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Produto Perigoso
É toda substância sólida, líquida ou gasosa que, quando fora de seu recipiente, pode produzir
danos à pessoas, propriedades ou meio ambiente .
Carga Perigosa
Evento repentino e não desejado, que foi controlado antes de afetar elementos vulneráveis
(causar dano ou exposição a pessoa, bens ou ao meio ambiente). Também denominado de
“quase acidente”.
Toxicidade
Agentes Químicos Perigosos - Elementos ou compostos que de acordo com suas características
(perigos tóxicos, da corrosão, perigos mecânicos provocados por explosões, perigos térmicos
da combustibilidade e outros) provocam lesões, enfermidades ou a morte nos indivíduos a eles
expostos e danos à propriedades ou ao meio ambiente;
Agentes Biológicos Perigosos - São seres vivos que provocam lesões, enfermidades ou morte
nos indivíduos a eles expostos;
Agentes Radiológicos Perigosos - Corpos que emitem radiações ionizantes que provocam
lesões enfermidades ou morte nos indivíduos a eles expostos.
FORMAS DE CONTAMINAÇÃO
Inalação
Absorção cutânea
Ingestão
Injeção/penetração
CLASSES DE PRODUTOS PERIGOSOS
Classe 1 – Explosivos
A Classe 1 é uma classe restritiva porque apenas as substâncias e artigos listados na relação de
produtos perigosos podem ser aceitos para o transporte.
Subclasse 1.1 Substâncias e artefatos com risco de explosão em massa. Geram explosões, do
tipo detonação (TNT).
Subclasse 1.2 Substância e artefatos com risco de projeção. Geram explosões, do tipo
deflagração (granadas).
Subclasse 1.3 Substância e artefatos com risco predominante de fogo e com pequeno risco de
explosão (artigos pirotécnicos).
Subclasse 1.4 Substância e artefatos que não apresentam riscos significativos. Substâncias
apresentam pouquíssimo risco de explosão (Cartuchos para armas, dispositivos iniciadores).
Nos Rótulos de risco da Classe 1, no local do asterisco (*) que aparece na parte inferior da
figura é colocado a letra maiúscula que indica o Grupo de Compatibilidade do produto (ver
manual da ABIQUIM), que indica os grupos de substâncias que podem ser transportadas em
um mesmo veículo.
O mesmo se aplica para o duplo asterisco (**) que aparece na primeira figura à esquerda:
neste local, na prática aparece o número da subclasse.
CUIDADOS NA OCORRÊNCIA
Controle dos fatores que podem gerar calor, tais como o aumento de temperatura, a fricção e
o choque.
Pode-se ter a emanação de gases tóxicos e/ou venenosos. Nestes casos, a proteção
respiratória adequada que deve ser utilizada é o equipamento autônomo de respiração a ar
comprimido, além de roupas de proteção especiais.
Nem toda a carga envolvida no acidente pode ter sido consumida pela explosão, podendo,
portanto, existirem produtos intactos nas imediações do local da ocorrência, razão pela qual a
operação de remoção dos explosivos deve ser realizada sempre manualmente e com todo o
cuidado requerido.
Distância Mínima entre Pessoal não Abrigado contra Estilhaços e Detonação de Cargas
Classe 2 – Gases
É toda substância que a 50 ºC tem a pressão de vapor superior a 300 KPa; ou ainda é
completamente gasoso na temperatura de 20 ºC e na pressão normal de 101,3 KPa.
A Classe 2 está dividida em três subclasses, com base no risco principal que os gases
apresentam durante o transporte:
Subclasse 2.1 Gases inflamáveis: São inflamáveis quando em mistura de 13% ou menos, em
volume, com o ar.
Subclasse 2.2 Gases comprimidos não tóxicos e não inflamáveis: São gases asfixiantes simples
(diluem ou substituem o oxigênio normalmente existente na atmosfera) ou oxidantes.
Subclasse 2.3 Gases tóxicos por inalação: Apresentam um valor da *CL50 para toxidade aguda
por inalação igual ou inferior a (5.000ml/m³) - causa mortalidade em 50% da população
exposta, durante um determinado período de tempo.
