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OPC 2

PROF J. ALVES
EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA E DISPOSITIVOS
DE PROTEÇÃO EXISTENTES NOS NAVIOS
GASEIROS
GRUPO 4
HILDA SUZAN BENTES DE FIGUEIREDO MARTINS
JAIME RODOLFO PEREZ ORTEGA
LEANDRO CUSTÓDIO CUNHA
MARCELLUS BRUNO SIMÕES BARBOSA
ROBENSON KLEBER PEREIRA SANTOS
TATIANA BRITO MACEDO
WANDERLEI MARTINS DA SILVA FILHO
Controle de riscos nos navios gaseiros
6.1 - influência que têm a desgaseificação, a inertização, a purgação e a secagem e o
resfriamento na redução dos riscos nas operações a bordo;
6.2 – como os riscos nas operações a bordo podem ser monitorados;
6.3 - medidas antiestáticas que devem ser adotadas durante as operações relacionadas ao
manuseio da carga;
6.4 - função da ventilação para controlar os riscos durante as operações com a carga;
6.5 - por que deve ser feita a segregação das cargas;
6.6 - definição de polimerização e de peróxido;
6.6 - por que algumas carga devem ser inibidas;
6.7 - o que deve conter no certificado de inibição da carga;
6.8 - importacia da compatibilidade entre as cargas transportadas;
6.9 - formas de controle das atmosfera dos espaços fechados de bordo;
6.10 - teste de gás que devem ser realizados a bordo;
6.11 - circunstâncias em que a atmosfera em tanques de carga e espaços fechados deverá ser
avaliada;
6.12 - instrumentos que são usados para avaliação das atmosferas dos espaços de bordo; e
6.13 - finalidade das folhas de dados de segurança dos materiais (MDSD)
6.1 – INFLUÊNCIA QUE TEM A DESGASEIFICAÇÃO, A INERTIZAÇÃO,
A PURGA E A SECAGEM E O RESFRIAMENTO NA REDUÇÃO DOS
RISCOS NAS OPERAÇÕES A BORDO

Todos os processos que citados, tem como objetivo, reduzir os riscos de


eventos envolvendo atmosferas inflamáveis, tóxicas ou com quantidade de
oxigênio inadequado. Elevando o nível de segurança para a realização das
operações de bordo.
- DESGASEIFICAÇÃO
- INERTIZAÇÃO
- PURGA
- SECAGEM (Aquecimento)
- RESFRIAMENTO
6.1 – INFLUÊNCIA QUE TEM A DESGASEIFICAÇÃO, A INERTIZAÇÃO,
A PURGA E A SECAGEM E O RESFRIAMENTO NA REDUÇÃO DOS
RISCOS NAS OPERAÇÕES A BORDO

INERTIZAÇÃO: É um processo que consiste em substituir o ar presente nos


tanques do navio por um gás inerte, como o nitrogênio ou o dióxido de
carbono. Esse processo é utilizado para evitar a formação de uma atmosfera
explosiva no interior dos tanques. Os riscos associados à operação de
inertização de navio estão relacionados à falta de oxigênio no espaço. A
inalação de gases inertes como o nitrogênio ou o dióxido de carbono pode
causar anoxia, que é a falta de oxigênio no sangue
6.1 – INFLUÊNCIA QUE TEM A DESGASEIFICAÇÃO, A INERTIZAÇÃO,
A PURGA E A SECAGEM E O RESFRIAMENTO NA REDUÇÃO DOS
RISCOS NAS OPERAÇÕES A BORDO

DESGASEIFICAÇÃO: É um procedimento que tem como objetivo remover


gases inflamáveis ou tóxicos dos tanques de carga. O processo é realizado por
meio de equipamentos que retiram o ar do espaço e o substituem por ar limpo e
seguro, com volume de oxigênio de 21% e quando o vapor da carga ou gás
inerte estiver dentro do TLV aceitável. O processo é importante para garantir a
segurança dos tripulantes e evitar explosões ou intoxicações. Os principais
riscos do processo de desgaseificação de navio estão relacionados à presença
de gases inflamáveis ou tóxicos no espaço confinado. A inalação desses gases
pode causar intoxicação e até mesmo a morte.
6.1 – INFLUÊNCIA QUE TEM A DESGASEIFICAÇÃO, A INERTIZAÇÃO,
A PURGA E A SECAGEM E O RESFRIAMENTO NA REDUÇÃO DOS
RISCOS NAS OPERAÇÕES A BORDO

Enquanto a desgaseificação é o processo de remoção de gases inflamáveis ou


tóxicos de um tanque a inertização é o processo de substituição dos gases
inflamável ou tóxico presente em um tanque por um gás inerte, como o
nitrogênio ou o dióxido de carbono, para evitar a formação de uma atmosfera
explosiva
6.1 – INFLUÊNCIA QUE TEM A DESGASEIFICAÇÃO, A
INERTIZAÇÃO, A PURGA E A SECAGEM E O RESFRIAMENTO
NA REDUÇÃO DOS RISCOS NAS OPERAÇÕES A BORDO

Planta de gás inerte (CO²): Planta de Nitrogênio: Bateria de gás inerte:


6.1 – INFLUÊNCIA QUE TEM A DESGASEIFICAÇÃO, A INERTIZAÇÃO,
A PURGA E A SECAGEM E O RESFRIAMENTO NA REDUÇÃO DOS
RISCOS NAS OPERAÇÕES A BORDO
PURGA: É um processo de limpeza dos tanques de carga para remover
resíduos e gases inflamáveis ou tóxicos antes do carregamento ou
descarregamento de produtos. O processo envolve a remoção de gases
inflamáveis ou tóxicos do tanque e sua substituição por ar limpo ou gás inerte
para evitar riscos de explosão ou intoxicação. Os equipamentos usados na
operação de purga em navios incluem bombas de vácuo, compressores de ar e
medidores de oxigênio para monitorar o nível de oxigênio no espaço confinado
e garantir que ele seja substituído por ar limpo ou gás inerte. Além disso, é
necessário um sistema de fornecimento de gás inerte, como o nitrogênio ou o
dióxido de carbono. Os riscos associados à operação de purga em navios estão
relacionados à falta de oxigênio no espaço confinado. A inalação de gases
inertes como o nitrogênio ou o dióxido de carbono pode causar anoxia, que é a
falta de oxigênio no sangue.
6.1 – INFLUÊNCIA QUE TEM A DESGASEIFICAÇÃO, A
INERTIZAÇÃO, A PURGA E A SECAGEM E O RESFRIAMENTO
NA REDUÇÃO DOS RISCOS NAS OPERAÇÕES A BORDO

SECAGEM (Aquecimento): É a operação para vaporizar os resíduos de carga


líquida remanescente nos tanques após a descarga e aquecer o tanque de carga
antes das operações de inertização e desgaseificação, evitando condensação e
formação de gelo. Tem como objetivo, remove a umidade dos tanques de carga,
redes, etc. reduzindo o ponto de orvalho e minimizando os problemas com a
formação de gelo. Esta secagem é feita, aspirando-se o vapor frio do topo do
tanque de carga pelo compressor onde o vapor é aquecido pela compressão e
reenviado ao poceto da bomba ou ao fundo do tanque. Durante o processo de
aquecimento, a temperatura e a pressão do tanque devem ser acompanhadas e
mantidas a níveis aceitáveis. Os riscos associados à operação de secagem,
incluem o risco de explosão ou incêndio devido à presença de gases
inflamáveis ou vapores dentro dos tanques.
6.1 – INFLUÊNCIA QUE TEM A DESGASEIFICAÇÃO, A
INERTIZAÇÃO, A PURGA E A SECAGEM E O RESFRIAMENTO
NA REDUÇÃO DOS RISCOS NAS OPERAÇÕES A BORDO

