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03/08/2022 13h03 · Atualizado há 2 horas
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Werneck, 2022 pode ser um ano ainda
melhor
XP que foi 2021 para a companhia.
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· LEIA MAIS:

· Gerdau e Metalúrgica Gerdau


aprovam pagamento de dividendos
referentes ao 2º trimestre

· Gerdau registra alta de lucro e


receita no 2º trimestre com
manutenção da demanda por aço

“Vemos como positivas as medidas


anunciadas pelo governo chinês para
estimular a economia e restringir a oferta
de aço no país, o que dá suporte aos
preços do aço e à rentabilidade no curto e
médio prazos”, afirmou, em
teleconferência com jornalistas.

Mercado Livre de
energia na 2W
A 2W auxilia sua empresa com
fornecimento de energia limpa e
descarbonizada.

2W

Conforme o executivo, a companhia segue


monitorando os efeitos da desaceleração
do crescimento econômico da China no
mercado internacional e os sinais de
recessão nos Estados Unidos, mas, ainda
assim, mantém a perspectiva positiva para
o mercado de aço no segundo semestre.

“2022 será um ano excelente. Algumas


variáveis indicam que 2023 será um ano
mais complexo, mas pode haver condições
de mitigá-las. Para a Gerdau, 2023 deve
ser um bom ano”, acrescentou.

O executivo destacou o resultado antes de


juros, impostos, depreciação e
amortização (Ebitda, na sigla em inglês)
consolidado de R$ 6,7 bilhões no segundo
trimestre, com margem de 29,1%, ambos
históricos. “O resultado foi influenciado por
níveis elevados de demanda na construção
e indústria e desempenho recorde na
América do Norte”, observou.

O lucro líquido ajustado de R$ 4,3 bilhões,


com alta de 27,6% na comparação anual,
também foi recorde para o período.

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Na avaliação do executivo, os ajustes feitos


nos negócios nos últimos anos tornaram a
companhia mais resiliente às incertezas do
cenário macroeconômico.

Na América do Norte, por exemplo, a


potencial recessão econômica nos Estados
Unidos não deve ter efeitos tão
acentuados nas operações da siderúrgica
como se viu no passado.

“Ainda é uma grande incógnita como isso


vai acontecer. Nos nossos negócios, temos
confiança de que independentemente do
tamanho dessa recessão, ela terá menos
impacto do que já teve no passado”,
reiterou.

Demanda de aço

Os resultados da Gerdau no Brasil no


segundo trimestre refletiram a
continuidade da demanda de aço, puxada
pela construção e pelo setor industrial, e a
expectativa é de manutenção desse
cenário até o fim do ano, de acordo com o
presidente da siderúrgica.

Na construção, o número recorde de


canteiros de obras ativos no país
comprova a visão otimista. As vendas no
varejo, por outro lado, já refletem o
impacto da inflação e da redução do poder
de compra no consumo de aço.

Além disso, apontou o executivo, há uma


retomada gradativa dos investimentos em
infraestrutura.

No setor industrial, a demanda segue


aquecida especialmente no agronegócio,
em energia, máquinas e equipamentos e
implementos rodoviários.

Já na operação de aços especiais, que


abrange negócios no Brasil e na América
do Norte, houve melhora de rentabilidade,
mas a escassez de semicondutores ainda
afeta a produção de veículos leves e,
consequentemente, a demanda de aço por
esse segmento.

América do Norte

Destaque dos fortes resultados registrados


pela Gerdau no segundo trimestre, a
operação na América do Norte deve
manter desempenho robusto na segunda
metade do ano, na avaliação de Werneck.

De abril a junho, o resultado antes de


juros, impostos, depreciação e
amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da
operação mais que dobrou na
comparação anual, para R$ 2,8 bilhões,
com margem Ebitda recorde de 33,1%. Na
região, os spreads metálicos seguem em
níveis historicamente elevados e as vendas
em volume foram puxadas pela forte
demanda da construção não residencial e
indústria.

