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Se você respondeu que NÃO, fez bem, pois ainda estamos navegando nesse
conhecimento. Assim como a construção do navio e toda a sua arrumação interna, seus
equipamentos e espaços destinados ao armazenamento da carga, você também está
passando por uma organização interna rumo à assimilação de novos conhecimentos, ou seja,
construindo a aprendizagem. Logo, não é só o navio que tem arranjos, nós também temos a
nossa organização psíquica. Assim, é preciso assimilar o conhecimento novo para pô-lo em
prática em suas atividades profissionais com muita habilidade.
Nesse sentido, tenha atenção ao estudar sobre os equipamentos que constituem o navio,
como são separados os espaços seguros para as pessoas, os locais onde a carga é
armazenada e transportada e como aplicar as técnicas de transporte de forma adequada para
evitar acidentes.
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2.1 ARRANJO GERAL DE UM NAVIO DE GÁS
Os espaços com perigo de gás e as zonas com perigo de gás são os espaços ou as
zonas, dentro da área da carga, que não estão equipadas com sistemas aprovados para
garantir que sua atmosfera seja mantida em condições seguras durante todo o tempo. Por esse
motivo, os cuidados em não levar ou provocar fontes de ignição nesses locais devem ser
redobrados uma vez que é provável que esses espaços ou zonas recebam vapores da carga.
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Zona com perigo de gás 1. Tanques de carga
Você sabia que os espaços livres de gás, dentro da área da carga, possuem ventilação
contínua para manter esses espaços com pressão positiva? É isso mesmo, se essa pressão
positiva cair, todos os equipamentos elétricos que não sejam certificados como seguros para
atmosfera inflamável serão desalimentados.
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Figura 2.3: Compartimento dos compressores e air lock.
Fique atento:
Um alarme visual indicará, pelo lado externo do air lock, quando qualquer
uma das portas for aberta. Caso ambas sejam abertas, ao mesmo tempo,
soará um alarme sonoro indicando esse fato.
Hora de parar para tomar um pouco de ar, beber água, alongar e testar o que
aprendeu.
Tarefa 2.1
Com base no que você estudou até aqui, faça o que se pede.
Agora sim, passe para o próximo assunto que trata dos sistemas de contenção de carga.
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2.2 SISTEMAS DE CONTENÇÃO DE CARGA
tanques de membrana;
tanques de semimembrana;
tanques integrais; e,
tanques com isolamento interno.
Prossiga nesta viagem. Vamos juntos então, conhecer cada tanque do navio de
gás.
Não fazem parte do casco do navio nem contribuem para sua resistência. Possuem
forma prismática, esférica ou cilíndrica. Os tanques independentes tipo A são prismáticos e
possuem as seguintes características principais:
• superfície plana;
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Figura 2,4 (b) – Tanque prismático autossustentado tipo A
TANQUES DE MEMBRANA
São sustentados pela estrutura do navio através do seu isolamento térmico que se
acomoda a sua estrutura. A pressão manométrica de projeto do espaço de vapor não deverá
exceder a 0,25 bar.
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Figura 2.7 – Tanque de membrana em corte transversal
TANQUES DE SEMIMEMBRANA
São formados por camadas de chapas muito finas (membranas), as quais se apoiam na
estrutura do casco através do isolamento.
TANQUES INTEGRAIS
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Figura 2.10 – Tanque integral
Esses tanques são suportados pela estrutura das chapas internas do tanque e permitem
que sejam transportadas cargas totalmente refrigeradas em temperaturas abaixo de –10o C.
Que tal mais uma parada para relembrar o que estudou? Aproveite e faça um
alongamento para oxigenar o cérebro!
Tarefa 2.2
Com base no que você estudou até aqui, faça o que se pede.
Ah! Agora sim. Prossiga em seus estudos e conheça os tanques de carga, redes e
válvulas.
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2.3 TANQUES DE CARGA, REDES E VÁLVULAS
Destacamos que todos os materiais dos equipamentos instalados dentro dos tanques,
incluindo as redes (tubulações) e os equipamentos que contêm a carga líquida e o vapor da
carga, deverão ser construídos com materiais resistentes às agressividades das cargas. A
resistência desse material à carga deve ser pelo menos até sua temperatura de serviço.