Gás Permanente Comprimido - transportado a 20ºC é totalmente gasoso. Ex.: ar, argônio e
dióxido de carbono;
Gás Comprimido Liquefeito - transportado a 20ºC é parcialmente líquido. Ex.: amônia, cloro e
GLP (Gás Liquefeito de Petróleo);
Líquido Refrigerado - transportado parcialmente líquido devido sua baixa temperatura. Para
serem liquefeitos, alguns gases devem ser refrigerados a temperaturas inferiores a –150°C e
são conhecidos por criogênicos. Ex.: hidrogênio (-253°C), oxigênio (183°C), metano (-161,5°C);
Gás em Solução - transportado dissolvido, sob pressão, em um solvente. Ex.: acetileno.
CUIDADOS NA OCORRÊNCIA
Para substâncias que apresentam odor, a identificação pelo olfato não é a melhor forma de
identificação. Alguns gases, como o gás sulfídrico (um gás tóxico), inibem as nossas células
olfativas.
Em caso de vazamento, os gases tendem a ocupar todo o ambiente. Gases mais densos que o
ar – como o GLP - tendem a se acumular próximos ao solo.
Gases menos densos que o ar – como o gás natural – tendem a subir e se acumular próximo ao
teto em um ambiente fechado ou se dissiparem facilmente em um ambiente aberto.
Concentração de oxigênio estiver abaixo de 19,5 % em volume, deverão ser adotadas medidas,
no sentido de restabelecer o nível normal de oxigênio, ou seja, em torno de 21 % em volume.
Essas medidas consistem, basicamente, na ventilação natural ou na ventilação forçada do
ambiente em questão.
Quando o gás envolvido for inflamável, as medições devem ser constantes dos Índices de
Inflamabilidade no ambiente, mediante a utilização de equipamentos intrinsecamente seguros
e a eliminação das possíveis fontes de ignição.
Gases liquefeitos tendem a passar para o seu estado natural nas condições ambientais.
Durante essa mudança ocorre uma alta expansão do produto, gerando volumes gasosos muito
maiores que o volume ocupado pelo líquido. O cloro, por exemplo, tem uma taxa de expansão
de 457 vezes.
Deve-se ressaltar que a neblina d'água somente deverá ser aplicada sobre a nuvem e não
sobre as eventuais poças formadas pelo gás liquefeito derramado.
Devido à baixa temperatura dos líquidos criogênicos, o simples contato do produto com outros
materiais poderá danificá-los. Não devemos nos esquecer de que a temperatura de
solidificação da água é de 0 °C, à pressão atmosférica. Isso quer dizer, que a água presente na
umidade atmosférica poderá congelar. Se isso ocorrer próximo a uma válvula – que pode ser a
do próprio tanque que apresente o vazamento – esta, certamente, apresentará dificuldade
para a realização de manobras.
- Evitar entrar na nuvem do gás; se o fizer, utilizar roupas herméticas não porosas, máscara
autônoma de respiração, luvas de amianto ou de couro e botas de borracha;
- Utilizar neblina d'água, para conter a nuvem, e fortes jatos d'água, para resfriar os tanques
que estejam expostos ao fogo e ao calor;
- Não direcionar a água aos sistemas de alívio de pressão nem às poças de produto;
- Evacuar grandes áreas, em até 600 metros, ao redor de um tanque contendo um líquido
criogênico em chamas;
- Não apagar o fogo, a menos que o fluxo do gás possa ser estancado;
- Em caso de queimaduras, lavar o corpo com água morna, afrouxar as roupas e encaminhar a
vítima ao hospital;
CLORO – Cl2
O cloro é incompatível com a água, pois reage com ela produzindo Ácido Clorídrico, que é
corrosivo.
Os cilindros pequenos (90 Kg), quando em pé fornecem Cloro no estado gasoso, já quando
deitados fornecem cloro na forma líquida.
Os cilindros grandes (900 kg), ao estarem com as válvulas alinhadas na posição vertical,
fornecem Cloro gasoso pela válvula superior e Cloro líquido pela inferior.