RESFRIAMENTO: É o processo que visa reduzir a temperatura do tanque de


carga antes do início do carregamento, minimizando a tensão térmica do
material e a vaporização excessiva da carga. O resfriamento do tanque e redes
é realizado antes do carregamento prevenindo o choque térmico, quando o
líquido frio chegar ao tanque. É realizado introduzindo-se, lentamente, a carga
líquida no tanque pela rede de resfriamento ou pelo sistema de borrifo. A carga
líquida tende a vaporizar quando introduzida em um tanque aquecido, trocando
calor com a atmosfera e a própria antepara do tanque. Uma correta operação de
resfriamento é verificada pela leitura da temperatura dos sensores instalados no
tanque e suas anteparas. O resfriamento estará completo quando a temperatura
da atmosfera do tanque e suas anteparas estiverem mais baixas e aceitáveis em
relação à temperatura da carga a ser recebida.
6.2 – COMO OS RISCOS NAS OPERAÇÕES A
BORDO PODEM SER MONITORADOS

O transporte de gás em navios-tanque pode apresentar riscos significativos,


incluindo explosões e incêndios. Além disso, o transporte de gás liquefeito
pode apresentar riscos adicionais, como vazamentos e explosões causadas por
mudanças na pressão e temperatura. Para minimizar esses riscos, os navios-
tanque são projetados com sistemas de segurança e equipamentos de
emergência, como sistemas de detecção de vazamentos e sistemas de extinção
de incêndios.
6.2 – COMO OS RISCOS NAS OPERAÇÕES A
BORDO PODEM SER MONITORADOS

Para manter um elevado padrão de segurança, nesses tipos de embarcações são


exigidos equipamentos de monitoramento e detecção bastante avançados. São
alguns requisitos obrigatórios de segurança: equipamento de monitoramento
de pressão e temperatura da carga, detectores de gás em diversos pontos da
área de carga, indicadores do nível de carga, válvulas de alívio localizadas no
topo dos tanques (Vent Post), entre outros.
6.2 – COMO OS RISCOS NAS OPERAÇÕES A
BORDO PODEM SER MONITORADOS

Os tipos de navios utilizados para o transporte de GNL têm tanques especiais,


podendo ser esféricos, tanques de membrana dupla ou tanques prismáticos. O
maior esforço de segurança está na construção das embarcações e no
monitoramento de condições durante o transporte
6.2 – COMO OS RISCOS NAS OPERAÇÕES A
BORDO PODEM SER MONITORADOS

Algumas medidas de segurança adotadas no transporte de gás em navios-


tanque incluem o monitoramento da pressão e temperatura da carga, detectores
de gás em diversos pontos da área de carga e indicadores do nível de líquido
nos tanques. Além disso, os equipamentos de medição devem estar limpos e
aterrados
6.2 – COMO OS RISCOS NAS OPERAÇÕES A
BORDO PODEM SER MONITORADOS
6.3 – MEDIDAS ANTIESTÁTICAS QUE DEVEM SER
ADOTADAS DURANTE AS OPERAÇÕES RELACIONADAS
AO MANUSEIO DA CARGA

A eletricidade estática pode surgir quando líquidos ou gases são bombeados


por
tubulações em altas velocidades. Os líquidos não condutores (acumuladores
estáticos), as
misturas de líquidos, o dióxido de carbono e o vapor são fontes comuns de
eletricidade estática quando estão sendo manuseados. A geração de eletricidade
estática normalmente aumenta com o aumento da velocidade do fluxo.
6.3 – MEDIDAS ANTIESTÁTICAS QUE DEVEM SER
ADOTADAS DURANTE AS OPERAÇÕES RELACIONADAS
AO MANUSEIO DA CARGA
6.3 – MEDIDAS ANTIESTÁTICAS QUE DEVEM SER
ADOTADAS DURANTE AS OPERAÇÕES RELACIONADAS
AO MANUSEIO DA CARGA

6.3.1Aterramento
As centelhas elétricas podem ocorrer entre navio e terminal se a conexão do mangote ou
braço de carga permitir um caminho elétrico entre o navio e as estruturas metálicas de terra.
Esse risco se estabelece na hora da conexão e da desconexão dos mangotes ou braços.
No passado, um cabo terra era tradicionalmente conectado entre o berço e o navio para
gerar um caminho alternativo para essa corrente. No entanto, em termos práticos, isso é
ineficaz e o uso do cabo terra não é mais recomendado.
A descontinuidade elétrica é conseguida na conexão para carga por meio de um flange
de isolamento, ou utilizando um mangote com descontinuidade elétrica. Ambos são eficazes na
eliminação de corrente ou centelha elétrica na conexão para carga.
Para evitar a possibilidade de centelhas, normalmente juntas isolantes são colocadas
entre os flanges do braço de carregamento e o da tomada de carga do navio.
6.4 – FUNÇÃO DA VENTILAÇÃO PARA CONTROLAR
OS RISCOS DURANTE AS OPERAÇÕES COM A CARGA

O propósito da rede de ventilação é levar o vapor liberado pela válvula de alívio de


segurança do tanque de carga para o exterior

As válvulas de alívio de pressão dos tanques de carga fazem o alívio através das redes
do sistema de suspiro, direcionando o vapor da carga para a atmosfera por um ou mais
mastros de ventilação. Cada sistema de alívio de pressão está conectado a um sistema de
suspiro projetado de forma a minimizar a possibilidade do vapor da carga se acumular no
convés ou entrar no espaço das acomodações, espaços de máquinas ou outros espaços onde
possam ser criadas condições ambientais inseguras
6.4 – FUNÇÃO DA VENTILAÇÃO PARA CONTROLAR
OS RISCOS DURANTE AS OPERAÇÕES COM A CARGA
6.4 – FUNÇÃO DA VENTILAÇÃO PARA CONTROLAR
OS RISCOS DURANTE AS OPERAÇÕES COM A CARGA

A ventilação desempenha um papel crucial na mitigação de riscos durante as


operações com carga em navios gaseiros. A função principal da ventilação é
garantir a remoção eficiente dos gases inflamáveis e tóxicos presentes nos
espaços de carga e manter uma atmosfera segura a bordo.
6.4 – FUNÇÃO DA VENTILAÇÃO PARA CONTROLAR
OS RISCOS DURANTE AS OPERAÇÕES COM A CARGA

Existem várias razões pelas quais a ventilação é importante para controlar os


riscos em navios gaseiros:

1. Remoção de gases inflamáveis: Durante o carregamento e descarregamento


de cargas líquidas inflamáveis, como gás natural liquefeito (GNL) ou gás
liquefeito de petróleo (GLP), é essencial garantir que a concentração de gases
inflamáveis nos espaços de carga esteja abaixo dos limites de explosividade. A
ventilação adequada ajuda a eliminar esses gases inflamáveis, reduzindo o
risco de explosões e incêndios.
6.4 – FUNÇÃO DA VENTILAÇÃO PARA CONTROLAR
OS RISCOS DURANTE AS OPERAÇÕES COM A CARGA

2. Remoção de gases tóxicos: Além dos gases inflamáveis, certos gases


transportados em navios gaseiros podem ser tóxicos para a tripulação. A
ventilação eficiente ajuda a reduzir a concentração desses gases tóxicos nos
espaços de carga, protegendo a saúde e segurança dos tripulantes.