Para garantir que os espaços do casco dos navios de gás não fiquem cheios de gás se
as redes de carga vierem a se romper em caso de encalhe, de colisão ou por outra causa,
essas redes e equipamentos associados não podem passar sob o nível do convés principal,
motivo pelo qual todas as conexões para os tanques passam através do domo do tanque, o
qual se projeta acima do convés.
Todas as conexões e acesso de pessoas aos tanques de carga são feitos na área do
domo do tanque, conforme demonstrado na figura 2.13. Os gaseiros, normalmente, são
dotados de redes de vapor e líquido diretamente de cada tanque para o manifold, onde são
conectadas às crossovers (redes transversais). As redes de líquido são montadas diretamente
ao fundo do tanque e as de vapor ao topo.
Cabe destacar que, nos navios semirrefrigerados ou nos totalmente refrigerados, a rede
de vapor é ligada ao compartimento dos compressores de carga para processar a reliquefação
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do vapor da carga cujo condensado (gás reliquefeito) será enviado de volta ao tanque de carga
através da rede de condensado.
Veja que no domo do tanque de carga existem, normalmente, 3 ou 4 pontos que vêm de
diferentes posições no interior do tanque por onde é feita a monitoração da atmosfera do
tanque e a retirada de amostras da carga. Confira nas figuras 2.14, 2.15 e 2.16.
A rede de vapor tem por finalidade levar o boil-off gas (BOG) para a planta de
reliquefação ou para terra através da crossover.
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2.3.2.3 Rede de condensado
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2.3.3 Pressão dos tanques de carga e porões
Para refletir!
É isso mesmo, a pressão nos tanques de carga nos porões pode sofrer variações durante
certas operações, tais como resfriamento, aquecimento, carga e descarga. Logo, as mudanças
climáticas e as variações de temperatura entre o dia e a noite também contribuem para essa
variação.
Nesse caso, as pressões dos tanques de carga devem ser mantidas acima da pressão
atmosférica para evitar a entrada de ar e não criar uma mistura explosiva. Essas pressões
devem ser frequentemente monitoradas, por equipamentos recentemente calibrados e em
boas condições de uso, principalmente durante os carregamentos.
Você deve lembrar o que estudamos na Unidade 1, sobre Normatizações, bem como a
sua importância para não navegarmos na contramão da Legislação. Correto?
Pois bem!
Os Códigos de Gás da IMO exigem que os navios gaseiros tenham nas redes de líquido
e vapor, nas redes de descarga das bombas e nas redes crossovers, duas válvulas globo em
série, uma manual e uma remota, sendo que a remota também deve poder ser acionada no
local e ter um dispositivo de fechamento automático em emergência (ESD), exceto para as
válvulas de segurança. As mais usadas são tipo esfera, globo, retenção e borboleta
movimentadas por atuadores hidráulicos ou pneumáticos.
Bom, se pressão não gera boas lembranças, que dirá se ela vier acompanhada de
ondas, não é mesmo? Vejamos como se comportam essas ondas durante o
carregamento.
Alguns fatores como alta vazão, uso da parada de emergência e mudanças operacionais
durante o carregamento podem contribuir para a ocorrência de onda de pressão.
Passadiço;
Portaló;
Manifold de carga;
Compartimento dos compressores;
Centro de controle de carga (CCC);
Domo dos tanques; e
Estações de combate a incêndio.
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2.3.4.3 ESDS no porto
ESD1
Esse tipo de procedimento de parada de emergência pode ser ativado tanto pelo pessoal
de bordo quanto pelo pessoal de terra, parando os equipamentos de manuseio de carga do
navio. Nesse caso, o navio disponibilizará um comando remoto com fio, geralmente uma caixa
hermética com um botão com trava, para ser usado pelo terminal nos casos de emergência
durante as operações de descarga do navio.
ESD2
Anote!
Os gases são transportados como líquidos em seu ponto de ebulição e, por isso, liberam
grande quantidade de vapor, o qual ocupará o espaço de vapor do tanque, provocando
aumento da pressão interna desse tanque. Por esse motivo, todos os tanques de carga devem
dispor de um sistema automático de alívio de pressão apropriado ao seu projeto e à carga que
está sendo transportada. Os navios pressurizados são construídos para suportar esse aumento
de pressão até o limite do set point (regulagem) das válvulas de segurança.