AMÔNIA – NH3
A amônia reage com a água formando o hidróxido de amônio, que é uma substância corrosiva.
HIDROGÊNIO
É um asfixiante simples. A vítima não percebe que está sufocando. Em caso de vazamento,
monitorar as taxas de oxigênio.
Em caso de fogo, não extinguir até que a fonte de hidrogênio esteja fechada. Resfriar os
cilindros com spray d’água, a uma distância máxima possível, tendo cuidado para não extinguir
as chamas.
Classe 3 – Líquido Inflamável
Líquidos inflamáveis são líquidos, misturas de líquidos ou líquidos contendo sólidos em solução
ou suspensão, que produzem vapores inflamáveis a temperaturas de até 60,5º C, em teste de
vaso fechado, ou até 65,5º C em teste de vaso aberto.
Deve-se atentar para o controle das fontes de ignição, como: chamas-vivas; superfícies
quentes; automóveis, os caminhões e outros veículos automotores; cigarros acesos;
interruptores de força e luz; lâmpadas; reatores; motores elétricos; faíscas, produzidas por
atrito; eletricidade estática, durante os processos de carga e descarga de um veículo de
transporte.
Subclasse 4.1 Sólidos inflamáveis, exceto os classificados como explosivos. São facilmente
combustíveis. Ex.: enxofre e o nitrato de ureia.
Deve-se lançar água sobre a substância, de forma a mantê-la constantemente úmida, desde
que seja compatível, evitando, assim, a ignição espontânea.
Subclasse 4.3 Substâncias que em contato com a água, emitem gases inflamáveis.
Os metais alcalinos, como o sódio e o potássio, ao entrarem em contato com a água, reagem
com ela produzindo gás hidrogênio e grandes quantidades de calor capaz de provocar a ignição
do hidrogênio.
Subclasse 5.1 Substâncias oxidantes: podem, em geral, por liberação de oxigênio, causar a
combustão de outros materiais ou contribuir para isto. Ex.: peróxido de hidrogênio, clorato de
sódio, nitrato de potássio, etc.
CUIDADOS NA OCORRÊNCIA
1 - Isolar a área em todas as direções e inspecionar os recipientes, visualmente;
*Um dos métodos mais utilizados e eficientes para a redução dos riscos diluir em água, desde
que a substância seja compatível com a mesma.
Subclasse 6.1 Substâncias tóxicas: São substâncias capazes de provocar a morte, lesões graves
ou danos à saúde humana.
Mesmo que o isótopo radioativo se recombine em uma transformação química formando uma
nova substância, ele continua sendo radioativo.
Radiação ionizante é a radiação que possui energia suficiente para ionizar átomos e moléculas.
Pode danificar células e afetar o material genético (DNA). São exemplos de radiação ionizante
as partículas alfa, partículas beta (elétrons e pósitrons), os raios gama, raios-x e nêutrons.
“Em uma emergência radiológica, o atendimento aos aspectos não radiológicos deve ter
prioridade sobre os radiológicos, isto é, salvar vidas, tratamento de lesões, combate a
incêndio, proteção de pessoas, do meio ambiente e de propriedades”.
Importante destacar que o CBMES não executa o trabalho de resgate de fontes radioativas -
deve-se isolar o local e acionar a CNEN para que faça o resgate da fonte.
TEMPO: Para reduzir a dose de radiação, o tempo de permanência em uma área com radiação
deve ser o menor possível. O aumento do tempo na área acarreta aumento de dose.
Dose Equivalente recomendado para exposição ocupacional, corpo inteiro, é de 100 mSv
(miliSievert) em 5 anos, ou seja, a dose equivalente que um respondedor poderá receber em
um ano não poderá ultrapassar 20 mSv. Se, no atendimento a uma emergência, um bombeiro
receber uma dose de 20 mSv, ele não poderá mais fazer qualquer atendimento envolvendo
uma fonte radiológica naquele ano.
