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ANEXO II

1. UTILIZAÇÃO

Estruturas de armazenagem e movimentação de cargas se tornam cada vez mais um


processo crucial para o bom desempenho interno da logística nas empresas. Tais processos e
procedimentos, se bem executados, garantem a eficiência de toda a cadeia de suprimentos e a
segurança dos colaboradores envolvidos na operação.

Desta forma, alguns conceitos e necessidades devem estar claros e bem definidos para
que todo o processo de logística interno seja avalizado.

1.1. UNIDADES DE CARGA PARA CARREGAMENTO COM EQUIPAMENTOS DE


MOVIMENTAÇÃO

Vários tipos de equipamentos podem ser utilizados para a unitização de cargas, sendo
hoje, os mais comuns, os paletes de madeira. Porém, por se tratar de um equipamento que é
operado com frequência, sua integridade deve ser avaliada antes de expô-lo à operacionalização
de sua estrutura.

Tal análise prévia é importante, pois assim garante-se a capacidade para suportar a carga
que nela será adicionada.

Algumas destas unidades, de acordo com suas características, podem ser dispostas
diretamente sobre as longarinas da estrutura Porta Paletes, sendo que quando estas não podem,
exigem a utilização de acessórios como bandejas metálicas, aramadas, guias, entre outros, que
garantem assim a integridade e segurança no procedimento de armazenagem.

1.1.1. Unidades de carga que não exigem acessórios

As unidades de carga que não necessitam de acessórios são em sua maioria as


padronizadas, pois se adequam muito bem às estruturas, como exemplo os paletes PBR, que
foram criados pela ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados) no ano de 1988. Este é
o modelo mais comum entre os paletes e tem o padrão de 1 m de frente, por 1,20 m de
profundidade.

Os paletes podem se apresentar de formas diferentes, de acordo com o nº de entradas,


podendo ser de 2 ou 4 entradas, e também podendo ser reversível ou não, ou seja, podendo ser
utilizado de ambos os lados.
Figura 5 - Palete de 2 entradas não reversível.

Figura 6 - Palete de 2 entradas reversível.

Figura 7 - Palete de 4 entradas não reversível.

Figura 8 - Palete de 4 entradas reversível.

1.1.2. Unidades de carga que exigem acessórios


Acessórios devem ser utilizados para evitar qualquer tipo de saliência na base de sua
unidade de carga que possa comprometer a distribuição de carga na estrutura ou que até
provoque deslocamento sobre o par de longarinas. Algumas opções de acessórios são abordadas
nas subseções deste item, 1.1.2. Vide abaixo.

1.1.2.1. Unidades de carga com saliência

Unidades de carga que apresentem qualquer tipo de saliência em sua base, assim como
cestos metálicos, caçambas e ou racks são exemplos de itens que requerem essa atenção. Para
estes, recomenda-se os acessórios abaixo. Vide Figura 7.

Figura 9 - Exemplos de acessórios.


1.1.2.2. Unidades de carga com vãos entre madeiras de sustentação maior que as mesas
das longarinas

Deve se atentar ao fato das mesas de sustentação da unidade de carga não forem maiores
que as das longarinas, pois desta forma a unidade de carga pode ficar retida na mesa das
longarinas, provocando danos e/ou esforços não previstos à estrutura.

1.1.2.3. Unidades de carga com baixo coeficiente de atrito ou baixa resistência mecânica

Unidades de carga fabricadas com materiais de baixa resistência mecânica e ou materiais


que não apresentem um atrito suficiente com a mesa das longarinas devem conter acessórios,
pois assim acidentes e imprevistos com a armazenagem são evitados.

1.1.2.4. Unidades de carga com entrada insuficiente

Unidades de carga das quais não apresentem altura suficiente de seus blocos inferiores,
que no caso, não sejam 3 vezes a espessura dos garfos da empilhadeira, e/ou que apresentem
uma altura irregular devem também apresentar o uso de acessórios para as operações de
armazenagem.

1.2. DISTRIBUIÇÃO DE CARGA

1.2.1. Colocação de cargas sobre a unidade de carga

A distribuição de carga de forma homogênea sobre as unidades de carga é quem garante


a uniformidade e estabilidade desta. Se não for possível garantir tais condições, evitar a
excentricidade de carga sob a unidade, pois quando posicionada sobre a mesa das longarinas, a
parte central fica em balanço e mais propensa a falha.

As unidades de carga, pós carregamento, devem sempre ser amarradas e/ou embaladas,
isso dependendo do tipo e da altura da carga.

1.2.2. Distribuição das unidades de carga sobre a estrutura

Seguindo a mesma linha de raciocínio aplicada à distribuição de carga sobre a unidade de


carga, temos a distribuição de carga sobre a estrutura como um todo.

O porta paletes deve ser dimensionado para suportar as unidades de carga dispostas sobre
seus planos de longarinas de forma simétrica, com a mesma carga unitária prevista em projeto.

Se não for possível evitar tal situação, esta deve ser previamente comunicada ao
fabricante das estruturas para que seja levada em consideração no momento do
dimensionamento da estrutura.
Portanto, tem-se que qualquer tipo de alteração na disposição e também maneira de
armazenagem deve ser previamente comunicada, desde o número de unidades de carga a serem
dispostas sobre o mesmo plano ou até mesmo a carga a ser colocada em apenas uma unidade
de carga.

Deve se salientar que quando colocada apenas uma unidade de carga sobre a mesa de
longarinas, a unidade de carga deve ocupar seu respectivo lugar previsto em projeto e sempre
deve ser colocada de forma a garantir uma igual divisão de carga sobre as duas longarinas que
compõem o par.

Por fim, a unidade de carga deve sempre ser armazenada de forma perpendicular à
estrutura.

1.3. PROCEDIMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DAS UNIDADES DE CARGA NAS


ESTRUTURAS

A movimentação das cargas, assim como todo o processo de paletização das cargas
também demanda um procedimento, sendo que tal movimentação pode ser tanto manual quanto
mecânica.

1.3.1. Manual

O carregamento manual de estruturas deve ser realizado de modo a evitar impactos,


arrastos e concentração de cargas, portanto, essa se torna uma atividade que demanda certo
nível de atenção.

Recomenda-se a utilização de acessórios, cuja necessidade deve ser previamente


analisada.

1.3.2. Mecânico

As unidades de cargas devem ser movimentadas sem que haja o contato com o plano de
carga e somente ser apoiada sobre o par de longarinas quando estiver corretamente posicionada.
Com a unidade de carga já previamente posicionada, o garfo da empilhadeira não deve descer
além do necessário para sua saída, evitando assim o apoio ou arraste deste sobre a estrutura.

Um ponto a ser evidenciado é que não são permitidos choques entre os equipamentos de
movimentação e as estruturas, equipamentos de proteção e/ou estabilização.

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