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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE OBRAS CIVIS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

A associação entre o Direito do Consumidor e a Construção Civil

Dayanne Santos

P1810278

Rio de Janeiro

2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE OBRAS CIVIS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

A associação entre o CDC – Código de Defesa do

Consumidor e a Construção Civil

Monografia submetida ao Curso de Pós-


Graduação em Gestão de Obras Civis da
UNISUAM – Universidade Augusto Motta,
como parte dos requisitos necessários à
obtenção do Título de Especialista em
Gestão de Obras Civis.

Por:

Dayanne Santos Carvalho do Nascimento

P1810278

Professor-Orientador:

Eng. Civil e Advogado

Luiz Eduardo A. Aguiar

Rio de Janeiro

2019

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TERMO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Declaro para todos os fins de direito, que atribuo a mim total responsabilidade pelo
aporte ideológico apresentado neste trabalho, isentando a UNISUAM – Universidade
Augusto Motta, a coordenação do curso de Pós-Graduação, a Banca Examinadora e
o orientador de toda e qualquer responsabilidade quanto ao mesmo.

Rio de janeiro, 14 de setembro de 2019

Dayanne Santos Carvalho do Nascimento

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PÁGINA DE AVALIAÇÃO

Dayanne Santos Carvalho do Nascimento

P1810278

A presente monografia de conclusão do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em


Gestão de Obras Civis da UNIISUAM – Universidade Augusto Motta, requisito
necessário à obtenção do título de especialista em gestão de obras civis, elaborada
por Dayanne Santos Carvalho do Nascimento, sob o título de “A ASSOCIAÇÃO
ENTRE O CDC- CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E A CONSTRUÇÃO
CIVIL“ foi submetida em:

Avaliação em: 14 de setembro de 2019

À Banca Examinadora composta por:

Professor-Orientador: ____________________________________________

Professor Convidado: ____________________________________________

Professor Convidado: ____________________________________________

Rio de Janeiro

2019

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Somos arquitetos do nosso próprio destino”

Albert Einstein

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RESUMO

NASCIMENTO, Dayanne. A associação entre o CDC – Código de Defesa do

Consumidor e a Construção Civil. 2019. XX folhas. Monografia de Especialização


em Gestão de Obras Civis – Universidade Augusto Motta. Rio de Janeiro,2019

Atualmente, o cenário econômico mundial sofre influência direta do capitalismo


globalizado e do avanço tecnológico. Em consequência disto, o aumento da
competitividade no mercado se torna cada vez mais alta, tendo em vista que o
número de incorporadoras é cada vez maior e o nível de exigência por parte dos
clientes também acompanha este avanço contínuo. Deste modo, tornou-se
fundamental a execução de boas práticas nas obras, visando obter a maior
eficiência possível, crucial para atender o nível de exigência dos clientes.
Entretanto, as falhas nos serviços prestados e a ocorrência de vícios continuam a
ocorrem e com isso, clientes insatisfeitos buscam cada vez mais os seus direitos
como consumidores através da justiça e com o amparo do CDC- Código de
Defesa do Consumidor.

Assim sendo, o desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso tem a


intenção de refletir quanto a influência da relação existente entre a
responsabilidade das construtoras/incorporadoras e seus respectivos
responsáveis técnicos, e os proprietários dos imóveis, utilizando como parâmetro
as premissas regulamentadas no atual CDC – Código de Defesa do Consumidor
e as normativas de qualidade estabelecidas através das normas aplicadas na
Construção Civil, a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, entre elas
a NBR 15.575 – Norma desempenho das Edificações que tratam sobre qualidade
e estimam o prazo de vida média de diversos sistemas construtivos. Tendo como
objetivo final, ilustrar a importância do cumprimento das normas de bom
desempenho para guardar-se de falhas técnicas e eventuais problemas futuros
como ações judiciais com ações de obrigação de fazer reparos técnicos, e
também indenizatórias, desta forma, onerando o valor da fase de pós-obra destas
edificações previsto em planejamento prévio, causando assim, prejuízo financeiro
para seus investidores.