Para refletir!
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Como já dissemos, nos navios totalmente refrigerados ou semirrefrigerados o vapor é
enviado para a planta de reliquefação, de onde retorna aos tanques de carga, como
condensado, diminuindo, assim, a pressão. Nos navios de GNL, a pressão dos tanques de
carga é controlada pela queima do vapor da carga (BOG) pelo sistema de propulsão.
Dessa forma, os espaços vazios, os espaços entre barreiras e as redes de carga sujeitas
a pressões, além de suas capacidades de projeto, também devem ser equipadas com um
sistema de alívio de pressão.
É importante que você saiba que a IMO também estabelece regras para proteção
automática dos tanques de carga contra vácuo excessivo. Deve-se ter cuidado para não criar
vácuo nos tanques de carga durante o processo de purga, para não provocar a admissão de ar
e a criação de uma atmosfera perigosa.
As válvulas de alívio de pressão dos tanques de carga fazem o alívio através das redes
do sistema de suspiro, direcionando o vapor da carga para a atmosfera por um ou mais
mastros de ventilação. Cada sistema de alívio de pressão está conectado a um sistema de
suspiro projetado de forma a minimizar a possibilidade do vapor da carga se acumular no
convés ou entrar no espaço das acomodações, espaços de máquinas ou outros espaços onde
possam ser criadas condições ambientais inseguras.
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Tarefa 2.3
Com base no que você estudou até aqui, faça o que se pede.
2.3.2) Como é controlada a pressão dos tanques de carga dos navios de GNL?
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Agora sim. Você está preparado para estudar sobre o próximo assunto: bombas de
carga e sistemas de descarga.
Você sabia que as bombas instaladas em navio de gás liquefeito são centrífugas do tipo
submersível ou de profundidade? É isso mesmo, e nos navios totalmente pressurizados as
bombas de carga podem ser montadas no convés principal. Caso ocorra algum tipo de falha
das bombas que compõem o sistema principal de descarga, a operação poderá ser continuada
por pressão de vapor através dos arranjos alternativos existentes para esse fim.
Normalmente, são instaladas bombas de profundidade cuja força motriz pode ser tanto
um motor elétrico quanto um motor hidráulico instalado no convés (domo do tanque).
Amplie seu conhecimento: observe, com atenção, as figuras 2.18, 2.19 e 2.20.
Figuras 2.18: Bomba de profundidade acionada por motor elétrico instalado no domo do tanque.
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Figuras 2.19: Motor elétrico de uma bomba de profundidade instalado no domo do tanque.
Figura 2.20: Motor hidráulico de uma bomba submersível instalado no domo do tanque.
As bombas de recalque são bombas centrífugas que podem ser montadas nas redes de
descarga dos tanques tanto na posição horizontal quanto na posição vertical. Podem estar
instaladas tanto no convés quanto no compartimento dos compressores de carga.
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Figura 2.21: Bombas de recalque horizontais montadas no convés.
Figura 2.22: Motor elétrico e caixa de passagem para o compartimento dos compressores.
As bombas de recalque são usadas nas redes de descarga dos navios de gás quando há
grande contrapressão nas linhas de terra, e isso ocorre quando descarregando para tanques
pressurizados, ou quando o aquecedor de carga estiver sendo usado. Os navios totalmente
pressurizados são equipados somente com bombas de recalque.
Você sabia que podem ser encontradas uma ou duas bombas de recalque? É isso
mesmo, no caso de duas bombas, essas poderão ter suas descargas interligadas em série por
redes e válvulas para otimizar o desempenho da operação. Logo, a pressão de trabalho deve
ser em torno de 22,5 bars.
Se for necessário, as bombas de recalque devem ser circuladas com a carga pelas
bombas principais e não devem ser acionadas até que estejam com líquido suficiente para
prevenir cavitação e avarias.
Utilizar água do mar no aquecedor é o método mais comumente usado como meio de
aquecimento de carga pelo aquecedor de carga. Mesmo assim, muitas vezes, é necessário
utilizar a bomba de recalque para auxiliar na descarga para tanques de terra pressurizados.
