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DIREÇÃO DEFENSIVA

VEÍCULOS

O HOMEM E O VEÍCULO

Desde os primórdios da humanidade o homem sempre procurou uma forma de


aumentar a velocidade de seu deslocamento.
Inicialmente, através dos animais, depois, o vapor e, finalmente, o motor a
combustão.

Com o advento do motor a combustão, ocorreu um verdadeiro fascínio do homem


pelo carro. Este proporciona individualidade, velocidade, conforto e status social.

O homem dirige veículo por esporte, prazer, profissão e por outras necessidades.
Todos os dias milhões de pessoas saem às ruas e estradas dirigindo seus veículos. O
que estas pessoas precisam aprender?

O VEÍCULO NA NOSSA VIDA

O veículo trouxe inúmeras e inegáveis contribuições ao mundo atual, entre elas o


encurtamento das distâncias, o conforto, a possibilidade de se fazer mais coisas ao
mesmo tempo, de conhecer lugares diferentes, lazer etc.
Vieram, também, duas consequências indesejáveis:
 Danos ecológicos
 Acidentes de trânsito

Danos ecológicos Poluição do ar


Um motor em funcionamento fornece energia para movimentar o carro, mas
libera gases e partículas que poluem o ar.
Combate-se esta poluição através de regulagem adequada do motor.
As normas sobre a poluição liberada pelos escapamentos dos carros têm sido
cada vez mais rígidas, levando os fabricantes a desenvolverem filtros (catalisadores) e
injeção eletrônica.
A evaporação do óleo no “carter” e do combustível no tanque também produzem
poluição do ar.
O atrito dos pneus com o asfalto libera partículas poluentes.

Poluição da água e da terra

O combustível consumido e o óleo lubrificante derramado no solo poluem o solo,


contaminando, também, fontes de água.
O motorista deve contribuir para a limpeza das ruas e estradas.
Recomendamos ao motorista que tenha em seu veículo um saquinho para colocar
papéis, latinhas e todo tipo de lixo.

Poluição sonora

O veículo produz poluição sonora através do ronco do motor e das buzinas. Para que
isto não ocorra, deve-se utilizar silenciosos adequados e utilizar a buzina, conforme

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o código brasileiro de trânsito.

O VEÍCULO COMO FERRAMENTA DE TRABALHO

Para muitas profissões o veículo é utilizado como ferramenta de trabalho. O


veículo visto desta forma, deve merecer o mesmo tratamento que uma
ferramenta, ou seja, deve-se realizar: manutenções adequadas, uso dentro das
especificações, respeito aos limites estabelecidos pelo fabricante e pela Empresa.

O homem, como usuário consciente, necessita conhecer suas limitações e da


ferramenta para uma perfeita integração homem/máquina.

COMUNICAÇAO COM CELULAR E RÁDIO

Com um mundo moderno e as novas tecnologias, a comunicação é de fato muito


importante em toda e qualquer atividade, porém, o motorista não deve, segundo o
CTB, utilizar celular ou rádio com o veículo em movimento, sendo que muitas
vezes acidentes ocorreram devido à distração momentânea durante a conversação.
A Empresa deverá informar que a comunicação via celular e rádio vhf/uhf ficarão a
cargo dos que estão na condição de passageiro ou quando o motorista parar e
estacionar o veículo, segundo as normas de trânsito vigentes no país.

FATORES QUE DETERMINAM O ACIDENTE DE TRÂNSITO

São três os fatores que determinam o acidente de trânsito: homem, meio ambiente
e veículo.

O fator homem, todos os comportamentos do homem que contribuem para o


acidente.

O fator meio ambiente refere-se às estradas, ruas, vegetação e clima.

O fator veículo refere-se à adequação do mesmo ao serviço e às condições


mecânicas.

Para realizar com segurança suas tarefas, o homem precisam estar equilibrados nos
aspectos:

- Psíquico

- Físico

- Social

Caso haja desequilíbrio em qualquer destes, o homem estará mais exposto a


acidentes. A seguir, listamos alguns sintomas que podem identificar o
desequilíbrio:

- Dor de cabeça frequente;

- Apatia, falta de disposição para o trabalho e dificuldade de concentração;

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- Alteração de sono;

- Ansiedade, impaciência e agressividade;

- Tristeza, desânimo, esquecimento e cansaço

Quando você ou seu companheiro de trabalho sentir um ou mais destes sintomas,


procure seu gerente/ coordenado/ supervisor direto, informe a situação e
solicite a liberação para não realizar tarefas de risco neste dia

Deveres do Condutor
Conhecimento: saber reconhecer as placas de trânsito, interpretar corretamente
as leis de trânsito, ter ciência das responsabilidades envolvidas na condução de um
veículo

Habilidade: saber dirigir (utilizar com destreza, percepção e reação adequada) a


ferramenta denominada veículo automotor. Manuseio adequado, uso específico e
usar dentro dos limites estabelecidos pelos fabricantes e empresas;

Atitude: querer fazer, por exemplo, usar o cinto, por saber que ele aumenta a
proteção em caso de acidentes.

Quem tem a preferência?!


Atenção aqui. Em vias onde não haja sinalização
específica terá a preferência:
1. Quem estiver transitando pela rodovia, quando apenas um fluxo for proveniente de autoestrada;
2. Quem estiver circulando uma rotatória; e
3. Quem vier pela direita do condutor, nos demais casos.

Mas lembre-se: em vias com mais de uma


pista, os veículos mais lentos têm a
preferência de uso da faixa direita. Já a
faixa esquerda é reservada para ultrapassagens e para os veículos de maior
velocidade.

Mas as regras de preferência não param por aí. Também têm prioridade de
deslocamento os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de
polícia, os de fiscalização de trânsito e as ambulâncias, bem como veículos
precedidos de batedores. E o privilégio se estende também aos estacionamentos.

Mas há algumas coisinhas a observar. Para poder gozar do privilégio é preciso que
os dispositivos de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente, - indicativos de
urgência estejam acionados. Se for o caso:

 Deixe livre a passagem à sua esquerda. Desloque-se à direita e até mesmo


pare, se necessário. Vidas podem estar em jogo;

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Veículos de prestadores de serviços de utilidade pública (companhias de água,
luz, esgoto, telefone, etc.) também têm prioridade de parada e
estacionamento no local em que estiverem trabalhando. Mas o local deve estar
bem sinalizado, segundo as normas do CONTRAN.
Na maior parte das vezes, a circulação de veículos
pelas vias públicas deve ser feita pelo lado direito. Mas
às vezes é preciso deslocar-se lateralmente, para trocar
de pista ou fazer uma conversão à direita ou à
esquerda. Nesse caso, cuide de

Para virar à direita, por exemplo, faça uso das


setas e aproxime-se tanto quanto possível da margem
direita da via enquanto reduz gradualmente sua
velocidade.

Ultrapassagem

Aqui chegamos a um ponto realmente delicado. As ultrapassagens são uma das


principais causas de acidentes e precisam ser realizadas com toda a prudência, e
segundo procedimentos regulamentares.
Algumas Regras Básicas:

Ultrapasse sempre pela esquerda e apenas nos trechos permitidos.


Nunca ultrapasse no acostamento das estradas. Este espaço é destinado a paradas e
saídas de emergência.

 Se outro carro o estiver ultrapassando ou tiver sinalizado seu desejo de fazê-lo,


dê a preferência. Aguarde sua vez.

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 Certifique-se de que a faixa da esquerda está livre, e de que há espaço
suficiente para a manobra.
 Sinalize sempre com antecedência sua intenção de ultrapassar. Ligue a seta ou
faça os gestos convencionais de braço.
 Guarde distância em relação a quem está ultrapassando. Nada de tirar fininho.
 Deixe um espaço lateral de segurança.
 Sinalize de volta, antes de voltar à faixa da direita.
 Se você estiver sendo ultrapassado, mantenha constante a sua velocidade. Se
estiver na faixa da esquerda, venha para a direita, sinalizando corretamente.
 Ao ultrapassar um coletivo que esteja parado, reduza a velocidade e muita
atenção. Passageiros poderão estar desembarcando, ou correndo para tomar a
condução.

Os veículos pesados devem, quando circulando em fila, permitir espaço


suficiente entre si para que outros veículos os possam ultrapassar por
etapas. Tenha em mente que os veículos mais pesados são responsáveis pela
segurança dos mais leves; os motorizados, pela segurança dos não motorizados; e
todos pela proteção dos pedestres.

Proibido Ultrapassar
A menos que haja sinalização específica permitindo a manobra,
jamais ultrapasse nas seguintes situações:
Sobre pontes ou viadutos.
Em travessias de pedestres.
Nas passagens de nível.
Nos cruzamentos ou em sua proximidade.
Em trechos sinuosos ou em aclives sem visibilidade suficiente.
6Nas áreas de perímetro urbano das rodovias

Uso de Luzes e Faróis

O uso das luzes do veículo deve se orientar pelo seguinte:

 Luz baixa - durante a noite e no interior de túneis sem iluminação pública


durante o dia.
 Luz alta - nas vias não iluminadas, exceto ao cruzar-se com outro veículo ou ao
segui-lo.
 Luz alta e baixa - (intermitente) por curto período de tempo, com o objetivo de
advertir outros usuários da via de sua intenção de ultrapassar o veículo que vai
à frente, ou quanto à existência de risco à segurança de quem vem em
sentido contrário.

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 Lanternas - sob chuva forte, neblina ou cerração ou à noite, quando o veículo
estiver parado para embarque e desembarque, carga ou descarga.
 Pisca-alerta - em imobilizações ou em situação de emergência.
 Luz de placa - durante a noite, em circulação.

Veículos de transporte coletivo regular de passageiros, quando circulando em faixas


especiais, devem manter as luzes baixas acesas de dia e de noite. O mesmo se aplica
aos ciclos motorizados, em qualquer situação.

