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Criptomoedas
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Cainvest vai oferecer negociação ‘cripto’ a

fundos
Será a primeira instituição bancária a oferecer o serviço para clientes institucionais
no país

Por Toni Sciarretta — De São Paulo

05/12/2023 05h03 · Atualizado há 6 horas
Charles Aboulafia, presidente da Cainvest — Foto: Silvia Zamboni/Valor

Mais um fornecedor de ativos digitais se mobilizou para atender fundos de

investimento brasileiros com negociações em reais de criptomoedas. Depois de
Mercado Bitcoin e Vórtx, a Cainvest vai oferecer o serviço de negociação, liquidação e
custódia de “tokens” digitais para investidores institucionais.

O serviço se tornou viável após entrar em vigor em outubro a nova regra de fundos
de investimento da CVM. Até então, os gestores de recursos aplicavam em ativos
digitais por meio de estruturas no exterior, o que torna a operação mais cara e
burocrática por envolver câmbio e remessa de recursos.

A Instrução 175 da CVM permite que fundos de investimento apliquem em ativos

digitais no mercado doméstico desde que isso ocorra em uma plataforma regulada.
Como o BC ainda não definiu as regras de funcionamento das plataformas de
criptoativos, o Mercado Bitcoin se valeu de uma licença de operação e custódia de
Portugal.

A Cainvest tem licença para operar nas Ilhas Cayman e Ilhas Virgens, onde atua
como provedora de serviços bancários. A nova plataforma permite tanto a compra
quanto a conversão de criptoativos em reais em milésimos de segundos. O grupo é
um dos maiores “market makers” e provedores de liquidez do mercado institucional
de criptoativos no país, tendo como clientes o Mercado Bitcoin e a Foxbit. Será a
primeira instituição bancária a oferecer o serviço de negociação institucional no país.

Originário do setor têxtil, o Cainvest opera com remessas internacionais,

pagamentos de comércio exterior e serviços financeiros voltados a clientes
institucionais no centro financeiro das Ilhas Cayman. Entre os clientes, estão
American Express, Deutsche Bank, Société Générale, além dos brasileiros Itaú, BTG
Pactual, Safra e C6.

Desde outubro, os fundos multimercados de varejo podem investir até 10% do

patrimônio em ativos digitais. “A resolução 175 trouxe parâmetros importantes para
dar segurança para os fundos de investimento que operam criptomoedas no Brasil”,
disse Charles Aboulafia, CEO do Cainvest.

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