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Para o manuseio seguro das cargas químicas, é preciso que todos os envolvidos
possuam conhecimentos satisfatórios dos seguintes sistemas, equipamentos e
acessórios:
2. sistema de redes;
3. válvulas;
4. mangotes;
8. sistema de aquecimento;
10. instrumentação.
Observação: Material dúctil é aquele que pode ser alongado, flexionado ou torcido,
sem se romper. Ele admite deformação plástica permanente, após a deformação elástica.
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O expedidor da carga é responsável por providenciar as informações de
compatibilidade ao operador do navio e/ou ao Comandante. Isso deve ser feito antes do
transporte do produto.
A carga deve ser compatível com todos os materiais de construção de tal forma
que:
O projeto dos tanques de carga deve garantir uma boa drenagem e permitir
facilidade de limpeza em razão de:
A maioria dos navios químicos possui tanques pintados e tanques construídos com
chapas sólidas de aço inoxidável ou apenas revestidos com uma camada de aço
inoxidável (clad). As redes de carga, válvulas e bombas normalmente são construídas de
aço inoxidável.
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As tintas utilizadas no revestimento interno dos tanques os tornam aceitáveis para
transportar uma grande variedade de produtos, enquanto o de aço inoxidável, mormente o
316 L, permite o transporte da grande maioria dos produtos químicos, inclusive os ácidos.
Essa película, que é aderente e impermeável e que isola o metal abaixo dela do
meio agressivo é chamada de camada passiva e tem a função de proteger a superfície do
aço contra processos corrosivos. Essa camada, apesar de estável, não é indestrutível e
exige cuidados especiais para manter inalteradas suas características originais.
Para evitar danos mecânicos, deve-se ter cuidado com ferramentas e outros
materiais para que não caiam no fundo do tanque nem que máquinas portáteis de limpeza
ou outros equipamentos que precisem ficar pendurados venham a se chocar com as
anteparas dos tanques pelo balanço do navio.
Caso venha a ocorrer dano na camada passiva, esta poderá ser reconstituída por
decapagem (pickling) e passivação, termos amplamente utilizados em metalurgia.
Os filmes passivos são formados pelo contato do material com o meio ambiente em
que se encontre (água e ar) e pelo tratamento com soluções de ácido nítrico e também de
ácidos menos oxidantes como o ácido cítrico. Os filmes, quando obtidos por imersão em
soluções de ácido nítrico, são mais ricos em cromo e, por isso, apresentam grande
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resistência à corrosão. Esse processo é o indicado para a reconstituição da camada
passiva dos tanques de carga dos navios químicos.
A passivação dos tanques de carga dos navios é feita por um processo que busca
atuar como se fosse a imersão do tanque na solução oxidante, uma vez que manterá
suas chapas molhadas com esta solução durante todo o tempo previsto para realização
do processo. Este processo consta da recirculação da solução em circuito fechado e
utiliza máquinas portáteis de jato rotativo e a bomba do tanque para bombear a solução
de volta ao tanque, num processo contínuo. A bordo é conhecido como rock and roll.
Uma vez que as soluções ácidas não removem óleos e graxas, estes devem ser
removidos antes da aplicação do processo de passivação, utilizando-se desengraxantes,
desengordurantes ou solventes adequados.
O teste que determina se um tanque necessita de passivação, pode ser feito com
um produto chamado cloreto de paládio (palladium chloride).
Depois de efetuado o teste que determinou que o tanque precisa ser passivado, o
processo deve ser iniciado seguindo-se os seguintes passos:
Deve ser efetuada para se verificar se o tanque ainda precisa ser lavado para a
remoção de quaisquer partículas sólidas ou de resíduos da carga anterior ou se há
qualquer material incompatível com os produtos que serão utilizados no processo.
Deve ser adicionada água doce no tanque em quantidade suficiente para garantir
sua recirculação pela curva de redução e retorno ao tanque pela mangueira da máquina.
A bomba de carga deve ser acionada e sua velocidade regulada de forma que a
recirculação seja garantida com o funcionamento correto da máquina de limpeza. Não
deve haver vazamentos pelas conexões.
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Usando então a bomba deste tanque, a recirculação poderá ser iniciada. Este
processo se repetirá até que o último tanque previsto tenha sido tratado pela solução
desengraxante.
Antes que se inicie o processo de passivação, todos os tanques devem ser lavados
com água doce utilizando-se o sistema de limpeza de tanques.
Deve ser adicionada água doce suficiente para a recirculação e acionada a bomba
do tanque. Após verificação do funcionamento correto do sistema o agente oxidante
(geralmente ácido nítrico) deverá ser adicionado ao tanque com o sistema em circulação,
quando se considera iniciado o processo de passivação. A solução será transferida de um
tanque a outro até que todos estejam passivados.
Após estarem os tanques drenados e secos deve ser efetuado novo teste com
cloreto de paládio para verificar a reconstituição da camada passiva.
Esse teste pode ser efetuado em uma peça de aço inoxidável 316 L que tenha sido
deixada, antes do início da passivação, dentro de cada tanque, próximo ao topo,
amarrada com uma cabo de nylon, para que possa ser facilmente removida e levada para
teste em local seguro. Caso este teste não satisfaça, deverá ser realizado novamente
diretamente numa chapa dentro do tanque.
8. Segurança:
9. Meio ambiente:
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6.1.2.2 Tanques com revestimentos (pinturas)
As tintas epóxi modificadas são tintas com alto teor de sólidos e sua aplicação
resulta em alta espessura. São formuladas com pigmentos inibidores de corrosão e
aditivos tensoativos que conferem a proteção anticorrosiva às superfícies.