Buzinar

Pode em 'toques breves', como prescreve o Código de Trânsito Brasileiro. Mesmo


assim, só se deve buzinar nas seguintes situações:
 Para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes;
 Fora das áreas urbanas, para advertir um outro condutor de sua intenção de
ultrapassá-lo.

Olho no Velocímetro

A velocidade é outro grande fator de risco de


acidentes de trânsito. Além disso, determina, em
proporção direta, a gravidade das ocorrências.

Alguns motoristas acreditam que a velocidades mais altas podem se livrar com mais
facilidade de algumas situações difíceis no trânsito. E que trafegar devagar demais é
mais perigoso do que andar depressa.
Mas a coisa não é bem assim. Reduzir a velocidade é o primeiro procedimento a se
tomar na tentativa de evitar acidentes.
A velocidade máxima permitida para cada via será indicada por meio de placas.
Onde não existir sinalização, vale o seguinte:

Em Vias Urbanas

 80 Km/h nas vias de trânsito rápido


 60 Km/h nas vias arteriais
 40 Km/h nas vias coletoras.
 30 Km/h nas vias locais.

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 110 Km/h para automóveis e camionetas.


 90 Km/h para ônibus e micro-ônibus.
 80 Km/h para os demais veículos

Para estradas, não pavimentadas, a velocidade máxima é de


60 Km/h.

O motorista consciente, porém, mais do que observar a sinalização e os limites de


velocidade, deve regular sua própria velocidade dentro desses limites - segundo as
condições de segurança da via, do veículo e da carga, adaptando-se também às
condições meteorológicas e à intensidade do trânsito.

Faça isso e estará sempre seguro. E o que é melhor: livre de muitas por excesso de
velocidade.

No mais, use o bom senso. Não fique empacando os outros sem causa justificada,
transitando a velocidades incomumente baixas.

E para reduzir sua velocidade, sinalize com antecedência. Evitem freadas bruscas, a
não ser em caso de emergência. Reduza a velocidade sempre que se aproximar de
um cruzamento ou em áreas de perímetro urbano nas rodovias.

Parar e Estacionar

Pare sempre no acostamento. Se, numa emergência, tiver que parar o carro no
leito viário, providencie a imediata sinalização.

Em locais de estacionamento proibido, a parada deve ser suficiente apenas para o


embarque e desembarque de passageiros. E só nos casos em que o
procedimento não interfira com o fluxo de veículos ou pedestres. O desembarque de
passageiros deve se dar sempre pelo lado da calçada, exceto para o condutor do
veículo.

Para carga e descarga, o veículo deve ser mantido paralelo ao leito viário.

Ao parar seu veículo, certifique-se de que isto não constitui risco para os
ocupantes e demais usuários da via.

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Veículos de Tração Animal

Deverão ser conduzidos pela direita da pista, junto ao


meio-fio ou acostamento, sempre que não houver
faixa especial para tal fim, e conforme normas de
circulação pelo órgão competente.

Duas Rodas

Motociclistas e pilotos de ciclomotores e motonetas


devem seguir algumas regras básicas:

1.Use sempre o capacete com viseira


ou óculos protetores
2. Segure o guidom com as duas mãos
3. Use vestuário de proteção, conforme as
especificações do CONTRAM.

Parar e Estacionar
Motocicletas e outros veículos motorizados de duas rodas, devem ser
estacionados de maneira perpendicular à guia da calçada. Há menos que haja
sinalização específica determinando outra coisa.
Lembre-se. É proibido trafegar de motocicleta nas vias de maior velocidade. O
motociclista deve se manter sempre nas faixas da direita, de preferência no centro
da faixa.

O ideal é mesmo a ciclovia. Mas onde não existir, o


ciclista deverá transitar na pista de rolamento, em
seu bordo direito, e no mesmo sentido do fluxo de
veículos

A autoridade de trânsito com circunscrição sobre


uma determinada via poderá autorizar a circulação
de bicicletas em sentido contrário ao fluxo dos
veículos, desde que em trecho dotado de ciclofaixa

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Detalhe: a bicicleta tem preferência sobre os veículos motorizados. Mas o ciclista
também precisa tomar seus cuidados. Deve trajar roupas claras e sinalizar com
antecedência todos os seus movimentos.

Segurança

Veículos que não se desloquem sobre pneus não podem circular em vias públicas
pavimentadas, salvo em casos especiais e com a devida autorização.

Direção Segura

“Direção Segura” é dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das ações


incorretas (erradas) dos outros e das condições adversas (contrárias), que
encontramos nas vias de trânsito.

Por que praticar a direção segura?


Pesquisas realizadas em todo o mundo, sobre acidentes de trânsito, apresentaram a
seguinte estatística:
 Apenas 6 % dos acidentes de trânsito têm como causa os problemas da via;
 30 % dos acidentes têm origem em problemas mecânicos;
 A maioria dos acidentes, (64%) têm como causa, problemas dos motoristas.

Dentre os principais Problemas com o Motorista temos:


 Dirigir sob o efeito de álcool ou substância entorpecente;
 Imprudência - trafegar em velocidade inadequada;
 Imperícia - inexperiência e falta de conhecimento;
 Negligência - falta de atenção, falha de observação.

Motorista defensivo é aquele que adota um procedimento preventivo no


trânsito, sempre com cautela e civilidade. O motorista defensivo não apenas dirige,
pois está sempre pensando em segurança, em prevenir acidentes.

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A "Direção Segura" é indispensável no aperfeiçoamento de motoristas. Trata-
se de uma forma de praticar, no uso de seu veículo, uma maneira de dirigir mais
segura, reduzindo a possibilidade de ser envolvido em acidentes de trânsito, apesar
das condições adversas.

Conheça:
 Elementos básicos da Direção Segura
 O que é e quais são as condições adversas
 Os fatores importantes para evitar acidentes
 Como prevenir acidentes
 Comportamento seguro no trânsito
 Dirigindo em (auto-) estradas
 Os mandamentos do Motorista Defensivo

Elemento da Direção Segura

"Direção Segura" é dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das ações


incorretas (erradas) dos outros e das condições adversas (contrárias), que
encontramos nas vias de trânsito

Muitas vezes, o motorista pratica a direção segura sem que perceba. Não importa
onde a pratica e se a chama por esse nome ou não. O que importa, na verdade, é
que a direção segura, necessária para evitar acidente, requer conhecimento,
atenção, previsão, decisão e habilidade.

Conhecimento
Dirigir com segurança requer uma boa dose de informação de fatos concretos. Esse
conhecimento inclui o pronto reconhecimento de riscos e a maneira de defender-se
contra eles.
O código de trânsito vigente fornece muitas informações que o motorista deve
receber. Além do código, existem livros e revistas especializadas. A experiência é
também uma grande fonte de conhecimento. Finalmente, as autoridades de trânsito
estão certas de que o conhecimento deve ser adquirido por meio de treinamentos
programados.

Atenção
Nenhuma forma de transporte rodoviário exige mais atenção do motorista que o
veículo automotor. Um maquinista de trem conta com seus auxiliares. O avião
comercial tem controles duplos, sendo um para o copiloto. Além disso, o piloto
recebe ajuda de complexas instalações em terra. O comandante d o n a v i o , p o r
sua vez,é auxiliado por uma tripulação

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experiente e instrumentos de navegação. Já o condutor de um veículo
automotor, o motorista, sem essas facilidades, tem que manter-se em estado de
alerta durante cada segundo em que se encontra ao volante, consciente de que
está sempre correndo risco de um possível acidente.

Previsão
A previsão, que pode ser exercida sobre um raio de ação próximo ou distante, é
a habilidade de prever eventualidades no trânsito e preparar- se para elas. A direção
segura exige tanto a prevenção a curto prazo como a longo prazo.
O motorista que revisa o seu veículo, antes de iniciar uma viagem, está fazendo
uma previsão a longo prazo, enquanto que aquele que prevê complicações num
cruzamento, uns metros à frente, está fazendo uma previsão a curto prazo.

Decisão
Sempre que for necessário tomar uma decisão, numa situação de perigo, ela
dependerá do conhecimento que o motorista tem sobre as alternativas possíveis de
serem adotadas, do conhecimento sobre as possibilidades de seu veículo, das leis e
normas que regem o trânsito, e do tempo e espaço que se dispõe para tomar uma
atitude correta.
Essa decisão ou tomada de atitude vai depender da sua habilidade, tempo e prática
de direção, previsão das situações de risco, conhecimento das condições do veículo
e da via.

Habilidade
Esse requisito diz respeito ao manuseio dos controles do veículo e à execução,
com bastante perícia e sucesso, de qualquer uma das manobras básicas de trânsito,
tais como fazer curvas, ultrapassagens, mudanças de velocidade e estacionamento.
A habilidade do motorista se desenvolve por meio de aprendizado e da prática:
tem que treinar a execução das manobras de modo correto e depois executá-las
sempre dessa maneira.
São sempre esses elementos que o tornarão um motorista seguro. Se usá-los a
cada momento, sempre que estiver atrás do volante, você estará usando a
cabeça.
Condições Adversas

Condições adversas são todos aqueles fatores que podem prejudicar o seu real
desempenho no ato de dirigir, tornando maior a possibilidade de um acidente de
trânsito.
Existem várias "condições adversas" e é importante lembrar que nem sempre elas
aparecem isoladamente, tornando o perigo ainda maior.
Listaremos as seis condições adversas mais importantes para que você as conheça
bem, e tome os cuidados necessários a fim de evitá-las, ou de evitar os danos que
elas podem causar a você.

São elas: Luz - - Clima - - Vias - -Trânsito - - Veículo - - Motorista

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“Direção Segura” é dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das ações
incorretas (erradas) dos outros e das condições adversas (contrárias), que
encontramos nas vias de trânsito.