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Amplie suas possibilidades de aprendizagem sobre este assunto, observando com
atenção as descrições demonstradas nas figuras 2.23 e 2.24.
Alguns navios de gás também podem usar um vaporizador com o objetivo de vaporizar o
nitrogênio líquido para efetuar a purga do sistema de carga.
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Figura 2.25: Esquema de uso de um vaporizador de carga.
O calor é sempre transferido de uma área mais quente para uma área relativamente mais
fria. A temperatura da carga aumentará se essa carga estiver a uma temperatura mais fria que
a do meio ambiente. Quando a temperatura da carga aumenta, a pressão do tanque também
aumenta. Como pode haver a possibilidade do aquecimento da carga, deve haver meios de
controlar o aumento de pressão de vapor no tanque.
direcionar o boil-off da carga para a planta reliquefação onde esse vapor será
reliquefeito e o condensado será retornado aos tanques de carga (figura 2.24);
direcionar o boil-off da carga para ser usado como combustível nas caldeiras,
turbinas a gás ou motor principal (figura 2.25);
resfriar a carga líquida em trocadores de calor; e,
resfriar a estrutura interna do tanque e, desse modo, também a carga.
Também são protegidos contra entrada de líquido por vasos separadores equipados com
sensores de nível alto que faz atuar um alarme e faz a parada automática dos compressores
no caso de o líquido ser aspirado.
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Caixa de passagem
Eixo do motor para o compressor
2.4.7 Instrumentação
Todo o equipamento elétrico instalado ou usado em espaços com perigo de gás ou zonas
com perigo de gás deve ser aprovado para operação em atmosferas inflamáveis. Cada tanque
de carga está equipado com sistemas que possam indicar o nível, a pressão e a temperatura
da carga.
O nível do líquido, normalmente, é medido por sistema de boia flutuante no meio líquido.
Essa medição é necessária para auxiliar nos cálculos da carga existente nos tanques de carga.
Veja na figura 2.28.
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Figura 2.28: Medidor flutuante tipo boia.
Com exceção dos tanques Tipo C, de capacidade inferior a 200 m3, todo tanque de carga
deve ser equipado com um alarme de nível alto independente, que acione alarmes sonoros e
visuais para evitar transbordamento do tanque.
Um alarme de nível alto, atuando com 95% do volume do tanque (aviso sonoro e
visual). Esse é um alarme prévio que pode ser ativado tanto pelo sistema de
medição de nível do tanque como por um sensor independente.
Um alarme de nível muito alto atuando com 98% do volume do tanque (aviso
sonoro e visual que difere apenas visualmente do alarme de 95%). Nesse caso, o
tanque será isolado automaticamente pelo fechamento da válvula de
carregamento do tanque.
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Um alarme de nível alto-alto a 99% do volume do tanque (aviso sonoro e
luminoso que difere apenas visualmente dos alarmes de 95% e 98%). Nesse caso
o ESDS será automaticamente ativado.
Se o alarme de nível alto for ativado pelo sistema de medição de nível do tanque, o
alarme de nível alto-alto deverá ser ativado por um sensor independente.
Observe!
É importante que você saiba que todos os navios de gás têm instalado um sistema fixo
de detecção de gases, que alarmará sempre que a concentração de vapor de carga atingir
30% do limite inferior de explosividade (LIE). A amostragem e análise de gás de diferentes
partes do navio são realizadas de forma automática, sequencial e contínua. Quando este
alarme automático for acionado, ações apropriadas devem ser tomadas para evitar a
formação de alta concentração de gases inflamáveis, o que é fundamental para a
segurança do navio.
passadiço;
entrada do ar-condicionado;
compartimento de pó químico seco;
compartimento de compressores;
air lock do compartimento de motores elétricos;
compartimento de motores elétricos;
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air lock do centro de controle de carga localizado na área da carga;
centro de controle de carga na área de carga;
manifold de carga;
domos dos tanques de carga; e
porões dos tanques de carga.
Importante!
Todas as pessoas a bordo dos navios de gás deverão estar familiarizadas com
os equipamentos de detecção de gases instalados. O manual de instruções do
fabricante deve ser completamente lido e entendido por todos.
Tarefa 2.4
Com base no que você estudou até aqui, faça o que se pede.