3. Prevenção de acúmulo de gases: Durante a operação de navios gaseiros,


pode ocorrer a formação de gases não desejados, como os gases inertes
resultantes do uso de inertização para evitar a combustão de cargas
inflamáveis. A ventilação adequada permite a remoção desses gases
acumulados, evitando problemas de segurança e permitindo a operação segura
dos equipamentos a bordo.
6.4 – FUNÇÃO DA VENTILAÇÃO PARA CONTROLAR
OS RISCOS DURANTE AS OPERAÇÕES COM A CARGA

É importante ressaltar que a ventilação em navios gaseiros deve ser realizada


de acordo com as regulamentações e procedimentos de segurança
estabelecidos. Esses procedimentos incluem a utilização de sistemas de
ventilação adequados, monitoramento contínuo da atmosfera nos espaços de
carga, além de treinamento adequado para a tripulação em relação aos
procedimentos de ventilação e segurança.
6.4 – FUNÇÃO DA VENTILAÇÃO PARA CONTROLAR
OS RISCOS DURANTE AS OPERAÇÕES COM A CARGA
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

O transporte de cargas perigosas é relacionado a toda movimentação de


qualquer substância que:
• Apresente alguma instabilidade inerente sob condições normais;
• Sozinha ou combinada com outras cargas possa causar incêndio, explosão ou
corrosão de outros materiais;
• Seja suficientemente tóxica para ameaçar a vida ou a saúde pública se não for
adequadamente controlada.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

As cargas perigosas são regulamentadas pela Organização Marítima


Internacional (IMO), órgão pertencente às Nações Unidas e que tem como
objetivo prevenir os riscos e padronizar a manipulação de cargas que apresente
algum tipo de risco.
As substâncias perigosas são classificadas de acordo com o IMDG Code
(International Maritime Dangerous Goods), desenvolvido para uniformizar várias
classes de acordo com sua periculosidade diante ao meio ambiente e a todos os
seres que podem ser prejudicados.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS
O transporte de gases liquefeitos por navios é regulamentado,
internacionalmente, observando-se critérios de segurança e prevenção da
poluição através de convenções adotadas pela Organização Marítima
Internacional (IMO). O resultado esperado é que não ocorram acidentes nessa
atividade que venham a acarretar perdas, ou seja, lesão às pessoas, danos à
propriedade, poluição do meio ambiente e interrupções nos processos.
Os requisitos dessas convenções são suplementados por recomendações,
especificações e códigos adotados pela IMO. As convenções adotadas para o
transporte seguro de gás liquefeito, por navios são:
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS
1.  CONVENÇÃO INTERNACIONAL PARA SALVAGUARDA DA VIDA HUMANA NO
MAR (SOLAS) 1974, COMO EMENDADA;
2. CONVENÇÃO INTERNACIONAL PARA A PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO POR
NAVIOS, 1973, COMO MODIFICADA PELO PROTOCOLO 1978 (MARPOL 73/78),
COMO EMENDADA;

3. CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE NORMAS DE TREINAMENTO DE


MARÍTIMOS, EXPEDIÇÃO DE CERTIFICADOS E SERVIÇO DE QUARTO, COMO
EMENDADA.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

Todos os navios de 500 GRT (toneladas brutas de arqueação) ou superior devem


cumprir o Código ISM (Código Internacional de Gerenciamento para Operações
Seguras e Prevenção da Poluição), que é parte integrante da Convenção SOLAS,
compondo o Capítulo IX.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

Quando o navio recebe a programação de carga, deve verificar cuidadosamente


a compatibilidade da carga. Também deve levar em consideração a capacidade
de segregação do navio no caso de carregamento de mais de um tipo de carga,
dando atenção especial à planta de reliquefação.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS
Evitar contaminações e reações químicas

Se duas ou mais diferentes cargas tiverem de ser carregadas, simultaneamente,


elas deverão ser segregadas para evitar contaminação ou reação química. A
segregação para evitar contaminação é obtida, usando-se válvulas duplas ou
flanges cegos. A segregação para evitar reação química é obtida por meio de
carretéis ou seções de redes que podem ser removidas, tornando totalmente
independentes as fases líquidas e de vapor das cargas. Neste caso, também os
sistemas de reliquefação deverão ser usados separadamente.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

A possibilidade de gases liquefeitos sofrerem reações físicas e químicas durante


o manuseio e transporte é um risco adicional de acidentes das atividades a
bordo e está relacionado a incêndios e à saúde. Uma reação química pode
produzir calor, acelerando a reação, o que pode causar a liberação de grande
volume de vapor e/ou aumento de pressão, bem como pode causar a formação
de vapores inflamáveis e prejudiciais à saúde.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

As informações sobre a reatividade das cargas de gases liquefeitos são


encontradas nas folhas de informação de segurança dos produtos (FISPQ) na
coluna “dados de reatividade”.
Conhecer as características reativas que essas cargas apresentam é muito
importante para a segurança do transporte, prevenindo acidentes.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

Alguns gases liquefeitos transportados por navios podem ser reativos e essa
reatividade pode ocorrer de diversas maneiras, tais como:

Com ele próprio (autorreação);

Esse tipo de reatividade, também conhecida como autorreação, resulta na


formação de polímeros e pode ocorrer na presença de carga remanescente ou
de determinados tipos de metais. Para prevenir essa reatividade, normalmente,
a essas cargas são adicionados inibidores e passam à condição de “carga
inibida”, e o terminal entrega a bordo um certificado para atestar essa condição.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

Com o ar;

Algumas cargas podem reagir com o ar, causando explosão. Devem ser
carregadas inibidas ou com colchão de gás inerte (normalmente nitrogênio) na
superfície do líquido no tanque.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

Com a água (formando hidratos);

Gases, como o propano e o butano, sob certas condições de temperatura e


pressão, reagem com a água, formando hidratos. A presença de água pode
ocorrer devido a condensação do ar do gás inerte (ponto de orvalho muito
elevado) ou água contida nessas cargas ou no sistema de carga.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

Com outras cargas;

A reação com outras cargas pode ser particularmente perigosa, podendo ser
evitada pelo isolamento de tanques, equipamentos da planta de reliquefação e
sistemas de redes de carga.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

Com os materiais.

Os materiais usados na construção do sistema de carga devem ser compatíveis


com as cargas e resistir às baixas temperaturas. As FISPQ devem ser consultadas
para identificar os materiais listados que podem reagir com as cargas
carregadas.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

As conseqüencias mais comuns da reatividade das cargas são:


polimerização;
formação de hidratos; e
formação de peróxidos.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO DAS
CARGAS
CLASSIFICAÇÃO IMDG
Classe 1: Explosivos
Classe 2: Gases
Classe 3: Líquidos inflamáveis
Classe 4: Sólidos inflamáveis, substâncias que podem ocasionar combustão espontânea e
substâncias que, em meio aquoso, podem emitir gases inflamáveis
Classe 5: Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos.
Classe 6: Substâncias infectantes e tóxicas
Classe 7: Material Radioativo.
Classe 8: Substâncias Corrosivas.
Classe 9: Diversas substâncias/Miscelâneos.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO DAS
CARGAS
Classe 1: Explosivos
1.1 Substâncias e artigos que tem riscos de explosão.
1.2 Substâncias e artigos que possuem risco de projeção mas não de explosão.
1.3 Substâncias e artigos cujos possuem risco inflamável e um menor perigo de
explosão e projeção, mesmo não tendo uma massa explosiva de risco.
1.4 Substâncias e produtos cujos não representam risco significativo.
1.5 Substâncias bastantes insensíveis cujas têm uma massa explosiva de risco.
1.6 Artigos extremamente insensíveis cujos não possuem uma massa explosiva
de risco.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

Classe 2: Gases
2.1 Gases inflamáveis.
2.2: Gases não tóxicos e não inflamáveis.
2.3 Gases tóxicos.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

Classe 4: Sólidos inflamáveis, substâncias que podem ocasionar combustão


espontânea e substâncias que, em meio aquoso, podem emitir gases
inflamáveis
4.1 Sólidos inflamáveis e substâncias autorreativas.
4.2 Substâncias responsáveis por combustão espontânea.
4.3 Substâncias que, com o contato da água, emitem gases inflamáveis.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

Classe 5: Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos.


