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UFCD 8509 - COORDENAÇÃO DA EXPEDIÇÃO EM ARMAZÉM

Curso: Técnico de Logística


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PRINCÍPIOS GERAIS DA EXPEDIÇÃO EM ARMAZÉM

 Expedição - conduta por onde passa o artigo de maior valor nas instalações: o produto
vendido (não o produto final)
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PRINCÍPIOS GERAIS DA EXPEDIÇÃO EM ARMAZÉM

 Toda a organização física do armazém deve facilitar a saída rápida dos artigos caso contrário
não se consegue agilizar esta operação
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PRINCÍPIOS GERAIS DA EXPEDIÇÃO EM ARMAZÉM


 Para que a saída dos produtos seja rápida e eficaz, é necessário:

o Itinerários de saída desimpedidos


o Espaços curtos a percorrer em especial nos artigos mais movimentados (ABC)
o Saída fácil da pilha, prateleira ou suporte
o Unidade de armazenagem igual à unidade de saída
o Meios de movimentação rápidos
o Facilidade de acesso ao material armazenado e sua localização
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PLANEAMENTO DO PROCESSO DE EXPEDIÇÃO

Análise do volume da carga a expedir


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PLANEAMENTO DO PROCESSO DE EXPEDIÇÃO

Filosofias como o JIT levam a que:

- aumente o número de entregas

- diminua a quantidade por entrega

de forma a conseguir um fluxo uniforme de materiais ao longo de toda a cadeia logística


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PLANEAMENTO DO PROCESSO DE EXPEDIÇÃO

 A nível industrial (produção) a sequência natural do fluxo de materiais é:

o fornecedor
o receção
o armazenamento
o produção
o nova armazenagem
o expedição e cliente
 Em alguns casos, os materiais podem ir diretamente:
- da receção para a produção
- da produção para a expedição
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PLANEAMENTO DO PROCESSO DE EXPEDIÇÃO

 Uma decisão muito importante no planeamento das operações de receção e expedição é a


opção de centralizar as duas operações.

 Um bom exemplo é restringir a atividade de receção às manhãs e a de expedição às tardes

 Pode-se, assim, utilizar:


- os mesmos cais
- operadores
- equipamentos
- espaço de preparação
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PLANEAMENTO DO PROCESSO DE EXPEDIÇÃO

 Se as atividades ocorrerem simultaneamente, é necessária uma maior supervisão, de modo a


assegurar que as mercadorias recebidas e expedidas não se misturam

 A opção de centralizar as duas atividades deve ser estudada, determinando os prós e contras
antes de ser tomada uma decisão
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PRINCÍPIOS GERAIS DA EXPEDIÇÃO EM ARMAZÉM

Especificidades técnicas impostas aos veículos


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PRINCÍPIOS GERAIS DA EXPEDIÇÃO EM ARMAZÉM

 As características técnicas dos veículos e do equipamento de travamento devem ser objeto de


atenção

 O condutor deve examinar as características do veículo antes de ser iniciada a operação de carga

 Devem ser seguidas as recomendações do fabricante do veículo e do equipamento de travamento


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1. PRINCÍPIOS GERAIS DA EXPEDIÇÃO EM ARMAZÉM

 Painel de proteção da cabina


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1. PRINCÍPIOS GERAIS DA EXPEDIÇÃO EM ARMAZÉM

Painel de proteção da cabina

 Tem de ser capaz de suportar uma força equivalente a 40% do peso máximo da carga, mas não
superior a 5.000 daN, direcionada para a frente e uniformemente distribuída ao longo do painel

 Se a carga for imobilizada contra o painel de proteção da cabina, a capacidade deste deve ser
tida em consideração ao calcular o número de dispositivos de amarração.
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1. PRINCÍPIOS GERAIS DA EXPEDIÇÃO EM ARMAZÉM


Painéis laterais

 Têm de ser capazes de suportar uma força equivalente a 30% do peso máximo da carga,
direcionada lateralmente e distribuída uniformemente ao longo do painel

 Se a carga for imobilizada contra o painel lateral, a capacidade deste deve ser tida em
consideração ao calcular o número de dispositivos de amarração.
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1. PRINCÍPIOS GERAIS DA EXPEDIÇÃO EM ARMAZÉM


Painéis traseiros

 Têm de ser capazes de suportar uma força equivalente a 25% do peso máximo da carga, mas
não superior a 3,100 daN, direcionada para trás e uniformemente distribuída ao longo do painel

 Se a carga for imobilizada contra o painel traseiro, a capacidade deste deve ser tida em
consideração ao calcular o número de dispositivos de amarração.
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1. PRINCÍPIOS GERAIS DA EXPEDIÇÃO EM ARMAZÉM


Carroçaria tipo caixa

oO taipal lateral tem de ser capaz de suportar uma força uniformemente distribuída
equivalente a 30% do peso máximo da carga
o Se a carga for imobilizada contra o taipal lateral, a capacidade deste deve ser tida em
consideração ao calcular o número de dispositivos de amarração
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1. PRINCÍPIOS GERAIS DA EXPEDIÇÃO EM ARMAZÉM

Veículos com cortinas laterais

 Mercadorias transportadas em veículos com cortinas laterais devem ser acondicionadas tal como se
fossem transportadas num veículo de caixa aberta.