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Após testar os seus conhecimentos, passe para o próximo assunto: gás inerte e
nitrogênio.
Para pensar!
Veja o que significa. Gás inerte é uma mistura de gases (como os gases da descarga de
uma caldeira) contendo oxigênio insuficiente para manter a combustão de hidrocarbonetos. O
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gás inerte é produzido a bordo dos navios de gás por plantas de geração de nitrogênio ou de
gás inerte que funcionam, queimando óleo diesel. O gás inerte oriundo das caldeiras do navio
não pode ser utilizado em navios de gás, uma vez que contem impurezas que certamente
contaminarão a carga.
O gás inerte, além de ser usado para tornar a atmosfera dos tanques de carga
insuficiente para a combustão de hidrocarbonetos, serve para minimizar o processo de
corrosão do ambiente e proteger a carga contra polimerização, oxidação e umidade. Também é
usado para manter pressão positiva no porão e nos espaços entre barreiras, prevenindo a
formação de misturas inflamáveis.
Lembre-se!
Figura 2.29: Planta de geração de gás inerte por combustão de óleo diesel.
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prevenir a formação de hidratos no produto carregado e para prevenir sérias condensações e
corrosão no tanque e espaços vazios, o gás inerte deve ser completamente secado ao deixar o
gerador de gás inerte.
Para a inertização dos porões e dos espaços entre barreiras, é exigido, pelos códigos de
gás, que o navio disponha de gerador de gás inerte ou gás inerte armazenado. Isso se aplica
para navios equipados com barreira secundária total e para navios que tenham tanques tipo C
apropriado para produtos refrigerados.
A produção a bordo de gás inerte para tanques de carga não é exigida pelos códigos
de gás. O código de gás reconhece que quando for necessário inertização para
operação do navio isto será possível pelo recebimento de gás inerte de terra.
Contudo, a maioria dos grandes navios de gás e alguns navios menores é
equipada com geradores de gás inerte para utilização nos tanques de carga.
2.5.2 Nitrogênio
O sistema mais comum utilizado para obter nitrogênio a bordo de navios é pelo processo
de separação de ar. Esse método trabalha pela separação dos gases componentes do ar
durante sua passagem através de membranas de fibra. As membranas dividem o ar em duas
correntes: uma é essencialmente nitrogênio e a outra contém oxigênio, dióxido de carbono e
outros gases.
Esse sistema produz nitrogênio com cerca de 95% a 97% de pureza. A capacidade desse
sistema depende do número de módulos de membranas instaladas e também da pressão do ar
de entrada, sua temperatura e da pureza exigida para o nitrogênio. O nitrogênio é
especialmente utilizado quando é necessária a ausência de qualquer reação química
indesejável.
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Os navios de gás usam apenas o gás inerte obtido de uma das seguintes maneiras:
Figura 2.30: Planta de geração de gás inerte por combustão de óleo diesel.
Figura 2.31: Ventiladores da planta de geração de gás inerte por combustão de óleo diesel.
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É hora de alongar, tomar uma xícara de café e, em seguida, verificar o que
aprendeu.
Tarefa 2.5
Com base no que você estudou até aqui, faça o que se pede.
Com base nas evidências dos fatos mostrados na mídia, presenciamos diariamente
grandes atos de imprudência e acidentes na navegação que trazem consequências
significativas e irreversíveis ao meio ambiente marinho. Nesse caso, a legislação pune os atos
ilícitos. Se os profissionais exercerem a consciência cidadã e adotarem ações mais
responsáveis a bordo, evitaremos agressões ao meio ambiente. Logo, é de suma importância
que você saiba adotar os procedimentos adequados ao manuseio da carga a bordo.
O controle ambiental dos sistemas de contenção de carga e dos espaços vazios dos
navios de gás é conseguido por meio do sistema de redes instaladas.
aquecimento (secagem);
inertização;
desgaseificação;
purga; e
resfriamento.
Para garantir o controle ambiental dos tanques de carga, são providos tubos de
amostragem e sensores de pressão e de temperatura da carga para assegurar que os
procedimentos sejam corretamente efetuados. Veja, a seguir, a descrição de cada uma dessas
operações.
