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Bom dia/ Boa tarde/ Boa noite

Hoje o intuito dessa apresentação é falar a respeito dos títulos do agronegócio, isso porque
recentemente os profissionais do meu escritório foram chamados por um grupo de
estrangeiros, dizendo que eles têm o objetivo de procurar startups na área de agronegócio
para investir no Brasil, mas para isso, eles precisavam da nossa ajuda.

Como esse não é um tema fácil de ser encontrado respostas para as dúvidas, eu e o meu
grupo decidimos criar essa apresentação para não só ajudar nosso cliente, mas também
ajudar todos aqueles que têm dúvidas sobre esse tema.

(pausa breve na fala)

E para começar, vamos falar primeiro como os recursos do agronegócio são captados.

(passa o slide e depois começa a explicar o primeiro tópico)

Bom… O agronegócio desempenha papel de grande relevância na economia brasileira, que


vem desde o período colonial, quando as atividades agrícolas de exportação, como os
engenhos coloniais de açúcar, o café e o ciclo da borracha na Amazônia, foram de grande
relevância na economia.

Por volta de 1970, o governo brasileiro enfrentou grandes dificuldades na disponibilização


de recursos para o crédito rural, e por isso, nessa época ficou nítido a necessidade de um
novo modelo de financiamento que deveria não depender apenas dos recursos públicos,
mas que dependesse também cada vez mais do financiamento com recursos de agentes
privados.

Com isso, a partir de 1990, o governo federal vem buscando estimular os sistemas de
financiamento privado do agronegócio.

(Pausa breve na fala)

Inclusive, foi nesse contexto que foram criados os títulos do agronegócio, com o intuito
captar recursos no âmbito dos mercados financeiros e de capitais, para facilitar a circulação
de riquezas e configurar uma modalidade de investimento adicional ao público investidor.

O governo criou, através da Lei 11.076, de 30 de dezembro de 2004, novos recursos como
a CDCA, CDA e WA, CRA e LCA - que compõem um novo padrão de financiamento do
agronegócio, ao lado da CPR, criada através da lei 8.929, de 1994. Além disso, tem o
FIAGRO que é o mais recente dos 6 e foi instituído por meio das Leis nº 8.929, de 22 de
agosto de 1994, e nº 11.076, de 30 de dezembro de 2004

(passa o slide para explicar cada uma delas)

Bom… Como o nosso tempo é curto eu deixei as informações mais importantes no slide
para vocês analisarem com calma depois. Mas, eu vou dar um exemplo prático da CPR
para ficar mais claro.
Suponhamos que um produtor rural necessitando de recursos para iniciar o plantio, busca
junto a uma instituição financeira recursos, emitindo uma CPR e pagando pelo aval
bancário. Essa CPR é colocada em leilão e quem oferecer mais, compra. O produtor colhe
e entrega o produto para o investidor, que vai retornar a CPR quitada. O investidor vende o
produto e a diferença entre o que pagou e o que recebeu é o seu lucro ou taxa de ganho.

(passa para o terceiro slide de explicação)

Agora sobre o Certificado de Depósito Agropecuário (CDA) ele é a prova do contrato de


depósito mercantil, representando as mercadorias depositadas, quer esteja unido ou
separado do warrant. O warrant agropecuário (WA) é um título de crédito representativo de
promessa de pagamento em dinheiro que confere ao credor direito de penhor sobre o CDA
correspondente e o produto descrito nele.

Quando estão unidos, atribuem ao portador a disposição dos bens. Quando separados, o
warrant indica o valor e o crédito sobre as mercadorias, conferindo ao portador um direito
real de penhor sobre as mesmas.

(Passa para o próximo slide)

O Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) é um título cuja emissão pode


ocorrer da seguinte forma: primeiramente é firmado um contrato entre uma agroindústria e
uma trading company para entrega de determinada quantidade de produto. Os produtores
rurais emitem CPRs referentes a um determinado produto para a agroindústria, com
garantia de penhor cedular. A agroindústria, então, emite CDCA em favor do investidor, que
libera recursos, com lastro nos direitos creditórios das CPRs e dos contratos comerciais. Na
data e local acordados a agroindústria entrega os produtos a trading, que efetua o
pagamento devido a agroindústria. Estes recursos são utilizados para liquidação do CDCA

(passa para o próximo slide)

O Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) é emitido através de uma empresa de


securitização. Suponha que uma empresa de securitização que tem entre seus clientes uma
cooperativa tradicional ou empresa do agronegócio com bom nome no mercado. A empresa
de securitização procurará identificar investidores dispostos a correr este tipo de risco. Uma
vez realizada a negociação entre as partes, tais como remuneração do investidor, prazo de
vencimento dos títulos etc., a securitizadora comprará os recebíveis da cooperativa, emitirá
um CRA neles lastredo e, imediatamente, transferirá o CRA aos investidores.

(passa para o próximo slide)

A Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) é um título emitido pelos bancos com lastro em
financiamentos do setor rural. É comum a utilização da CPR e do CDCA como lastro.
O banco então vende as LCAs no mercado financeiro, mediante registro na Cetip ou BM&F.
O investidor compra o risco do banco, que no vencimento da LCA, é o responsável pelo
pagamento do investidor, finalizando a operação.