As tintas epóxi fenólicas são tintas nobres fornecidas em duas embalagens (bi-
componentes), uma contendo resina epóxi fenólica de grande resistência e a outra
contendo resina poliamínica. Têm seu uso indicado para áreas específicas da indústria
onde haja necessidade de alta dureza e grande resistência química e mecânica.
Pela sua extraordinária aderência ao concreto e ao aço carbono e pela sua grande
impermeabilidade, são recomendadas para pintura de áreas sujeitas a respingos e
derrames contínuos de produtos químicos corrosivos, bem como para o interior de
tanques de aço carbono, utilizados no transporte e armazenamento de produtos químicos.
Além de boa resistência química, têm resistência aos raios ultravioleta muito
superior à das tintas epóxi e se caracterizam pela boa retenção de cor.
A proteção catódica desta tinta é obtida graças ao alto teor de zinco na película
seca, motivo pelo qual são chamadas de "zincagem a frio". O filme formado é produto da
reação da solução de silicato de etila com o pigmento de zinco em pó e com o ferro do
aço. Esta reação exige a presença de umidade do ar e gás carbônico. Teores acima de
50% de umidade relativa do ar são necessários para que a cura do filme destas tintas se
processe com eficiência.
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Quando a umidade do ar é inferior a 50%, é recomendável que se molhe a película
de tinta para fornecer a umidade necessária para a perfeita formação do filme. Lógico que
esta providência só poderá ser executada quando o filme já estiver curado caso contrário,
a água removeria a película.
Como o navio já é construído e entregue pronto para o transporte das cargas para
as quais está autorizado a transportar, caberá ao Comandante a responsabilidade pela
correta nomeação dos tanques para as diversas cargas programadas pela sua empresa.
A espessura das paredes das redes de carga deve ser tal que suportem pressões
de projeto de, pelo menos, 10 bars manométricos, exceto para redes com extremidades
abertas, que deverá ser de 5 bars manométricos. A pressão máxima à qual o sistema
pode ser submetido considera a pressão mais alta que pode ser regulada qualquer
válvula de alívio do sistema.
As seções das redes de carga que trabalham tanto dentro quanto fora dos tanques
de carga deverão ser unidas através de solda, exceto nas conexões das válvulas ou
juntas de expansão ou em casos excepcionais específicos aprovados pela administração.
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6.2.1 Flanges de conexão
Os flanges deverão ser tipo colar soldado, aba postiça ou de encaixe soldado.
Contudo os flanges do tipo encaixe soldado não poderão ser usados em tamanhos
nominais superiores a 50 mm. Os flanges deverão cumprir padrões reconhecidos quanto
ao seu tipo, fabricação e testes.
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6.2.3 Sistemas de controle de transferência de carga
Para garantir a segregação das cargas dos navios químicos, são utilizadas peças
removíveis no manifolde, para unir tanques formando grupos de tanques contendo a
mesma carga, segregando-os dos demais que poderão formar outros grupos para outros
tipos de cargas. Também há possibilidade de carregamento de tanques individualmente
com outras cargas. Na segregação, também são empregadas válvulas com duplo
bloqueio nos sistemas de redes.
Os mangotes utilizados como protótipos de teste não poderão ser usados nas
operações de carga. Por essa razão, antes de entrar em serviço, cada nova seção de
mangote deverá ser testado hidrostaticamente na temperatura ambiente a uma pressão
não inferior a 1,5 vezes a máxima pressão de trabalho especificada, mas não mais do que
2/5 de sua pressão de ruptura.
O mangote deverá ser marcado com a data do teste, sua máxima pressão de
trabalho e, se for usado em serviços que não sejam na temperatura ambiente, sua
máxima e mínima temperatura de serviço. A máxima pressão de trabalho especificada
não poderá ser menor do que 10 bars manométricos.
Os mangotes, para que não se danifiquem nem apresentem falhas durante seu
uso, devem ser manuseados com cuidados tais que não sofram impactos, não sejam
suspensos por apenas um ponto, sendo necessário o uso de cintas apropriadas em lugar
de simples estropos. Não devem ser arrastados e impactos em seus flanges devem ser
evitados. Quando guardados, devem ser mantidos sobre os seus suportes especiais de
proteção existentes em áreas apropriadas. Não devem ser estivados, formando curvas
acentuadas capazes de danificá-los. Os mangotes que já tiverem sido usados nas
operações do navio não podem ser guardados em compartimentos exceto se estes
espaços forem protegidos por um sistema de combate a incêndio.
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Utilização correta dos mangotes de carga durante a operação
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6.2.5 Válvulas
As válvulas são fabricadas com os mais diversos tipos de materiais, inclusive entre
seus próprios componentes, porém, devem ser resistentes ao produto, sua temperatura e
pressão de trabalho e são empregadas a bordo para controle de escoamento ou bloqueio
total do líquido. Os tipos mais comuns são as válvulas globo, as de membrana ou
diafragma, válvulas de gaveta, borboleta e esfera além das válvulas alívio. As mais
utilizadas no sistema de carga dos navios químicos são as de gaveta, borboleta e esfera.
Estas válvulas são caracterizadas em sua maioria pela forma de globo em seu
corpo. Permitem uma regulagem eficiente do fluido com desgastes mínimos por erosão,
tanto na sede como no obturador. Em contrapartida, oferecem elevada perda de carga,
em virtude da brusca mudança da direção imposta ao fluido.
Desvantagens: não admite fluxo nos dois sentidos e tem perda de carga elevada.
Observação: Ebonite é uma borracha vulcanizada com alto teor de enxofre (cerca
de 30%) de tal forma que adquira uma rigidez de sólido normal e não tenha mais a
elasticidade típica dos elastômeros. Exemplo: caixas das baterias de automóveis.