Palavras-chave: Construção Civil; Código do Consumidor; Vícios construtivos.

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ABSTRACT

BIRTH, Dayanne. The association between the CDC - Defense Code of


Consumer and Civil Construction. 2019. XX sheets. Specialization Monograph in Civil
Works Management - Augusto Motta University. Rio de Janeiro, 2019

Today, the world economic scenario is directly influenced by globalized capitalism


and technological advance. As a result, the increase in competitiveness in the market
is becoming increasingly higher, as the number of developers is increasing and the
level of demand from customers also accompanies this continuous progress. Thus, it
was essential to perform good practices in the works, aiming to obtain the highest
possible efficiency, crucial to meet the level of customer demand. However, failures
in the services provided and the occurrence of addictions continue to occur and, as a
result, dissatisfied customers increasingly seek their rights as consumers through
justice and under the protection of the Consumer Protection Code (CDC).
Therefore, the development of this course conclusion paper intends to reflect on the
influence of the existing relationship between the responsibility of the builders /
developers and their respective technicians, and the property owners, using as a
parameter the assumptions regulated in the current CDC. - Consumer Protection
Code and the quality norms established by the norms applied in Civil Construction,
ABNT - Brazilian Association of Technical Standards, among them NBR 15.575 -
Performance Standard of Buildings that deal with quality and estimate the average
life. of various building systems. The final objective is to illustrate the importance of
complying with the good performance standards to guard against technical failures
and possible future problems such as lawsuits with actions to make technical repairs,
as well as indemnity, thus burdening the value of the phase. of these buildings
planned in advance planning, thus causing financial loss to its investors.

Keywords: Construction; Consumer Law; Constructive defect

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................9

2. Capítulo 01 – Apresentação dos Cases Studies.............................................10

3. Capitulo 02 – Contextualizações sobre o CDC


Código de Defesa do Consumidor..................................................................17

4. Capitulo 03 – Definições de vícios e defeito...................................................18

5. Capitulo 04 – Caracterizações de Garantia e Prazo prescricional..................19

6. Capitulo 05 –Ponderações sobre responsabilidades


na Construção Civil.........................................................................................21

7. Capitulo 06 – Análise crítica dos casos apresentados


de acordo com os parâmetros do CDC..............................................................22

8. Capítulo 07 - Reflexão sobre os possíveis resultados....................................24

CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 31

REFERÊNCIAS................................................................................................. 32

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1. INTRODUÇÃO

1.1- Apresentação

Com o avanço tecnológico e o aumento da competitividade no mercado, ocorreu


também o aumento do nível de exigência dos clientes em relação à qualidade dos
empreendimentos, serviços e produtos fornecidos principalmente na Construção
Civil. Amparados por leis que defende o consumidor, como o CDC – Código de
Defesa do Consumidor, estes clientes passaram a buscar devidamente seus direitos
quando falhas técnicas e construtivas colocavam em risco a qualidade e a
segurança de seus imóveis, solicitando os devidos reparos e ações indenizatórias
por danos materiais e morais.
Em face do exposto, considerando que a construção civil engloba atividades que
demandam conhecimentos técnicos especializados, tornou-se essencial para os
investidores, construtores e responsáveis técnicos, reduzir a incidência destas falhas
com uma gestão de qualidade mais eficiente, um planejamento mais abrangente
quanto ao período pós-obra, e também, ter maior conhecimento jurídico sobre
direitos, deveres e garantias que envolvem construtor, consumidor e vícios
construtivos.

1.2 – Método de análise

Considerando essas premissas, este trabalho visa analisar as responsabilidades


atreladas ao surgimento de falhas técnicas e vícios construtivos com relação entre
consumidor e fornecedor no âmbito da Construção Civil, os construtores. E também
analisar como exemplo de estudo, a ocorrência de duas manifestações patológicas
em imóveis privativos, com incidência em torno de cinco anos, onde houve conflito
jurídico sobre o tempo de cobertura da garantia e sobre a autoria da
responsabilidade técnica sobre o surgimento de tais patologias.

