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Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha.

Curso de Eletrotécnica. Disciplina: Mecânica.


Prof.: Estevão F. Schneider.

Critério do Tempo de Aceleração de um Motor.

Tempo de Aceleração sem carga – a vazio.

ωω

Para o caso de um motor partindo a vazio teremos e iguais


a zero devido à ausência de carga mecânica acoplada a seu eixo.

Vamos calcular o tempo de aceleração, página 6 do material de Aplicação de


Motores, do motor de 0,75 kW com 4 polos da tabela acima.

Obtemos o valor do momento de inércia rotacional do motor diretamente da


tabela, sem a necessidade de conversão de unidade:

A velocidade de rotação inicial do motor será sempre igual a zero e a velocidade


de rotação final é obtida diretamente da tabela com seu valor em rpm. No caso ω = 1725
rpm. O valor de Δω será sempre o valor da rotação da tabela uma ver que a velocidade
inicial sempre é zero. Será necessário converter a velocidade de rpm para rad/s antes de
calcular ta. Para isso basta multipicar o valor em rpm por 2π e depois dividir por 60. O
resultado será 180,6416 rad/s.
A tabela corresponde a motores categoria H e seu conjugado médio motor é
calculado, como visto na página 7 do material Aplicação de Motores, da seguinte forma:
O valor do conjugado nominal é obtido diretamente da tabela em kgfm e os
conjugados de partida e máximo também, mas com valor por unidade de
referência que é . Seus valores em kgfm são obtidos como segue:

Após será necessário converter a unidade de kgfm para Nm. Para isso basta
multiplicar seu valor por 9,81 ou como faremos na prática para simplificar as contas,
por 10.

Da tabela obtemos:

Finalmente podemos calcular o tempo de aceleração a vazio do motor:


Tempo de aceleração com carga.
Quando um motor é acionado por uma chave de partida direta e tem uma carga
mecânica acoplada diretamente ao seu eixo temos a situação mais simples para calcular
o tempo de aceleração.
Vamos verificar se um motor de 0,75 kW com 4 polos consegue colocar em
regime permanente uma carga mecânica de igual potência acoplada diretamente ao seu
eixo. Para esse exemplo vamos considerar que a carga mecânica seja do tipo conjugado
resistente constante e tenha um momento de inércia J c = 0,05 kgm2.
Seu conjugado resistente é facilmente obtido dividindo a potência mecânica da
carga em Watt pela sua velocidade de rotação em rad/s. Como informado que a carga
tem conjugado resistente constante seu conforme
explicado no material Aplicação de Motores, página 7.

Agora é só calcular o tempo de aceleração do motor para esta carga, uma vez
que os demais valores já foram obtidos no exemplo anterior:

O significado do resultado é que o motor consegue colocar a carga a funcionar


em regime permanente e demora 1,287s para isso. Esse também é o tempo que demora
para a corrente diminuir do seu valor máximo Ip = 21,17 A, quando a velocidade de
rotação é zero, até sua corrente nominal In = 2,9 A, quando a velocidade para de
aumentar e permanece constante em seu valor nominal de 1725 rpm.
Os valores elevados de corrente durante o transitório de partida produzem muito
calor porque são proporcionais ao seu quadrado (7,3 2 = 53,29 vezes o calor produzido
por In ) elevando a temperatura dos enrolamentos motor. O aumento da temperatura
deve ser de um valor que não permita que o motor ultrapasse o limite da classe da
isolação que é de 130º C para classe B, 155º C para classe F e de 180º C para classe H.
Para garantir que isso ocorra o tempo de aceleração tem de ser menor que 80% do
tempo de rotor bloqueado a quente do motor (obtido da tabela), conforme explicado no
material Aplicação de Motores, página 7.

No caso do motor do nosso exemplo ele está então aprovado para a tarefa pois:

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