3.7 Coordenador das Ações de Resposta

Responsável pela coordenação geral dos procedimentos operacionais de resposta.

3.8 Emergência

Toda ocorrência, que foge ao controle de um processo, sistema ou atividade, da qual


possam resultar danos às pessoas, ao meio ambiente, aos equipamentos ou ao patrimônio
próprio ou de terceiros, envolvendo atividades ou instalações, e que requeiram o
acionamento da estrutura organizacional de resposta (EOR).

3.9 Estrutura Organizacional de Resposta (EOR)

Estrutura previamente estabelecida, mobilizada quando de uma situação de emergência,


com a finalidade de utilizar recursos e implementar as ações dos procedimentos
operacionais de resposta.

3.10 Evacuação de Área Externa

Ato de retirar de forma ordenada as pessoas de área externa, afetada ou que possa ser
afetada, em consonância com as diretrizes estabelecidas pelo Sistema Nacional de Defesa
Civil, conforme Lei no 4395.

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3.11 Evacuação de Área Interna

Ato de retirar de forma ordenada todas as pessoas de área interna, que não estejam
envolvidas no controle de uma emergência e direcioná-las para uma área segura ou
previamente definida.

3.12 Gestor Central

Responsável pela coordenação geral, no âmbito da unidade, de todas as ações


estabelecidas no Plano de Emergência Local (PEL), durante uma emergência.

3.13 Hipótese Acidental

Tipo de ocorrência identificada na análise de risco, que gera cenários acidentais e que são a
base para os procedimentos operacionais de resposta.

3.14 Incidente

Para efeitos desta Norma, entende-se por incidente, incidente de poluição por óleo,
conforme definido na resolução CONAMA no 293.

3.15 Instalação

Porto organizado, instalação portuária ou terminal, dutos, faixas de dutos, plataformas,


canteiros de obras, refinarias e unidades industriais, terminais, bases terrestres, áreas
administrativas (prédios) ou outras suscetíveis a acidentes ou incidentes, conforme definido
nesta Norma.

3.16 Monitoramento Biológico

Medida e avaliação de agentes químicos ou de seus produtos de biotransformação


(produtos de metabolização) no sangue, urina, ar exalado, secreções e tecidos, ou alguma
combinação desses, para estimar a exposição ou risco à saúde humana, quando
comparados com uma referência apropriada.

3.17 Plano de Emergência Local (PEL)

Documento, ou conjunto de documentos, que contém as informações relativas à unidade ou


instalação e sua área de influência, aos cenários acidentais e aos procedimentos para
resposta aos diversos tipos de acidentes ou incidentes passíveis de ocorrência, decorrente
de suas atividades ou serviços, incluindo definição dos sistemas de alerta e comunicação de
acidentes ou incidentes, estrutura organizacional de resposta, recursos humanos,
equipamentos e materiais de resposta, procedimentos operacionais de resposta e
encerramento das operações, bem como mapas, cartas náuticas, plantas, desenhos,
fotografias e outros anexos.

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3.18 Procedimento Operacional de Resposta

Documento, baseado nas hipóteses acidentais identificadas, que contém o conjunto de


medidas que determinam e estabelecem as ações a serem desencadeadas para controle da
emergência, bem como os recursos humanos, materiais e equipamentos mínimos
necessários ao controle e combate à emergência, levando em consideração os aspectos
relacionados à saúde e à segurança do pessoal envolvido nas ações de resposta.

4 ESTRUTURA DO PLANO DE EMERGÊNCIA LOCAL

4.1 Os cenários de vazamentos de óleo devem ser obrigatoriamente tratados em


conformidade com a resolução CONAMA no 293, ou sua substituta, ou ainda legislação local
mais restritiva.