Condições Adversas – Luz

Refere-se às condições de iluminação em determinado local; tanto pode ser


natural (sol) como artificial (elétrica).
O excesso de claridade pode provocar ofuscamentos e a sua falta pode ocasionar uma
visão inadequada ao ato de dirigir, podendo provocar, nos dois casos, condições
favoráveis a um acidente.
O excesso de luz solar, incidindo em nossos olhos, causa ofuscamento e isso
acontece com mais facilidade pela manhã e à tardinha, podendo ocorrer também
pelo reflexo da luz solar em objetos polidos, como latas, vidros, para-brisas, etc.

Para evitar o ofuscamento devemos proteger-nos usando a pala de proteção


(equipamento obrigatório) ou óculos de sol.

A falta de iluminação nas estradas, assim como os faróis com defeito, mal
regulados ou que não funcionam, causam situações de pouca visibilidade
(penumbra) que impedem o motorista de perceber situações de risco a tempo de
evitar danos maiores ao veículo e aos usuários da via, tais como: buracos na pista,
desvio, acostamento em desnível, ponte interditada, etc. ..

Dirija mais devagar, com atenção redobrada, regule corretamente os faróis e nunca
dirija com eles apagado ou com defeito.
Condições Adversas – Tempo

Algumas condições atmosféricas dificultam muito nossa visão na estrada,


prejudicando o correto uso do veículo no trânsito.
A chuva, o vento, o granizo, a neve, a neblina e até mesmo o calor excessivo,
diminuem muito a nossa capacidade de ver e avaliar as condições reais da estrada e
do veículo.
Além da dificuldade de vermos e sermos vistos, as condições adversas de tempo
causam problemas nas estradas como barro, areia, desmoronamento, tornando-as
mais lisas e perigosas, causando derrapagens e acidentes.

Reduza a marcha, acenda as luzes, e se o tempo estiver muito ruim, saia da estrada e
espere que as condições melhorem. Procure para isso um local adequado, sem
riscos, como um recanto, Posto rodoviário ou, ainda, posto de gasolina.

Também devemos considerar a condição de tempo/relógio. Se você tem um


horário a cumprir e sai em cima da hora de sua casa, certamente estará mais
preocupado com o seu horário do que com as situações de trânsito que vai
encontrar no percurso, e este é um fator que predispõe você a ser imprudente e
forçar sua passagem entre os veículos, aumentar a velocidade, ou desrespeitar a
sinalização, pondo em risco todos os usuários da via.

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Procure sempre sair mais cedo de casa, lembrando que nem sempre o
trânsito é tão tranquilo como você espera. Seja previdente.

Condições Adversas - Vias

Antes de iniciarmos um percurso devemos procurar informações sobre as condições


das ruas, das estradas que vamos usar, para planejarmos melhor nosso itinerário,
assim como o tempo de que vamos precisar para chegarmos ao destino desejado.

Procure informar-se das condições das ruas e das estradas com o guarda, pelo
rádio, ou com outros motoristas que a usem com frequência, e tome as
providências necessárias para a sua segurança no percurso

Conhecendo suas reais condições como: estado de conservação, largura,


acostamento, quantidade de veículos, etc. podemos nos preparar melhor para
aquilo que vamos enfrentar e tomar os cuidados indispensáveis à segurança e ao
uso de equipamentos que auxiliem no percurso, como por exemplo o uso de
correntes, nas estradas.

São muitas as condições adversas das vias de trânsito e listamos algumas paraque
você tenha ideia dos problemas que irá enfrentar:
 curvas;
 desvio;
 subidas e descidas;
 tipo de pavimentação;
 largura da pista;
 desníveis;
 acostamento;
 trechos escorregadios;
 buracos;
 obras na pista.
Verifique se os equipamentos de uso obrigatório para tais situações estão em
perfeitas condições de uso, assim como o bom funcionamento do veículo.

Condições Adversas - Trânsito

Aqui nos referimos à presença de outros elementos (pedestres, veículos, animais, etc.)
na via, e também a determinadas ocasiões (natal, carnaval, férias) que
interferem na quantidade de veículos em circulação nas vias.

Podem-se diferenciar duas situações de trânsito:

 Nas cidades (ruas)


O trânsito é mais intenso e mais lento, havendo maior número de veículos,
mas existe uma sinalização específica para controle do tráfego com
segurança.

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Em determinados locais (área central, área escolar, órgãos públicos) em que o
número de veículos é maior, e também em determinados horários (entrada
ou saída de trabalhadores e escolares) que chamamos de "rush", em que
aumentam as dificuldades de trânsito.
Se possível evite estes horários ou locais, faça uso do transporte coletivo, obedeça
toda a sinalização existente, redobre a atenção e cuidados ao dirigir.

 Em áreas rurais, nas estradas (áreas rurais)


Os níveis de velocidade são maiores (leito carroçável asfaltado), mas o
número de veículos geralmente é menor, o que predispõe o motorista a
exceder a velocidade permitida, aumentando também o risco de acidentes,
além de cometer infração de trânsito.
Em determinadas épocas (férias, feriadão, festas) o número de veículos
aumenta muito, causando congestionamento e outros tipos de problemas
com o trânsito.
Verifique as reais condições do seu veículo, abasteça-o de
combustível necessário ao percurso e mantenha a calma.

Em certos locais, as condições de trânsito mudam devido à presença de tratores,


carroças, animais, ônibus de excursão, caminhões de transporte, etc., tornando o
trânsito mais lento e mais difícil.
Há também a possibilidade de recuperação de vias, ou construções, situações que
causam sérios problemas ao deslocamento e dificultam o trânsito no local.

O bom motorista é cauteloso. Observa bem à sua frente, prevê situações de risco no
trânsito; evita situações difíceis, obedece às instruções recebidas no percurso e
sempre mantém a calma e a educação

Condições Adversas - Veículo

É um fator muito importante a ser considerado na ocorrência de acidentes,


sendo as condições do veículo responsáveis por um número enorme dos acidentes
ocorridos em trânsito, normalmente envolvendo outros veículos, pedestres, animais
e o patrimônio público.
Devemos sempre manter o veículo em condições de transitar e reagir
instantânea e eficientemente a todos os comandos necessários, pois: "não é
possível dirigir com segurança usando um veículo defeituoso".

Lembre-se: Um veículo em mau estado de conservação, além da possibilidade


de deixá-lo na mão, vai resultar numa penalidade prevista no Código.

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São muitas as condições adversas causadas por um veículo defeituoso; aqui
listaremos apenas os defeitos mais comuns que podem causar acidentes:

 pneus gastos;
 limpadores de para-brisa com defeito;
 freios desregulados;
 falta de buzina;
 lâmpadas queimadas;
 espelhos retrovisores deficientes;
 defeito nos equipamentos obrigatórios;
 cinto de segurança defeituoso.

Lembre-se: Revisões periódicas e completas mantêm seu veículo em boas


condições de uso, e pequenos cuidados diários garantem sua segurança no
trânsito e o cumprimento da legislação.

Condições Adversas - Motorista

Talvez seja essa a condição adversa mais perigosa, mas é também a mais fácil de ser
evitada, pois trata-se do estado em que o motorista se encontra física e
mentalmente no momento em que irá fazer uso do veículo em trânsito.

São várias as situações envolvendo o estado físico e mental do motorista (doenças


físicas, problemas emocionais) e podem ser momentâneas ou passageiras, mas
também definitivas (problemas físicos, corrigidos e adaptados ao uso do veículo).

Cabe ao motorista avaliar suas reais condições ao propor-se a dirigir um veículo, e ter
o bom senso necessário para evitar envolver-se em situação de risco.

Lembre-se: Dirigir quando sentir-se sem condições físicas ou emocionais, põe em


risco não só a sua vida, mas a de todos os usuários do trânsito.

Existem muitas condições adversas do motorista, sendo as mais comuns:


 Físicas
- fadiga;
- dirigir alcoolizado;
- sono;
- visão ou audição deficiente;
- perturbações físicas (dores ou doenças).
 Mentais
- estados emocionais (tristezas ou alegrias);
- preocupações;
- medo, insegurança, inabilidade.
Se sentir-se indisposto, cansado, com dores, procure auxílio médico e evite dirigir.
Se a perturbação for emocional, como morte na família, notícias ruins e/ou
problemas, consiga alguém para dirigir no seu lugar, faça uso do transporte coletivo

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ou táxi, é mais seguro para você e para os outros.

Fatores importantes para evitar acidentes


São comportamentos do motorista que ajudam a evitar ou a criar condições que
levem a acidentes. Os comportamentos corretos são sua maior garantia de chegar em
segurança ao seu destino.

Ingestão de substâncias tóxicas, álcool ou remédios

O consumo de algumas substâncias afeta o nosso estado físico e mental e nosso


modo de dirigir.
Alguns remédios usados, mesmo por recomendação médica, alteram nosso estado
geral, prejudicando nosso desempenho ao volante. Evite tomá-los, ou não dirigir
após o seu uso.

Todos os tipos de drogas são proibidos, principalmente o álcool, pois afetam o


nosso raciocínio lógico e o desempenho normal de nossas funções físicas e
mentais. Além disso, dirigir alcoolizado é infração gravíssima e acarreta várias
penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro.

O Álcool

Beber antes de dirigir ou dirigir depois de beber são as ações mais criminosas do
trânsito brasileiro. Ano a ano, 50% de todas as mortes em acidentes de trânsito são
provocadas pela ingestão de álcool. Isto significa que a ingestão de álcool é
responsável, no trânsito, pelo ferimento de 19.900 pessoas, e por mais de 26.000
mortes por ano.
O álcool na corrente sanguínea provoca o afrouxamento da percepção e o
retardamento dos reflexos. Dosagem excessiva conduz à perigosa diminuição da
percepção e à total lentidão dos reflexos, diminuindo a consciência do perigo. Todo
condutor em estado de embriaguez, mesmo leve, compromete gravemente sua
segurança, a dos demais usuários da via e a dos passageiros, que estão apostando
suas próprias vidas, 100% nas condições deste motorista. Testes realizados com
motoristas revelaram que o álcool:
 exige maior tempo de observação para avaliar as situações de trânsito, mesmo
as mais corriqueiras;
 torna difícil, quase impossível, sair-se bem de situações inesperadas, que
dependam de reações rápidas e precisas;
 leva o motorista a se fixar num único ponto, diminuindo sua capacidade de
desviar a atenção para outro fato relevante;
 limita a percepção a um menor número de fatos num determinado tempo.

