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Embarcações em Terminais
Limpeza de Tanques
Procedimento
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 40 CONTEC - Subcomissão Autora.
Transporte Marítimo de Petróleo, As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Derivados e Biocombustíveis Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.
Apresentação
1 Escopo
1.1 Esta Norma estabelece procedimentos para limpeza de tanques de carga de navio-tanque,
levando em consideração o produto a ser transportado em relação ao último descarregado.
1.3 Esta Norma não se aplica a navios gaseiros e químicos, exceto este último quando transportando
derivados de petróleo e etanol.
1.4 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.
2 Referências Normativas
IMO - MARPOL 73/78 - Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios;
OCIMF - International Safety Guide for Oil Tanker and Terminals (ISGOTT);
3 Termos e Definições
3.1
adoçamento
baldeação complementar com água doce para eliminar a salinidade no interior do tanque
3.2
baldeação
operação que consiste em lavar com água o tanque do navio, utilizando máquinas de limpeza fixas ou
portáteis
3.3
COW (“Crude Oil Washing”)
operação de lavagem de tanques de carga com óleo cru
3.4
drenagem
operação que consiste em retirar ao máximo os resíduos líquidos e sólidos acumulados no fundo dos
tanques, linhas e bombas, minimizando possibilidade de contaminação da carga posterior
2
-PÚBLICA-
3.5
purga
operação que consiste em introduzir gás inerte nos tanques a fim de atingir menos de 2% de
hidrocarbonetos por volume na atmosfera dos tanques
3.6
Resíduo Aromático (RARO)
produto obtido no fundo da torre fracionadora da unidade de craqueamento catalítico, com alta
densidade e contendo alto teor de aromáticos. É chamado, também, de “carbon black” ou de “feed
stock”
3.7
Resíduo Atmosférico (RAT)
produto constituído pelas frações de petróleo resultantes do processo de destilação atmosférica a
temperaturas superiores a 420 °C
3.8
secagem
operação para remoção de remanescente de água ou produto por ventilação/exaustão forçada ou
natural
3.9
trapeamento
operação para remoção de remanescente de água ou produto por meio do uso de trapos, estopa,
toalhas industriais recicláveis ou similares
4 Condições Gerais
4.1 Na programação do transporte, deve ser verificada a compatibilidade da carga programada com
o revestimento do tanque, os materiais de bombas, redes, válvulas, serpentinas e elastômeros.
4.2 Durante a limpeza dos tanques, todos os procedimentos de segurança devem ser atendidos à luz
do OCIMF - International Safety Guide for Oil Tanker and Terminals (ISGOTT).
4.3 Para descarte das águas utilizadas na limpeza de tanques devem ser atendidas as regras do
Anexo I da IMO - MARPOL 73/78 e suas respectivas emendas.
5 Limpeza de Tanques
5.1 Os procedimentos de limpeza requeridos para assegurar a qualidade dos produtos estão
indicados nas Tabelas A.1 e A.2 do Anexo A, bem como no Anexo B.
5.2 O número de ciclos de operação das máquinas deve ser suficiente, para garantir que os tanques
de carga estejam prontos para receber a carga programada.
5.3 A operação de limpeza inclui, quando aplicável, as etapas, conforme descritas na Tabela 1.
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-PÚBLICA-
Código Operação
F Baldeação com água salgada fria
Q (ver nota) Baldeação com água salgada quente
A Adoçamento
D Drenagem
P Purga
S Secagem
T Trapeamento
NOTA Navios que não possuem sistema de aquecimento de água para baldeação, devem
utilizar um maior número de ciclos de água fria para compensar o efeito da temperatura
na remoção dos resíduos.
5.4 Procedimentos de lavagem de tanques para carregamentos entre produtos, não previstos nas
Tabelas A.1 e A.2 e no Anexo B só podem ser realizados mediante autorização da
Programação/Qualidade.
5.5 Quando o procedimento de limpeza exigir o uso de água, deve-se ter especial atenção na
realização drenagem de tanques, linhas internas e bombas, minimizando o risco de contaminação da
carga posterior.
5.6 Barcaças operadas pela Transpetro dotadas de sistema de stripping e acessos para inspeção
dos tanques após a descarga dos produtos movimentados podem transportar gasolina A, etanol
anidro, etanol hidratado e diesel (S10 e S 500) sem a necessidade de cumprir os procedimentos de
limpeza de tanques requeridos nesta norma, tendo em vista que são dotadas de recursos
operacionais que permitem uma boa drenagem de tanques e redes.
NOTA Foi emitido o relatório CT COMB 015/14 CENPES/PDAB/COMB, cuja conclusão é que os
possíveis remanescentes não comprometem a qualidade dos produtos transportados.
5.7 Caso haja necessidade de transportar produtos previstos nas Tabelas A.1 e A.2 desta Norma
sem limpeza de tanques, a operação pode ser realizada desde que as barcaças ou navios possuam
condições técnicas operacionais previstas em 5.6 e seja realizado um estudo técnico por órgão
habilitado, garantindo que as operações pretendidas não irão impactar a qualidade dos produtos
transportados.