Desta forma, o corpo do estudo será composto da seguinte estruturação lógica:


Capítulo 01 – Apresentação dos dois casos a serem analisados;

Capitulo 02 – Contextualização sobre o CDC – Código de Defesa do Consumidor;


Conceituação, conforme código de defesa do consumidor da relação entre cliente,
construtor e imóvel como consumidor, fornecedor e produto;

Capitulo 03 – Definição de vícios;

Capitulo 04 – Caracterização de Garantia e prazo prescricional;

Capitulo 05 – Ponderações sobre responsabilidades na Construção Civil

Capitulo 06 – Análise crítica dos casos apresentados de acordo com os parâmetros


do CDC apresentados.

Capítulo 07 - Reflexão sobre os possíveis resultados

Considerações finais sobre o estudo como um todo.


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Capítulo 01 – Apresentação dos Cases Studies

ITEM 1.1 – Seleção dos casos

A escolha dos casos se deu mediante semelhança da tipologia do imóvel, o


surgimento de patologias em edificações recentes no seu estado já habitado, e por
surgimento de conflitos na relação entre fornecedor e consumidor quanto ás atribuições
de reparo das falhas e também a respeito do tempo de garantia.

ITEM 1.2 – O recolhimento dos dados

Os dados sobre os casos analisados foram obtidos através de fontes documentais,


entrevistas, vistorias técnicas realizadas por parte da autora e observações, para que
garanta o aprofundamento no contexto, a credibilidade aos dados e resultados
apresentados, e contribuir para a legitimação dos fatos.

Foram consideradas como fontes documentais, plantas dos imóveis registros da


ocorrência das patologias, entrevista com os proprietários e a vistoria técnica realizada
para conhecimento dos factoides.

ITEM 1.3 – Caso 01

Identificação

Edificação: Edificação residencial com área de projeção de aproximadamente


100m², Constituída de Pavimento Térreo, 1º pavimento e Cobertura;
Localização: Portuguesa – Ilha do Governador/RJ.
Estado: Pavimento térreo construído, e 1º pavimento em fase de acabamento, final
de construção. Cobertura finalizada.
Vistoria: Julho/2018

Imagem (01)Foto aérea obtida pelo Google Earth

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Histórico do caso 01:

Segundo informado pelo proprietário, o acordo firmado com o empreiteiro


em 2015 foi a construção de uma apartamento acima localizado sobre o
pavimento térreo do imóvel já existente.
Seguindo inicialmente o acordo, o empreiteiro forneceu as plantas técnicas
atestando a capacidade de sustentação do imóvel existente para a carga
adicional a ser atribuída referente ao novo pavimento. Por conseguinte, o
empreiteiro responsável para execução da obra deu início às atividades e
executou a construção da estrutura e alvenarias.
Entretanto, ao concluir estas duas etapas, antes de iniciar às instalações e
finalizar com a instalação de louças e metais, esquadrias e executar o
acabamento fino, o empreiteiro apresentou outro valor para continuidade das
etapas, oneroso e divergente do valor estipulados para estas etapas finais.
Com a recusa por parte do proprietário, o empreiteiro se negou a finalizar a
obra, abandonando o caso e sem ressarcimento para a parte lesada, o
contratante.
A primeira patologia apresentada foi na laje do 1º pavimento, logo após a
remoção do escoramento da laje na fase de cura do concreto, onde o
proprietário visualizou parte da armadura da laje exposta (vide imagens 02 e
03). Ao questionar o empreiteiro, este último afirmou que a ocorrência era
comum na execução de lajes e que a armadura seria ocultada posteriormente
com a execução do acabamento fino (emassamento com massa corrida e
pintura). Na parte superior da laje o acordado foi a execução de
impermeabilização em toda área da laje, mas o responsável pela execução
dos serviços executou a impermeabilização apenas em áreas específicas
onde a armadura ficava exposta, alegando que nas demais áreas não era
necessária impermeabilização pois a laje era nova (vide imagem 04).
Posteriormente, aproximadamente, a laje do 1º pavimento iniciou a apresentar
o esfarelamento em parte de sua superfície externa (vide imagem 05)
Posteriormente, em 2017 segundo o proprietário, a laje do térreo começou
a apresentar patologias referentes à infiltrações na localidade onde se
posiciona o banheiro social do 1º pavimento (vide imagem 06). E também no
ano de 2017, a laje do 1º pavimento iniciou a ocorrência de infiltrações em
diversas áreas, onde a armadura estava exposta e também na região da laje
pré-moldada, ocorrendo até a entrada da água de chuva nas tubulações da
instalação elétrica(vide imagem 07).
Diante do exposto, o proprietário entrou em contato com o empreiteiro
solicitando os devidos reparos, mas o prestador de serviços declinou a
solicitação sob a defesa de que a garantia pela a execução dos serviços já
estaria extinta. Neste caso, eximindo de si a responsabilidade pela execução
de medidas reparatórias necessárias para a solução dos problemas relatos.

