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COP28
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FT: Líderes financeiros na COP 28 tentam


reanimar o esvaziado mercado de créditos de
carbono
ONU sustenta que modelos voluntários não podem ser um substituto dos cortes de
emissões do setor privado

Por Kenza Bryan, Financial Times, Financial Times — Dubai


05/12/2023 12h39 · Atualizado
Simon Stiell, chefe da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) — Foto: Divulgação

Bancos, reguladores e autoridades de alto escalão presentes à reunião de cúpula


climática COP 28 (sigla para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas) somaram suas forças às iniciativas para reanimar o comércio mundial de
créditos de carbono voluntários, que foi se desgastando pelas acusações de falta de
credibilidade.

Órgãos de certificação independentes, que têm sofrido com o esvaziamento do


mercado de créditos de carbono, também se juntaram ao esforço. Uma das
organizações, a Verra, destacou que sua meta será atender aos padrões
estabelecidos pelo órgão independente de governança, o Conselho de Integridade
para os Mercados Voluntários de Créditos de Carbono (ICVCM, na sigla em inglês).

Na teoria, cada crédito representa uma tonelada de carbono evitada ou removida da


atmosfera, mas a falta de checagem e de credibilidade dos créditos enfraqueceu o
sistema.

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atacadas no Mar Vermelho

Projetos de conservação, por exemplo, no Zimbábue e no Peru, que almejavam


reduzir o desmatamento em relação a um cenário futuro hipotético no qual as
árvores seriam derrubadas, têm enfrentado questionamentos, em especial sobre a
precisão na contabilização do carbono "poupado", como as emissões evitadas
também são chamadas

O padrão a ser adotado inclui checar a credibilidade e durabilidade da redução das


emissões e garantir que não haja duplicidade na contagem entre países e empresas
que reivindicam o crédito.

Compras de créditos de carbono vinculadas a cortes nas emissões de dióxido de


carbono provenientes da queima de combustíveis fósseis e do desmatamento
podem criar "o maior mercado que o mundo já conheceu", segundo o enviado
climático dos EUA, John Kerry.

"Operações não confiáveis" que oferecem créditos de carbono baratos nos


mercados voluntários nos últimos anos têm "cometido uma injustiça com todos",
acrescentou.

Bank of America, Morgan Stanley e Standard Chartered estão entre as empresas que
respaldaram nesta semana uma mecanismo proposto pelo Departamento de
Estado dos EUA apelidado de Acelerador da Transição Energética (ETA), ao lado da
Amazon, Boston Consulting Group, Mastercard, McDonald's, PepsiCo, Salesforce e
Schneider Electric.

O ETA planeja criar uma estrutura de negócios para países, como Chile e Nigéria, e
empresas de energia começarem a "vender" reduções de emissões a partir de abril
de 2024 para ajudar a financiar o abandono de fontes de energia poluentes.

O objetivo é aperfeiçoar os modelos voluntários existentes usando dados nacionais


de alta qualidade, que mediriam as reduções das emissões em relação ao passado, e
não às hipotéticas emissões futuras poupadas.

Outros altos funcionários nutrem esperanças de que o mercado seja capaz ajudar a
concretizar o aumento de 600% no investimento anual em energia limpa que se
calcula necessário para financiar a transição de mercados emergentes para formas
de energia menos poluentes.

Na segunda-feira, líderes de países dependentes do carvão, como Cingapura,


Indonésia e Filipinas, defenderam o financiamento de carbono como um
complemento crucial aos compromissos de capital existentes para suas transições
energéticas. A Rockefeller Foundation destacou que, por meio do uso de créditos de
carbono, pretende ajudar no fechamento da primeira usina a carvão nas Filipinas até
2030.

A ofensiva para reviver um mercado esvaziado, que em seu auge chegou a apenas
US$ 2 bilhões, se dá enquanto os investidores continuam questionando as normas
contábeis e de integridade que o sustentam.

Jean-Paul Servais, presidente da Organização Internacional das Comissões de


Valores Mobiliários (OICV), propôs um conjunto de medidas para prevenir fraudes e
promover maior liquidez, com o objetivo de garantir a "integridade financeira".
Créditos de carbono voluntários carecem de "algumas características dos mercados
justos, eficientes e transparentes que protegem os investidores", além de também
terem "vulnerabilidades à integridade ambiental", segundo Verena Ross, presidente
da Agência Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (Esma).

O Banco Mundial também entrou nas discussões e tem como meta oferecer US$ 24
milhões de créditos de carbono no mercado nos próximos dois anos, relativos a
projetos no Vietnã, Guatemala e República Democrática do Congo.

"A discussão intelectual sobre essa questão está freando a produção de créditos",
disse Ajay Banga, presidente do Banco Mundial, ao "Financial Times". "Mas
precisamos de todas as fontes de dinheiro [para a transição] que pudermos obter."

Especialistas em clima temem que as estruturas para negociar a venda da redução


de carbono possam ser usadas em alguns países para que empresas e governos
reduzam mais lentamente as próprias emissões.

"Mercados voluntários não podem substituir cortes sólidos nas emissões pelo setor
privado", disse Simon Stiell, secretário-executivo do órgão climático da ONU.

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