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Desvantagens: não é indicada para operações freqüentes; não se aplica a
regulagem e estrangulamento do fluxo e ocupa grande volume devido ao movimento de
translação do obturador.
Válvula de gaveta
Essas válvulas não se aplicam a casos em que se pretende variar a descarga, mas
apenas abrir ou fechar totalmente a passagem do fluido e são fabricadas em aço
inoxidável, aço-carbono, bronze, etc. São comuns em diâmetros de até 6", de aço para
pressões de até 70 kgf/cm2
Válvula de esfera
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6.2.5.5 Válvulas Borboleta
São válvulas que se destinam a regular a vazão da água, mesmo variando a carga
disponível que provoca o escoamento. São válvulas apropriadas para instalações em
estações de tratamento de água à temperatura ambiente e para as mais variadas
aplicações industriais. Têm peso reduzido e ocupam pouco espaço.
Válvula Borboleta
Válvulas de alívio
Esse sistema deve possuir arranjos que impeçam que água entre nos tanques de
carga e, ao mesmo tempo, proporcionem que a descarga de vapores seja para cima em
forma de jatos contribuindo para sua diluição com o ar atmosférico e a conseqüente
dispersão. Existem dois tipos de sistema de exaustão de gases dos tanques de carga:
aberto e controlado.
Sistema aberto: é um sistema que não oferece restrições ao fluxo livre do vapor da
carga exceto perdas pela fricção do vapor para dentro ou para fora do tanque durante
uma operação normal. Consiste em um suspiro individual em cada tanque ou podem ser
combinados dentro de um coletor ou de coletores comuns de exaustão. Nesse caso,
deve-se observar a devida segregação das cargas. Em nenhum dos casos poderão ser
instaladas válvulas de bloqueio nas descargas de gases.
O sistema aberto somente poderá ser usado para cargas com ponto de fulgor
superior a 60oC e que não representem riscos a saúde quando inalados.
Em nenhum caso devem ser instaladas válvulas de bloqueio, nem acima nem
abaixo das válvulas de alívio de pressão, alívio de vácuo ou alívio de pressão e vácuo.
Em certas condições de operação essas válvulas podem ser contornadas (by pass)
assegurando-se que, para cargas com ponto de fulgor de até 60oC, haja telas corta-
chamas e indicação conveniente de que estão contornadas.
O sistema de exaustão controlada instalado nos tanques que serão usados para
cargas que têm o ponto de fulgor que não excedam a 60oC deverão possuir dispositivos
que previnam a passagem de chama para dentro dos tanques. O projeto, teste e local
destes dispositivos devem cumprir exigências da administração.
A altura dessas aberturas poderá ser reduzida para 3 metros acima do convés ou
dos locais de passagem de pessoas, se estiverem equipadas com válvulas de alta
velocidade do tipo aprovado que permitam direcionar os gases ou mistura de ar e gases,
em jatos livres para cima, numa velocidade de saída de pelo menos 30 m/s.
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Os pontos mais sensíveis aos bloqueios estão nas telas corta-chamas nos
detentores de chamas e nos pesos das extremidades das válvulas P/V, motivo pelo qual
devem ser inspecionados, testados e limpos ou substituídos, quando necessário.
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6.4 Sistemas de bombas e de descarga
Tipos de bombas
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No curso de descarga, o êmbolo exerce forças sobre o líquido, impelindo-o para o
tubo de recalque, provocando a abertura da válvula de recalque e mantendo fechada a de
aspiração. A descarga é intermitente e as pressões variam periodicamente em cada ciclo.
O órgão que fornece a energia do líquido é uma membrana acionada por uma
haste com movimento alternativo. O movimento da membrana, em um sentido, diminui a
pressão da câmara, fazendo com que seja admitido um volume de líquido. Ao ser
invertido o sentido do movimento da haste, esse volume é descarregado na linha de
recalque. São usadas para serviços de dosagens de produtos já que, ao ser variado o
curso da haste, varia-se o volume admitido. Um exemplo de aplicação dessa bomba é a
que retira gasolina do tanque e manda para o carburador de um motor de combustão
interna.
Existe uma grande variedade de bombas rotativas que encontram aplicação não
apenas no bombeamento convencional, mas principalmente nos sistema de lubrificação,
nos comandos, controles e transmissões hidráulicas e nos sistemas automáticos com
válvulas de seqüência.
Bombas de parafuso: constam de um, dois ou três "parafusos" helicoidais, que têm
movimentos sincronizados através de engrenagens. Esse movimento se realiza em caixa
de óleo ou graxa para lubrificação. Por este motivo, são silenciosas e sem pulsação.
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O fluido é admitido pelas extremidades e, devido ao movimento de rotação e aos
filetes dos parafusos, que não têm contato entre si, é empurrado para a parte central onde
é descarregado. Essas bombas são muito utilizadas para o transporte de produtos de
viscosidade elevada.
6.4.4.1 Centrífugas
Bombas centrífugas são bombas que têm como princípio de funcionamento a força
centrífuga através de palhetas e impulsores que giram no interior de uma carcaça
estanque, jogando líquido do centro para a periferia do conjunto girante.
Constam de uma câmara fechada, carcaça, dentro da qual gira uma peça, o rotor,
que é um conjunto de palhetas que impulsionam o líquido através da voluta. O rotor é
fixado no eixo da bomba contínuo ao transmissor de energia mecânica do motor.
Voluta em caracol
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O uso normal das bombas centrífugas é feito sob pressões de até 16 kgf/cm² e
temperaturas de até 140°C. Entretanto, existem bombas para água quente até 300°C e
pressões de até 25kgf/cm² (bombas centrífugas de voluta).