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2.6.1.1 Aquecimento (secagem)
2.6.1.2 Inertização
A diluição ocorre quando o gás inerte injetado mistura-se com a atmosfera original do
tanque para formar uma mistura homogênea em todo o tanque, de forma que, como o
processo é contínuo, a concentração original do gás vai diminuindo. Vale a pena conferir na
figura 32, que trata da Inertização pelo processo de diluição.
Pelo simples fato de o gás inerte ser ligeiramente mais leve do que o gás de
hidrocarboneto, quando injetado pelo teto do tanque, pode deslocar esse gás, que, por ser
mais pesado, sairá pelo fundo do tanque através do poste de purga, cuja extremidade inferior
fica próxima ao fundo do tanque. Veja na figura 2.33 sobre Inertização pelo processo de
deslocamento.
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Figura 2.33: Inertização pelo processo de deslocamento.
2.6.1.3 Desgaseificação
2.6.1.4 Purga
A purga tem por objetivo preparar os tanques de carga e suas redes para receber a carga
seguinte. Ela é feita após a inertização, utilizando o vapor da carga que será carregada com o
propósito de substituir o nitrogênio ou o gás inerte. É necessária a verificação regular da
atmosfera do tanque durante a operação de purga, o que é feito, medindo-se o percentual de
oxigênio, de vapores inflamáveis e a temperatura do ponto de orvalho.
2.6.1.5 Resfriamento
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Não desista, navegue um pouco mais, estamos próximos do porto chamado “Unidade 3”.
Continue estudando!
Se duas ou mais diferentes cargas tiverem que ser carregadas simultaneamente, elas
deverão ser segregadas para evitar contaminação ou reação química. A segregação, para
evitar contaminação, é obtida usando-se válvulas duplas ou flanges cegos. A segregação, para
evitar reação química, é obtida por meio de carretéis ou seções de redes que podem ser
removidas, tornando totalmente independentes a fase líquida e a fase vapor das cargas. Nesse
caso, também os sistemas de reliquefação deverão ser usados separadamente.
Anote!
Cabe ressaltar que, antes do início das operações de carregamento, deve ser realizada
uma reunião a bordo, com o imediato e os representantes do terminal, para discutir os
procedimentos prévios operacionais entre o navio e o terminal os quais devem ser claramente
entendidos e fielmente executados por todos.
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reduções que foram instaladas no manifold antes da chegada; e
vazão máxima de carregamento.
Cuidados especiais deverão ser tomados para minimizar os efeitos de superfície livre
em relação à correta distribuição de água potável, combustível e lastro. O Comandante deve
ser informado, caso seja observada qualquer diferença entre a estabilidade atual e a prevista
no plano de carga.
Qualquer outra precaução especial referente a cargas específicas deve ser informada ao
pessoal do navio. Isso inclui, por exemplo, no carregamento de butadieno, quando a
temperatura de descarga do compressor deve estar regulada para não exceder a 60oC, uma
vez que temperaturas acima desta resultam na polimerização do vapor da carga. Da mesma
forma para o VCM, essa temperatura deve ser limitada a 90oC, também para prevenir a
polimerização do produto.
Deve-se levar em conta que os inibidores são aditivos que protegem a carga líquida da
polimerização e apenas por tempo determinado, porém não têm propriedades capazes de
proteger também o vapor da carga.
Anote!
Leonardo Boff
Os navios de GNL que não possuem planta de reliquefação utilizam o boil-off da carga
como combustível para as caldeiras para propulsão do navio.
Numa viagem, podem ocorrer inúmeras mudanças climáticas, no caso de mau tempo
podem surgir os problemas. Embora muitas plantas de reliquefação possuam um vaso
separador de líquido na sucção, sempre haverá risco, em mar grosso, que porções de líquido
sejam arrastadas para dentro do compressor. Por esta razão, é preferível não colocar os
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compressores em funcionamento quando o navio estiver balançando muito, prevenindo, assim,
danos ao compressor.
Após a carga ter sido resfriada, a capacidade da planta de reliquefação pode ser reduzida
a um nível suficiente para equilibrar o ganho de calor através do isolamento do tanque.
Anote!
Considerações Finais
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2.2) Para que serve o gás inerte nos navios de gás?
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Parabéns!
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