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Unidade IV
7 CONTÊINERES
A movimentação de cargas por contêineres é cada vez maior, então, ao se falar sobre armazenagem,
é obrigatório comentar sobre esse assunto.
Para fins de informação, um contêiner de 1 TEU (ou 20 pés) tem, em média, uma tara de 2,2 toneladas
e um contêiner de 2 TEU (ou 40 pés), de cerca de 3,3 toneladas.
Tabela 7
Comprimento (pés) Largura (pés) Altura (pés) Volume útil (m3) Capacidade máxima (t)
10 8 Aprox. 9 15 15
20 8 Aprox. 9 30 30,48
40 8 Aprox. 9 60 38
Tipos de contêiner
• carga geral;
• térmicos;
124
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
• tanques;
• a granel;
• plataforma;
• especiais.
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Unidade IV
Um contêiner, antes de chegar ao seu destino, segue um fluxo que deve ser observado de perto:
• é descarregado no destino;
Cada uma dessas etapas deve ser cuidadosamente planejada, pois cada uma delas corresponde a
uma possibilidade de avaria. Para evitar essas avarias, é importante assegurar normas de segurança, tais
como: deixar áreas de empilhamento diferentes para os contêineres cheios e vazios, empilhar de acordo
com os modais a serem utilizados, separar por destinos e/ou clientes, empilhar contêineres segundo suas
características de tamanho etc.
7.2 Ovação
É a ação de carregar o contêiner. Este pode ser considerado uma espécie de armazém portátil, assim,
merece os mesmos cuidados.
Os contêineres podem ser classificados em dois tipos no que diz respeito ao seu destino:
• FCL (Full Container Load) indica que ele contém carga apenas de um embarcador ou consignatário,
é um modelo que normalmente entra e sai lacrado do armazém.
• LCL (Less than a Container Load) mostra que ele contém vários lotes, pode ser de mais de um
embarcador para mais de um consignatário. Normalmente são ovados e desovados nas áreas de
armazenagem sob a responsabilidade do transportador.
Cuidados na ovação
O processo de ovação exige planejamento adequado para que não haja surpresas durante e após o
processo. Rodrigues (2008) aponta alguns pontos importantes:
2. Tudo que vai entrar no contêiner deve ser vistoriado, mercadoria com embalagem avariada não
deve ser ovada.
3. Deve‑se verificar a compatibilidade das cargas que vão ser ovadas no mesmo contêiner.
4. As mercadorias pesadas devem ser colocadas primeiro, e as mais leves, sobre elas.
5. Material que possa vazar, como líquidos em barris, deve ser colocado sobre algum material
absorvente.
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Unidade IV
6. A distribuição do peso deve ser longitudinal e transversal dentro do contêiner; necessita‑se levar
em consideração o centro de gravidade, que deve ser o mais baixo possível.
7. O peso das cargas deve ser sustentado pelas partes estruturais do contêiner e não pelas paredes
e portas.
9. Embalagens frágeis devem ser colocadas sobre embalagens mais robustas, como as de madeira.
10. Produtos alimentícios nunca devem ser ovados junto com produtos que exalem odor, ou tóxicos
e venenos.
11. Toda carga contida pelo contêiner deve ser amarrada, formando um único bloco entre si e
juntamente com o contêiner, para protegê‑la contra os movimentos, trações e torções a que será
submetido durante o percurso.
12. Cargas pesadas não devem se movimentar no interior do contêiner, mas fixadas de forma a ficar
imóveis.
13. Os espaços livres devem ser preenchidos por airbags, bolinhas de isopor ou poliuretano, evitando
os movimentos dentro do contêiner.
14. O fechamento das portas deve ocorrer sem o uso de força por meio de equipamentos mecânicos.
15. Após o fechamento das portas, insere‑se o lacre na posição correta e registra‑se a numeração.
16. As etiquetas com a classificação IMO devem ser coladas na posição indicada, sem tampar a
numeração do contêiner.