5.1 Substâncias oxidantes.
5.2 Peróxidos orgânicos.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

Classe 6: Substâncias infectantes e tóxicas


6.1 Substâncias tóxicas.
6.2 Substâncias Infecciosas.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

Classe 9: Diversas substâncias/Miscelâneos.


É importante tratar essa carga de forma totalmente diferente de uma carga
comum, já que colocam em risco as demais cargas de um navio ou aeronave e,
principalmente, a vida de quem está conduzindo ou viajando por esses meios.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

O que deve ser considerado no transporte de cargas perigosas


6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

1- Para fazer esse tipo de transporte é necessário apresentar um


documento chamado MSDS (Material Safety Data Sheet), documento emitido
pelo exportador, com o detalhamento e características químicas e comerciais da
mercadoria que contribuirão para a aprovação da mercadoria para seu
transporte.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

2-   O documento DCA (Dangerous Cargo Application) também é preenchido


pelo exportador e deve constar as informações básicas da carga, com o nome e
data da embarcação para a autorização junto à companhia marítima.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

3-     Ficha de emergência: esse documento que também é de responsabilidade


do exportador deve acompanhar a carga de porta a porta e deve constar toda a
informação de como proceder corretamente em caso de emergência para evitar
maiores danos, inclusive o telefone do químico responsável da empresa.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS
4-    Certificado de Homologação: Para o adequado e seguro transporte das
mercadorias perigosas é obrigatório que as embalagens tenham sido
submetidas aos testes previstos no Código IMDG e recebam o Certificado de
Homologação emitido pela Diretoria de Portos e Costas (DPC), representante da
autoridade marítima brasileira. Este certificado tem validade internacional. Esse
é o documento que comprova que a embalagem atende as normas de
segurança cujo certificado emitido constará detalhes do produto, modelo da
embalagem, por quem foi fabricado, o endereço, e o mais importante, a
marcação da embalagem.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO DAS
CARGAS
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

Há três grupos de embalagens para mercadorias perigosas, que são:


I – alta periculosidade
II – média periculosidade
III – baixa periculosidade
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

5-    MDGF (Multimodal Dangerous Goods Form): este formulário é preenchido


pelo exportador após a aprovação com todas os detalhes da carga perigosa,
detalhes do equipamento de embarque, e assinatura do químico ou
responsável.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

6-    Anexo 7: esse documento é um resumo do formulário MDGF e alguns


armadores solicitam o preenchimento dele.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS

Pode haver reações químicas entre os diversos tipos de produtos perigosos,


então há a necessidade de se segregar (separar) as diversas substâncias, para
evitar que elas adquiram condições de reagir entre si.
A tabela abaixo é a segregação a bordo dos navios, mas em geral, esta tabela é
aplicada também nas áreas portuárias, já que isso oferece uma segurança ainda
maior na movimentação destas cargas.
6.5 POR QUE DEVE SER FEITA A SEGREGAÇÃO
DAS CARGAS
6.6 DEFINIÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO E DE
PERÓXIDO
6.6 DEFINIÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO E DE
PERÓXIDO

Polímero é uma palavra originária do grego que significa: poli (muitos) e meros
(partes). São macromoléculas formadas por moléculas pequenas (monômeros)
que se ligam por meio de uma reação denominada polimerização.
A polimerização é a união química de duas ou mais moléculas de um mesmo
composto para formar uma molécula maior de um novo composto chamado de
polímero. Por esse mecanismo, a reação pode tornar-se autoconduzida, fazendo
com que o líquido se torne mais viscoso e até mesmo formar uma substância
sólida. Essas reações químicas geralmente são exotérmicas.
6.6 DEFINIÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO E DE
PERÓXIDO

Deve-se levar em conta que os inibidores são aditivos que protegem a carga
líquida da polimerização e apenas por tempo determinado, porém não têm
propriedades capazes de proteger também o vapor da carga.
6.6 DEFINIÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO E DE
PERÓXIDO

Os hidratos são compostos químicos resultantes de uma quantidade definida de


água e outra substância.
Os hidratos são sólidos brancos e cristalinos que podem bloquear filtros e
válvulas e podem causar danos às bombas de carga. Não são solúveis com água
e podem ser lavados apenas com etanol ou metanol. A utilização desses
produtos resultará em um resíduo ácido corrosivo, motivo pelo qual só poderá
ser utilizado com o acordo dos recebedores da carga e de outros interessados.
6.6 DEFINIÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO E DE
PERÓXIDO

O hidrato de metano ocorre naturalmente no fundo do mar e no solo ártico. Sua


alta concentração de gás faz dele uma possível fonte de energia.
6.6 DEFINIÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO E DE
PERÓXIDO

Os Peróxidos são uma subclasse dos óxidos e apresentam compostos binários


com oxigênio que são capazes de reagir com água e ácidos, onde o oxigênio é o
elemento mais eletronegativo. Os peróxidos são uma classe dos óxidos
composta por substâncias binárias, isto é, formadas por dois elementos
químicos diferentes.
Peróxido é um composto formado pela combinação química da carga líquida ou
vapor com o oxigênio atmosférico ou oxigênio de outra fonte. Esses compostos
podem, em alguns casos, devido à sua alta reatividade ou instabilidade,
constituir um perigo potencial.
6.6 DEFINIÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO E DE
PERÓXIDO

Alguns exemplos de elementos químicos que podem fazer parte da composição


dos peróxidos são: metais alcalinos (lítio, sódio, potássio, rubídio, césio e
frâncio).
São compostos binários que podem ser iônicos ou moleculares e podem originar
diversos compostos diferentes, como sais e bases. Peróxidos são formados por
apenas dois elementos químicos.
6.6 DEFINIÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO E DE
PERÓXIDO

Os peróxidos orgânicos são substancias que


contem a estrutura bivalente –O-O- e podem
ser considerados derivados do peróxido de
hidrogênio. Um ou ambos os átomos de
hidrogênio foram substituídos por radicais
orgânicos. Os peróxidos orgânicos são
termicamente instáveis.
6.6. POR QUE ALGUMAS CARGAS DEVEM SER
INIBIDAS

Existem cargas que possuem a capacidade de reagir com o ar, resultando em


explosões. Para evitar esse risco, é necessário carregar essas cargas de forma
inibida ou com um colchão de gás inerte, geralmente nitrogênio, na superfície
do líquido no tanque.
6.6. POR QUE ALGUMAS CARGAS DEVEM SER
INIBIDAS

Os inibidores de carga são aditivos que protegem a carga líquida da


polimerização, por um tempo determinado. No entanto, eles não têm
propriedades capazes de proteger o vapor da carga. Portanto, é importante
informar ao pessoal do navio qualquer precaução especial relacionada a cargas
específicas.
6.6. POR QUE ALGUMAS CARGAS DEVEM SER
INIBIDAS

Os inibidores de carga são aditivos que protegem a carga líquida da


polimerização, por um tempo determinado. No entanto, eles não têm
propriedades capazes de proteger o vapor da carga. Portanto, é importante
informar ao pessoal do navio qualquer precaução especial relacionada a cargas
específicas.
6.6. POR QUE ALGUMAS CARGAS DEVEM SER
INIBIDAS

Por exemplo, no caso do carregamento de butadieno, é necessário regular a


temperatura de descarga do compressor para que não exceda 60°C, pois
temperaturas acima desse limite podem resultar na polimerização do vapor da
carga. Da mesma forma, para o VCM (Vinyl Chloride Monomer “cloreto de
vanila”), a temperatura deve ser limitada a 90°C para prevenir a polimerização
do produto.
6.6. POR QUE ALGUMAS CARGAS DEVEM SER
INIBIDAS