Para realizar o resgate de uma fonte, é necessário conhecer o nível de radiação (taxa de dose)
emitida por ela. Assim, se um fonte apresenta um índice de radiação de 1200 mSv/h (20
mSv/min.) em sua proximidade, um trabalhador não poderá ficar mais de um (01) minuto
exposto a essa fonte, caso contrário excederá a dose máxima anual.
Em uma emergência, para se determinar a área de risco e efetuar o isolamento do local onde
está a fonte radioativa, é necessário percorrer a região ao redor da fonte e identificar a
distância na qual a taxa de dose é de 25 µSv/h (zona quente).
BLINDAGEM: Quando os níveis de radiação permanecem altos, mesmo que, dentro do viável,
seja mínimo o tempo de permanência em locais que possuam fontes emissoras de radiação e
máxima a distância mantida dessa fonte, é necessário introduzir o fator blindagem, para fins
de limitação de dose.
Classe 8 - Substâncias corrosivas
São substâncias que, por ação química, causam sérios danos, quando em contato com tecido
vivo ou, em caso de vazamento, danificam ou mesmo destroem outras cargas ou o veículo,
podendo ainda apresentar outros riscos.
Algumas substâncias desta classe se tornam mais corrosivas depois de reagirem com água;
esta reação libera gases corrosivos, irritantes, facilmente visíveis pela formação de fumaça
(substâncias ácidas e alcalinas).
Ácidos são substâncias químicas que, em contato com a água, liberam íons H+, provocando
reduções do pH.
Bases são substâncias químicas que, em contato com a água, liberam íons OH-, provocando
alterações de pH, na faixa de 7 a 14. Quanto maior o pH, mais básico (alcalino) está o meio.
Muitas das substâncias pertencentes a esta classe de risco reagem com a maioria dos metais,
gerando hidrogênio, o qual é um gás inflamável, acarretando, assim, um risco adicional.
No caso dos ácidos, as substâncias comumente utilizadas para a neutralização são barrilha,
bicarbonato de sódio e cal hidratada, ambas com características alcalinas. A utilização da cal
virgem não é recomendada, apesar de ser alcalina, uma vez que a sua reação com ácidos é
extremamente vigorosa. Deve ser feito por técnicos.
Classe 9 - Substâncias perigosas diversas: apresentam um risco não coberto pelas outras
classes (Micro-Organismos Geneticamente Modificados, Substâncias Transportadas a Altas
Temperaturas, e/ou apresentam Risco ao Meio Ambiente). Ex.: Óleo lubrificante usado,
resíduos.
Painel de segurança;
Rótulo de risco;
Ficha de emergência;
Nota fiscal;
Diamante de Hommel;
Sinais e Cores (cor das tubulações em instalações fixas e dos cilindros).
PAINEL DE SEGURANÇA
Painel retangular de cor alaranjada com o número de identificação do Risco na parte superior e
o número de identificação do produto (nº ONU).
Este painel de segurança (placa laranja) deve ser afixado nas laterais, traseira (as duas laterais)
e dianteira do veículo. É constituído de quatro algarismos (número da ONU) e o número de
risco.
Os algarismos não podem ser removíveis (adesivos, tinta lavável, ou graxa de sapato líquida);
Número do ONU
Número que identifica o produto, designado pela “Internacional Maritime Dangerous Goods
Code”, publicada pela IMCO - Intergovernmental Maritime Consultative Organization, Londres,
1972. Na Portaria 204 do Ministério dos Transportes, de 20 de maio de 1997, foi adotada a
mesma classificação.
Número de Risco
Quando for expressamente proibido o uso de água no produto perigoso deve ser cotada a
letra X, no início, antes do número de identificação de risco.
EXEMPLO:
30 = líquido inflamável
As combinações de números a seguir tem significado especial: 22, 323, 333, 362, X362, 382,
X382, 423, 44, 462, 482, 539, e 90. Veja relação a seguir:
20 Gás inerte
22 Gás refrigerado
X323 Líquido inflamável, que reage perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis
(*)
RÓTULO DE RISCO
A legislação brasileira exige que o veículo que transporta produtos perigosos seja identificado
por meio de painéis de segurança e rótulos de risco.