(passa o slide para falar de outros recursos - conselho: pode colocar o mesmo texto
que vc vai falar no slide).

Outra forma de obtenção de recursos para o financiamento rural é a captação de recursos


externos, para repasse no país, destinada ao financiamento de produtores rurais e suas
cooperativas, para custeio, investimento e comercialização da produção agropecuária e, às
empresas, agroindústrias e exportadores, para aquisição de produtos agropecuários
diretamente de produtores rurais, suas associações, cooperativas, ou ainda, a aquisição de
CPR.

(passa para o próximo slide)

Por fim, o FIAGRO (Fundos de Investimento do Agronegócio) é um instrumento financeiro


criado em março de 2021 com o objetivo de captar recursos de investidores para aplicação
em ativos relacionados ao agronegócio, ele proporciona a qualquer pessoa física ou pessoa
jurídica, inclusive estrangeiros, acesso aos investimentos da área de agronegócio.

Quando um investidor compra uma cota em um fundo de investimento, a expectativa é que


ela se valorize, aumentando seu patrimônio. Por isso, as aplicações realizadas pelo fundo
procuram ser positivas, para que os ganhos sejam divididos de forma proporcional entre os
participantes. Por ser um investimento de renda variável, existe variação constante no preço
das cotas e, com isso, risco de perda de capital.

O FIAGRO pode investir em imóveis rurais, participação em sociedades que explorem


atividades integrantes da cadeia produtiva agroindustrial, direitos creditórios do
agronegócio, direitos creditórios imobiliários relativos a imóveis rurais, ativos financeiros,
títulos de crédito ou valores mobiliários emitidos por pessoas físicas e jurídicas dentro da
cadeia produtiva, cotas de fundos de investimento que apliquem mais de 50% de seu
patrimônio em ativos do agronegócio.

(passa para o próximo slide)

Bom… finalizando essa parte, eu vou começar a falar de outro fator importante, que
provavelmente é o que vocês estão mais curiosos para saber, porque é o que vai trazer um
retorno financeiro para vocês, que é as vantagens de se investir nesses títulos, né?!.

Então, as principais vantagens em investir no agronegócio são:

crescimento populacional nos próximos anos e consequente aumento do consumo, isenção


de pagar Imposto de Renda (IR) e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em alguns
investimentos, rendimento superior à poupança e ao Certificado de Depósito Bancário
(CDB), aplicação assegurada pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), para valores de até
R$ 250 mil por instituição ou por CPF e a possibilidade de escolha da rentabilidade entre
prefixada ou pós-fixada.
(Pausa na fala para começar esse parágrafo)

E Além da modernização do campo que permite o aumento da produtividade e redução de


custos, permite a oferta de produtos a preços mais acessíveis ao consumidor, também
impulsiona o desenvolvimento da agroindústria, que com o aumento da produção de
alimentos, há uma maior demanda por serviços de transformação e comercialização desses
produtos. Isso gera empregos e oportunidades de negócios em diferentes áreas,
contribuindo para o desenvolvimento econômico do país.

(passa para o próximo slide)

Agora, é necessário falar das desvantagens também para vocês decidirem se vale a pena
investir nessa área.

As desvantagens são as seguintes:

falta de liquidez e demanda de tempo para obter o dinheiro em espécie, prazos de resgates
longos, necessidade de investimentos em infraestrutura por parte do Estado e o travamento
de pautas importantes no Congresso Nacional que, caso aprovadas, poderiam potencializar
a produtividade de muitas regiões; A agricultura pode gerar problemas de degradação do
solo; O capital de inversão em maquinários, equipamentos e matérias primas é alto. As
desvantagens do agronegócio, em resumo, podem contribuir à degradação dos espaços
ambientais, os níveis de ingressos econômicos podem não ser muito elevados, e é um
negócio que depende basicamente das condições climáticas que podem ser muito
imprevisíveis.

(Passa o slide)

Agora, para finalizar o último tópico a ser tratado é sobre a circulação e garantia do título de
agronegócio.

Até aqui já deu para entender que o agronegócio tem bastante relevância aqui no Brasil,
porque além das características já mencionadas, ele gera 37% dos empregos do Brasil. A
balança comercial do Brasil apresenta normalmente superávit, graças ao agronegócio, que
representa 40% das exportações brasileiras. Pode-se dizer que o agronegócio é quem
mantém de pé a economia brasileira.

Para a circulação dos títulos de agronegócio, a lei exige que sejam registrados os títulos em
sistema de registro e liquidação financeira de ativos autorizado pelo Banco Central, sendo a
necessidade de registro importante fator de contribuição ao desenvolvimento da cadeia
agropecuária por meio do mercado de capitais.

E por fim, não podemos nos esquecer da securitização, que é utilizada pelo sistema financeiro para
obtenção de fundos e divisão de riscos. É uma forma de transformar ativos relativamente não
líquidos em títulos mobiliários líquidos, transferindo os riscos associados a eles para os
investidores que os compram.
Bom… é isso pessoal, espero ter ajudado vocês!!

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