Constatada a concentração de mais de 0,6 gramas de álcool por litro de


sangue, a infração é gravíssima, o valor da multa é de R$ 957,69 (900 UFIRs);;
o infrator perde o direito de dirigir e está sujeito a processo criminal, com pena de
detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, conforme o caso.

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Efeitos do Álcool no Organismo do Motorista

Peso da pessoa em kg
Bebida
45 63 81 99
1 copo de cerveja 0,5 0,4 0,3 0,2
1 cálice de vinho 0,4 0,3 0,2 0,2
½ d o s e d e b e b i d a d e s ti l a d a 0,5 0,4 0,2 0,2
(28ml)
2 copos de cerveja 0,8 0,6 0,5 0,5
2 cálices de vinho 0,6 0,5 0,4 0,3
1 dose de bebida destilada (56ml) 0,7 0,5 0,4 0,3
3 copos de cerveja 1,1 0,9 0,8 0,7
3 cálices de vinho 0,8 0,6 0,5 0,4
1 dose e ½ de bebida destilada 0,9 0,7 0,6 0,5
(84 ml)

Atenção

Consequências Risco de Acidentes


Até 0,2 g de álcool por litro de sangue não produz efeito aparente na maioria das
pessoas.
De 0,2 a 0,5 - sensação de tranquilidade, até 0,5g de álcool por litro de sedação;
reação mais lenta a estímulos sangue - aumenta duas vezes sonoros e visuais,
dificuldade de julgamento de distâncias e velocidade.
De 0,5 a 0,9-aumento do tempo de 0,5 a 0,9 - aumenta três vezes necessário à reação a
estímulos.
De 0,9 a 1,5 - redução da coordenação e de 0,9 a 1,5 - aumenta 10 vezes da
concentração; alteraçãodo comportamento.
De 1 ,5 a 3 ,0 - i n t o x i c a ç ã o , c o n f u s ã o de 1,5 a 2,0 - aumenta 20 vezes mental,
descoordenação geral, visão dupla, desorientação.
De 3,0 a 4,0 - inconsciência e coma. 5,0 - Morte

Aquaplanagem ou hidroplanagem
Refere-se à falta de contato dos pneus com a pista, chão ou pavimento e ocorre por
causa de pistas molhadas ou poças d'água, sendo sempre mais fácil de
acontecer se os pneus estiverem lisos ou o veículo em níveis maiores de velocidade.

Em determinadas situações forma-se uma camada de água sobre o pavimento e o


pneu do veículo roda sobre ela sem ter o atrito necessário para a estabilidade do
veículo.

Importante:
A falta de contato dos pneus com a pista (hidroplanagem) faz com que o veículo
derrape e o condutor perca o controle do veículo, podendo causar um acidente no
trânsito.
Para acontecer a hidroplanagem dos pneus basta haver uma combinação da
velocidade do veículo, o tipo de pista, da calibragem dos pneus, profundidade da

17
DIREÇÃO DEFENSIVA
água na pista e dos frisos dos pneus e a falta de atenção do motorista.

Em dias de chuva, reduza a velocidade, examine os frisos dos pneus, faça a


calibragem correta, fique atento quanto às condições da pista e não tente "lavar"
o seu veículo usando as poças de água - mantenha-se alerta.

Maneira de dirigir

A maneira incorreta de dirigir seu veículo é uma das grandes causas de acidentes nas
ruas ou estradas.
Porém, muitos motoristas "acham" que estão dirigindo direito por desconhecerem
comportamentos adequados e leis de trânsito que visam manter a segurança no
trânsito.

Além disso, existem procedimentos praticados por motoristas que põem em risco à
segurança do trânsito e dos usuários da via, além da sua e que são passíveis de
penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro.

Dirija com as duas mãos no volante, evite acender cigarros ou apanhar


objetos dentro do veículo em movimento, fazer movimentos ou manobras
bruscas, desviar a sua atenção do ato de dirigir, participar de brincadeiras. Fique
sempre atento.

Comportamento Perigoso no Trânsito

Além de tudo que você já aprendeu para evitar acidentes, ainda existem alguns
comportamentos que são causadores de situações perigosas ao dirigir seu veículo
pelas vias.

Se você os conhecer e evitá-los, certamente estará diminuindo os riscos de se


envolver em acidentes ou pôr em perigo seu veículo e os outros usuários que
transitam pelas vias, mostrando que você é um motorista defensivo.

Manobra de marcha à ré

Por ser considerada manobra perigosa, você deve evitá-la sempre que possível e
nunca a realizar sem adorar medidas de segurança numa via, por onde circulam
veículos e pedestres.

Ela serve apenas para pequenas distâncias e para manobras como entrada e saída de
garagem, estacionamento, não sendo permitido usá-la para locomover-se de um a
outro local nas vias públicas.

Para evitar riscos, jamais dê marcha à ré em esquinas, pois sua visão da área
estará prejudicada. Use sempre os retornos.

Prevenção de Acidentes

18
DIREÇÃO DEFENSIVA

Ver, pensar e agir com conhecimento, rapidez e responsabilidade, são os


princípios básicos de qualquer método de prevenção de acidentes.
Existem procedimentos que, quando praticados conscientemente, ajudam a prevenir
ou evitar acidentes. Podemos chamar estes procedimentos de Método Básico na
Prevenção de Acidentes e podemos aplicá-los em qualquer atividade, no dia-a-dia,
que envolva riscos.
Podemos aplicá-los, também, no ato de dirigir, desde que conheçamos os fatores que
mais levam à ocorrência de um acidente.
Além de conhecer estes fatores, você deve estar preparado, em todos os momentos,
para atitudes que ajudem nesta prevenção.

Tipos de Colisão

Colisão com o veículo da frente

É aquela em que você bate no veículo que está à sua frente e diz "infelizmente não
foi possível evitar", por ele ter parado bruscamente ou não ter sinalizado que iria
parar.

Sugestões para evitar este tipo de acidente:

 Esteja atento
Nunca desvie a atenção do que está acontecendo a sua volta e observe os
sinais do motorista da frente, tais como luz, seta, pisca-pisca, braços, etc., pois
indicam o que ele pretende fazer.
 Controle a situação
Procure ver além do veículo da frente para identificar situações que podem
obrigá-lo a manobras bruscas, sem sinalizar. Verifique a distância e
deslocamento do veículo de trás e ao seu lado para poder tomar a decisão
mais adequada numa emergência.
 Mantenha distância
Se isto não for observado, poderá resultar em multa. Mas o pior é que, se você
não estiver longe o suficiente, irá bater no veículo da frente.
Lembre-se que com chuva ou pista escorregadia esta distância deve ser maior
que em condições normais.
 Comece a parar antes
Se necessário pise no freio imediatamente ao avistar algum tipo de perigo, mas
pise aos poucos, evitando parar bruscamente, dando tempo ao motorista que
vem atrás.

O motorista defensivo evitaria facilmente este tipo de acidente, utilizando- se


corretamente das distâncias recomendadas e evitando dirigir muito próximo do
veículo da frente.

Colisão com o veículo de trás

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DIREÇÃO DEFENSIVA
As colisões na traseira são motivadas, na maioria das vezes, por motoristas que
dirigem "colados" e nem sempre é possível escapar dessa situação, principalmente
numa emergência.
Também não adianta o fato de que "quem bate na traseira é legalmente culpado", pois
isso pode ocasionar sérios danos ao motorista e passageiros do veículo atingido,
não estando descartada a possibilidade de mortes.
A primeira atitude do motorista defensivo é livrar-se desse motorista que o
segue a curta distância, reduzindo a velocidade ou deslocando-se para outra faixa
de trânsito, levando-o a ultrapassá-lo com segurança.
Outras sugestões, de Direção Segura, para livrar-se de situações de perigo:
 Planeje o que fazer
Não fique indeciso quanto ao percurso, entradas ou saídas que irá usar.
Planeje antes o seu trajeto para não confundir o veículo que vem atrás com
manobras bruscas.
 Sinalize suas atitudes
Informe através de sinalização correta e dentro do tempo necessário o que
você pretende fazer, para que os outros motoristas também possam planejar
suas atitudes. Certifique-se de que todos entenderam e viram sua sinalização.
 Pare aos poucos
Alguns motoristas só lembram de frear após o cruzamento onde deveriam
entrar. Isto é muito perigoso, pois obriga os outros motoristas a frear
bruscamente e nem sempre é possível evitar a colisão.
 Livre-se dos colados à sua traseira
Use o princípio da cortesia e favoreça a ultrapassagem dos "apressadinhos",
mantendo sempre as distâncias recomendadas para sua segurança.

Se você parar bruscamente, mudar de faixa de trânsito ou não sinalizar suas


intenções, poderá causar um acidente grave.

Colisão frente a frente

É um dos piores tipos de acidente, pois em poucos segundos os veículos se


transformam em ferro torcido, envolvendo os motoristas e ocupantes de tal
maneira que raramente escapam com vida.

Vários são os fatores que ocasionam este tipo de acidente e quase todos eles são o
descumprimento das leis de trânsito ou de normas de direção segura.
Ingestão de bebida alcoólica, excesso de velocidade, dormir no volante, problemas
com o veículo ou distração do motorista são apenas alguns desses fatores.