5.8 Procedimento COW deve ser realizado na frequência prevista na MARPOL 73/78 – Anexo I.
Quando aplicável, o procedimento para recuperação da dureza da tinta epóxi de tanque deve ser
considerado após descargas de nafta e etanol, conforme segue:
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-PÚBLICA-
5
-PÚBLICA-
Anexo A - Tabelas
Querosene de
Etanol Anidro
petroquímica
Lubrificantes
Gasolina de
Natural C5+
Diesel S500
Diesel S10
Hidratado
Gasolina
Gasolina
marítimo
aviação
aviação
Etanol
Diesel
Nafta
Para
De
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Óleo Combustível/
Óleo Combustível
Diesel Marítimo
Outros Claros
Querosene de
Condensado
Petróleo
Gasóleo
Aviação
Escuro
VLSFO
RARO
/ BTE
ATE
ATE
BTE
Para
De
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-PÚBLICA-
ANEXO B
Para esse tipo de limpeza é necessária a contratação de um inspetor especializado para acompanhar
e orientar ao longo do processo. Essa nomeação deve ser feita via área da qualidade da Logística.
Também é necessário contratar o fornecimento de produto químico e uma lista de materiais que são
usados no processo. A depender das características do navio que vai fazer a limpeza (últimas cargas,
tipo de equipemento para limpeza disponíveis, capacidade de aquecimento da água de lavagem,
arranjo interno dos tanques, linhas, etc) o procedimento tem que ser ajustado considerando essas
particularidades.
A lista geral de materiais necessários para esse tipo de limpeza de tanques está no Anexo C e deve-
se consultar o comandante do navio para informar as quantidades de cada item, bem como se há
algum outro item que seja necessário fornecer. Ao receber a lista com as quantidades e/ou
complemento informado pelo comandante, devem ser solicitadas cotações (idealmente ao menos 3)
para a agência marítima do porto onde o material será fornecido.
Todas as contratações necessárias para esse procedimento (materiais, água doce, retirada de slop,
produto químico, “demucking” , etc) devem ser submetidas para aprovação do respectivo gerente
setorial da Operação de Navios.
2) Lavagem secundária com água quente (75ºC) usando máquinas fixas em programas /
ciclos selecionados (por exemplo, 90-0-90 / pitch 1/2) e máquinas portáteis (se disponíveis) em
posição baixa para cobrir a lavagem de fundo (aprox 4-5m acima do fundo do tanque, para limpar
todas as linhas de fundo e áreas de difícil acesso). A lavagem do manifold deve incluir pontos de
amostragem e drenos da linha. Pontos de sondagem, válvulas de pressão e alívio também devem ser
incluídos nesta operação de limpeza. Não deixar a lavagem desses itens para o final.
3) Purgar e ventilar todos os tanques até ficarem livres de gás (“gas free”) para inspeção
interna. No final deste estágio, é esperado que as estruturas do tanque estejam praticamente livres
de resíduos oleosos e sedimentos no fundo. O próximo estágio dependerá da situação dos tanques
após a inspeção.
4) Uma lavagem adicional com água quente pode ser necessária nas superfícies inferiores,
com ou sem produtos químicos (ainda com os tanques em condição “gas free”). Atentar que o uso de
produto químico nessa etapa torna mais difícil a ventilação para acesso após a lavagem. Contudo,
em casos mais críticos, com muito resíduo nos tanques, faz-se necessária essa etapa.
5) Nessa fase, alguma limpeza manual pode ser necessária. Deve-se dar preferência por
contratar trabalhadores especificamente para essa finalidade (demucking), pois são vários
trabalhadores e eles têm os equipamentos certos e a experiência para concluir o trabalho mais
rapidamente. O descarte de slop também pode ser feito nesse momento.
6) Após a limpeza manual, deve-se realizar uma lavagem com produtos químicos. Esta
limpeza pode ser feita apenas no fundo dos tanques pois as paredes já devem estar suficientemente
limpas e, portanto, podem ser definidos programas somente para o fundo nas máquinas fixas e
mesmo nos equipamentos portáteis.
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NOTA Os produtos químicos já usados e com bons resultados são o Drew Marine TC-4 e o
MARCLEAN H60+.
7) Após a lavagem química, uma nova lavagem com água quente (min 60ºC) será
necessária para remover os vestígios do produto químico e um flushing com água doce é feito para
remover todos os depósitos de sal que a água do mar pode deixar.
10) Variações nesse procedimento devem ser discutidas com o inspetor especialista
nomeado para acompanhar o processo e com o afretador.
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-PÚBLICA-
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ÍNDICE DE REVISÕES
REV. A
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Revalidação
REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Todas Revisadas
REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração
REV. D
Partes Atingidas Descrição da Alteração
3.4 Revisada
3.5 Adicionada
3.6 Revisada
5.5 Adicionada
5.6 Revisada
5.8 Adicionada
Tabela 1 Revisada
Anexo B Adicionada
Anexo C Adicionada
IR 1/1