Essas são apenas algumas dicas sobre a movimentação por contêiner. Há muito mais a ser estudado,
como as técnicas de vistoria em contêiner antes e após a ovação.
Lembrete
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MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Infraestrutura Equipamentos de
Mão de obra
movimentação
Seguros e
impostos Sistemas
Custo do capital
Custo de investido
administração
Figura 128
Conforme exposto nessa figura, podemos perceber que, para que um armazém funcione, incidem
vários custos; aqui, vamos trabalhar cada um deles. Antes, é importante diferenciar os custos de estoque
dos custos de armazenagem.
Os custos para manter os estoques, ou custos de estoques, são aqueles relacionados ao produto. Estão
associados ao custo financeiro de sua posse – como o ato da compra – e às possibilidades de perdas,
roubo e avarias. Os custos de armazenagem são aqueles diretamente ligados ao acondicionamento
e à movimentação das mercadorias, tais como: o aluguel do armazém, a mão de obra utilizada e os
respectivos encargos sociais, a depreciação das instalações e equipamentos, os custos das apólices de
seguro etc.
A maior parte dos custos de armazenagem é fixa e indireta, o que dificulta até certo ponto seu
gerenciamento e correta alocação. Independentemente do volume de carga existente no armazém, se
ele está com carga completa ou não, os custos vão continuar ocorrendo, pois estão associados ao espaço
físico projetado, aos equipamentos adquiridos para movimentação, à equipe de gestão em atividade no
armazém. E ainda há os custos dos investimentos em tecnologia da informação. Esses investimentos
serão constantes, não podem parar.
Como um armazém trabalha com produtos diferentes, há certa dificuldade de alocar os custos
devidos para cada um deles de acordo com o volume ocupado e a frequência com que ocorrem.
Infraestrutura
Os custos de infraestrutura são os das instalações onde o armazém funciona e podem variar
dependendo do tipo de armazém. Temos como exemplo de custos de instalações:
• aluguel;
• IPTU;
• água;
• luz;
• telefone;
• segurança;
• manutenção predial.
Veja que, mesmo se o armazém estiver parcialmente ocupado, o aluguel terá que ser pago. Você
pode questionar: mas, e se o prédio for próprio? Nesse caso, ainda assim há um custo – o chamado custo
de oportunidade – o capital aplicado no prédio, que irá onerar seu proprietário.
Lembrete
Sobre qualquer um deles incidem custos de remuneração do capital, que são o que podemos
chamar de custo do capital ou custo de oportunidade. Esse custo é calculado tendo como base as taxas
de juros; no Brasil, é comum ter como referência a Taxa Selic.
Vejamos um exemplo:
130
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
A fórmula ( 12 1 + i –1) transforma uma taxa de juros anual em taxa mensal. Exemplo:
12% ao ano correspondem a: ( 12 1 + 0,12 –1) = 0,00948 que x 100 = 0,94% ao mês.
Observação
Assim, uma empilhadeira que custe R$ 40.000,00 tem um custo de capital de:
Essa empilhadeira tem um custo de capital de R$ 376,00 por mês, que é o valor que a empresa
ganharia se aplicasse o dinheiro em qualquer outro investimento.
Na realidade, esse custo não existe em termos contábeis, mas o fato de investir o capital implica
deixar de aproveitar outros possíveis investimentos que poderiam ser feitos.
Depreciação
Tomemos o valor de aquisição do bem, seu tempo de vida útil e o valor de revenda após esse período
de vida útil, o que chamamos de valor residual.
Pega‑se o valor de aquisição e subtrai‑se o valor da venda residual. Se o prazo de utilização do bem
for de cinco anos, divide‑se a diferença de maneira a encontrar o valor mensal:
Um veículo é adquirido por R$ 100.000,00 e vendido após cinco anos por R$ 60.000,00. Lembremos
que esse período equivale a 60 meses.