4.2 O PEL deve ser elaborado de acordo com o seguinte conteúdo:

- 1. Objetivo
- 2. Documentos aplicáveis
- 3. Abrangência do plano e caracterização das instalações e da região
- 4. Identificação da instalação
- 5. Cenários acidentais
- 6. Informações e procedimentos para resposta
- 6.1. Sistemas de alerta
- 6.2. Comunicação do acidente ou incidente
- 6.3. Estrutura organizacional de resposta
- 6.4. Equipamentos e materiais de resposta
- 6.5. Procedimentos operacionais de resposta
- a) Procedimento para interrupção e controle da emergência
- b) Procedimento para contenção do derramamento ou vazamento do
produto
- c) Procedimento para monitoramento da evolução da emergência
- d) Procedimento para recolhimento ou dispersão do produto vazado
ou derramado
- e) Procedimento para resgate e atendimento a vítimas e seus
familiares
- f) Procedimento para evacuação e proteção de público interno
- g) Procedimento para proteção das populações
- h) Procedimento para proteção da fauna e flora
- i) Procedimento para proteção de áreas vulneráveis
- j) Procedimento para limpeza, monitoramento e controle das áreas
atingidas
- k) Procedimento para coleta e disposição dos resíduos gerados
- l) Procedimento para deslocamento dos recursos
- m) Procedimento para obtenção e atualização de informações
relevantes
- n) Procedimento para registro das ações de resposta
- o) Procedimento para levantamento de dinheiro em espécie
- p) Procedimento para o monitoramento e controle da saúde
ocupacional das pessoas
- q) Procedimento para o monitoramento e controle dos riscos físicos,
químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes das pessoas
- r) Procedimento para vigilância das instalações e bens da
companhia e de terceiros

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- s) Procedimento para o acionamento do seguro e controle e


inventários dos salvados
- 7. Encerramento das operações
- 8. Mapas, cartas náuticas, plantas, desenhos e fotografias
- 9. Anexos

5 DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA DO PLANO DE EMERGÊNCIA LOCAL

5.1 Objetivo

Neste item deve constar, de forma clara e concisa, o objetivo do PEL.

5.2 Documentos Aplicáveis

Neste item devem ser relacionadas legislações, normas, regulamentos, planos mútuos de
operação, cartas de acordo e outros documentos aplicáveis, que foram considerados
durante a elaboração do PEL, ou que devem ser observados durante o desencadeamento
das ações.

5.3 Abrangência do Plano e Caracterização das Instalações e da Região

5.3.1 Neste item devem ser apresentadas a definição da área geográfica e a descrição dos
equipamentos ou instalações abrangidos pelo plano.

5.3.2 Neste item devem estar descritas as características da região em termos de:

a) ocupação populacional e perfil sócio-econômico em torno das instalações ou


que possam ser afetadas pela emergência;
b) edificações que possam ser utilizadas no caso de deslocamento da população;
c) edificações com ocupação social intensiva, tais como escolas, creches, clubes,
hospitais, orfanatos e asilos;
d) rios, lagoas, lagos, baías e outros corpos d’água;
e) pontos geográficos e ambientalmente notáveis;
f) áreas passíveis de serem atingidas;
g) condições climáticas típicas;
h) áreas de disposição provisória ou definitiva de resíduos;
i) acessos disponíveis na região (aéreos, terrestres, fluviais ou marítimos).

5.3.3 Sempre que for considerada a necessidade de equipamentos, materiais e pessoal


existentes em outras unidades da PETROBRAS, o acordo formal entre as partes deve ser
anexado ao plano.

5.4 Identificação da Instalação

Neste item devem constar as seguintes informações básicas sobre a instalação:

a) nome, endereço completo, e-mail, telefone e fax da instalação;


b) nome, endereço completo, e-mail, telefone e fax da empresa responsável pela
operação da instalação;

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c) nome, endereço completo, e-mail, telefone e fax do representante legal da


instalação;
d) nome, endereço completo, e-mail, telefone e fax do gestor central;
e) nome, cargo, endereço completo, e-mail, telefone e fax do coordenador das
ações de resposta;
f) localização em coordenadas geográficas e situação;
g) mapa de localização ou fotografia aérea;
h) descrição dos acessos à instalação.

5.5 Cenários Acidentais

5.5.1 É recomendado que estejam descritas neste item as emergências passíveis de


ocorrer e suas respectivas conseqüências, devendo ser sempre usada uma análise de risco
para identificar as ocorrências associadas à operação da instalação. [Prática
Recomendada]

5.5.2 Podem ser usados um ou mais dos seguintes métodos para a identificação dos
perigos: [Prática Recomendada]

a) análise “What-if”;
b) análise por “Checklist” (lista de verificação);
c) análise preliminar de risco (APR) ou de perigos (APP);
d) análise quantitativa de risco (AQR).