As perspectivas para o terceiro trimestre


seguem positivas, segundo o executivo,
com um “backlog” superior a 70 dias de
compra e as unidades operando acima de
90% da capacidade instalada.

“Estamos otimistas com a demanda por


aço na região, sobretudo da construção”,
afirmou, acrescentando que o pacote de
investimentos dos Estados Unidos em
infraestrutura, de US$ 1,2 trilhão, deve
começar a gerar consumo adicional a
partir do quarto trimestre. Ao ano, serão
até 5 milhões de toneladas adicionais por
até 8 anos, comentou.

Escassez de mão de obra, inflação e


desafios logísticos estão no foco de
atenção da companhia. Por outro lado, os
spreads metálicos devem se manter, como
já se viu entre julho e início de ano. “Isso
nos dá a confiança de que teremos
resultados bastante robustos nos meses à
frente”, afirmou Werneck.

Quanto aos preços internacionais do aço e


seus insumos, o presidente da Gerdau
comentou que a volatilidade vista nas
últimas semanas também deve se manter,
embora os ajustes promovidos pela
companhia em seus negócios tenham
protegido suas margens dessas
movimentações.

Na América do Sul, a operação na


Argentina foi beneficiada no trimestre pela
demanda aquecida da construção e do
agronegócio no segundo trimestre e a
perspectiva é que o consumo de aço na
construção se mantenha em patamar
“bastante elevado” no país, bem como no
Uruguai. No Peru, acrescentou, a demanda
permanece em “bons patamares”.

Estabilidade de preços do aço

O prêmio de importação de aço deve


permanecer equilibrado no segundo
semestre, resultando em preços e
rentabilidade estáveis no segundo
semestre.

“Neste momento, o prêmio de importação


está equilibrado e a gente acha que esse
cenário será o dos próximos meses”,
afirmou.

Em relação à demanda de aço no país, o


executivo destacou que os fundamentos
do mercado brasileiro são positivos e não
há expectativa de “grandes alterações” no
consumo de produtos siderúrgicos até o
fim do ano. “Mas o período deve ser mais
volátil porque inflação e menor poder de
compra afetam parte do negócio”,
ponderou. Por outro lado, a retomada na
infraestrutura e o forte ritmo de atividade
na construção civil contribuem para o
crescimento real da demanda.

“O backlog segue forte. O que se


estabilizou foi o varejo e não vemos
perspectiva de crescimento [nesse
segmento]”, ponderou. Na construção,
observou, o número recorde de canteiros
de obra ativos dá sustentação à demanda
em 2022, mas há dúvidas sobre o impacto
da piora das condições macroeconômicas
em 2023.

Nos Estados Unidos, conforme o executivo,


a Gerdau já percebeu alguma redução na
entrada de pedidos. Ainda assim, os níveis
permanecem em patamares “muito acima
do histórico”.

De acordo com o vice-presidente de


finanças e de relações com investidores da
Gerdau, Rafael Japur, se os resultados se
mantiverem fortes na segunda metade do
ano, a companhia manterá o patamar de
retorno aos acionistas visto nos primeiros
seis meses, ou cerca de 40% do lucro
líquido ajustado considerando-se
proventos e recompra de ações. A Gerdau
S.A. anunciou dividendos de R$ 1,2 bilhão
junto com os resultados do segundo
trimestre e já direcionou R$ 400 milhões à
recompra de ações GGBR4.

“Se o ano continuar forte, vamos conseguir


manter esse ritmo de distribuição de
dividendos”, observou.

Veja tudo sobre o balanço da Gerdau e


outros indicadores financeiros, além de
todas as notícias sobre a companhia no
Valor Empresas 360

ATENÇÃO

O lucro líquido ajustado de R$ 4,3 bilhões, com alta de 27,6%


na comparação anual, também foi recorde para o período —
Foto: Bloomberg

GERDAU

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