FICHA DE EMERGÊNCIA
O Decreto federal nº 96.044, de 18 de maio de 1988, estabelece que os veículos que estejam
transportando produto perigoso ou os equipamentos relacionados com essa finalidade, só
poderão circular pelas vias públicas portando Ficha de Emergência e Envelope para o
Transporte, emitidos pelo expedidor, de acordo com as NBR-7503, NBR-7504 E NBR-8285
Observação: Em ambientes industriais e em laboratórios, podemos encontrar ainda a FISPQ
(Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico) que apresenta muito mais
informações sobre o produto perigoso do que a Ficha de Emergência.
NOTA FISCAL
O Decreto federal nº 96.044 também estabelece que, sem prejuízo do disposto na legislação
fiscal, de transporte, de trânsito e relativa ao produto transportado, os veículos que estejam
transportando produto perigoso ou os equipamentos relacionados com essa finalidade, só
poderão circular pelas vias públicas portando o seguinte documento:
DIAMANTE DE HOMMEL
Não informa qual é a substância química, mas indica todos os riscos envolvendo o produto
químico em questão.
VERMELHO – INFLAMABILIDADE
4 – Produto Letal
3 – Produto severamente perigoso
2 – Produto moderadamente perigoso
1 – Produto levemente perigoso
0 – Produto não perigoso ou de risco mínimo
AMARELO – REATIVIDADE
Rótulo de Risco
Rótulo de Segurança
Nome apropriado para embarque e o
Número ONU
Resolução nº 420 / 04 da ANTT: Embalagens vazias que tenham contido produtos perigosos
estão sujeitas às mesmas prescrições que as embalagens cheias, até que tenham sido
descontaminadas de qualquer resíduo do conteúdo anterior.
SINAIS E CORES EM TUBULAÇÕES E CILINDROS
A NBR 9463 regula o emprego das tubulações que transportem produto perigoso. Com essa
informação podemos identificar qual o produto estará vazando em uma determinada
tubulação de acordo com sua cor. Apresentamos, a seguir, alguns exemplos:
Estes métodos fornecem apenas uma ideia do tipo de produto que está presente, sendo a
margem de erro bastante elevada, aumentando a vulnerabilidade do agente de segurança
pública.
Um produto perigoso (ou os riscos a ele assossiados) pode ser identificado pelo método
informal por meio de:
Útil para a identificação das substâncias perigosas e também podem ser bastante úteis para a
determinação e localização das áreas de maior risco.
PHmetro – instrumento utilizado para medição do pH. Muito útil para verificar a presença de
substâncias ácidas ou alcalinas em um meio líquido.
Fita de pH – Assim como o pHmetro, é utilizada para a medição do pH, porém não necessita de
fonte de energia para funcionar.
Tubos Colorimétricos - constituem uma forma fácil e rápida para detecção e quantificação de
contaminantes presentes na atmosfera respirável.
Com essas informações poderemos de imediato, em uma ocorrência, ter uma boa noção de
qual produto está sendo carregado.
NOME E ATIVIDADE DESENVOLVIDA PELA EMPRESA
Uma forma também de sabermos quais produtos podem estar num local, é sabermos qual a
finalidade daquela empresa, ou seja, saber o seu ramo de atividade, o que ela produz ou
armazena.
Por meio de uma vegetação queimada ao lado do vazamento, uma mortandade de peixes num
manancial, Pássaros zonzos ou mortos.
EMISSÃO DE FUMOS
Fumos são vapores ou outra exalação visível que se desprende de um tanque, recipiente ou
tubulação, formando uma espécie de nuvem.
Vale ressaltar que não se deve usar os sentidos sensoriais humanos para entrar na zona
quente. Além disso, muitos gases tóxicos tornam-se insensíveis ao olfato humano quando
atingem grandes concentrações onde já ultrapassaram a sua CL50.
As informações por sentidos humanos, às vezes, podem ser obtidas por vítimas que se
contaminaram e conseguiram sair da zona quente da ocorrência.