Veja algumas sugestões para evitá-las:

 Evite as ultrapassagens perigosas


Em locais de pouca visibilidade, nas curvas, locais proibidos por sinalização,
verificando sempre se o tempo e o espaço de que você dispõe são suficientes
para realizar a ultrapassagem com segurança.
 Cuidado com as curvas

2
0
DIREÇÃO DEFENSIVA
Vários fatores como: velocidade, tipo de pavimento, ângulo da curva,
condições do veículo e motorista são fatores que podem determinar a saída do
seu veículo da sua faixa de direção, indo chocar-se com quem vem no sentido
contrário, causando um acidente grave. Nas curvas reduza sempre a
velocidade e mantenha-se atento.
 Atenção nos cruzamentos
Estes acidentes ocorrem nas manobras de virar à direita ou esquerda, não
observar o semáforo ou a preferência de passagem no local, assim como a
travessia de pedestres. Espere com calma e só realize a manobra nos locais
permitidos e com segurança.

Na maioria destes acidentes, por força do impacto, o motorista ou


passageiros podem ser projetados para fora do veículo, através do para- brisa ou
portas do veículo. Isso não ocorre se eles estiverem usando o cinto de segurança.

Outros tipos de colisões

Existem ainda vários tipos de colisão que envolvem dois ou mais veículos, porém em
todos os tipos de colisão existem fatores determinantes mais comuns de
ocorrerem e que podem ser evitados se você for um motorista defensivo. São eles:
 falta de visibilidade;
 desconhecimento de preferenciais;
 manobras não sinalizadas;
 trânsito de pedestres no local;
 desobediência às leis de trânsito e à sinalização.

O motorista defensivo é sempre capaz de evitar acidentes, apesar dos erros


cometidos por outros motoristas que não conhecem ou não cumprem as leis.

Não importa de quem á a culpa ou quem não cumpriu a lei. O motorista defensivo
procura sempre diminuir os riscos de envolver-se em acidentes

Importante:
É importante saber que prestar socorro é providenciar atendimento ou remoção do
ferido da forma mais rápida e segura possível, dentro das normas de Primeiros
Socorros.

Comportamentos Seguros no Trânsito

Como você viu, existem vários tipos de colisão que podem acontecer com o seu
veículo, e os comportamentos perigosos dos motoristas nas vias também são bem
variados, mas o fator mais comum nos acidentes é não ter conseguido desviar ou
parar a tempo o seu veículo, evitando a colisão.

Como parar

Você, motorista defensivo, deve conhecer os tipos de paradas do veículo, tempo e

21
DIREÇÃO DEFENSIVA
distância necessários para cada uma delas.
 Distância de seguimento
É aquela que você deve manter entre o seu veículo e o que vai à frente, de
forma que você possa parar, mesmo numa emergência, sem colidir com a
traseira do outro.
 Distância de reação
É aquela que seu veículo percorre, desde o momento que você vê a situação
de perigo, até o momento em que pisa no freio. Ou seja, desde o momento em
que o motorista tirar o pé do acelerador até colocá-lo no freio.
 Distância de frenagem
É aquela que o veículo percorre depois de você pisar no freio até o momento
total da parada. Você sabe que o seu veículo não para imediatamente, não é
mesmo?
 Distância de parada
É aquela que o seu veículo percorre desde o momento em que você vê o
perigo e decide parar até a parada total do seu veículo, ficando a uma distância
segura do outro veículo, pedestre, ou qualquer objeto na via.
Importante:
Você deve ter percebido que a distância de parada é a soma da distância da
reação mais a distância de frenagem e, portanto, a distância de seguimento deve ser
maior que as duas juntas, para evitar a colisão com o veículo da frente.

Distância Segura
Para você saber se está a uma distância segura dos outros veículos, vai depender do
tempo, sol ou chuva, da velocidade, das condições da via, dos pneus e do freio do
carro, da visibilidade e da sua capacidade de reagir rapidamente.
Porém, para manter uma distância segura entre os veículos nas rodovias, sem a
utilização de cálculos, fórmulas ou tabelas, vamos lhe ensinar a usar "o ponto de
referência fixo"
 Observe a estrada à sua frente e escolha um ponto fixo de referência (à
margem) como uma árvore, placa, poste, casa etc.
 Quando o veículo que está à sua frente passar por este ponto, comece a
contar pausadamente: cinquenta e um, cinquenta e dois. (mais ou
menos dois segundos), com chuva vezes dois (quatro segundos).
 Se o seu veículo passar pelo ponto de referência após você ter falado as seis
palavras, significa que a sua distância, é segura.
 Se você passar pelo ponto de referência antes de contar (cinquenta e um e
cinquenta e dois), deve aumentar a distância, diminuindo a velocidade, para
ficar em segurança.
 Este procedimento ajuda você a manter-se longe o suficiente dos outros
veículos em trânsito, possibilitando fazer manobras de emergência ou
paradas bruscas necessárias sem o perigo de uma colisão.
Atenção:
Esta contagem só é válida para veículos pequemos (até 6 metros) e na velocidade
compatível com a via e em condições normais de veículo e estrada.

2
2
DIREÇÃO DEFENSIVA

2
3
Cinto de Segurança

O salva-vidas terrestre
O cinto de segurança é um dispositivo simples
que serve para
proteger sua vida e
diminuir as
consequências dos
acidentes. Ele impede,
em casos de colisão,
que seu corpo se
choque contra o
volante, painel e para-
brisas, ou que seja projetado para fora do carro.
Em uma colisão de veículos a apenas 40km/h, o motorista pode ser atirado
violentamente contra o para-brisa ou arremessado para fora do carro. Alguns
motoristas pensam que podem amortecer o choque segurando firmemente no
volante. Isto é ilusório, porque a força dos braços só é eficaz a uma velocidade de
até 10 km/h.

Em caso de colisão, tombamento ou capotamento, primeiro o veículo bate num


obstáculo, e, em seguida, os passageiros são projetados contra o painel, o para-
brisas, ou uns contra os outros. O cinto evita esta segunda colisão, segurando e
mantendo motorista e passageiros no banco. O acidente gera uma carga que é
uniformemente distribuída ao longo de toda a área de contato do cinto sobre o
corpo humano. Estas áreas são os nossos pontos mais fortes. O próprio cinto
absorve parte do impacto.
É importante sentar-se corretamente no banco e com a coluna bem reta. O cinto
abdominal deve ser colocado na região dos quadris e não na barriga. O cinto
diagonal deve passar pelo ombro. O cinto não deve estar torcido nem com folgas. Um
dos principais argumentos das pessoas que preferem discursar e correr riscos a
adquirir o hábito de usar o cinto de segurança é o de que "cintos podem machucar e
provocar lesões".

Na realidade, a análise dos raros casos em que o cinto de segurança ocasionou


algum tipo de trauma concluiu que, na imensa maioria das vezes:

 o choque fora tão violento que os danos seriam maiores sem o cinto de
segurança ou
 houve uso inadequado do cinto.

Portanto, use o cinto adequadamente


Atualmente são usados três tipos de cinto:

 Cinto pélvico - aquele que prende à cintura


 Cinto torácico - aquele que prende ao peito
 Cinto de três pontos - aquele que prende ao peito e ao quadril ao mesmo

2
4
tempo

O cinto de três pontos é o que dá mais proteção ao motorista, impedindo que ele seja
jogado para fora do veículo, ou mesmo contra o painel ou partes contundentes
do veículo, que causam muitas vezes danos físicos, graves ou a morte.
O cinto é de uso obrigatório para os ocupantes na parte da frente dos veículos, e a
partir de primeiro de janeiro de 1999 para todos os passageiros (conforme
resolução do CONTRAN) e quem não usar fica sujeito à penalidade prevista no
Código. No banco de trás (até 1º de janeiro de 1999) pode ser usado o pélvico ou o
torácico, sendo um para cada pessoa, mesmo as crianças.
Nos veículos de transporte de escolares, tem que haver o cinto para cada
ocupante e deve ser corretamente usado.
É importante lembrar que além de obrigatório, o cinto faz parte da sua
segurança e usá-lo em todas as ocasiões é sua obrigação e só depende de seu uso
constante para formar o hábito.

Você sabia que ...

 Para um carro, bater num objeto fixo a uma velocidade de 60km/h, equivale a
cair de um prédio de 4 andares (numa altura de aproximadamente 14
metros)?

 Se a velocidade for de 80km/h, o impacto equivale ao de uma queda livre de


25 metros?

 Uma pessoa adulta só consegue suportar um peso que seja, no máximo, 3


vezes superior ao seu próprio peso?

 Mesmo que o veículo esteja numa velocidade de 20km/h, o impacto sob um


objeto fixo resulta numa força superior a até 15 vezes ao peso da pessoa?

Daí resultam os graves ferimentos, que em muitos casos, podem ser fatais.

 Quando dois veículos a 25km/h se chocam, as velocidades somam-se,


resultando num impacto correspondente a 50km/h?

 40% das mortes em acidentes são causadas por choque contra o para- brisa, o
marco do para-brisa ou o painel de instrumentos?

 30% das lesões fatais em colisões foram causadas porque a vítima bateu
contra o volante?

 Uma em cada 5 lesões aconteceu porque pessoas dentro do veículo bateram-


se umas contra as outras?

 8 em cada 10 pessoas que não usavam o cinto de segurança morreram em


acidentes com pelo menos um dos veículos a menos de 20 km/h?