As bombas deste tipo possuem pás cilíndricas (simples curvatura), com geratrizes
paralelas ao eixo de rotação. Estas pás são fixadas a um disco e a uma coroa circular
(rotor fechado) ou a um disco apenas (rotor aberto, para bombas de água suja, na
indústria de papel, etc.), conforme é mostrado na figuras.
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De um modo geral operar uma bomba com vazão reduzida implica aumento do
empuxo radial e da temperatura do líquido bombeado, além de gerar um retorno de fluxo,
extremamente prejudicial a estrutura do rotor. Por outro lado vazões excessivas provocam
aumento do NPSHr e redução do NPSHd e, conseqüentemente, aumenta a possibilidade
de surgimento de cavitação. Também o excesso de vazão aumentará a potência
requerida e pode com isso, causar danos significativos ao sistema de fornecimento de
energia mecânica (motor).
Bomba hidráulica
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Com a eliminação da casa de bombas de carga, cerca de 500 m3 podem ser
utilizados como espaço de carga, além de ser eliminada uma área perigosa. As bombas
posicionadas dentro dos tanques também garantem que não haverá perda de aspiração
nem risco de cavitação e as bombas poderão ser operadas com maior eficiência.
Além de tudo isso, bombas submersíveis, uma em cada tanque, com seus
sistemas de redes e válvulas independentes, possibilitam total segregação dos vários
tipos de cargas nomeadas para carregamento.
Bomba de profundidade
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Podem ser acionadas tanto no CCC quanto no convés principal. Possuem partida
inicial em baixa rotação e um segundo estágio, que eleva a rotação para a de serviço.
Com base em cálculos chega-se a uma série de relações entre essas e outras
grandezas (peso específico, velocidade do líquido no rotor, potência, etc.), permitindo,
assim, que se possam traçar curvas características de algumas dessas variáveis em
relação a outra (que se deseja manter praticamente constante). Na prática, ensaiam-se as
bombas nos laboratórios, quando possível, para um traçado mais exato dessas curvas.
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distinguiu pelas suas contribuições na dinâmica de fluidos, na óptica e na física
matemática.
6.5 NPSH
Para que não ocorra o fenômeno da cavitação, é necessário que a energia de que
o líquido dispõe na chegada ao flange de sucção seja maior que a que ele vai consumir
no interior da bomba. Ou seja: que o NPSH disponível seja maior que o NPSH requerido
(NPSHd > NPSHr).
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6.7 Cavitação
Quando a condição NPSHd > NPSHr não é garantida pelo sistema, ocorre o
fenômeno denominado cavitação. Este fenômeno dá-se quando a pressão do fluido na
linha de sucção adquire valores inferiores aos da sua pressão de vapor, formando-se
bolhas de vapor, isto é, a rarefação do fluído (quebra da coluna de líquido), causada pelo
deslocamento das pás do rotor, natureza do escoamento e/ou pelo próprio movimento de
impulsão do fluido.
• queda do rendimento;
Para reduzir a corrosão das bombas, utilizam-se, em sua fabricação, materiais que
resistem melhor aos efeitos da cavitação. Dentre esses, podem-se citar: ferro fundido,
bronze, alumínio, aço fundido, aço laminado, bronze fosforoso, bronze-manganês, aço-
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níquel, aço-cromo e ligas de aço inoxidável especiais. As bombas que utilizam materiais
químicos devem ser revestidas com neoprene.
• inspeção visual;
• manutenção periódica; e
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• verificação da vibração e de barulhos.
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A curva Q-H, apresentada acima, mostra que a coluna máxima é de 133 metros de
coluna de líquido (mcl), onde a vazão de descarga logicamente será zero. Na curva Q-H,
correspondendo ao ponto de projeto, encontra-se uma coluna de 110 mcl o que dá uma
vazão de descarga (Q) de 110 m3/h. Este ponto representa a condição de trabalho mais
econômica da bomba. A curva também apresenta a eficiência da bomba que, neste caso,
é máxima significando 51%.
Na base do gráfico, está a curva para o NPSH. A curva se refere ao lado de sucção
da bomba e que pode ser explicado como a pressão absoluta no lado da sucção, que é
necessária para manter a bomba cheia de líquido se a pressão de vapor do líquido for
zero. Para manter a bomba trabalhando corretamente, a pressão no lado da sucção tem
que ser maior do que NPSH + PV, o que manterá a bomba sem cavitação. Observa-se
que, quanto maior a vazão de descarga, maior o NPSH.
Uma bomba isolada sempre fornecerá mais vazão do que esta mesma bomba
associada em paralelo com outra igual porque a variação na perda de carga no recalque é
diferente.
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6.11 O edutor
• coluna de sucção;
• coluna de descarga;
• velocidade do propelente; e
Em razão da eficiência de um edutor ser muito baixa, eles não são usados como
bomba de carga nos navios químicos, porém podem ser usados para manuseio de
resíduos ou para lavagem de tanques.
“Todo navio construído entre 1o de julho de 1986 e antes de 1ode janeiro de 2007
deverá ser dotado com um arranjo de bombeamento e de redes para assegurar que cada
tanque certificado para o transporte de substâncias da Categoria X e Y não retenha uma
quantidade de resíduos superior a 100 litros, no tanque e redes a ele associadas, e que
cada tanque certificado para o transporte de substâncias da Categoria Z não retenha uma
quantidade de resíduos superior a 300 litros, no tanque e redes a ele associadas. Deverá
ser feito um teste de desempenho, de acordo com o apêndice 5 deste Anexo”.
