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net/publication/277774631
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1 author:
Viviane Falcão
Federal University of Pernambuco
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All content following this page was uploaded by Viviane Falcão on 06 June 2015.
RESUMO
ABSTRACT
This article aims to show that, despite all the problems of the rail industry, mainly due
to lack of investment (non-availability of ways, reduction in flexibility of operations, at low
speed and the unavailability of wagons), as well as unfair competition with the modal road,
there is a demand that is increasing for this modal. The methodology used to estimate the
forecast of demand for freight rail transport was based on econometric modeling of demand.
The model was obtained from the independent variables: Brazilian exports, the national gross
domestic product (GDP), exchange rate (U.S. dollar / real) and binary variables to represent
the effects of global economic crisis and monthly seasonality.The results show that in 2015
the demand for freight rail should reach the mark of 909.1 million tons per year and in 2025
the movement of cargo should reach a total of 1.6613 billion tons per year.
1
Professora Assistente, MsC
†
Autor para correspondência (viviane.falcao@yahoo.com.br)
2. TRANSPORTE FERROVIÁRIO
2.2. Atualidades
58%
53%
50%
46%
43% 43% 43%
37%
32%
25% 25%
17%
11% 13% 11%
8%
4%
3. ESTUDO ECONOMÉTRICO
A base de dados considerada foi coletada junto à FIPE (2011), FUNCEX (2011) e o
Banco Central. Os dados considerados foram: toneladas de cargas transportadas pelo modal
ferroviário no Brasil, as exportações brasileiras em dólares, produto interno bruto brasileiro e
a taxa de câmbio real-dólar todas as variáveis monetárias foram deflacionadas pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Abaixo serão explicadas com mais
detalhes as séries que foram consideradas.
Cargas transportadas em toneladas (carferr): são dados fornecidos
pela Fundação instituto de pesquisas econômicas (FIPE) através da parceria deste com
a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) via IDET. A série fornece medições
mensais realizadas entre fevereiro de 1996 e novembro de 2010. Esses números serão
correlacionados com alguns fatores que supõe-se serem determinantes no aumento da
movimentação de cargas.
Exportações brasileiras (export): total das exportações brasileiras em
milhões de dólares. Esses dados foram deflacionados pelo índice de preços ao
consumidor amplo (IPCA). A relação entre transporte ferroviário de cargas e
exportação no Brasil é intrínseca. Isso acontece, pois a maioria dos produtos
transportados via férrea são os principais produtos de exportação do Brasil.
Fazendo uma análise das correlações entre variáveis conforme Tabela 3, observa-se
que as cargas transportadas estão positivamente correlacionadas com o PIB, com as
350000
20000000 25000000 30000000 35000000 40000000 45000000
300000
Cargas transportadas via férrea
250000
PIB
200000
150000
20000
Cargas transportadas via férrea
Exportações
15000
10000
5000
1996m1 1998m1 2000m1 2002m1 2004m1 2006m1 2008m1 2010m1
time
10
78 789
5 910
8 6 56 11
10
40000000
79 12 89
8 3
Cargas transportadas via férrea
7 10 56 4 7 1234
9 11 10
8 4 1 11
10
9 5 6 3 6
2
35000000
8 5 1
7 34 11 12 2
7 10 6 11 12
5 911 1 1
2 1135
6 1234 4
8
7
5 10 4 1 12
30000000
6 9 123
7810 1
11 2 1
34 2
911 2
3 2
10 5 56 12
789 4 7810 34
5 11 6 911
25000000
6 12 12 1
5678 10 4 1
2
8 3
57 10 34 9 578 11 2
1
6 9 12 6 9 12 2
57 3
4 11 10 3 1
8910 1 2
20000000
4
346 1112 2
12
11
1
2 2
2
1
12 (
carferr 0 1 ( pib ) 2 (usd ) 3 (exp ort ) dcriseglob al i m _ i (1)
i 1
As análises foram feitas para os três modelos e ao final foi escolhido um modelo
campeão. A escolha foi baseada na significância estatística das variáveis consideradas, bem
como na qualidade do ajuste verificado através do R-quadrado (R²). O resumo dos resultados
dos modelos analisados pode ser visto na Tabela 4.
Os parâmetros com melhor significância estatística são aqueles cujos valores das
estatísticas t são elevados e onde os p-valores são baixos, o que permite excluir a hipótese de
influência nula da variável. Neste caso percebe-se que as variáveis escolhidas em todos os
modelos possuem boas significâncias.
A partir da comparação dos modelos percebe-se que todos têm excelentes
significâncias estatísticas, com p-valores menores que 1% em todas as variáveis, além de
excelentes R², todos acima dos 0,90. O modelo escolhido como campeão nesse caso foi o
log_lin, apesar do modelo log_log ter apresentado melhores valores, a escolha se deve ao fato
do log_lin ter elasticidades mais confiáveis do que o log_log. Vale ressaltar que o comando
utilizado no Stata controlou tanto a heteroscedasticidade quanto a autocorrelação.
Com base no modelo escolhido pode-se calcular a demanda futura por transporte de
cargas via ferrovias. Para tanto, foi considerado um crescimento do PIB de 4,5% entre 2010 e
2015 e de 2,5% nos anos subsequentes, até 2025. Para as exportações também foi considerado
um crescimento de 4,5% entre 2010 e 2015 e de 1,5% nos anos subsequentes. A taxa de
câmbio considerada para todos os períodos futuros até 2015 foi igual a taxa de câmbio no mês
de dezembro de 2010, ou seja, 1,758, e entre 2015-2025 foi considerado um aumento de 20%
constantes para os próximos 10 anos a partir de 2015. A previsão foi calculada para duas datas
principais, uma para 2015 e, posteriormente, a previsão para 2025.
A demanda por transporte de carga ferroviário deverá crescer a uma taxa de 15,6% ao
ano entre 2010 e 2015. Em 2015 a movimentação de cargas deve atingir a marca de 909,06
milhões de toneladas por ano. Para 2025, haverá um crescimento de 8,3% ao ano a partir de
2015, assim a movimentação de cargas deve chegar num total de 1.661,31 milhões de
toneladas por ano. Vale ressaltar que atualmente temos uma relação de 17.674 toneladas/km.
Caso os planos de investimento para o setor se concretizar, onde se prevê um aumento de
quase 70% da malha ferroviária, e caso a previsão de movimentação considerada nesse artigo
se confirme, em 2025 a relação carga/comprimento da malha será de 34.091ton/km, quase
duas vezes o valor da relação atual.
Previsão de cargas transportadas via férrea
1 800
1 661
1 600
1 557
1 462
1 400 1 374
1 294
1 200 1 219
1 151
Milhões TU por ano
1 088
1 000 1 030
976
909
800 824
750
685
600 629
400
200
-
2010 2012 2014 2016 2018 2020 2022 2024 2026
REFERÊNCIAS