5.5.3 Os eventos significativos ocorridos nas instalações devem ser considerados na


identificação dos cenários acidentais.

5.5.4 Com base na análise de conseqüência devem ser elaborados os procedimentos


operacionais de resposta para todos os cenários acidentais identificados.

5.5.5 Deve ser feita uma simulação das conseqüências das hipóteses acidentais
significativas, conforme análise de risco, usando programas de modelagem.

Nota: Se a hipótese acidental atingir o público externo, obrigatoriamente deve ser feita a
modelagem das conseqüências.

5.5.6 A análise de riscos deve ser atualizada se houver uma mudança significativa na
instalação, processo, atividades, sistemas, produtos ou nos materiais manuseados ou
embarcados de/para a instalação.

5.6 Informações e Procedimentos para Resposta

5.6.1 Sistemas de Alerta

Neste item devem estar descritos os procedimentos e equipamentos utilizados para alerta
nas situações de emergências.

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5.6.2 Comunicação do Acidente ou Incidente

5.6.2.1 Neste item deve constar o fluxograma dos procedimentos de comunicação das
emergências para os órgãos internos e para as entidades externas pertinentes, tais como:
órgãos ambientais, Agência Nacional de Petróleo (ANP), Capitania dos Portos (ou outro
órgão da Marinha do Brasil), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Departamento de
Aviação Civil (DAC), Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia Militar, Civil e Rodoviária,
Exército, INFRAERO, Prefeituras, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), bem
como os líderes comunitários.

Nota: Para facilidade de manter a atualização do PEL, é recomendado que essas


informações estejam contidas em um anexo específico. [Prática Recomendada]

5.6.2.2 Para o padrão de comunicação com os órgãos internos, devem ser seguidos o
procedimento de comunicação de emergência da sede pelo telefone vermelho e
procedimento para informação de emergência de segurança, meio ambiente e saúde (SMS).

5.6.2.3 Para o padrão de comunicação com entidades externas, devem ser usados
formulários específicos de comunicação de acidentes ou incidentes disponibilizados pelo
órgão de segurança, meio ambiente e saúde corporativo.

5.6.2.4 Os procedimentos de comunicação devem estar definidos, contendo a relação dos


órgãos e entidades, nome, telefone e e-mail de pessoas de contato.

5.6.3 Estrutura Organizacional de Resposta (EOR)

5.6.3.1 Neste item deve ser apresentada a estrutura organizacional preestabelecida a se


formar quando da ocorrência de uma emergência. A estrutura deve ser compatível com as
ações necessárias ao controle das emergências, em seus vários tipos, dimensões e
hipóteses acidentais. Deve possibilitar ajustes para a ampliação de sua capacidade de ação
em função da evolução da emergência ou quando requisitados recursos adicionais, internos
ou externos.

5.6.3.2 Recomenda-se que a estrutura organizacional básica siga a definição da FIGURA 1.


[Prática Recomendada]

GESTÃO CENTRAL

ASSESSORIA JURÍDICA ASSESSORIA DE SMS

GRUPO DE COORDENAÇÃO COORDENAÇÃO COORDENAÇÃO COORDENAÇÃO COORDENAÇÃO


OPERAÇÕES DE COMUNICAÇÕES DAS AÇÕES DE DE LOGÍSTICA FINANCEIRA DE RELAÇÕES COM
RESPOSTA A COMUNIDADE

FIGURA 1 - ORGANOGRAMA BÁSICO DA EOR

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5.6.3.3 A coordenação financeira deve estar preparada para atender as necessidades com
dinheiro em espécie, em horários fora do horário de atendimento normal das instituições
financeiras.

5.6.3.4 A coordenação de relações com a comunidade também deve incluir atendimento ao


público interno, vítimas e familiares.

