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A percepção hoje é unânime: novas fábricas de celulose no Brasil, que ainda não contam com plantio de eucalipto e contratos de
suprimento de madeira em volume suficiente, não devem ter condições de entrar em operação antes de 2028.
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Unidades fabris que começaram a operar nos últimos 24 meses e projetos que estão em construção já absorveram o insumo disponível
no mercado doméstico e alimentaram forte elevação de preços, inclusive de terras nos Estados que concentram esses investimentos.
Em relatório recente a clientes, a finlandesa Pöyry, que é referência global para a indústria de celulose e papel, corrobora essa
avaliação.
Conforme a consultoria, “considerando-se as capacidades que entraram recentemente em operação ou que se encontram em
construção, o Brasil continuará a ser protagonista no mercado global de celulose de fibra curta”. Mas “projetos que não possuam base
florestal disponível, ou contratos firmes de fornecimento de madeira, devem começar imediatamente a constituir tal base para início da
produção a partir de 2028”, partindo do ciclo de seis a sete anos para corte do eucalipto.
O Valor informou em reportagem no início de julho que o anúncio de novas fábricas levou a uma corrida por terras, florestas plantadas
de eucalipto e madeira no país. Na semana passada, executivos da indústria que participaram da conferência latino-americana da
Fastmarkets RISI em São Paulo, apontaram que a oferta limitada de madeira e os preços ascendentes devem frear os anúncios nos
próximos anos.
De acordo com a Pöyry, no ano passado, a produção brasileira de celulose deve ter alcançado 22,5 milhões de tonelada, com base nos
dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), que representa o setor. Considerando-se os projetos industriais em desenvolvimento ou
que recém-entraram em operação, aponta a consultoria, a capacidade instalada no país deve superar 30 milhões de toneladas anuais
até 2030 — e praticamente todo o volume adicional será de fibra curta, obtida a partir do eucalipto.
Ao mesmo tempo, houve mudanças no mercado de madeira de eucalipto, com avanço do consumo industrial em outros setores que
não o de celulose e papel, observa a Pöyry. Hoje, cerca de 60% da demanda desse tipo de árvore estaria vinculada à produção de carvão
vegetal, usado pelas siderúrgicas, ou à utilização de biomassa para a geração de calor.
“Essa crescente demanda por madeira industrial vem acompanhada do aumento dos custos de colheita e transporte, o que tem
contribuído, de forma expressiva, para um maior custo da madeira nas diversas regiões do país”, ressalta a consultoria.
Ao analisar a disponibilidade do insumo nas regiões produtoras, a conclusão da Pöyry foi a de que é preciso ampliar de forma
expressiva a base florestal plantada para comportar um novo ciclo de investimentos em celulose. Pelos números da Ibá, os plantios de
eucalipto no país totalizavam 7,47 milhões de hectares em 2020.
Considerando-se as 7 milhões de toneladas por ano de fibra curta que chegaram ou chegarão ao mercado entre 2020 e 2025 e um
consumo adicional de 28 milhões a 30 milhões de metros cúbicos de madeira de eucalipto, estima a Pöyry, há necessidade de plantio é
da ordem de 800 mil a 1 milhão de hectares.
Novos projetos, com capacidade de 2,5 milhões de toneladas por ano, vão requerer, portanto, plantio adicional de cerca de 300 mil
hectares cada um.
De acordo com a Pöyry, no ano passado, a produção brasileira de celulose deve ter alcançado 22,5 milhões de tonelada, com base nos dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), que
representa o setor — Foto: Reprodução/Paracel
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