131
Unidade IV
40.000
= 666, 66 por mês de depreciação
60
Custo de manutenção
Exemplo de aplicação
Imagine se uma companhia aérea reduzisse pela metade seus custos com manutenção das aeronaves.
O que você pensaria a respeito?
Custo administrativo
• instalação ou infraestrutura;
• manutenção;
• mão de obra;
• administrativo.
132
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Observação
Exemplos de aplicação
Um armazém quer saber qual é o custo total de armazenagem e os custos por palete. Para tal,
forneceu várias informações a respeito. Vejamos:
Instalações
Alugou um espaço de 2.000 m² ao custo de R$ 10,00 o m²; o IPTU é de 2,0% do valor do aluguel
anual. Pelas estimativas de gastos de anos anteriores, sabe‑se que o gasto anual de água, luz e telefone
totaliza R$ 7.200,00. Os serviços de segurança anuais estão estimados em R$ 72.000,00. A manutenção
predial está estimada em R$ 20.000,00. Os custos com limpeza são estimados em R$ 9.000,00 ao ano.
Tabela 8
Custos de instalação
Itens Custo unitário Quantidade Custo anual
Área do depósito m² 10,00 ao mês 2.000 m² 240.000,00
IPTU 5.000,00
Água, luz e telefone 7.200,00
Segurança 72.000,00
Manutenção predial 20.000,00
Limpeza 9.000,00
Total 353.200,00
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Unidade IV
Quanto aos custos dos equipamentos de movimentação, o armazém tem duas paleteiras manuais
– cada uma custa R$ 1.500,00 – e duas empilhadeiras – cada uma com custo de R$ 80.000,00. Assim,
podemos levantar os valores de equipamentos de movimentações:
Tabela 9
Quanto aos custos de estrutura de armazenagem, a empresa solicitou a montagem de uma estrutura
com 2.048 posições de paletes. Cada unidade porta‑palete custou R$ 80,00. Como garantia, foram
comprados 3.000 paletes (R$ 15,00 cada). Adquiriram‑se também duas seladoras (R$ 2.000 cada),
uma cintadora (R$ 2.000,00) e quatro mesas (R$ 2.000,00 cada). Dessa forma, os valores investidos em
estrutura foram:
Tabela 10
Custos de estrutura
Itens Custo unitário Quantidade Custo anual
Estrutura porta‑paletes 80,00 a posição 2.048 unidades 163.840,00
Paletes 15,00 3.000 unidades 45.000,00
Seladora 2.000,00 2 unidades 4.000,00
Cintadora 2.000,00 1 unidade 2.000,00
Mesas 2.000,00 4 unidades 8.000,00
Total 222.840,00
Para gerenciar a operação de armazenagem, foi adquirido um sistema WMS (R$ 80.000,00 ao ano).
Tabela 11
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MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Tabela 12
Tabela 13
Despesas administrativas
Itens Custo unitário Quantidade Custo anual
Funcionários 1.200,00 3 3.600,00
Total 3.600,00
Tabela 14
Outros custos
Taxa anual de juros 12% ao ano
Encargos sobre salários 78%
Benefícios aos funcionários R$ 152,00 ao mês
Assim, estamos prontos para fazermos a apuração dos custos mensais da operação de armazenagem.
Vamos transformar cada um dos custos anuais em custos mensais:
Tabela 15
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Unidade IV
Tabela 16
Paleteira:
Para a depreciação, como não estamos cogitando a venda pelo valor residual, vamos usar a
porcentagem contábil de equipamentos (10%). Então:
1500 * 10%
= 12,50
12
Assim, 12,50 é a depreciação de cada paleteira.