O terminal responsável pelo carregamento deve fornecer todas as informações


necessárias sobre a carga, incluindo os certificados dos inibidores de carga
quando cargas inibidas, como VCM ou butadieno, estiverem programadas para
o carregamento. Esses certificados devem conter informações como a
quantidade e o nome do inibidor, a temperatura que afeta o inibidor, a data em
que foi adicionado e sua validade, além de instruções sobre como proceder
caso a viagem seja mais longa do que a validade do inibidor.
6.6. POR QUE ALGUMAS CARGAS DEVEM SER
INIBIDAS

No caso de cargas autorreativas, como o etileno e o propileno óxidos, que não


podem receber inibidores, é necessário carregá-las e transportá-las com um
"colchão" de gás inerte, normalmente nitrogênio, na superfície do líquido no
tanque. Esse procedimento, conhecido como colchão ou acolchoamento
(padding), consiste em preencher e manter o espaço vazio acima da carga com
gás inerte ou outro meio, com o objetivo de evitar incêndios e separar a carga
do ar atmosférico.
6.6. POR QUE ALGUMAS CARGAS DEVEM SER
INIBIDAS

Para cargas que apresentam maior risco de incêndio, o padding deve ser
mantido durante toda a viagem, utilizando-se a planta de gás inerte ou sistemas
de ampolas de gás inerte presentes em determinados tipos de navios-tanque.
6.6. POR QUE ALGUMAS CARGAS DEVEM SER
INIBIDAS

Em resumo, a inibição de cargas nos navios gaseiros é necessária para evitar


reações explosivas com o ar. Alguns aditivos inibidores podem ser adicionados
à carga líquida, enquanto outras cargas são transportadas com um colchão de
gás inerte. Essas medidas de segurança são essenciais para proteger a
tripulação, o navio e o meio ambiente durante o transporte de substâncias
perigosas.
6.7 O QUE DEVE CONTER NO CERTIFICADO
DE INIBIÇÃO DA CARGA

Em resumo, a inibição de cargas nos navios gaseiros é necessária para evitar


reações explosivas com o ar. Alguns aditivos inibidores podem ser adicionados
à carga líquida, enquanto outras cargas são transportadas com um colchão de
gás inerte. Essas medidas de segurança são essenciais para proteger a
tripulação, o navio e o meio ambiente durante o transporte de substâncias
perigosas.
6.7 O QUE DEVE CONTER NO CERTIFICADO
DE INIBIÇÃO DA CARGA

No certificado de inibição da carga em um navio gaseiro, devem constar as


seguintes informações:
6.7 O QUE DEVE CONTER NO CERTIFICADO
DE INIBIÇÃO DA CARGA

1. Quantidade e nome do inibidor: Deve-se indicar a quantidade exata de


inibidor utilizado e o nome do produto químico utilizado como inibidor.

2. Temperatura que afeta o inibidor: É importante especificar a faixa de


temperatura na qual o inibidor permanece eficaz. Isso garante que o inibidor
seja utilizado dentro dos limites de temperatura adequados.
6.7 O QUE DEVE CONTER NO CERTIFICADO
DE INIBIÇÃO DA CARGA

3. Data de adição e validade: O certificado deve conter a data em que o


inibidor foi adicionado à carga e também sua validade. Essas informações
ajudam a garantir que o inibidor esteja ativo durante o transporte da carga.

4. Instruções para viagens longas: Caso a viagem dure mais do que a validade
do inibidor, o certificado deve fornecer instruções sobre como proceder nesse
caso. Isso pode incluir a necessidade de adicionar mais inibidor durante a
viagem ou outras medidas para garantir a segurança da carga.
6.7 O QUE DEVE CONTER NO CERTIFICADO
DE INIBIÇÃO DA CARGA

Essas informações são essenciais para que a tripulação do navio gaseiro possa
tomar as devidas precauções e garantir que a carga seja transportada de forma
segura, evitando reações explosivas ou outros riscos associados às cargas
gasosas.
6.8-A IMPORTÂNCIA DA COMPATIBILIDADE ENTRE
CARGAS TRANSPORTADAS EM NAVIOS GASEIROS

A compatibilidade entre as cargas transportadas em navios gaseiros é de


extrema importância para garantir a segurança das operações marítimas e
minimizar os riscos associados ao transporte de gases liquefeitos. A inadequada
compatibilidade entre cargas pode levar a situações perigosas, como explosões,
vazamentos ou incêndios, com consequências graves para a tripulação, o meio
ambiente e os bens envolvidos.
6.8-A IMPORTÂNCIA DA COMPATIBILIDADE ENTRE
CARGAS TRANSPORTADAS EM NAVIOS GASEIROS

Existem dois principais aspectos da compatibilidade de cargas transportadas


em navios gaseiros: a compatibilidade química e a compatibilidade física.
6.8-A IMPORTÂNCIA DA COMPATIBILIDADE ENTRE
CARGAS TRANSPORTADAS EM NAVIOS GASEIROS

A compatibilidade química diz respeito à interação entre os diferentes gases


liquefeitos. Alguns gases são naturalmente compatíveis entre si, enquanto
outros podem reagir ou formar misturas instáveis quando expostos uns aos
outros. Essas reações químicas podem levar à liberação de calor, aumento de
pressão ou até mesmo à formação de substâncias tóxicas. Portanto, é essencial
que as cargas sejam selecionadas e segregadas de forma a evitar qualquer
incompatibilidade química que possa resultar em reações perigosas.
6.8-A IMPORTÂNCIA DA COMPATIBILIDADE ENTRE
CARGAS TRANSPORTADAS EM NAVIOS GASEIROS

Além da compatibilidade química, a compatibilidade física é igualmente


importante. Ela se refere à interação entre as propriedades físicas das diferentes
cargas, como pressão, temperatura e características de inflamabilidade. Cargas
com pressões incompatíveis, por exemplo, podem causar tensões excessivas
nos tanques de armazenamento, resultando em falhas estruturais. A
compatibilidade física também abrange a estabilidade dos líquidos em termos
de densidade e sedimentação, bem como a necessidade de temperaturas de
armazenamento adequadas para evitar a evaporação excessiva ou o
congelamento das cargas.
6.8-A IMPORTÂNCIA DA COMPATIBILIDADE ENTRE
CARGAS TRANSPORTADAS EM NAVIOS GASEIROS

Para garantir a compatibilidade entre as cargas transportadas, são adotadas


várias medidas e procedimentos. Isso inclui a seleção cuidadosa das cargas a
serem transportadas, considerando suas características químicas e físicas, bem
como as regulamentações internacionais e nacionais pertinentes. Além disso, é
essencial que os operadores dos navios gaseiros sigam as práticas
recomendadas de armazenamento, manuseio e transporte, que envolvem a
segregação adequada das cargas, o monitoramento regular das condições das
cargas e a adoção de medidas de segurança apropriadas.
6.8-A IMPORTÂNCIA DA COMPATIBILIDADE ENTRE
CARGAS TRANSPORTADAS EM NAVIOS GASEIROS

Em resumo, a compatibilidade entre cargas transportadas em navios gaseiros é


de vital importância para garantir a segurança das operações marítimas. A
consideração cuidadosa da compatibilidade química e física das cargas,
juntamente com o cumprimento das regulamentações e práticas recomendadas,
ajuda a mitigar os riscos associados ao transporte de gases liquefeitos e
contribui para a segurança de tripulantes, navios, meio ambiente e
comunidades costeiras.
6.8-A IMPORTÂNCIA DA COMPATIBILIDADE ENTRE
CARGAS TRANSPORTADAS EM NAVIOS GASEIROS