5.6.3.5 Este item deve definir as atribuições e responsabilidades de cada participante do


plano para as hipóteses acidentais significativas. Deve ainda definir as atribuições de cada
participante da estrutura organizacional de resposta, bem como os responsáveis e os
procedimentos de comunicação interna e externa à Companhia, aos órgãos externos
participantes e à sociedade.

5.6.3.6 Devem ser definidos previamente os nomes de todos os coordenadores e forma de


acionamento, bem como os substitutos na ausência de seus respectivos titulares.

5.6.4 Equipamentos e Materiais de Resposta

5.6.4.1 Neste item devem estar relacionados os equipamentos, materiais de resposta e


recursos humanos, compatíveis com as ações necessárias ao controle das emergências,
em seus vários tipos, dimensões e hipóteses acidentais, considerando os equipamentos,
materiais e recursos humanos necessários ao combate às emergências, envolvendo
aspectos de segurança, meio ambiente e saúde.

5.6.4.2 Devem estar indicados:

a) nome, tipo e características operacionais;


b) quantidade disponível;
c) localização;
d) tempo máximo estimado de deslocamento para o local de utilização;
e) efetivos.

5.6.4.3 Esta relação deve ser incluída e mantida atualizada no Sistema de Informações de
Apoio a Emergências (SIAE), disponível no sistema Intranet da PETROBRAS.

Nota: Deve ser mantido um cadastro de especialistas externos, indicando nome,


especialidade, lotação, telefones de contato e e-mail.

5.6.4.4 Esta relação deve conter tanto os equipamentos e materiais pertencentes à


instalação, quanto aqueles contratados a terceiros. No caso de equipamentos e materiais de
terceiros, devem estar anexados os contratos e outros documentos legais, que comprovem
a disponibilidade dos equipamentos e materiais relacionados.

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5.6.4.5 Devem estar também listados e quantificados os equipamentos de proteção


individual e equipamentos para monitoramento biológico (saúde ocupacional) e ambiental, a
serem utilizados durante o período da emergência por equipe própria da instalação e
assegurados os mesmos equipamentos para equipes contratadas por terceiros.

5.6.4.6 O dimensionamento de recursos deve atender aos critérios estabelecidos nas


normas e regulamentos específicos, tais como:

a) resolução CONAMA 293;


b) norma PETROBRAS N-1203;
c) norma PETROBRAS N-1645;
d) norma PETROBRAS N-2080;
e) norma PETROBRAS N-2693;
f) norma ABNT NBR 14276.

5.6.4.7 O dimensionamento de recursos deve considerar a existência de acordos formais


com outros órgãos PETROBRAS, planos mútuos de operação, cartas de acordo e termos de
compromisso, conforme o item 5.3.3 desta Norma.

5.6.4.8 Um procedimento de convocação deve estar implantado para viabilizar o acesso a


estes materiais, equipamentos e recursos humanos.

5.6.5 Procedimentos Operacionais de Resposta

Neste item devem estar descritos todos os procedimentos de resposta previstos para
controle de cada cenário acidental considerado. Na descrição dos procedimentos, devem
ser levados em consideração os aspectos relacionados à segurança e saúde do pessoal
envolvido nas ações de resposta, bem como a comunidade afetada. Deve haver descrição
dos procedimentos para cenários acidentais identificados nas análises de risco, tais como:

a) procedimento para interrupção e controle da emergência;


b) procedimento para contenção do derramamento ou vazamento do produto;
c) procedimento para monitoramento da evolução da emergência;
d) procedimento para recolhimento ou dispersão do produto vazado ou
derramado;
e) procedimento para resgate e atendimento a vítimas e seus familiares;
f) procedimento para evacuação e proteção de público interno;
g) procedimento para proteção das populações;
h) procedimento para proteção da fauna e flora;
i) procedimento para proteção de áreas vulneráveis;
j) procedimento para limpeza, monitoramento e controle das áreas atingidas;
k) procedimento para coleta e disposição dos resíduos gerados;
l) procedimento para deslocamento dos recursos;
m) procedimento para obtenção e atualização de informações relevantes;
n) procedimento para registro das ações de resposta;
o) procedimento para levantamento de dinheiro em espécie;
p) procedimento para o monitoramento e controle da saúde ocupacional das
pessoas;
q) procedimento para o monitoramento e controle dos riscos físicos, químicos,
biológicos, ergonômicos e de acidentes das pessoas;
r) procedimento para vigilância das instalações e bens da companhia e de
terceiros;

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s) procedimento para o acionamento do seguro e controle e inventários dos


salvados.