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O Apêndice 5 do Anexo II (Avaliação das Quantidades de Resíduos nos Tanques
de Carga, nas Bombas e nas Redes a elas associadas) tem como propósito fornecer os
procedimentos para testar a eficiência dos sistemas de bombeamento de carga.
A Regra 13 prevê condições mais severas para a descarga de resíduos das cargas
da categoria X, impondo que o tanque seja previamente lavado, antes que o navio deixe o
porto de descarregamento, e os resíduos sejam descarregados para uma instalação de
recebimento até que a concentração da substância esteja dentro de limites aceitáveis pela
Regra.
A lavagem prévia também deve ser efetuada para substâncias das categorias Y e
Z, caso a descarga não tenha sido efetuada de acordo com o Manual de Procedimentos e
Arranjos e, também, para as substâncias de alta viscosidade ou aquelas que solidificam,
da categoria Y.
Algumas cargas de alto ponto de fusão precisam ser aquecidas para prevenir que
se solidifiquem e outras simplesmente para diminuir a viscosidade, facilitando o trabalho
das bombas.
Os meios utilizados a bordo para aquecimento dessas cargas são o vapor, a água
quente e os óleos térmicos.
As serpentinas são instaladas em seções para evitar que, em caso de uma das
seções sofrer furo, a carga não fique sem aquecimento.
Trocador de calor
Trocador de calor
O tipo de limpeza dos tanques de carga dos navios químicos a ser adotado
dependerá, principalmente, da próxima carga a ser embarcada e da rota do navio.
• trocadores de calor;
• máquinas de lavagem; e
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• redes de distribuição de água de lavagem de tanques.
As máquinas fixas dependem apenas da abertura das válvulas de água para seu
funcionamento, uma vez que estão permanentemente posicionadas nos tanques de
carga.
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Camelos e mangueiras das máquinas portáteis
Para determinar cada altura que a máquina de limpeza ficará dentro do tanque, as
mangueiras precisam ser marcadas, normalmente a cada metro, para que se faça uma
correspondência com a profundidade do tanque e se posicione a máquina da maneira
mais favorável ao tipo de limpeza que se quer fazer.
A quantidade de água a ser armazenada deve ser corretamente calculada para que
não haja sobra excessiva ao término da limpeza e se constitua em peso morto diminuindo
a quantidade de carga a ser embarcada. Normalmente, essa sobra é descartada ou
transferida para os tanques de água da praça de máquinas para uso geral.
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Alguns navios possuem um pequeno tanque de mistura onde é adicionado produto
químico específico para o resíduo que se quer lavar. Nele está instalada uma bomba
dosadora que faz a sucção do produto e o injeta diretamente na rede de lavagem. Desse
modo, a água que chega às máquinas já contém o produto de limpeza que foi
programado.
Esse processo é pouco utilizado a bordo, uma vez que a quantidade de produto
químico de limpeza pode ser muito grande, dependendo do número de tanques a ser
lavados. Sendo necessário o uso de produtos químicos, a opção mais eficaz e barata será
a recirculação (rock and roll), já mencionada quando tratamos de passivação de tanques.
Gás inerte significa um gás ou mistura de gases, tal como o gás de caldeira,
contendo oxigênio insuficiente para sustentar a combustão de hidrocarbonetos.
Um sistema gerador de gás inerte para os navios químicos deverá ser projetado,
construído e testado para aprovação da Administração. Deverá tornar e manter a
atmosfera dos tanques de carga não inflamável o tempo todo, exceto quando precisar ser
desgaseificado para manutenção. São aceitos os sistemas de gás inerte providos por um
ou mais geradores de gás inerte que queimem óleo combustível. Também podem ser
aceitos sistemas que usem gás inerte de outras fontes, desde que atinjam um padrão de
segurança equivalente.
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positiva o tempo todo, no porto e em viagem, exceto quando for necessário que os
tanques sejam desgaseificados;
O sistema também deverá ser capaz de fornecer gás inerte aos tanques de carga
numa taxa de, pelo menos, 125% da taxa de capacidade máxima das bombas de carga
do navio, expressa em volume. Poderá ser aceito pela Administração um sistema de
capacidade inferior, desde que a taxa máxima de descarga dos tanques seja protegida
por um sistema que a restrinja a 80% da capacidade do gás inerte.
O sistema deverá ser capaz de fornecer gás inerte com um teor de oxigênio não
superior a 5% em volume na rede principal de gás inerte para os tanques de carga em
qualquer taxa de vazão exigida.
A composição do gás inerte produzido por um sistema gerador de gás inerte tem,
aproximadamente, a seguinte composição,:
• NITROGÊNIO > 84 %
Os navios químicos utilizam o gás inerte produzido por sistema gerador de gás
inerte (nitrogênio) por ser mais limpo, com percentual desprezível de fuligem, em
detrimento ao gás inerte produzido pelo aproveitamento dos gases da caldeira, uma vez
que estes contêm percentual superior de fuligem, que poderá vir a contaminar a carga.
Alguns navios químicos possuem uma planta geradora de gás inerte e produzem
esse gás de acordo com suas necessidades. Outros navios possuem uma bateria de
garrafas de nitrogênio com capacidade suficiente para completar as perdas normais,
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durante a viagem, do nitrogênio recebido do terminal após o carregamento de
determinadas cargas, mantendo o colchão protetor.
O sistema de gás inerte a bordo deverá ser capaz de manter uma pressão de pelo
menos 0,07 bar manométrico dentro dos tanques o tempo todo. Adicionalmente, o
sistema não poderá elevar a pressão dentro dos tanques além da pressão de regulagem
das válvulas de alívio de pressão.
Quando for usado um “colchão de gás inerte”, deverão existir arranjos similares
para manter o colchão de gás inerte nas condições descritas nos parágrafos anteriores.