136
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Depreciação:
Tabela 17
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Unidade IV
Custo do capital
Então: Cc = 80 x ( 12 1 + 0,12 – 1)
Cc = 80 x (0,009489)
Depreciação
Custos de manutenção
Custo do capital
Cc = 15 x 12 1 + 0,12 – 1
Cc = 15 x 0,009489
138
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Depreciação
Seladora
Custo de capital
Cc = 2.000 x 12 1 + 0,12
Cc = 2.000 x 0,009489
Depreciação
10%
2.000 * 10%
= 16,67, que é a depreciação mensal da seladora (unidade).
12
Manutenção
15 * 10%
= 16,67, que é o custo mensal de manutenção de cada seladora.
12
Cada unidade de seladora custa:
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Unidade IV
Cintadora
Custo de capital
2.000 x 12 1 + 0,12
2.000 x 0,009489
Depreciação
10%
2.000 * 10%
= 16,67 de depreciação mensal.
12
Manutenção
2.000 * 10%
= 16,67
12
O total seria:
Mesas
Custo de capital
2.000 x 12 1 + 0,12
2.000 x 0,009489
Depreciação
10%
2.000 * 10%
= 16,67, depreciação mensal.
12
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MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Manutenção
2.000 * 10%
= 16,67
12
O total seria:
18,98 + 16,67 + 16,67 = 52,32, que é o custo mensal de cada mesa; como temos 4 mesas: 52,32 x
4 = 209,28.
Tabela 18
Custo do capital
Cc = 80.000 x ) ( 12 1 + 0,12 )– 1
Cc = 80.000 x 0,009489
Cc = 759,12
Depreciação
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Unidade IV
Tabela 19
Vamos recordar que os encargos seriam de 78% do salário, e os benefícios de R$ 152,00 para todos
os funcionários. Assim, então:
Coordenador
Supervisor
1.500 + 1.170 + 152 = 2.822,00, que é o custo de cada supervisor; como são 2, ficaria 2.822,00 x 2
= 5.644,00. Esse é o custo de salários e encargos dos supervisores.
Conferentes
800 + 624 + 152 = 1.576,00, que é o custo dos salários e encargos de um conferente. Como são 2,
ficaria: 1.576,00 x 2 = 3.152,00.
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MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Separadores
750 + 585 + 152 = 1.487,00, que é o custo de salários e encargos de um separador. Como temos 5,
ficaria:
• Auxiliar de depósito.
• Auxiliar administrativo.
• Operador de empilhadeira.
• Auxiliar de limpeza.
Tabela 20
Despesas administrativas
Salários com
Funcionários Salários Encargos Benefícios Total
encargos
Administrativos 3 1.200,00 936,00 152,00 6.864,00 6.864,00
Tabela 21
Itens Custo
Instalação 29.433,34
Equipamentos de movimentação 4.263,39
Custo de estrutura 5.867,04
Custo de sistemas de gestão 2.092,46
Custo de mão de obra 39.934,00
Despesas administrativas 6.864,00
Total 88.454,23
143
Unidade IV
3. Qual é o custo por área útil utilizada, sabendo‑se que a área útil utilizada está na média (em torno
de 40% da área útil)?
Respostas:
Observação:
Para solucionar um exercício, devemos voltar ao enunciado. Veremos que a área útil citada é de 40%
da área total. Foi dado no exercício que a área total era de 2.000 m². Se a área útil é de 40%, devemos
multiplicar 2.000 m² por 40%: 2.000 x 40% = 800m², que, então, é o espaço útil aproveitado para
armazenagem.
Lembre‑se de que o exercício pede o custo por m², então, vamos agora dividir os custos totais pela
área utilizada:
Para a Logística, é fundamental conhecer esses custos, pois qualquer medida em busca de melhorar
a eficiência exigirá esses conhecimentos. Toda mudança deve levar em consideração a agilidade
operacional e os impactos em custos; caso seja um armazém a ser alugado, é ainda mais importante,
pois vai ser a referência para o preço de venda.