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 Os cintos de segurança são desenvolvidos tendo por base o indivíduo adulto?
Por isto, não devem ser usados por crianças com menos de 1,40m de altura. A
correta utilização do cinto de segurança por crianças, grávidas e bebês é
diversa da forma com que os demais passageiros o utilizam:

Dirigindo em autoestradas

Muitos acreditam que dirigir em estradas (rodovias, autoestradas) é melhor e mais


fácil que dirigir nas cidades, por não haver trânsito contínuo de veículos, pedestres
e toda a sinalização que regulamenta o trânsito.
Porém, justamente a falta de determinados tipos de sinalização, que é
desnecessária nas rodovias, leva a comportamentos bem diferentes das áreas
urbanas e que se transformam em grandes causadores de acidentes, reforçados por
atitudes erradas e desatentas de motoristas irresponsáveis, que pretendem burlar as
leis de trânsito, pondo em risco a sua vida e a dos demais usuários das vias.
Por isso listaremos algumas sugestões para você motorista, que pratica a Direção
Segura, conhecer. e usar nas rodovias, dirigindo com segurança e tranquilidade:

 Faça revisão no seu veículo, antes de iniciar a viagem, verificando todos os


equipamentos obrigatórios, o estado do motor e do veículo e não esqueça de
encher o tanque de combustível.
 Verifique, no guia rodoviário, o trajeto que irá fazer, informe-se sobre os
locais de serviços mecânicos, postos de gasolina, hotéis, restaurantes, Polícia
Rodoviária, atendimento médico de emergência, enfim, tudo que possa
precisar.
 Para entrar nas rodovias de maior velocidade, lembre-se de que você seja
parte integrante do trânsito, deslocando-se de maneira coerente com as
condições locais e o fluxo de veículos.
 Mantenha-se no ritmo da maioria, procurando nunca frear bruscamente, não
parar sobre a pista, não dar marcha à ré e não fazer manobras na pista. Se
perder uma saída ou retorno, siga até a próxima. É mais seguro.
 Observe e obedeça à sinalização, preste atenção a tudo, pois você não terá
tempo de pensar duas vezes. Por isso, mantenha-se bem distante do veículo
da frente para evitar colisões.
 Cuidado com a fadiga e o sono, pois você não percebe quando começa a
dormir ao volante e a fadiga tira de você as condições de reagir prontamente
em caso de emergência.
 Ao dirigir nas autoestradas, principalmente à noite, a tentação é maior para
exceder a velocidade além da permitida, tornando bem mais difícil qualquer
manobra que você tenha que fazer, ou sua parada numa emergência, além de
impedir a sua visão de obstáculos ou problemas na via.
 Ao entrar ou sair das rodovias, diminua a marcha na pista de desaceleração
ou em local indicado, e aguarde o momento certo, pois estas manobras são
muito perigosas por causa das velocidades mais altas.
 Cuidado com os dias de chuva, pois as pistas tornam-se escorregadias, sujeitas

2
6
as derrapagens, o tempo e o espaço para parar são maiores, e todas as
manobras tornam-se mais difíceis e perigosas com a chuva. Diminua a
velocidade.
 Quando for ultrapassar, ou mudar de faixa use as setas, olhe pelos
retrovisores, olhe de novo, e só comece a ultrapassagem com segurança.
Após ultrapassar, espere até ver no seu retrovisor o veículo que ultrapassou,
para sinalizar e voltar à faixa de origem.

“Direção Segura” é dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das ações


incorretas (erradas) dos outros e das condições adversas (contrárias), que
encontramos nas vias de trânsito.

Direção Segura
Deveres do Motorista Defensivo
 Conhecer as leis e a sinalização de trânsito e obedecê-las sempre, em
qualquer local e horário.
 Usar sempre o cinto de segurança e os
demaisequipamentos obrigatórios (em boas condições de uso).
 Conhecer o automóvel que está dirigindo e saber usá-lo corretamente
(consulte o manual do proprietário).
 Manter o automóvel sempre em boas condições de funcionamento e
abastecido de combustível (óleo, água).
 Prever situações inesperadas, ficar atento e ser capaz de evitar acidentes
(situações perigosas).
 Ser capaz de tomar decisões corretas com rapidez nas situações de perigo e
executá-las.
 Nunca aceite desafios e provocações de motoristas irresponsáveis; deixe os
"apressadinhos" passarem.
 Não dirigir cansado ou com sono, sob o efeito do álcool, drogas, remédios ou
qualquer substância tóxica.
 Não confie apenas na sua habilidade; os instrumentos do painel do veículo
ajudam a tomar as decisões certas.
 Procure ver tudo que está acontecendo à sua volta e certifique-se de que
todos estão vendo o seu veículo e a sinalização que estiver usando, de forma
correta.
"Direção Segura" é dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das ações
incorretas (erradas) dos outros e das condições adversas (contrárias), que
encontramos nas vias de trânsito.

A "Direção Segura" é indispensável no aperfeiçoamento de motoristas. Trata-


se de uma forma de praticar, no uso de seu veículo, uma maneira de dirigir mais
segura, reduzindo a possibilidade de ser envolvido em acidentes de trânsito, apesar
das condições adversas.

ASPECTOS LEGAIS

A – Legislação Penal Introdução

2
7
Quando ocorre alguma anormalidade em nosso cotidiano bater o carro, por exemplo,
geralmente procuramos um advogado, ou acionamos a seguradora para nos
defender, sendo culpados ou não de nossos atos. É um procedimento normal e
correto, mas, na maioria das vezes, não sabemos o que a lei determina.

O Código Penal prevê:

1– Crime

1.1. Conceito

A legislação define: Crime é resultado de toda ação ou omissão, prevista em lei,


punível com a pena de reclusão ou detenção

Vejamos os exemplos:

a) O condutor atropelou o pedestre, matando-o

Neste caso, o condutor cometeu um crime. Foi o resultado de uma ação


praticada, considerada crime.

b) O condutor não socorre as vítimas de um acidente de trânsito.

Neste caso, houve a omissão de socorro, considerada, por lei, como um crime.

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2– Crime Doloso e Crime Culposo.

Podemos classificar o crime em:

2.1. – Crime Doloso

O crime doloso ocorre quando existe a intenção, a vontade de


praticar o crime. O agente queria justamente aquele resultado. É o
crime praticado “POR QUERER”

Exemplo:

“Ele” detesta motocicleta. Quando estava dirigindo seu veículo, um motociclista


tenta ultrapassá-lo pela direita. Percebendo sua intenção, “Ele” desloca seu
carro para a direita, fechando a passagem e, em consequência, provoca um
acidente com lesões na motocicleta.

Note que “Ele” tinha a intenção, a vontade de praticar o crime. Portanto, pode-se
caracterizar como um Crime Doloso.

2.2 – Crime Culposo

O crime culposo ocorre quando o agente o cometeu por qualquer razão


independente de sua vontade, isto é, não tinha a intenção de alcançar esse resultado. É
o crime praticado “SEM QUERER”.

Vamos a um exemplo:

“Ele”, ao avistar um cachorro cruzando a avenida, freia bruscamente eu veículo. Em


consequência disso, um veículo, que vinha logo atrás, colide com a traseira de seu
carro. Em virtude do choque, o condutor do veículo bate a cabeça no para- brisa
ferindo-se.

2
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Veja que “Ele” não tinha a intenção de provocar o acidente para ferir o condutor. No
entanto, houve um crime, nesse caso, culposo.

Em todo crime há, obrigatoriamente, DOLO OU CULPA.

O crime culposo pode ocorrer por:

Imprudência: a prática de ato perigoso ou agir sem moderação.

Exemplo: Em c o n se q u ê n c i a d e e x c e d e r a v e l o c i d a d e p e r m i ti d a n o l o c a l , o
condutor atropela um pedestre, matando-o

Negligência: A falta de precaução.


Exemplo: Ao acender o cigarro, o condutor não presta atenção no veículo que
está cruzando em sua frente. A “batida” é inevitável, ocasionando ferimentos nos
passageiros do veículo da frente.

Imperícia: A falta de aptidão técnica, teórica ou prática (inexperiência, inabilidade,


incapacidade, inaptidão, etc.).

Exemplo: O condutor que “tenta” dirigir um ônibus. Por sua inexperiência e por não
possuir habilitação para isso,” b a t e ” o ônibus em um poste, ferindo os
passageiros.

Esses três fatores podem ocorrer isoladamente, dois a dois, ou ainda, os três ao
mesmo tempo.

Omissão de Socorro

De acordo com o código Penal, omissão de socorro significa:

“Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem pessoal, à criança


abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em
grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos o socorro da autoridade
pública”.

Pena: - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir

3
0
elemento de crime mais grave.

Note que a Omissão de Socorro só é punível quando for possível prestar a


assistência ou pedir o socorro sem risco pessoal.

Exemplo: “Ele” presencia um acidente de trânsito numa rodovia.


Percebe que existem pessoas, ainda com vida, no interior do veículo. “Porém, para
evitar complicações com a polícia, não socorre as vítimas, pois não foi ele o
causador do acidente”.

Embriagues

Pena: detenção de seis meses a três anos, multas e suspensão ou proibição de se


obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

Exemplo: O motorista, estava dirigindo em estado de embriagues, causando


pânico aos pedestres.

Outros exemplos:

- Falta de habilitação para dirigir veículos;

- Direção perigosa de veículo na via pública.

5- CRIMES DE TRÂNSITO
Agora que você já sabe o que é crime e como ele se classifica, relataremos
alguns artigos do Código de Trânsito Brasileiro relacionados com os aspectos
penais:

"Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste
Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código do Processo
Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso. Bem como a Lei n. o 9.099, de
26 de setembro de 1995, no que couber.

"Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a


habilitação, para dirigir veículo automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos.”

"Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de

31
trânsito ter o condutor do veículo cometido a infração:
I com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave
dano patrimonial a terceiros
II - Utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
III sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
IV - Com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da
do veículo;
V- Quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte
de passageiros ou de cargas;
VI - Utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou
características que afetem a sua segurança ou o seu. Funcionamento de acordo com
os limites de velocidade prescritos nas especificações do fabricante;
VII sobre faixa de trânsito temporária ou permanente destinada a pedestres. l'

"Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que


resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se
prestar pronto e integral socorro àquela. II

“Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:


Penas detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único: No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a
pena é aumentada de um terço à metade, se o agente:
I - Não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
II - Praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III - Deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima
do pedestre;
IV .no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de
transporte de passageiros. "

“Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:


Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

“Parágrafo único: Aumenta-se a pena de um terço à metade, se ocorrer qualquer das


hipóteses do parágrafo anterior.”

"Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar


imediato socorro à vítima, ou não podendo fazê-lo -, por justa causa, deixar de
solicitar auxilio da autoridade pública:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não
constituir elemento de crime mais grave.

I Parágrafo único. “Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do


veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de
vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves.”

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“Art. 305”. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à
responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída.
Pena - detenção, de seis meses a um ano, ou multa."

"Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, sob a influência de álcool ou
substancia de efeitos análogos, expondo a dano policial à incolumidade de
outrem:
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se
obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. "

“Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a


habilitação para dirigir veículo automotor imposta com fundamento neste Código:
Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional de
idêntico prazo de suspensão ou de proibição.
Parágrafo único. “Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no
prazo estabelecido no parágrafo 10 do art. 293 (48 horas), a Permissão para Dirigir ou
a Carteira de Habilitação.”

“Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida,


disputa ou competição automobilística não autorizado pela autoridade competente,
desde que resulte dano potencial à incolumidade pública ou privada:
“Penas - detenção, de seis meses a dois anos, multa e suspensão ou proibição de se
obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.”

“Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para
Dirigir ou Habilitação. Ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:
Penas -detenção, de seis meses a um ano, ou multa."

"Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não
habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou ainda, a
quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em
condições de conduzi-lo com segurança: Penas - detenção, de seis meses a um
ano, ou multa.”

"Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas


proximidades de escolas hospitais, estações de embarque e desembarque de
passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou
concentração de pessoas, gerando perigo de dano:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa."

"Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com


vítima, na pendência do respectivo processo policial preparatório, inquérito policial
ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a
erro o agente policial. o perito, ou juiz:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Parágrafo único: Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados,
quando da inovação, o procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos

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quais se refere.

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TRANSPORTE

Dicas para transporte de pessoas e volumes

O transporte de pessoas e volumes em veículos deve obedecer às normas do


Código de Trânsito Brasileiro.
Atenção especial aos tópicos abaixo:
 Distribuição adequada e imobilização das cargas, a fim de evitar que se
desloquem e que seja obedecido o preceito legal de peso máximo permitido
por eixo;
 Proibição formal e fiscalização rigorosa para evitar que as pessoas subam ou
desçam de veículos em movimento ou viagem sobre as carrocerias;
 Responsabilidade do condutor pelo bom estado do veículo;
 O transporte de ferramentas e equipamentos deverá ser feito em
compartimento separado dos passageiros por uma barreira física (grade, rede,
tampão, etc.).

Dicas para transporte de materiais ou equipamentos

 Acomodar todo material ou equipamento de forma a não se deslocar quando


o veículo estiver em movimento;
 Observar o centro de gravidade de todo material;
 Acondicionar os equipamentos nos veículos para que não haja possibilidade
de tombamento dos mesmos.

MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

As empilhadeiras e guindautos têm considerável parti cipação no índice de


acidentes, inclusive quanto à gravidade, seja de lesão ou grandes perdas.

Nossa vida, assim como a de nossos companheiros, depende muito da maneira


como realizamos nosso trabalho.

A NR – 11 (Transporte, Movimentação, armazenagem e manuseio de Materiais)


regulamentam as normas de Segurança para operação de Elevadores, Guindastes,
transportadores industriais e Máquinas Transportadoras.

Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como elevadores de


carga, guindastes, pontes rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras rolantes,
serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de
resistência e segurança, e conservados em perfeitas condições de trabalho.

Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e
ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as
suas partes defeituosas.

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Dicas de segurança

a) A movimentação de cargas deve ser feita com o máximo de cuidado e atenção,


devendo para isso planejar o itinerário, o dimensionamento de pessoas, máquinas e
acessórios necessários;
b) O transporte de peças longas deverá ser feito na horizontal, por no mínimo 2
pessoas, e uma terceira pessoa para orientar as que estiverem transportando;
c) O transporte de peças pesadas, tais como transformadores ou disjuntores,
deverá ser previamente planejado e executado com equipamento adequado;
d) A carga e descarga de tambores com óleo devem ser feitas com guindauto e
dispositivos apropriados e adequados, atendendo as normas ambientais vigentes;
e) O deslocamento de tambores dentro da subestação deverá ser feito sobre
superfícies planas e, quando a superfície for irregular, devem ser utilizadas pranchas;
f) Quando do transporte e movimentação de disjuntor, transformador de
potencial, transformador de corrente e para-raios, especial atenção deve ser dada ao
seu travamento, suas embalagens e a altura máxima disponível para sua
movimentação;
g) Quando de transporte de cargas perigosas efetuar de acordo com a legislação
vigente e por profissional devidamente capacitado, habilitado e autorizado.

EQUIPAMENTOS OPERACIONAIS

Dicas de segurança

BROCA GUINCHO
 Inspecionar a broca guincho antes de utilizá-la, preencher checa lista adotado
pela Empresa.
 Não tocar no veículo quando da execução de serviços próximos à rede
energizada.
 Permanecer fora do alcance da carga ou braço do guincho e certificar-se de
que ninguém esteja próximo ao local onde serão apoiadas as sapatas.
 Enrolar e/ou desenrolar o cabo de aço do guincho somente quando o mesmo
estiver devidamente tracionado.
 Observar rigorosamente as posições das alavancas de controle e dos freios,
assim como as rotações indicadas no “Manual de Operação” do mesmo.
 Utilizar a broca guincho para arrancar poste somente quando estiver
previamente solto pelo saca-poste.
 Implantar ou retirar postes de ferro somente com a rede desenergizada.
 Utilizar o gancho no cabo de aço, ao levantar o poste, abraçando o mesmo um
palmo acima da placa que indica o centro de gravidade.
 Ficar sempre de frente para a direção na qual se dirige a carga ou braço do
guincho.
 Manter a carga ou braço do guincho fora das vias de tráfego e, caso seja
necessário, sinalizar a área de.
 Executar tarefas somente com o auxílio dos ajudantes para orientar a
trajetória dos objetos em suspensão.

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 Obedecer à capacidade de operação, conforme normas específicas do veículo.
 Utilizar os EPIs, luva, bota, óculos, capacete.

CESTA AÉREA

 Inspecionar a cesta aérea antes de utilizá-la, preencher checa lista, quando


adotado pela Empresa.
 Permanecer fora da caçamba, quando o caminhão estiver em movimento.
 Atentar para a altura dos obstáculos durante o deslocamento do veículo,
sendo que o braço da cesta deve estar totalmente arriado e preso à cinta.
 Não trabalhar dois empregados simultaneamente (quando da utilização de
cestas duplas), em fases diferentes ou pontos da estrutura e fase quando a
rede estiver energizada.
 Evitar que a caçamba se encoste a qualquer equipamento, energizado ou não.
 Isolar os condutores, mensageiros, tirantes, etc. quando da execução de
trabalhos na rede primária energizada.
 Utilizar somente para finalidade adequada.
 Manter distância mínima de 20cm das estruturas.
 Não tocar no veículo quando o braço estiver perto de redes energizadas, pois
o caminhão pode estar energizado.
 Certificar-se de que não há ninguém próximo ao local onde serão apoiadas as
sapatas.
 Posicionar-se de frente para o sentido que se dirige a cesta.
 Evitar a permanência de pessoas sob a lança e a caçamba.
 Manter os “braços” da cesta fora das vias de tráfego, e caso seja necessário,
sinalizar a área de trabalho.
 Permanecer somente um único empregado em cada caçamba.
 Proteger a caçamba e o braço com as capas apropriadas quando em trânsito
ou nos serviços em redes desenergizadas.
 Executar as tarefas com o auxílio de um ajudante treinado para atuar em caso
de emergência.
 Utilizar bota, capacete, óculos, cinturão de segurança, luvas de proteção,
etc.

GUINDAUTO

 Inspecionar o guindauto antes de utilizá-lo.


 Permanecer fora do alcance da carga ou do braço do guindauto.
 Executar as tarefas com o auxílio de ajudantes para orientar a trajetória dos
objetos em suspensão.
 Instalar ou retirar equipamentos utilizando-se o guindauto, sem exceder o
peso estipulado.
 Não utilizar o guindauto para implantar ou retirar postes com a rede
energizada.
 Para se transportar postes, as carrocerias dos veículos devem possuir mala
para proteção da cabina e berço de apoio.
 Utilizar capacete, óculos, luvas de couro e botina de segurança.

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EMBARCAÇÕES

Algumas empresas utilizam embarcações próprias ou fretadas de terceiros, para


transporte de seus ocupantes e equipamentos, estas embarcações deverão ser
adequadas às condições do meio onde se deslocam.

Não será permitido em hipótese alguma, o transporte de peso além daquele


recomendado pelo fabricante.

O excesso de peso instalado, além da capacidade recomendada pelo fabricante,


limita a dirigibilidade e a flutuabilidade da embarcação. A evidência de uma ou mais
destas condições deverá ser considerada como um grande fator de risco,
possibilitando a ocorrência de acidente.

As embarcações deverão ser compatíveis com o tipo de trabalho as quais foram


especificadas, navegando dentro de condições meteorológicas previsíveis, além de
estarem portando os equipamentos obrigatórios exigidos por lei.

Da mesma forma, os materiais transportados deverão estar contidos dentro dos


limites da embarcação, sendo proibido o reboque de poste ou outro material
dentro d’água, que não possa ser amplamente sinalizado.

Para facilitar a contratação de embarcações terceirizadas, durante falta de


embarcação própria da Empresa, recomenda-se manter, um cadastro atualizado das
empresas que fretam embarcações.