SEÇÕES DO MANUAL
SEÇÃO BRANCA: informações gerais acerca do manua l, como utilizá-lo e como proceder em
uma emergência; as formas de identificação de um produto perigoso, explicando como utilizar
dados referentes aos números de risco e suas características, além da tabela de códigos de
riscos.
SEÇÃO AMARELA: A seção amarela classifica os produto perigosos pelo número ONU,
relacionando o número ao nome do mesmo, atribuindo com isso a sua Classe de Risco (C.R.) e
o número da respectiva Guia de emergência.
SEÇÃO AZUL: A seção azul identifica o produto pelo seu nome comercial, em ordem alfabética,
servindo para se associar o mesmo à sua Classe de Risco (C.R.).
SEÇÃO LARANJA: A seção laranja é composta basicamente de guias, sendo essas denominadas
de guias de emergência, pois compõem todos os procedimentos que devem ser adotados em
um acidente com produtos perigosos.
Possui 62 guias, divididas em função dos riscos potenciais como fogo ou explosão e risco à
saúde, traz ainda ações de emergência em caso de vazamento e derramamento, fogo e os
primeiros socorros em caso de vítimas.
Caso não seja possível identificar o produto deve-se assumir o pior caso possível e fazer uso
da GUIA 111.
SEÇÃO VERDE:
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Quando não se conhece o conteúdo da carga ou existe transporte vários produtos juntos –
carga mista (desde que sejam compatíveis e dentro da quantidade exigida pela legislação) –
usa-se a guia 111;
Pequeno vazamento – Único recipiente de até 200 L ou tanque maior, que possa
formar uma deposição de até 15m de diâmetro.
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
TIPOS DE FILTROS
Limitações: ambiente precisa estar com, no mínimo, 19,5% de O2; Não deve-se escolher esse
filtros se não conhecer as substâncias nocivas.
NÍVEIS DE PROTEÇÃO
De acordo com as necessidades, riscos intrínsecos das atividades e parte do corpo a ser
protegida;
Deve ser usado durante a realização de atividades rotineiras ou emergenciais, de acordo com o
grau de exposição.
A capacidade dos tecidos resistir às trocas químicas é a mais importante característica a ser
considerada na seleção dos E.P.I’s;
Nível B – Menor Nível de proteção para a pele que o Nível A, porém com o mesmo Nível de
proteção respiratória;
Nível C – Mesmo Nível de proteção para a pele que o Nível B, porém com menor Nível de
proteção respiratória;
- Após mensurar e verificar uma alta concentração de vapores, gases ou partículas suspensas;
NÍVEL B
O Nível B é uma proteção contra derramamento e contato com agentes químicos na forma
líquida.
- Somente deve ser utilizado quando for conhecido o contaminante e sua toxidade, e quando
sua concentração puder ser medida;
NÍVEL B: Vestimentas não encapsuladas, destinadas à proteção contra líquidos (alto contato).
Uso de EPR autônomo com pressão positiva.
NÍVEL C: Proteção contra partículas sólidas e respingos de produtos líquidos. Uso de máscara
com filtros.
NÍVEL D: Proteção parcial contra partículas sólidas ou respingos. Sem proteção respiratória.
ZONAS DE TRABALHO
Zona Quente: Localizada na parte central do acidente, é o local onde os contaminantes estão
ou poderão surgir. A zona de exclusão é delimitada pela chamada linha quente.
Envolvendo uma fonte radiológica, a zona quente é limitada pela distância na qual a taxa de
dose é de 25 µSv/h.
Zona Morna: É a região que fica posicionada na área de transição entre as áreas contaminadas
e as áreas limpas. Esta zona é delimitada pelo chamado corredor de redução da contaminação.
Toda saída da zona de exclusão deverá ser realizada por esse corredor.
Zona Fria: Localizada na parte mais externa da área. É considerada não contaminada. O posto
de comando da operação e todo o apoio logístico ficam nessa área. Também deve estar
isolada para que a presença de curiosos não atrapalhe os servidos das equipes de emergência.