Existem vários padrões de segurança internacionais relevantes para a


compatibilidade de cargas em navios gaseiros. Esses padrões visam garantir a
segurança durante o transporte de gases liquefeitos e a prevenção de acidentes.
Alguns dos principais padrões e regulamentos são:
6.8-A IMPORTÂNCIA DA COMPATIBILIDADE ENTRE
CARGAS TRANSPORTADAS EM NAVIOS GASEIROS

1. Código Internacional para Construção e Equipamento de Navios que


Transportam Gases Liquefeitos a Granel (Código IGC): É um código
internacionalmente reconhecido adotado pela Organização Marítima
Internacional (IMO). O Código IGC estabelece os padrões de projeto,
construção, equipamentos, operação e treinamento relacionados a navios que
transportam gases liquefeitos a granel.
6.8-A IMPORTÂNCIA DA COMPATIBILIDADE ENTRE
CARGAS TRANSPORTADAS EM NAVIOS GASEIROS

2. Código Internacional para o Transporte de Gases a Granel (Código IMDG):


Também adotado pela IMO, o Código IMDG estabelece as diretrizes para o
transporte seguro de cargas perigosas, incluindo gases liquefeitos. Ele fornece
instruções detalhadas sobre a classificação, embalagem, estiva e documentação
das cargas perigosas.
6.8-A IMPORTÂNCIA DA COMPATIBILIDADE ENTRE
CARGAS TRANSPORTADAS EM NAVIOS GASEIROS

3. Código de Prevenção de Incêndio (Código SOLAS Capítulo II-2): SOLAS


(Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar) é um
tratado da IMO que estabelece padrões de segurança para navios. O Capítulo
II-2 do Código SOLAS abrange a prevenção e controle de incêndios a bordo de
navios, incluindo navios gaseiros.
6.8-A IMPORTÂNCIA DA COMPATIBILIDADE ENTRE
CARGAS TRANSPORTADAS EM NAVIOS GASEIROS

4. Código Internacional de Sinalização de Perigo e Riscos (Código de IMDG


Capítulo 5): O Capítulo 5 do Código IMDG trata da sinalização e rotulagem de
riscos em cargas perigosas, incluindo gases liquefeitos. Ele fornece
informações padronizadas para identificar os riscos associados às cargas e
facilitar a comunicação entre as partes envolvidas no transporte.
6.8-A IMPORTÂNCIA DA COMPATIBILIDADE ENTRE
CARGAS TRANSPORTADAS EM NAVIOS GASEIROS

5. Regulamentações do Trabalho em Espaços Confinados: Existem várias


regulamentações internacionais e nacionais relacionadas ao trabalho em
espaços confinados, que são aplicáveis ​aos espaços internos de navios gaseiros.
Essas regulamentações estabelecem requisitos para a entrada, monitoramento,
ventilação e resgate de espaços confinados, garantindo a segurança da
tripulação durante as operações.
6.8-A IMPORTÂNCIA DA COMPATIBILIDADE ENTRE
CARGAS TRANSPORTADAS EM NAVIOS GASEIROS

É importante destacar que esses são apenas alguns dos principais padrões e
regulamentos relevantes. Cada país pode ter suas próprias regulamentações e
requisitos específicos para o transporte de gases liquefeitos. É fundamental
consultar as autoridades marítimas competentes e seguir as regulamentações
aplicáveis para garantir a compatibilidade e a segurança adequadas das cargas
em navios gaseiros.
6.9-FORMAS DE CONTROLE DAS ATMOSFERAS
DOS ESPAÇOS FECHADOS DE BORDO

O controle das atmosferas dos espaços fechados a bordo é essencial para


garantir a segurança e a saúde da tripulação, bem como para prevenir
incidentes relacionados à falta de oxigênio, acúmulo de gases tóxicos ou
inflamáveis. Existem diversas formas de controlar as atmosferas dos espaços
fechados em embarcações. Algumas delas incluem:
6.9-FORMAS DE CONTROLE DAS ATMOSFERAS
DOS ESPAÇOS FECHADOS DE BORDO

1. Ventilação: A ventilação adequada é fundamental para renovar o ar nos


espaços fechados e remover contaminantes. Os sistemas de ventilação devem
ser projetados para fornecer uma taxa adequada de ar fresco e garantir a
circulação adequada do ar dentro dos espaços.
6.9-FORMAS DE CONTROLE DAS ATMOSFERAS
DOS ESPAÇOS FECHADOS DE BORDO

2. Monitoramento da qualidade do ar: É importante ter sistemas de


monitoramento da qualidade do ar a bordo para detectar a presença de gases
tóxicos ou inflamáveis. Esses sistemas podem incluir sensores de gases,
detectores de fumaça e monitores de oxigênio, que alertam a tripulação caso
haja algum risco.
6.9-FORMAS DE CONTROLE DAS ATMOSFERAS
DOS ESPAÇOS FECHADOS DE BORDO

3. Sistema de supressão de incêndio: Os espaços fechados a bordo devem estar


equipados com sistemas de supressão de incêndio adequados, como extintores,
sistemas de sprinklers ou sistemas fixos de combate a incêndios. Esses
sistemas ajudam a controlar incêndios e minimizar o risco de propagação de
fumaça e gases tóxicos.
6.9-FORMAS DE CONTROLE DAS ATMOSFERAS
DOS ESPAÇOS FECHADOS DE BORDO

4. Uso de equipamentos de proteção individual (EPIs): A tripulação deve


utilizar EPIs adequados, como máscaras respiratórias, em situações em que
haja risco de exposição a gases tóxicos ou baixos níveis de oxigênio.
6.9-FORMAS DE CONTROLE DAS ATMOSFERAS
DOS ESPAÇOS FECHADOS DE BORDO

5. Procedimentos de trabalho seguros: A implementação de procedimentos de


trabalho seguros é fundamental para evitar a exposição desnecessária a riscos
atmosféricos. Isso pode incluir práticas de monitoramento contínuo da
atmosfera, treinamento adequado da tripulação e adoção de medidas
preventivas para minimizar a formação ou acumulação de gases perigosos.
6.9-FORMAS DE CONTROLE DAS ATMOSFERAS
DOS ESPAÇOS FECHADOS DE BORDO

6. Manutenção adequada: A manutenção regular dos sistemas de ventilação,


dos sistemas de detecção de gases e dos equipamentos de controle de incêndio
é essencial para garantir que esses sistemas estejam funcionando corretamente
e sejam eficazes em caso de emergência.
6.9-FORMAS DE CONTROLE DAS ATMOSFERAS
DOS ESPAÇOS FECHADOS DE BORDO

É importante destacar que as regulamentações e as melhores práticas de


segurança podem variar de acordo com o tipo de embarcação, a carga
transportada e as exigências específicas de cada país. É fundamental seguir as
diretrizes e regulamentos aplicáveis e contar com profissionais especializados
em segurança marítima para garantir que os espaços fechados a bordo sejam
adequadamente controlados.
102
6.10 TESTES DE GAS QUE DEVEM SER
REALIZADOS A BORDO