Deverá haver meios de monitoramento do espaço vazio que contém a camada de gás,
para assegurar que a atmosfera desse espaço está sendo mantida como previsto.
6.16 Instrumentação
Não poderão ser usados equipamentos elétricos, cabos e instalação elétrica nas
áreas perigosas, a não ser que estejam dentro dos padrões mínimos de segurança
aprovados. Para os locais não cobertos por esta padronização, os equipamentos, cabos,
instalações elétricas e materiais que não obedecem aos padrões mínimos, poderão ser
instalados desde que baseados em uma análise de risco que garanta um nível
equivalente de segurança.
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O Capítulo 17 do IBC indica na coluna “i” as exigências para instalação de
equipamentos elétricos em área perigosa em relação a determinados produtos.
As áreas com risco de gás dos navios são consideradas perigosas devido à
presença de substâncias potencialmente explosivas.
• aberto: é aquele que usa uma abertura do tanque e expõe o operador à carga
ou aos seus vapores como por exemplo, quando se usa as trenas manuais nas bocas de
ulagem;
- 51 –
• restrito: é aquele que penetra o tanque e que, quando está em uso, permite que
uma pequena quantidade de vapor ou de líquido seja liberada para a atmosfera;
• Alternativamente pode ser usado um sistema indireto que não penetra o tanque
e é independente dele como, por exemplo, a pesagem da carga e um medidor de fluxo
instalado na rede de carga.
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manuais de forma a parar imediatamente o carregamento evitando que o tanque
transborde.
MiniOX Responder
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Bomba Kwik-Draw
Bomba “Kwik-Draw”
Têm vida útil de 24 meses e permite a detecção da presença de CO, H2S e O2,
proporcionando um desempenho livre de manutenção. Pode ser utilizado em trabalhos
mais severos, em ambientes industriais hostis.
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7 Segurança e Prevenção da Poluição
7.1 Avaliação da atmosfera do tanque
Esta capacitação deve ter carga horária mínima de dezesseis horas com conteúdo
programático de:
a) definições;
f) área classificada; e
g) operações de salvamento.
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É dever de o empregador identificar os espaços confinados e os riscos específicos
de cada espaço confinado.
• inflamabilidade;
• toxicidade;
• reatividade; e
• deficiência de oxigênio.
A atmosfera dos tanques deve ser avaliada sempre imediatamente antes de uma
entrada ser autorizada, durante as operações de inertização, desgaseificação e purga e
para verificar uma condição de tanque livre de gás (gas-free). Além disso, para controle
de qualidade do produto, a atmosfera do tanque deve ser avaliada para garantir que sua
atmosfera não o contaminará.
Medidas técnicas de prevenção que devem ser adotadas para entrada em espaços
confinados, quais sejam:
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7.1.1 Medição da atmosfera dos tanques
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7.1.1.2 Vapores inflamáveis
Para um gás ou vapor inflamável queimar, é necessário que exista, além da fonte
de ignição, uma mistura chamada "ideal" de ar atmosférico (oxigênio) com gás
combustível. A quantidade de oxigênio no ar é praticamente constante, em torno de 21 %
em volume. Já a quantidade de gás combustível necessário para a queima, varia para
cada produto e está dimensionada através de duas constantes: o Limite Inferior de
Inflamabilidade ou Explosividade (LII/LIE) e o Limite Superior de Inflamabilidade ou
Explosividade (LSI/LSE).
MISTURA MISTURA
MISTURA RICA
POBRE INFLAMÁVEL
LII/LIE LSI/LSE
- 61 –
ar amostrado. A extensão ou a tonalidade da mudança de cor indica a concentração de
gás ou vapor no ar.
Tubos Detectores
• É fácil de ser usado através das seguintes etapas: 1- Inserir o chip; 2- Mover a
chave deslizante; 3- Ler o resultado no mostrador.
- 62 –
7.2 Prevenção a Incêndios e Equipamentos
• combustível;
Triângulo do Fogo
- 63 –
7.2.1 Classificação dos incêndios
CLASSE “A”
CLASSE “B”
- 64 –
CLASSE “C”
CLASSE “D”
- 65 –
todos das equipes de combate a emergências devem estar suficientemente treinados e
em bom estado de saúde física e emocional.
A maioria das fontes de ignição a bordo dos navios químicos tem sua temperatura
superior à temperatura de auto-ignição de muitas cargas químicas como, por exemplo, a
temperatura de auto-ignição do fósforo (phosphorus), que é de 30oC.
• alguns produtos químicos reagem com a água gerando calor, gases inflamáveis
e gases tóxicos;
A
Papel, madeira, etc. SIM EXCELENTE
Material que deixa Apaga somente na Apaga somente na SIM REGULAR Apaga somente
Resfria, encharca e
brasa ou cinza, requer superfície. superfície. Abafa e resfria. na superfície
apaga totalmente
um agente que molhe
e resfrie.
B
Líquidos inflamáveis SIM EXCELENTE
(óleos, gasolina, SIM BOM Só em forma de
SIM EXCELENTE Produz um lençol
graxas, etc.) Requer Não deixa resíduo borrifo, saturando o SIM EXCELENTE
Abafa rapidamente. de espuma que
ação rápida de e é inofensivo. ar de umidade.
abafa o fogo.
resfriamento e
abafamento.
SIM EXCELENTE
C Não deixa resíduo,
NÃO
Equipamentos SIM BOM A espuma é
não danifica o NÃO
elétricos. Requer Não é condutor da condutora e SIM EXCELENTE
equipamento e não Conduz eletricidade.
agente não condutor corrente elétrica. danifica o
conduz
de corrente elétrica. equipamento.
eletricidade.