5.7 Encerramento das Operações

5.7.1 Devem constar deste item:

a) critérios para decisão quanto ao encerramento das operações, incluindo a


definição da autoridade para a tomada de decisão;
b) procedimentos para desmobilização do pessoal, equipamentos e materiais
empregados nas ações de resposta;
c) procedimentos para ações suplementares, tais como remoção de escombros,
monitoramentos, produção de relatórios e registros técnicos;
d) realização de análise crítica.

5.7.2 As emergências e suas ações de controle devem ser documentadas e registradas,


indicando as ações tomadas, utilizando-se para tal registros fotográficos, filmagens e coleta
de amostras para análises químicas, toxicológicas e monitoramento biológico (saúde
ocupacional), a fim de preparar o relatório final, permitir a avaliação e revisão do plano e
subsidiar processos investigatórios e jurídicos.

Nota: Deve ser assegurado que a documentação gerada na emergência seja


encaminhada para guarda, de forma a resguardar a empresa contra eventuais
demandas jurídicas.

5.8 Mapas, Cartas Náuticas, Plantas, Desenhos e Fotografias

Deve constar deste item, ou estar facilmente disponível (com indicação de localização),
mapas, cartas náuticas, plantas, desenhos, fotografias, dados meteorológicos e
oceanográficos, tais como:

a) desenho ou planta geral da instalação, em papel ou em formato digital, em


escala apropriada, contendo e identificando, conforme o caso, a localização de:
- tanques, dutos, equipamentos de processo, operações de carga e descarga e
outras fontes potenciais de risco;
- sistemas de contenção secundária;
- rotas de acesso e fuga;
- helipontos ou áreas que possam ser utilizadas para o pouso de helicópteros;
- terminais portuários, piers ou pontos de atracação de barcos;
- estradas de acesso à locação;
- estacionamentos;
- localização de equipamentos e materiais de resposta;
b) planta de drenagem da instalação, em papel ou em formato digital, em escala
apropriada, contendo e identificando, conforme o caso:
- principais pontos e linhas de drenagem de água contaminada e água pluvial;
- direções dos fluxos de derramamento de produto, a partir dos pontos de
descarga até os limites da instalação;
c) mapas de sensibilidade e análise de vulnerabilidade ambiental;
d) documentos técnicos tais como fluxogramas de engenharia, fluxogramas de
processo, P&ID etc.

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5.9 Anexos

Neste item devem estar incluídas informações complementares ao PEL, tais como:

a) licenças ou autorizações atualizadas para o desempenho de qualquer atividade


relacionada às ações de resposta, conforme regulamentações aplicáveis;
b) acordos formais para recebimento de auxílio nas ações de resposta;
c) informações técnicas, físico-químicas, toxicológicas, de segurança e primeiros
socorros das substâncias;
d) informações sobre recursos e serviços médicos de emergência;
e) plano de treinamento e cronograma de simulados;
f) glossário de termos.

6 GERENCIAMENTO DO PLANO DE EMERGÊNCIA LOCAL

6.1 O PEL deve ser periodicamente avaliado e revisado, se necessário, no mínimo nas
seguintes situações:

a) sempre que uma análise de risco assim o indicar;


b) sempre que a instalação sofrer modificações físicas, operacionais ou
organizacionais capazes de afetar os seus procedimentos ou a sua capacidade
de resposta;
c) quando o desempenho do PEL, decorrente do seu acionamento por acidente
ou incidente ou exercício simulado, recomendar;
d) em outras situações, a critério de órgão oficial competente;
e) a cada 2 anos, caso nenhuma das situações anteriores seja verificada.