DRAGER ACCURO
A bomba de detecção de gás DRAGER ACCURO permite a utilização
dos tubos DRAGER, testados e experimentados, para realizar
medições sob condições extremas.
6.10 TESTES DE GAS QUE DEVEM SER REALIZADOS A BORDO
A DRAGER ACCURO é uma bomba de fole, usada para sugar a amostra
de ar até ao tubo DRAGER. O corpo da bomba consiste de um fole,
que se encolhe totalmente para realizar a medição. Quando o fole é
liberado, o ar é sugado automaticamente e a amostra de gás a ser
medida é aspirada através do tubo utilizado. O processo de
amostragem é completado quando o corpo da bomba estiver
completamente aberto.
Muitas vezes, as medições têm que ser feitas sob condições extremas,
como subindo escadas, em poços ou em locais onde é necessária
proteção respiratória. A bomba de detecção de gás accuro pode ser
facilmente manuseada com uma mão, permitindo medições confiáveis
mesmo em locais de difícil acesso.
6.10 TESTES DE GAS QUE DEVEM SER REALIZADOS
A BORDO
Tubos colorimétricos: Entendendo o funcionamento
Há vários tipos de instrumentos colorimétricos para leitura direta de gases e vapores.
Temos papéis reativos, líquidos reativos, tubos colorimétricos e dosímetros
colorimétricos.
É um dos mais utilizados e o seu funcionamento é bem simples: nós teremos uma bomba
de aspiração de ar (fole ou pistão) na qual será inserida um tubo fino de vidro já com as
pontas abertas.
O tubo é preenchido com uma substância química que ao ter a passagem do ar
contaminado sugado pela bomba irá reagir, alterando sua cor.
Na parte externa do tubo há uma escala que irá relacionar a concentração do produto
com esta mudança de coloração.
6.10 TESTES DE GAS QUE DEVEM SER REALIZADOS
A BORDO
• Mas quais são as vantagens da utilização?
• – Velocidade no resultado;
• – Indicado para identificar a presença de efeitos
agudos;
• – Não necessita de análise em laboratório para
de termos o resultado;
• – Baixo custo, se compararmos com outros
métodos de análise;
• – Possibilidade de conectar o equipamento a um
alarme;
• – Prático para descobrir vazamentos.
6.10 TESTES DE GAS QUE DEVEM SER REALIZADOS
A BORDO

Apesar das vantagens, há também várias desvantagens que precisam ser


consideradas, vejamos algumas:
– Baixa precisão;
– As avaliações são de curta duração, sendo uma amostra de pouca
representatividade (isto pode ser amenizado utilizando um maior número
de amostras);
– Pode sofrer interferência de outros contaminantes presentes no ambiente.
6.10 TESTES DE GAS QUE DEVEM SER REALIZADOS
A BORDO

• Pode até não ser a forma mais


precisa, mas sempre deve ser
considerada como ferramenta para
complementar a avaliação e auxiliar
nas decisões para a gestão da
higiene ocupacional nas empresas.
•6.11 - CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE A ATMOSFERA EM TANQUES
DE CARGA E ESPAÇOS FECHADOS DEVERÁ SER AVALIADA;

A avaliação da atmosfera em tanques de carga e espaços confinado tem como


objetivo o real conhecimento das condições para um trabalho seguro.
Como nós sabemos a atmosfera terrestre é composta pela seguinte condição:
78,0 % de Nitrogênio
20,9% de Oxigênio
1,0 % de Argônio
0,1 % de outros gases
•6.11 - CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE A ATMOSFERA EM TANQUES
DE CARGA E ESPAÇOS FECHADOS DEVERÁ SER AVALIADA;

São considerados limites aceitáveis para trabalho, as seguintes taxas:


- 19,5% a 23% de Oxigênio
- Abaixo de 10% do limite inferior de explosividade de gases inflamáveis
- Concentrações de gases contaminantes abaixo do limite de exposição
ocupacional (TLV)
•6.11 - CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE A ATMOSFERA EM TANQUES
DE CARGA E ESPAÇOS FECHADOS DEVERÁ SER AVALIADA;

Ressalta-se que ambiente com concentração de O2 abaixo de 12,5% é


considerado IPVS (diz-se da atmosfera que é Imediatamente Perigosa à Vida e
à Saúde).
O controle da atmosfera nos espaços confinado e/ou tanque de carga tem
como objetivo verificar a segurança dos seguintes fatores:
•6.11 - CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE A ATMOSFERA EM TANQUES
DE CARGA E ESPAÇOS FECHADOS DEVERÁ SER AVALIADA;

•Explosividade ou inflamabilidade:
Gases inflamáveis, vapores de líquidos inflamáveis ou combustíveis e sólidos
podem pegar fogo através de uma fonte de ignição, caso estiverem em
concentrações específicas representada em uma escala nomeada de limites de
explosividade.
Cada substância possui um limite inferior e superior.
Antes de ocorrer um incêndio ou explosão, três condições devem ser
cumpridas simultaneamente. O combustível (Ex: gás combustível) e o oxigênio
(ar) devem existem em certas proporções, juntamente com uma fonte de
ignição, como uma faísca por exemplo.
•6.11 - CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE A ATMOSFERA EM TANQUES
DE CARGA E ESPAÇOS FECHADOS DEVERÁ SER AVALIADA;

- Limite de Explosividade – LEL%:


É a concentração entre os quais uma mistura gasosa é explosiva ou inflamável.
Essas misturas são expressas em percentagens em relação ao volume de gás
ou vapor no ar, e são determinados a pressão e temperaturas normais para
cada substância.
•6.11 - CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE A ATMOSFERA EM TANQUES
DE CARGA E ESPAÇOS FECHADOS DEVERÁ SER AVALIADA;

- Limite Inferior de Explosividade (LIE) ou LFL%:


É a menor concentração de uma substância que misturada com o ar forma
uma mistura inflamável.
Abaixo deste nível, a mistura (concentração) é pobre e insuficiente para
queimar.
•6.11 - CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE A ATMOSFERA EM TANQUES
DE CARGA E ESPAÇOS FECHADOS DEVERÁ SER AVALIADA;

- Limite Superior de Explosividade (LSE) ou UEL%:


É a maior concentração de uma substância que misturada com o ar forma uma
mistura inflamável.
•6.11 - CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE A ATMOSFERA EM TANQUES
DE CARGA E ESPAÇOS FECHADOS DEVERÁ SER AVALIADA;

- Mistura rica e inflamável:


O intervalo entre o LEL e UEL é conhecido como o intervalo da mistura rica e
inflamável.
•6.11 - CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE A ATMOSFERA EM TANQUES
DE CARGA E ESPAÇOS FECHADOS DEVERÁ SER AVALIADA;
•6.11 - CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE A ATMOSFERA EM TANQUES
DE CARGA E ESPAÇOS FECHADOS DEVERÁ SER AVALIADA;

- Flash Point ou Ponto de Fulgor:


É a menor temperatura na qual um combustível liberta vaporem quantidade
suficiente para formar uma mistura inflamável por uma fonte externa de calor.
O ponto de fulgor, ou Flash Point, não é suficiente para que a combustão seja
mantida.
•6.11 - CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE A ATMOSFERA EM TANQUES
DE CARGA E ESPAÇOS FECHADOS DEVERÁ SER AVALIADA;

O ponto de fulgor não deve ser confundido com a temperatura de autoignição,


a qual não requer uma fonte de ignição, ou o ponto de combustão, a
temperatura na qual o vapor continua a queimar após ter sofrido ignição. Nem
o ponto de fulgor, nem o ponto de combustão são dependentes da
temperatura da fonte de ignição, que é muito mais elevada.
•6.11 - CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE A ATMOSFERA EM TANQUES
DE CARGA E ESPAÇOS FECHADOS DEVERÁ SER AVALIADA;

•Toxidade
A toxicidade de uma substância química refere-se à sua capacidade de causar
dano em um órgão determinado, alterar os processos bioquímicos ou alterar
um sistema enzimático.
Todas as substâncias, naturais ou sintéticas são potencialmente tóxicas; em
outras palavras, podem produzir efeitos adversos para a saúde em alguma
condição de exposição. É incorreto denominar algumas substâncias químicas
como tóxicas e outras como não tóxicas. As substâncias diferem muito na
toxicidade. As condições de exposição e a dose são fatores que determinam os
efeitos tóxicos (Ottoboni, 1991).
•6.11 - CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE A ATMOSFERA EM TANQUES
DE CARGA E ESPAÇOS FECHADOS DEVERÁ SER AVALIADA;

•Falta de oxigênio

Existem três causas principais de asfixia:

- a presença de obstrução intrínseca ou extrínseca das vias aéreas;


- a ausência de concentração adequada de oxigênio no ambiente;
- a presença de interferência química ou psicológica.
•6.11 - CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE A ATMOSFERA EM TANQUES
DE CARGA E ESPAÇOS FECHADOS DEVERÁ SER AVALIADA;

Se a asfixia e, portanto, a hipóxia se prolongar ao longo do tempo, os tecidos


param de funcionar um após o outro, começando pelo cérebro (cujo tecido é
particularmente ávido por oxigênio) e uma série de eventos ocorre
rapidamente em sequência: perda de consciência, danos cerebrais
irreversíveis, coma e morte do paciente.