1-Abra a ampola de 1-Aperte o gatilho
1-Retire a trava de
gás (só nos (AGPD-10) ou abra
segurança;
aparelhos PQPI) 1-Vire o extintor a válvula da ampola
2-Segure firme o 1-Aperte o
2-Segure firme o com a tampa de gás (AGPI-10 e
punho difusor; gatilho;
punho difusor. para baixo; AGPI-75)
COMO OPERÁ-LO 3-Aperte o gatilho; 2-Oriente o jato
3-Aperte o gatilho. 2-Oriente o jato 2-Desenrole a
4-Direcione o jato para base do
4-Oriente o jato de para base do mangueira e abra o
para base do fogo fogo.
maneira a formar fogo. esguicho (AGPI-75)
fazendo uma
uma cortina de pó 3-Oriente o jato
varredura.
sobre o fogo. para base do fogo.
Pó químico seco e Espuma formada
SUBSTÂNCIA Dióxido de CO2 produzido pelo por bolhas
Água HALON 1211
EXTINTORA Carbono pó em contato com consistentes e
o fogo cheias de CO2
Romper a cadeia
EFEITO PRINCIPAL Resfriamento pela
Abafamento Abafamento Abafamento de transferência
DO EXTINTOR saturação
intramolecular
Anualmente ou
perda de peso da Anualmente ou
TEMPO DE EFETUAR Perda de peso
ampola além de Anualmente Anualmente medir a pressão
A RECARGA além de 10%
10% ou manômetro para "recarregar”
em "recarregar"
- 68 –
Componentes de um extintor de CO2
- 69 –
7.2.5 Agentes extintores
7.2.5.1 Água
Por ser excelente condutor de eletricidade, a água nunca deverá ser utilizada nos
incêndios da Classe C. Determinados produtos químicos reagem perigosamente com a
água e por esse motivo esta não poderá ser usada como agente extintor nos incêndios
com essas substâncias.
7.2.5.2 Espuma
A espuma é formada por pequenas bolhas aderentes entre si, constituindo-se num
verdadeiro cobertor que, ao ser aplicado, repousa sobre a superfície do material
incendiado, impedindo o contato com o oxigênio necessário para a continuação da
combustão motivo pelo qual é o melhor agente extintor indicado para incêndios da Classe
B envolvendo líquidos inflamáveis. A sua principal propriedade extintora é o abafamento.
Paralelamente também age por resfriamento uma vez que sua composição contém de
94% a 99% de água, o que a torna uma alternativa para incêndios da Classe A.
Entretanto, pelo elevado percentual de água, deve ser evitado seu uso em incêndios da
Classe C.
Esse tipo de pó atua da mesma maneira que o PQS, porém pode ser empregado
nas três classes de incêndio A, B e C, agindo por quebra da reação em cadeia e também
por abafamento. É um composto a base de fosfato de monoamônia, um produto
largamente utilizado como fertilizante agrícola.
7.2.5.5 Halon
Estes agentes são efetivamente muito eficientes, pelo que, relativamente aos
gases inertes, por exemplo, requerem um volume muito menor de gás para a instalação
fixa, permitindo baterias de cilindros menores, em espaços mais reduzidos. Por outro
lado, o seu custo é muito superior ao dos gases inertes. São exemplos de agentes
halogenados os produtos genericamente designados por FM-200 e FE13.
Não deve ser usado em atmosferas explosivas uma vez que gera eletricidade
estática.
Como complementos para proteção das mãos e da cabeça, devem ser utilizados
luvas e capuzes, preferencialmente resistentes ao calor, com considerável grau de
impermeabilidade e confeccionadas em algodão.
• bota de borracha;
• luva de borracha;
• capacete rígido;
- 73 –
• cabo guia a prova de fogo; e
Todos os navios deverão levar pelo menos duas roupas para combate a incêndio.
Nos navios-tanque, deverá haver mais duas roupas de combate a incêndio. A
Administração poderá exigir outros conjuntos de equipamentos pessoais e outros
equipamentos de respiração, levando na devida consideração o tamanho e o tipo do
navio.
Deverá haver duas cargas extras para cada equipamento de respiração exigido. Os
navios de carga, que são dotados de meios adequadamente localizados, para recarregar
totalmente as ampolas de ar com um ar livre de contaminação, só precisam levar uma
carga extra para cada equipamento exigido.
Compressor de ar respirável
A conexão internacional para terra deve estar sempre disponível para uso imediato.
- 74 –
7.2.9 Procedimentos gerais de prevenção a incêndios durante as operações
e) devem ser utilizados cabos de fibra natural para arriar as máquinas portáteis de
jato rotativo nos tanques;
Por isso é que nenhum tipo de trapo deve ser guardado próximo a óleos, tintas, etc,
nem devem ser deixados no convés sobre equipamentos, redes, e nem próximo destes.
Se estiverem úmidos. Somente deverão ser guardados após estarem secos e se
estiverem encharcados de óleo, deverão ser lavados ou destruídos.
Os riscos de poluição que podem ser causados pelos navios químicos são
minimizados pelo cumprimento das regras existentes para a construção e equipamentos
desses navios e das regras para o manuseio das substâncias líquidas nocivas que
transportam e dos resíduos dessas substâncias.
- 76 –
Com relação ao cumprimento das regras de exigências de construção e
equipamentos temos:
Com relação ao cumprimento das regras de exigências para manuseio das cargas
nocivas temos:
• exigências de descarga; e
A poluição causada pelas cargas pode ser minimizada por meio do cumprimento
rigoroso e correto dos procedimentos operacionais previstos no sistema de gestão da
companhia e das regras aplicáveis à prevenção e combate à poluição.