144
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
considera também o controle dos custos envolvidos, que, dependendo da atuação, pode aumentar ou
diminuir. Vale lembrar que custos são a medição da relação custo‑benefício.
Esses índices são completados pela medição do nível de serviço prestado aos clientes, que mensura
a qualidade com que os serviços são executados no prazo, do jeito certo, na quantidade correta. Esse
índice é controlado de perto, pois é um importante fator de competição para as empresas.
Para dar a verdadeira importância à medição de desempenho, devemos nos perguntar: quais
produtos não fornecemos para quais clientes? Em quais datas? Quantas vezes prometemos e depois não
entregamos?
Assim, podemos identificar as oportunidades que existem para elevar os níveis de serviço, faturamento
e aumento de participação no mercado. Tendo feito a identificação, então devemos acionar ações
corretivas.
Para visualizar a importância, imagine uma empresa com receita, por exemplo, de R$ 100 milhões/
ano e um nível de serviço de atendimento médio de 93% que, de repente, descobre uma receita
potencial extra de 3 a 4% apenas melhorando os procedimentos e o fluxo de informações. Essas medidas
imediatamente agregam R$ 3 a 4 milhões por ano em fluxo de caixa e, dependendo das margens, uma
saudável soma diretamente no resultado final.
Segundo Banzato et al. (2003), podemos destacar como índices de avaliação de armazenagem
alguns pontos, como a seguir:
• Nível de serviço do produto: mede o número de vezes que um produto não foi atendido, total
ou parcialmente. Mede também o tempo em que o produto ficou indisponível.
145
Unidade IV
• Relatórios históricos: esses relatórios são as ferramentas básicas para planejar e tomar as
decisões necessárias, podem ser semanais, mensais ou anuais, cujo objetivo é fazer comparação
entre os períodos.
• Consulta a transação: deve proporcionar consultas por nome do cliente, data, território, número
de pedido etc.
Como será que as empresas consideram esses pontos que discutimos? Veja a pesquisa a seguir feita
pela revista Log & Man (2003).
17%
Melhorar 50%
eficiência 17%
17%
Aumentar nível
de serviço
Figura 129
A tecnologia é a mola propulsora da evolução dos armazéns, tanto para automação como informação.
O processo de armazenagem vem se desenvolvendo intensamente por causa da automação do fluxo
de materiais, como veículos e empilhadeiras guiadas automaticamente, transportadores contínuos dos
mais variados, sistemas de separação totalmente automatizados, estruturas autoportantes operadas por
transelevadores.
Há ainda a evolução das tecnologias de informação, como: WMS, coletores de dados, radiofrequência,
sistemas de separação sem papéis etc.
146
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
• segurança operacional;
É considerado por Rodrigues (2008) uma moderna ferramenta gerencial, que planeja eficientemente
a execução das tarefas, com alto nível de controle e acuracidade do inventário.
• Controlar a contagem física das mercadorias por código de barras, conciliando‑a com a nota
fiscal.
• Estabelecer tempo padrão para carga e descarga de caminhão por tipo de mercadoria.
Nas figuras a seguir, veja os passos para implantação de um WMS, segundo a revista Log & Man (2003):
Fase 1: Avaliação e planejamento
148
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
• Protótipo Técnicas
• Procedimentos Ferramentas
• Desenhos funcionais Atividades • Parametização completa
e técnicos • Usuários treinados
• Sistema validado e integrado
• Treinamento • Sistema convertido
• Testes e validação • Impressoras e relatórios
• Inventário implementados
• Conversão
• Organização operacional
Figura 130
Saiba mais
Os leitores de código de barras são eficientes na captura das informações dos itens estocados,
transportando‑as automaticamente para a base de dados do armazém.
Os leitores de código de barras têm suas potencialidades, mas requerem contato físico com as
mercadorias. Está em evidência o RFID (Radio Frequency Identification), como uma evolução desses
leitores.