Proceder inspeção prévia, verificar as condições de segurança, capacidade de


carga, condição do motor e do casco destas embarcações, assim como, a data de
validade das habilitações de seus respectivos condutores.

Observações de ordem operacional

Toda embarcação deverá possuir em seu interior, um mínimo de 30 metros de cabo


para âncora, confeccionado em nylon (poliamida) com 10 a 12 mm de espessura;

O tipo e o peso da âncora deverão ser compatíveis com a embarcação; Verificar


diariamente:
 Se os equipamentos de navegação estão funcionando;
 Se os equipamentos de radiocomunicações estão operando normalmente;
 Se a sua embarcação está dotada com os equipamentos de salva agem e
segurança compatível com a sangradura que irá empreender;
 Se o material de combate a incêndio está em bom estado e dentro da
validade
 Se os artefatos pirotécnicos estão dentro da validade;
 Se a sua embarcação possui as publicações e cartas náuticas das regiões onde
pretende navegar;

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 o funcionamento da bomba de porão e o seu dispositivo automático de
acionamento, eles garantem a flutuação do barco;
 Tanque de combustível vazando;
 Hélice defeituosa e com vibração;
 Rebite solto e/ou furo no casco;
 Falhas no motor.

Gasolina temperada com óleo 2 tempos (possui uma vida útil de até 20 dias, após este
prazo, substituí-la).

Ferramentas e equipamentos de precisão sensíveis à maresia, que são utilizadas na


manutenção das redes elétricas, tais como Load Buster, detector de tensão, medidor
de energia e outros, deverão ser acondicionados em compartimentos
hermeticamente fechados.

Exames médicos para condutores de embarcações

Todo profissional que conduz embarcação deverá apresentar Atestado de Saúde


Ocupacional (ASO) compatível com as atividades desenvolvidas na sua área. A
avaliação do estado de saúde do eletricista “marinheiro” deverá ser realizada
periodicamente pela área de Saúde e Medicina Ocupacional.

Transporte em embarcações

 A operação de embarcações deve ser confiada à pessoa habilitada.


 Deverá ser utilizada apenas embarcação que apresente condições de
segurança, (verificar: casco, remos, motor, equipamentos de segurança, etc.)
 Para o transporte de carga pesada ou volumosa, devem ser utilizadas
embarcações de porte adequado.
 Nenhuma embarcação deve navegar com as amuradas a menos de 23 cm.
acima da água.
 Os coletes salva-vidas devem ser inspecionados a cada 3 meses pelos
responsáveis, substituindo os que não oferecerem condições de segurança.
 Não deve ser ultrapassada a capacidade de lotação, a qual deverá estar
indicada em local visível na embarcação.
 O embarque e o desembarque de passageiros e tripulantes devem ser
efetuados com a embarcação devidamente atracada.
Recomendações de Segurança para pilotos de embarcações Capacitação, habilitação
e autorização
O condutor da embarcação, aqui denominado como “eletricista marinheiro” deverá
ser capacitado e habilitado pela Capitania dos Portos a e autorizado pela Empresa

É considerado profissional autorizado para conduzir as embarcações da Empresa,


aquele que atender os seguintes requisitos:

 Portar a carteira de habilitação expedida pelo órgão competente (documento


que comprova a aquisição de conhecimentos teóricos de navegação, através

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de aprovação nas avaliações específicas aplicadas pela entidade oficial da
Marinha brasileira).
 Possuir conhecimento na identificação e controle dos riscos inerentes à
atividade da navegação, assim como, a prática de procedimentos dos 1º
socorros, especialmente através de técnicas de reanimação
cardiorrespiratória – apresentar documento que comprove a aquisição de
conhecimentos específicos de segurança e primeiros socorros.
 Ter sido aprovado em avaliação da Empresa, demonstrando habilidades
práticas na condução de uma embarcação motorizada. A avaliação deverá ser
conduzida por empregado autorizado pela própria Empresa ou por
profissional contratado, devidamente capacitado, autorizado e habilitado.

Compatibilidade e condições meteorológicas


As embarcações próprias ou fretadas de terceiros, deverão ser compatíveis com o tipo
de trabalho a ser realizado e navegará somente em condições meteorológicas
favoráveis e previstas.

Comunicação
Para navegação noturna ou em dias de intenso nevoeiro, o trajeto a ser realizado,
deverá ser previamente programado através de GPS (Global Positioning System), para
direcionamento da rota da embarcação quando necessário.
As embarcações deverão estar equipadas com aparelho de comunicação
adequado, preferencialmente marinizado, com acesso às faixas de rádio da
Empresa.

Responsabilidades
Em todo deslocamento de navegação, é obrigatório à presença de uma pessoa
denominada comandante, o qual será responsável pela embarcação e pelos seus
ocupantes, cabendo somente a ele o poder de decisão final sobre toda e qualquer
situação de emergência relacionada à embarcação utilizada.

Durante a realização das atividades em terra, o comandante designará um profissional


que terá como papel principal vigiar a embarcação.
Cabe a Empresa fornecer subsídios que assegurarem ao comandante da
embarcação o direito de adiar a realização de qualquer tarefa caso as medidas de
segurança do mar, detectadas pelo consenso dos demais integrantes da equipe, não
forem satisfatórias.

EPIs e ferramentas
Todos os tripulantes deverão navegar munidos de uniforme adequado, durante o
trajeto da embarcação, os seus ocupantes deverão ter fácil acesso ao colete salva-
vidas aprovado pela Marinha brasileira e ainda navegar munidos do mesmo. Em caso
de chuva, deverá ser utilizado o uniforme impermeável composto de calça e
jaqueta.
Os demais EPIs tais como, capacete, cinturão c/ talabarte e ferramentas de
trabalho em geral não deverão estar junto ao corpo, durante o trajeto e sim
acondicionados em local adequado.

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Circulação e permanência de veículos em áreas energizadas

A circulação e permanência de veículos em áreas energizadas são permitidas


quando necessário, indispensável e após tomar as medidas de segurança cabíveis,
respeitando as distâncias mínimas de segurança regulamentadas em relação aos
pontos energizados mais próximos.

Na transposição de canaletas todos os veículos deverão respeitar a sinalização de


passagem sobre a área reforçada.

O deslocamento dos veículos nestas áreas deverá ser acompanhado pelo


profissional responsável que orientará o condutor com a máxima segurança

Caso não exista a delimitação da área energizada, todos os veículos não autorizados
a adentrarem nestas áreas, deverão trafegar somente pelo arruamento existente
na instalação, atentando às distâncias mínimas de segurança entre os pontos
energizados e o veículo utilizado.

É proibido o estacionamento de veículos ou permanência de pessoas embaixo de


locais de trabalho e de cargas suspensas.

Distância mínima de segurança por classe de tensão

Todo método ou posição para realização de qualquer atividade deve garantir a


integridade dos profissionais que executarem a atividade, para tal deve-se atender as
distâncias mínimas de segurança entre condutores expostos em tensão e qualquer
outro ponto do corpo do executante ou das ferramentas por ele manuseadas com o
braço estendido. Caso o ambiente não propicie esta condição, inviabilizando a
realização do trabalho os condutores deverão ser desenergizados.

Excetuam-se desta prescrição os serviços realizados por profissionais capacitados e


autorizados a realizarem trabalhos em instalações energizadas e com ferramentas
apropriadas, mas devem atentar e garantir às distâncias mínimas entre executante e
as partes isoladas, conforme definidas em instruções específicas para trabalhos em
instalações energizadas.

Inspeção e Manutenção Operativa Inspeção


Conjunto de verificações que o condutor deve executar diariamente, antes de
assumir o veículo, durante o deslocamento/paradas e ao recolher o mesmo.

INSPEÇÃO E VERIFICAÇÃO ANTES DA UTILIZAÇÃO DO VEÍCULO


 Pneus e rodas:
 condições dos aros;
 condições dos pneus;

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 estepe.

Ferramentas e equipamentos do veículo:


 chave de roda;
 macaco;
 extintor de incêndio;
 triângulo de sinalização;
 cintos de segurança.

Sistema elétrico:
 luzes de freio;
 faróis;
 lanternas;
 pisca;
 buzina;
 bateria;
 limpador de para-brisa;
 luz de marcha à ré.

Carroceria:
 funcionamento das portas e fechaduras;
 retrovisores;
 avarias.

Sistema de freios e embreagens:


 testar funcionamento de freios (pé e mão);
 drenar o reservatório de ar (freio pneumático);
 nível de óleo do freio;
 posicionamento da embreagem;
 folga dos pedais.

Veículos com equipamentos hidráulicos:


 funcionamento dos equipamentos hidráulicos.

Manutenção
Ato ou efeito de manter. Medidas necessárias para a conservação ou
permanência de alguma coisa ou de uma situação. Cuidados técnicos indispensáveis
ao funcionamento regular e permanente de motores e máquinas.

Manutenção de veículos

Conjunto de atividades técnicas que têm por objetivo manter o veículo em


perfeitas condições de operação.

Atribuições/Responsabilidades do condutor

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Itens a serem observados antes de operar o veículo

- Documentos (pessoal, veículo e administrativo);


- Ferramentas (macaco, chave de roda, cabo da chave de roda, chave de fenda);
- Estepe;
- Correia (sobressalente);
- Extintor de incêndio;
- Triângulo;
- Cinto de segurança;
- Níveis de óleo (motor e freio);
- Níveis de água (radiador, lavador de para-brisa e bateria);
- Níveis de combustíveis (tanque e partida a frio);
- Tensão e estado da(s) correia(s) do gerador, alternador e bomba hidráulica;
- Iluminação;
- Limpador de para-brisa;
- Buzina;
- Funilaria;
- Pneus (pressão e estado de conservação);
- Funcionamento dos freios;
- Sangria do compressor de ar;
- Encerado;
- Corda;
- Vazamentos dos conjuntos mecânicos (motor, câmbio e diferencial);
- Limpeza (interna e externa).

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