6.2 O PEL deve ser avaliado através da realização de simulados em vários níveis, tais
como:

a) Simulado de Comunicação: verificação de todo o processo de comunicação


das partes interessadas (interna e externamente), com freqüência mínima
mensal;
b) Simulado de Mobilização de Recursos: verificação da eficácia no processo de
acionamento das equipes, dos materiais e dos equipamentos, próprios e de
terceiros, necessários ao controle da emergência; os recursos são apenas
mobilizados e avaliam-se o tempo e as dificuldades encontradas, com
freqüência mínima semestral;
c) Simulado em Sala de Treinamento: forma de se avaliar o conhecimento de
todos os envolvidos, em suas respectivas atribuições para o controle da
emergência, por meio de dramatização em sala, com freqüência mínima
semestral;
d) Simulado de Campo: forma que envolve a mobilização de pessoas e recursos,
simulando ações de controle em diversos níveis de dificuldades, requerendo
intensa preparação e envolvimento de recursos materiais e humanos, com
freqüência mínima anual.

Nota: Para estabelecimento dos simulados e da freqüência de acionamento, deve ser


observada a presença de outras instalações e órgãos da PETROBRAS na região
de referência, com o objetivo de evitar sobrecarga externa ou interna nas
atividades ligadas aos simulados.

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6.3 O administrador do plano é responsável pela manutenção e atualização dos dados e


procedimentos necessários à sua plena operacionalização, tais como:

a) lista de participantes e telefone de contato;


b) lista de equipamentos e materiais fornecida pelo provedor destes, conforme o
item 5.6.4.3 desta Norma;
c) distribuição de atualizações do plano aos participantes;
d) verificação de atualização de dados cadastrais de participantes externos.

Nota: O controle de distribuição deve ser feito preferencialmente por meio eletrônico.

6.4 O administrador do plano deve também ser responsável pela proposição da revisão, na
época definida, e por promover auditorias e simulados do plano, reportando-se ao gerente
da instalação.

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/ANEXO A

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ANEXO A - MODELOS DE FORMULÁRIO

A-1 COMUNICAÇÃO INICIAL DE VAZAMENTO DE ÓLEO

Este formulário deve ser aplicável nas situações de comunicação interna/externa referentes
a vazamento de óleo.

COMUNICAÇÃO INICIAL DO INCIDENTE

I - Identificação da instalação que originou o incidente:


Nome da instalação:

( ) sem condições de informar


II - Data e hora da primeira observação:
Hora: Dia/mês/ano:
III - Data e hora estimadas do incidente:
Hora: Dia/mês/ano:
IV - Localização geográfica do incidente:
Latitude: Longitude:
V - Óleo derramado:
Tipo de óleo: Volume estimado:
VI - Causa provável do incidente:
( ) sem condições de informar
VII - Situação atual da descarga do óleo:
( ) paralisada ( ) não foi paralisada ( ) sem condições de informar
VIII - Ações iniciais que foram tomadas:
( ) acionado Plano de Emergência Individual;
( ) outras providências
( ) sem evidência de ação ou providência até o momento.
IX - Data e hora da comunicação:
Hora: Dia/mês/ano:
X - Identificação do comunicante:
Nome completo:
Cargo/emprego/função na instalação:
XI - Outras informações julgadas pertinentes:

Assinatura:

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A-2 COMUNICAÇÃO DE ACIDENTES

Este formulário deve ser aplicável nas situações de ocorrência anormal e acidente fatal (não
envolvendo vazamento de óleo).

Comunicação de Acidentes (CA)

Data de Emissão:

1 - Descrição Física do Evento

2 - Data, Hora e Local da Ocorrência


Bloco/Campo: Nº Concessão ANP:
Operador:
Início da anomalia
Data: Hora:
Término da anomalia
Data: Hora:
Local Área Afetada:
País: Tipo:
Estado: Quantidade de Produto(m3):
Localidade: Condição de Mar (tabela Beaufort):
3 - Descrição do Equipamento/Instalação
Atividade: Unidade:

Sistema: Equipamento:

4 - Descrição das Medidas de Controle Imediato

5 - Autor(es) do Relatório e Cargo

_________________________
ASSINATURA DO RESPONSÁVEL
(carimbo e matrícula)

_____________

15
N-2644 REV. B FEV / 2004

ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Não existe índice de revisões.

REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Todas Revisadas

_____________

IR 1/1

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