 Cargas não recomendados em veículos de caixa aberta = cargas não recomendadas em veículos
com cortinas laterais

 Não se aconselha a utilização de uma cortina para fins de retenção da carga

 Dispositivos de fixação da carga são obrigatórios em caixas móveis com cortinas laterais
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COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO DA EXPEDIÇÃO

Estado da mercadoria e acondicionamento

 Todas as cargas transportadas em veículos têm de ser devidamente acondicionadas,


independentemente do tipo de percurso

 Este acondicionamento permite proteger:


- as pessoas envolvidas nas operações de carga, descarga e condução do veículo
- outros utentes da estrada, peões
- a própria carga e o veículo
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COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO DA EXPEDIÇÃO

 Os condutores devem ter consciência do risco adicional que representa a deslocação da carga,
ou partes da mesma, durante a condução do veículo

 Esta condição é aplicável a todos os veículos e a todos os tipos de carga


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COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO DA EXPEDIÇÃO


 Um objeto em movimento, se não forem exercidas forças, continuará a deslocar-se numa linha
reta à mesma velocidade

 Se um veículo travar, a carga continuará a deslocar-se na direção original

 Quanto mais forte for a travagem, maior será a força com que a carga “empurrará” para a frente
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COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO DA EXPEDIÇÃO

 A recomendação geral consiste em:

o acondicionar sempre a carga de forma adequada e


conduzir suavemente a uma velocidade constante,
isto é, qualquer desvio a uma situação de linha deve
ser efetuado lentamente.
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COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO DA EXPEDIÇÃO

 Se esta recomendação for seguida, as forças exercidas pela carga manter-se-ão baixas e não
devem ocorrer problemas.

 Sempre que possível, é aconselhável inspecionar periodicamente o acondicionamento da carga


durante a viagem. A primeira inspeção deve ser feita, de preferência, depois de percorridos
alguns quilómetros, num local de paragem seguro.
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COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO DA EXPEDIÇÃO

 Além disso, o acondicionamento da carga deve ser


inspecionado após uma travagem de emergência ou qualquer
outra situação anormal que ocorra durante o percurso.

 Deve ser igualmente inspecionado após qualquer operação de


carga ou descarga adicional durante a viagem.
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3. COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO DA EXPEDIÇÃO

 Sempre que forem efetuadas operações de carga e de descarga é necessário repor o


travamento das restantes mercadorias
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COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO DA EXPEDIÇÃO

Verificação e resolução de situações de:


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COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO DA EXPEDIÇÃO

Não conformidades

 A conferência de mercadoria tem como objetivo detetar e corrigir erros de


operação do armazém antes que eles sejam propagados para os clientes

 Este processo necessita de uma sincronização com a operação de carga,


no sentido de garantir que a sequência de conferência da mercadoria segue
a sequência de expedição
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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

5.2. Peso das mercadorias


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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

 Forças de aceleração exercidas pela carga

 Deslizamento

 O atrito não pode ser a única força responsável por evitar o deslizamento da carga mal
acondicionada.

 Quando o veículo está em circulação, os movimentos verticais provocados pelas pancadas e


vibrações da estrada reduzirão a força de retenção provocada pelo atrito.
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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

 O atrito pode mesmo ser reduzido a zero se a carga abandonar momentaneamente a


plataforma do camião. Os dispositivos de amarração superior ou outros sistemas de retenção,
além do atrito, contribuem para o acondicionamento adequado da carga.

 As forças de atrito dependem das características mútuas das superfícies em contacto da carga
e da plataforma do camião.
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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

 Inclinação e queda

 Mesmo que a carga esteja impedida de deslizar através de dispositivos de travamento, podem
ser necessários sistemas de retenção adicionais para evitar inclinações.

 O risco de inclinação depende da altura do centro de gravidade e das dimensões da secção de


carga.
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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

 Para o cálculo do risco de queda, utiliza-se a altura (A), a largura (L) e o comprimento (C).

 É necessário verificar se o centro de gravidade não se encontra no centro.