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Registro fotográfico / Caso 01 :

Imagens 02 e 03 -Exposição da armadura da laje do 1º pavimento

Imagem 04 - Impermeabilização apenas em áreas específicas onde


Havia exposição da armadura.

Imagem 05 – Detecção de esfarelamento em


parte da superfície externa da laje do 1ºpavimento

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Imagem 06- Manifestação de infiltração na laje do térreo,
localidade onde se posiciona o banheiro social do 1º pavimento.

Imagem 07 – Laje pré-moldada do 1º pavimento com


marcas de infiltração

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ITEM 1.4 – Caso 02

Identificação

Edificação: Edificação residencial com área de projeção de aproximadamente


100m², Constituída de Pavimento Térreo, 1º pavimento e Cobertura;
Localização: Vargem Pequena – Rio de Janeiro/RJ.
Estado: Pavimento térreo, 1º pavimento e cobertura construída.
Vistoria: Abril/2019

Imagem 08 - Foto aérea obtida pelo Google Earth

Histórico do caso 02:

Segundo informado pelo proprietário, o acordo firmado com o empreiteiro em foi a


construção do imóvel planejado com pavimento térreo, 1º pavimento, cobertura,
jardim e garagem externa coberta. A obra foi construída com sucesso e em 2014
estava apta para moradia.
Entretanto, em 2015 na parte da cozinha se deu início a manifestação de uma
patologia, fissura no canto da parede da cozinha, com direção até o teto e lateral da
viga. O empreiteiro foi solicitado para execução do reparo e o mesmo atendeu à
demanda fazendo o preenchimento da fissura com argamassa. O mesmo informou
que a fissura era oriunda de acomodação da construção no terreno, e que o factoide
é usual em Vargem Pequena devido ao tipo de solo da região.
Meses depois a fissura voltou a aparecer e então o empreiteiro informou que a
garantia já não estava mais em vigência e que os reparos poderiam ser feitos pelo
próprio proprietário com adoção da mesma técnica anterior.
O proprietário, sem conhecimento técnico para tal atribuição, aderiu à
recomendação e ao ressurgir a mesma fissura, recolocava mais argamassa a
medida que a mesma se desprendia. Com o decorrer do tempo, a fissura tornava-se
cada vez maior e o proprietário solicitou em 2019, vistoria técnica visando obter
algum entendimento sobre o desenvolvimento deste problema.
Em vistoria técnica realizada por parte da autora, detectou-se que:

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1º - A fissura se localizava no canto da parede, onde marcava a conexão entre o
ambiente da cozinha e da sala de estar. O desenvolvimento desta patologia se dava
do meio da parede até o teto, se estendia paralelamente à viga até o lado
longitudinal oposto do ambiente e descia até o meio do canto da parede, como no
lado oposto. (vide imagens 09,10 e 11)
2º - Em entrevista ao proprietário, o mesmo informou que no projeto aprovado a
residência se estendia até a sala de estar, e junto ao empreiteiro e em comum
acordo, o ambiente da cozinha foi adicionado já na fase de execução da obra.
3º - Observado em vistoria técnica, detectou-se o desprendimento do rejunte do piso
na linha limiar entre o ambiente da cozinha e da sala de estar. (vide imagem 12)

Registro fotográfico / Caso 02 :