• garantir uma mistura efetiva com a água do mar quando forem descarregadas
para o mar;
- 77 –
Esses princípios são diferentes para as diferentes categorias de substâncias e são
mais rigorosos quando as descargas tiverem que ser efetuadas nas áreas especiais.
.1 o navio deverá está em movimento, com uma velocidade de pelo menos 7 nós,
no caso de navios com propulsão própria, ou de pelo menos 4 nós, no caso de navios que
não tenham propulsão própria:
- 78 –
.2 a descarga deverá ser feita abaixo da linha d´água, através da(s) saída(s) de
descarga submersa(s), não ultrapassando a vazão máxima para a qual foi (foram)
projetada(s) a(s) saída(s) de descarga submersa(s); e
.3 a descarga deverá ser feita a uma distância não inferior a 12 milhas náuticas da
terra mais próxima, num local em que a profundidade da água não seja inferior a 25
metros.
Por solicitação do comandante do navio poderá ser concedida uma dispensa pelo
Governo da Parte recebedora, quando estiver convencido de que:
- 79 –
.2 o tanque descarregado não será lavado nem lastrado no mar. A lavagem prévia,
de acordo com o parágrafo aplicável desta regra, deverá ser realizada em outro porto,
desde que seja confirmado por escrito que existe uma instalação de recebimento
disponível naquele porto e que ela seja adequada para aquela finalidade; ou
5.1 Quando for utilizado um meio para lavagem que não seja água, como óleo
mineral ou solvente clorado, para lavar um tanque, a sua descarga deverá ser regida pelo
disposto no Anexo I ou no Anexo II, o que seria aplicável ao meio caso ele fosse
transportado como carga. Os procedimentos para a lavagem do tanque, que envolvam a
utilização daquele meio, deverão ser especificados no Manual e aprovados pela
Administração.
- 80 –
a) o tanque seja lavado previamente de acordo com um procedimento aprovado
pela Administração, cumprindo com o apêndice 6 deste Anexo; e
7.2.2 O lastro introduzido num tanque de carga que tiver sido lavado ao ponto em
que o lastro contenha menos de 1 ppm da substância anteriormente transportada poderá
ser descarregado no mar sem levar em consideração a vazão de descarga, a velocidade
do navio e a localização da saída da descarga, desde que o navio não esteja a menos de
12 milhas da terra mais próxima e que a profundidade da água não seja inferior a 25
metros. O grau de limpeza exigido terá sido atingido quando tiver sido feita uma lavagem
prévia, como especificado no apêndice 6, e o tanque tiver sido lavado posteriormente com
um ciclo completo da máquina de limpeza para navios construídos antes de 1° de Julho
de 1994, ou com uma quantidade de água não inferior à calculada com k = 1,0.
- 81 –
7.2.3 A descarga no mar de lastro limpo ou segregado não estará sujeita às
exigências deste Anexo.
.2 seja decorrente de uma avaria sofrida pelo navio ou por seus equipamentos;
.5 tenham sido aprovados pela Administração, quando estiver sendo realizada com
a finalidade de combater determinados incidentes de poluição para minimizar os danos
causados pela poluição. Qualquer destas descargas deverá estar sujeita à aprovação de
qualquer Governo em cuja jurisdição seja esperada que venha a ocorrer.
Também devem possuir roupas protetoras para o corpo todo para quando precisar
entrar em locais onde possam ser encontrados resíduos perigosos das cargas.
- 82 –
As roupas de trabalho e os equipamentos de proteção em uso devem ser mantidos
em local de fácil acesso, denominados paióis de roupas contaminadas, fora dos espaços
das acomodações, exceto as roupas e os equipamentos novos ou os que passaram pelo
processo de higienização. Esses materiais poderão ser guardados em espaços dentro
das acomodações desde que sejam espaços segregados das áreas comuns.
Para que os EPIs possam ser utilizados de forma rápida e segura, mormente nas
emergências, as tripulações devem ser submetidas a treinamentos regulares que devem
ser ministrados por pessoas previamente treinadas.
Os navios que transportam cargas tóxicas devem possuir pelo menos três
conjuntos de equipamentos de segurança que permitem a entrada em um compartimento
com gás e que se possa trabalhar por pelo menos 20 minutos. Esse equipamento é
adicional as exigências da SOLAS II-2/10.10 e consiste de:
- 83 –
7.4.1 Filtros de proteção respiratória
Para isso, existem filtros para um único tipo de gás ou para mais de um tipo de gás.
Esses filtros são adequados somente para concentrações de gás relativamente baixas e,
uma vez utilizados, não há meio seguro de se avaliar a capacidade restante do filtro.
Modelo ilustrativo de máscara facial inteira com filtro para mais de um tipo de gás tóxico
- 84 –
7.4.3 Máscara Autônoma de Circuito Aberto ou Fechado
Para algumas cargas as casas de bombas de carga deverão estar equipadas com
um equipamento de detecção de vapores tóxicos a menos que possuam:
• trabalhos a quente;
- 86 –
• trabalhos envolvendo eletricidade; e
- 87 –
BIBLIOGRAFIA
IMO. Model Course 1.02 – Specialized Training for Oil Tankers. London, 1999
B. Bengtsson, Sea Transport of Liquid Chemiclas in Bulk. 3rd ed. Sweden, 1982
ICS/OCIMF, Ship to Ship Transfer Guide (Petroleum). 3rd ed. London, 1997
U.S. Coast Guard, CRHIS Code, Hazardous Chemical Data. Washington, 1990
BAPTIST C. Tanker Handbook for Deck Officers. 7th ed. Glasgow, 1991
IMO. Medical First Aid Guid for Use in Accidents Involving Dangerous Goods
(MFAG)
- 88 –