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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

 Rigidez da carga

 A rigidez da carga tem uma grande influência nos sistemas que devem ser selecionados para o
seu acondicionamento.

 Se for transportada numa plataforma plana, a carga deve ser tão rígida quanto possível.
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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

 Se a carga não for considerada suficientemente


rígida (sacas ou sacos grandes, por exemplo) para
aplicar de forma adequada dispositivos de
amarração, a rigidez pode ser melhorada através da
utilização de material de enchimento, cartões,
divisórias de carga e protetores de extremidades.

 A quantidade de material necessária para o


travamento/suporte da carga depende da rigidez.
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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

 Distribuição da carga

 Quando é colocada uma carga num veículo, as


dimensões, eixos e pesos brutos máximos
autorizados não devem ser excedidos.

 As cargas mínimas por eixo devem ser


igualmente consideradas para garantir
estabilidade, viragem e travagem adequadas.
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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

 As dificuldades com a distribuição da carga no veículo ocorrem se este for


parcialmente carregado ou descarregado durante o percurso.
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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

 O efeito no peso bruto,


nas cargas por eixo
individuais, no
acondicionamento e na
estabilidade da carga
não deve ser
negligenciado.
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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

 Embora a remoção de parte da carga reduza o peso


bruto do veículo, a alteração na distribuição do peso
pode sobrecarregar os eixos individuais (conhecido como
o efeito de diminuição da carga).
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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

 O centro de gravidade da carga e do conjunto


veículo/carga será alterado em conformidade,
devendo ser considerados todos os aspetos
aquando do carregamento do veículo.

 O capotamento do veículo é um dos acidentes mais


frequentes provocados por uma incorreta
distribuição da carga.
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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

 Em termos práticos, é difícil conseguir que a carga fique firme contra os dispositivos de
travamento, permanecendo geralmente uma pequena folga. As folgas devem ser mínimas,
especialmente as que dizem respeito ao painel de proteção da cabina.

 A carga deve ser imobilizada diretamente contra o painel de proteção da cabina ou através da
colocação de material de enchimento entre esta e o painel.
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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

 Amarração

 A amarração consiste num dispositivo de retenção,


por exemplo, cintas, correntes ou cabos de aço que
amarram a carga ou mantêm a carga em contacto
com a plataforma ou qualquer outro dispositivo de
travamento.
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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

 As amarrações devem ser feitas de modo a


ficarem exclusivamente em contacto com a carga a
fixar e/ou com os pontos de fixação.

 Não devem ser efetuadas por cima de elementos


flexíveis, portas laterais, etc.
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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

 Cargas suspensas

 As cargas suspensas, por exemplo, carcaças,


devem ser adequadamente acondicionadas a fim de
evitar as oscilações ou qualquer tipo de
deslocamento inaceitável no interior do veículo.
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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

 Se este deslocamento ocorrer, o centro de gravidade


da carga e do veículo deslocar-se-á, afetando a
dinâmica de condução do veículo, o que a torna
instável ao ponto de se tornar incontrolável e
provocar um acidente, por exemplo, o capotamento
do veículo.
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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

 Se não forem bem acondicionadas, as cargas suspensas começam a oscilar longitudinalmente


em resultado da aceleração ou desaceleração do veículo e continuarão a oscilar na mesma
direção, mesmo que o veículo mude de direção.
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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

 Cargas líquidas a granel

 Com cargas líquidas ou cargas com um comportamento


idêntico ao dos líquidos (por exemplo, grão ou farinha, muitas
vezes transportados em tanques), é provável que ocorram os
problemas de movimento aplicáveis às cargas suspensas.
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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

 Se os tanques, ou outras unidades de transportes similares, estiverem parcialmente cheios, a


carga mover-se-á se o veículo acelerar, desacelerar ou mudar de direção.

 Este facto altera o Centro de Gravidade (CdG) da carga e de todo o veículo e/ou inicia um
processo de oscilação (ou seja, uma mudança contínua do CdG) da carga.
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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

 O comportamento dinâmico do veículo é afetado e pode tornar-se instável ao ponto de ficar


incontrolável e causar um acidente como, por exemplo, o capotamento do veículo.

 Sempre que possível, os tanques devem estar quase totalmente cheios com líquido ou vazios
(requisitos ADR: mais de 80% ou menos de 20% para tanques com capacidade superior a
7.500 litros) para evitar os efeitos acima referidos.
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5. COORDENAÇÃO DA ARRUMAÇÃO, PROTEÇÃO E ACONDICIONAMENTO DA


CARGA NO TRANSPORTE

 Sempre que necessário, devem ser adotadas medidas adicionais para evitar os movimentos
das cargas em tanques parcialmente cheios como, por exemplo, a utilização de tanques
equipados com divisórias.

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