149
Unidade IV
8.1.3 RFID
A vantagem desse sistema é facilitar e tornar mais rápida a troca de informações por toda a cadeia,
reduzindo os erros praticamente a zero.
No operacional, é possível a um palete, por exemplo, captar os itens e as quantidades existentes, dar
entrada no sistema e indicar o local a ser estocado.
Vantagens do RFID:
• Permite maior integração entre os sistemas e, com isso, agiliza os processos e reduz os erros.
Desvantagem:
Saiba mais
150
MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
Como deverá ser um armazém no futuro? A resposta é bem mais complexa do que parece.
Alguns especialistas apontam que os armazéns serão vitais para as organizações e na cadeia de
abastecimento. Para a boa gestão, apontamos dez pontos considerados cruciais:
3. Fluxo contínuo. Espera‑se que os fluxos de informação e de materiais continuem cada vez mais
progressivos, ágeis e contínuos.
8. Redução dos tamanhos dos pedidos. Os pedidos estão encolhendo em tamanho ao mesmo tempo
em que a frequência deles está aumentando. A ideia é que as empresas estejam preparadas para
expedir pedidos de qualquer tamanho.
151
Unidade IV
9. Automação. Os armazéns precisarão aumentar a automação, minimizando a mão de obra que não
agrega valor. A automação continuará a substituir seres humanos na movimentação pesada, áreas
de acesso limitado etc.
10. O fator humano. Pelo fato de a automação ganhar cada vez mais importância no centro de
distribuição ou armazém, os operadores precisam continuar a realçar suas aptidões técnicas,
especialmente as tecnológicas; as empresas precisam encontrar, treinar e manter os melhores
operadores.
Resumo
Exercícios
Questão 1. Na maioria das organizações, observa-se que cerca de 20% da quantidade de itens
cadastrados corresponde a aproximadamente 80% do valor financeiro dos estoques, enquanto 80%
dos itens cadastrados restantes vão representar apenas 20% do valor do inventário total. Em síntese,
um número relativamente pequeno de itens vai ser responsável por grande participação no custo ou no
valor dos estoques.
Para gestores de varejo, é importante classificar, por meio da curva ABC, os itens que serão
comercializados.
PORQUE
Os itens de categoria A devem receber uma forma de controle menos rígido dos estoques e os itens
B e C devem receber um controle mais rígido.
Justificativa geral: a primeira afirmativa é verdadeira, já que classificar itens pelo método ABC
é fundamental para estabelecer um controle adequado da entrada e saída de itens de estoque, da
alocação, da armazenagem, das compras e da movimentação de mercadorias. Em empresas de varejo, o
critério ABC de classificação de estoque é ainda mais importante, tendo em vista o volume de produtos
movimentados e a representatividade dos custos com armazenagem, transporte e distribuição.
A segunda afirmativa é falsa, uma vez que o critério considera os itens A como os de maior
importância, os itens B como de importância intermediária e os itens C como menos importantes em
comparação aos demais itens.
1
R$ 5,00/t
Demanda = 1.000
1
R$ 4,0
0/t
Oferta < 2.500 R$
6,0
0/t
2
Fábricas Depósitos
0/t Demanda = 1.500
4,0 0/t
R$ R$ 3,0
2
R$ 5,00/t 3
Oferta > 2.500
Demanda = 500
Figura 131
A Cia. de Produtos Vegetais – CPV possui duas fábricas que abastecem três depósitos. As fábricas
têm um nível máximo de produção baseado nas suas dimensões e nas safras previstas. Os custos
em R$/t estão anotados em cada rota (ligação entre as fábricas e depósitos). José de Almeida,
estudante de Administração, foi contratado pelo Departamento de Logística com a finalidade de
atender a demanda dos depósitos sem exceder a capacidade das fábricas, minimizando o custo
total do transporte.