Para que esse controle seja efetuado com máximo de segurança a saúde e vida
dos trabalhadores e do sucesso da operação dispomos de alguns instrumentos
que realiza a medição da atmosfera com maior precisão possível.
6.12 - INSTRUMENTOS QUE SÃO USADOS PARA
AVALIAÇÃO DAS ATMOSFERAS DOS ESPAÇOS DE BORDO

1 - EXPLOSÍMETROS
São instrumentos para a detecção e
medição de gases e vapores
inflamáveis, de leitura direta da
amostragem no ar, que capacitam o
operador a obter indicações
imediatas da concentração de gás ou
vapor, pela leitura de um medidor
6.12 - INSTRUMENTOS QUE SÃO USADOS PARA
AVALIAÇÃO DAS ATMOSFERAS DOS ESPAÇOS DE BORDO

2 - TANKSCOPE
São instrumentos utilizados para
identificar a presença de gases
inflamáveis em algum
compartimento do navio. Este
equipamento possui a mesma
função do explosímetro , porém
fornece a leitura em volume dos
gases.
6.12 - INSTRUMENTOS QUE SÃO USADOS PARA
AVALIAÇÃO DAS ATMOSFERAS DOS ESPAÇOS DE BORDO

3 - OXÍMETROS
São instrumentos para a detecção e
medição de porcentagem de
oxigênio numa atmosfera, de leitura
direta da amostragem no ar, que
fornece indicações imediatas da
porcentagem de oxigênio. Aplica-se
em medições de ambientes de
espaço confinado e atmosfera
suspeita de deficiência de oxigênio.
6.12 - INSTRUMENTOS QUE SÃO USADOS PARA
AVALIAÇÃO DAS ATMOSFERAS DOS ESPAÇOS DE BORDO
4 - DETECTOR MULTIGÁS
O Detector Multigás:
Avaliar a exposição potencial do trabalhador a gases tóxicos e vapores combustíveis e
determinar a necessidade de monitoramento no local de trabalho.
Pode ser equipado para detectar gases combustíveis e certos vapores combustíveis;
Atmosferas com deficiência de oxigênio ou enriquecidas com oxigênio;
• Gases tóxicos específicos para o qual o sensor é instalado.
• % LEL – Limite inferior de Explosividade;
• % O2 – Oxigênio;
• PPM – Parte por milhão de VOC;
• CO – Monóxido de carbono, e;
• H2S – Gás Sulfídrico.
6.12 - INSTRUMENTOS QUE SÃO USADOS PARA
AVALIAÇÃO DAS ATMOSFERAS DOS ESPAÇOS DE BORDO

5 - Chip-measurement-system (CMS) - O sistema chip-measurement system (CMS):


É constituído por um dispositivo novo que tem a capacidade de quantificar um gás ou vapor
tóxico na atmosfera do local de trabalho. Este tipo de dispositivo pode ser tipicamente aplicado
no local de trabalho, onde se efetua a produção de uma substância química, ou em avaliações
em espaços confinados, onde o nível de substâncias deve ser controlado. O dispositivo
utilizado para efetuar análise é constituído pelo detector montado num circuito integrado
compacto (chip) e o analisador que tem os circuitos electrónicos necessários para controlar as
operações do chip e expor os resultados obtidos.
6.12 - INSTRUMENTOS QUE SÃO USADOS PARA
AVALIAÇÃO DAS ATMOSFERAS DOS ESPAÇOS DE BORDO

Em geral, o chip contém dez tubos capilares de medição, carregados com um reagente
específico . Esta montagem do dispositivo é particularmente conveniente porque é possível
complementar os tubos de reagentes com pré-camadas de adsorção de humidade, de
reagentes que bloqueiam o acesso de interferentes ou de substâncias que convertem as
espécies detectadas em reagentes de mediação.
129
6.13 FINALIDADE DAS FOLHAS DE DADOS DE
SEGURANÇA DOS MATERIAIS (MSDS)

O que é FISPQ (Ficha de Segurança de Produtos Químicos)?

A sigla FISPQ significa Ficha de Informação de Segurança de Produtos


Químicos. É um documento normalizado pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) conforme NBR 14725-4.

Produtos químicos

Em nosso ambiente cotidiano seja em casa ou no trabalho, sempre temos


algum tipo de contato com produtos químicos. Eles estão lá para nos auxiliar,
no entanto, alguns são altamente prejudiciais.
6.13 FINALIDADE DAS FOLHAS DE DADOS DE
SEGURANÇA DOS MATERIAIS (MSDS)

Para que serve?

A FISPQ é um documento para comunicação dos perigos relacionados aos


produtos químicos.

A FISPQ é o meio de o fabricante do produto divulgar informações


importantes sobre os perigos dos produtos químicos que fabrica e
comercializa.
6.13 FINALIDADE DAS FOLHAS DE DADOS DE
SEGURANÇA DOS MATERIAIS (MSDS)
Como temos acesso a FISPQ?

O fabricante/fornecedor deve disponibilizar as fichas junto com o produto, pois trata-se de um


documento obrigatório para a comercialização destes produtos. Ela é um direito de quem
adquire o produto. E deve ficar a disposição de todos os que trabalham com o produto.

Como é formada?

O documento é dividido por seções e contemplam informações sobre vários aspectos do


produto. Para esses aspectos, a FISPQ fornece informações detalhadas sobre os produtos e
também sobre ações de emergência a serem adotadas em caso de acidente.

Para facilitar o conhecimento sobre esse documento, segue abaixo a descrição de cada tópico
com sua referida utilidade e usualidade.
• Os capítulos da FISPQ:

• 1 – Identificação do produto e da empresa

• Esta seção informa o nome comercial do produto conforme utilizado no rótulo


de produto químico, o nome da empresa fabricante com telefone e endereço.
• 2 – Identificação de perigos

• Esta seção apresenta de forma clara e breve os perigos mais importantes e


efeitos do produto (efeitos adversos à saúde humana, efeitos ambientais, perigos
físicos e químicos) e, quando apropriado, perigos específicos.

• 3 – Composição e informações sobre os ingredientes

• Esta seção informa se o produto químico é uma substância ou uma mistura.

• No caso de ser uma substância, o nome químico ou comum será informado;


• No caso de ser uma mistura, a natureza química do produto será informada.
• 4 – Medidas de primeiros-socorros
• Nesta seção será informada as medidas de primeiros-socorros a serem tomadas
de forma detalhada, e também indicação de quais as ações devem ser evitadas.
• 5 – Medidas de combate a incêndio
• Esta seção informa quais são os meios de extinção apropriados e os que não são
recomendados.
• 6 – Medidas de controle para derramamento ou vazamento

• Essa sessão contém as seguintes informações:

• As instruções específicas de precauções pessoais;


• Procedimentos a serem adotados em relação à proteção ao meio ambiente;
• Procedimentos de emergência e acionamento de alarmes;
• Métodos de limpeza, coleta, neutralização e descontaminação do ambiente ou
meio ambiente.
FIM

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