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O consumo das famílias cresceu no terceiro trimestre 1,1% em relação aos três
meses anteriores, pela terceira vez consecutiva avançando na casa de 1% nessa base
de comparação. O mercado de trabalho ainda forte, com desemprego em baixa e
renda em alta, ajuda a explicar o desempenho do principal componente do PIB pelo
lado da demanda.
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O contraponto negativo pelo lado da demanda foi mais uma vez o desempenho do
investimento. A chamada formação bruta de capital fixo (FBCF, medida do que se
investe em máquinas e equipamentos, construção civil e inovação) recuou 2,5% em
relação ao segundo trimestre, a quarta queda seguida.
Os juros ainda muito altos inibem o investimento das empresas, destacam analistas.
Incertezas que permanecem sobre as contas públicas também tornam o quadro
indefinido em alguma medida, e podem ter algum peso para explicar esse mau
resultado.
A taxa de investimento, nesse cenário, ficou em 16,6% do PIB no terceiro trimestre,
bem abaixo dos 18,3% do PIB do mesmo período de 2022. A taxa de poupança
também recuou, de 16,3% do PIB no terceiro trimestre do ano passado para 15,7%
do PIB no mesmo intervalo deste ano, refletindo em parte “a deterioração visível” do
resultado fiscal, diz Alberto Ramos, diretor de pesquisa para a América Latina do
Goldman Sachs.
Por fim, ainda pelo lado da demanda, o consumo do governo teve alta no terceiro
trimestre de 0,5%, perdendo fôlego em relação ao 1% registrado no trimestre
anterior, mas ainda assim uma expansão razoável.
Os serviços, que respondem por dois terços do PIB pelo lado da oferta, tiveram um
desempenho mais forte que o esperado. A alta foi de 0,6% em relação ao segundo
trimestre, acima do 0,3% do consenso dos analistas ouvidos pelo Valor.
A indústria de transformação, por sua vez, ficou quase estagnada, com alta de 0,1%.
A indústria extrativa também teve avanço de apenas 0,1%, mas o segmento vinha de
aumentos expressivos nos trimestres anteriores. O pior resultado foi da construção
civil, com recuo de 3,8% em relação ao segundo trimestre.
A agropecuária, por fim, caiu 3,3% no terceiro trimestre, depois de crescer 12,5% no
primeiro e 0,5% no segundo. Era esperada uma queda considerável, devolvendo
parte das altas registradas na primeira metade do ano.
É uma composição de crescimento que preocupa, uma vez que, investindo pouco, o
país terá pouca capacidade de crescer a taxas mais altas de modo sustentado. Do
lado positivo, vale lembrar a contribuição do setor externo ao PIB, resultado de
exportações robustas, especialmente de commodities.
O PIB do terceiro trimestre deixou uma herança estatística de 3% para este ano. Isso
significa que, se a economia brasileira não crescer no quarto trimestre, o PIB de 2023
terá uma expansão de 3%.
Com o resultado divulgado hoje, as projeções para o crescimento neste ano tendem
a se concentrar nesse nível. O consenso dos analistas ouvidos pelo Banco Central
(BC) no Boletim Focus aponta um avanço de 2,84% em 2023.
05/12/2023 10:58:35
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