153
Unidade IV
I − 1.000 unidades devem ser transportadas da Fábrica 2 para o Depósito 1. A demanda restante
deve ser suprida a partir da Fábrica 1;
III − 1.000 unidades devem ser transportadas da Fábrica 2 para o Depósito 2. A demanda restante
deve ser suprida a partir da Fábrica 1.
A) Situação I.
B) Situação II.
C) Situação III.
D) Situação I e III.
E) Situação II e III.
154
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
Figura 7
Figura 8
Figura 14
155
Figura 16
Figura 17
Figura 21
Figura 22
Figura 23
Figura 26
Figura 27
Figura 30
Figura 32
Figura 33
MOURA, R.; BANZATO, J. M. Embalagem, utilização e conteinerização. São Paulo: IMAM, 1998. p. 136.
156
Figura 34
MOURA, R.; BANZATO, J. M. Embalagem, utilização e conteinerização. São Paulo: IMAM, 1998. p. 136.
Figura 35
Figura 36
Figura 37
MOURA, R.; BANZATO, J. M. Embalagem, utilização e conteinerização. São Paulo: IMAM, 1998. p. 136.
Figura 38
MOURA, R.; BANZATO, J. M. Embalagem, utilização e conteinerização. São Paulo: IMAM, 1998. p. 136.
Figura 39
MOURA, R.; BANZATO, J. M. Embalagem, utilização e conteinerização. São Paulo: IMAM, 1998. p. 136.
Figura 40
Figura 41
Figura 42
Figura 43
157
Figura 44
Figura 45
Figura 47
Figura 48
MOURA, R.; BANZATO, J. M. Embalagem, utilização e conteinerização. São Paulo: IMAM, 1998. p. 136.
Figura 49
MOURA, R.; BANZATO, J. M. Embalagem, utilização e conteinerização. São Paulo: IMAM, 1998. p. 145.
Figura 50
MOURA, R.; BANZATO, J. M. Embalagem, utilização e conteinerização. São Paulo: IMAM, 1998. p. 145.
Figura 51
MOURA, R.; BANZATO, J. M. Embalagem, utilização e conteinerização. São Paulo: IMAM, 1998. p. 136.
Figura 52
MOURA, R.; BANZATO, J. M. Embalagem, utilização e conteinerização. São Paulo: IMAM, 1998. p. 148.
Figura 53
MOURA, R.; BANZATO, J. M. Embalagem, utilização e conteinerização. São Paulo: IMAM, 1998. p. 148.
Figura 54
MOURA, R.; BANZATO, J. M. Embalagem, utilização e conteinerização. São Paulo: IMAM, 1998. p. 148.
Figura 57
MOURA, R.; BANZATO, J. M. Embalagem, utilização e conteinerização. São Paulo: IMAM, 1998. p. 188.
158
Figura 58
MOURA, R.; BANZATO, J. M. Embalagem, utilização e conteinerização. São Paulo: IMAM, 1998. p. 185.
Figura 59
MOURA, R.; BANZATO, J. M. Embalagem, utilização e conteinerização. São Paulo: IMAM, 1998. p. 188.
Figura 60
MOURA, R.; BANZATO, J. M. Embalagem, utilização e conteinerização. São Paulo: IMAM, 1998. p. 188.
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REFERÊNCIAS
Textuais
BANZATO, E.; CARILLO, E. Jr; BANZATO, J. M.; MOURA, R. A.; RAGO, S. F. T. Atualidades na armazenagem.
São Paulo: IMAM, 2003.
BÍBLIA. Português. Gênesis. Cap. 41, vers. 26‑27,29‑30,34‑35,47‑49,53‑54. Disponível em: <http://
www.bibliaonline.com.br/acf/gn/41>. Acesso em: 22 fev. 2013.
Sites
<http://www.revistaintralogistica.com.br>
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<www.dataprev.gov.br>
<www.legnet.com.br>
<www.anest.org.br>
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Exercícios
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166
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168
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