Imagem 09 – Evidência de fissura entra a divisão dos ambientes, cozinha e sala de jantar

Imagem 10 – Prolongamento da viga do meio da parede até o forro do teto


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Imagem 11 – Prolongamento da fissura de um lado até o outro do ambiente da cozinha

Imagem 12 – Desprendimento de parte do rejunte da linha do piso entre


cozinha/sala de estar

Considerando as informações cedidas pelo proprietário de que toda a estrutura que


engloba a área da cozinha, desde fundação, alvenarias e telhado de cobertura, foi
executada posteriormente a conclusão da casa até o limite da sala de estar. Adota-
se como possibilidade a suposição de que a estrutura da cozinha foi executada
como uma parte nova anexa, mas sua ancoragem na parte existente do imóvel não
foi executada de forma adequada. Desta forma, a fissura é um sinal da
movimentação da estrutura da cozinha em relação ao terreno, fazendo com que esta
tenha um pequeno deslocamento de afastamento em relação à casa.
Em face disso, o surgimento da patologia se dá por meio de vício construtivo grave
por erro de execução técnica da parte estrutural, comprometendo assim a segurança
e a solidez do imóvel analisado.
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Capitulo 02 – Contextualizações sobre o CDC – Código de Defesa do
Consumidor

O código de defesa do consumidor “estabelece normas de proteção e defesa do


consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5o, inciso XXXII, 170,
inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias.” Art. 1º do
CDC."

ITEM 2.1 – A VISÃO DO IMÓVEL COMO UM PRODUTO

De acordo com o § 1º do art.3º do CDC:

“Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.”

Desta maneira, temos configurado o imóvel como um produto

ITEM 2.2 – O CONSTRUTOR CATEGORIZADO COMO FORNECEDOR

Considerando o art.3 do CDC, que diz o seguinte:

“Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira,


bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção,
montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou
comercialização de produtos ou prestação de serviços.”

Sendo serviço definido como (§ 2º do art.3º do CDC):

“Qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as


de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações
de caráter trabalhista”

Concluímos então que toda empresa que faz qualquer prestação de serviço
(como construção de imóveis, atividade de manutenção, reparos, etc.) e/ou
desenvolve atividade de comercialização de produtos (como a venda de imóveis)
para o proprietário, agora representado como consumidor, se enquadra no CDC
como fornecedor.

ITEM 2.3 - O PROPRIETÁRIO CATEGORIZADO COMO CONSUMIDOR

Sendo assim, considerando as premissas do Código do consumidor, o


proprietário do imóvel pode ser visto como consumidor, pois nessa perspectiva,
segundo definição do CDC,” Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou
utiliza produto ou serviço como destinatário final”. E neste caso, o proprietário adquire
um imóvel que é configurado como um produto.

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ITEM 2.4 – APLICABILIDADE DO CDC NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Ao considerar a existência do construtor ou prestador de serviços como um


fornecedor, o proprietário como consumidor e o imóvel como um produto,
estabelece-se deste modo, uma relação de consumo. Logo, se há a existência de
uma relação consumerista, há necessidade de aplicabilidade do Código de Defesa
do Consumidor com o intuito de garantir, conforme menção no artº 4 do CDC:

“ o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e


segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida,
bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes
princípios:
I – reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;
II – ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:
a) por iniciativa direta;
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas;
c) pela presença do Estado no mercado de consumo;
d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança,
durabilidade e desempenho; ”

Capitulo 03 – Definições de vícios e defeito

De acordo com o CDC, podemos considerar como :


- DEFEITO: É considerado quando o produto/serviço apresenta algum grau
de perigo, e colocar em risco a segurança do consumidor.

- VÍCIO: É considerado quando o produto/serviço não apresenta qualidade


estimada, sendo considerado como inutilizável para o fim que se destina.

 Vícios Ocultos: Os não apurados de imediato, pois não são de fácil


constatação, ou foram mascarados, ou até mesmo não são percebidos por
aquelas pessoas que não possuem atribuição ou conhecimento técnica para
efetuar tal constatação.
 Vícios Aparentes: Aqueles de fácil visualização, entendimento e constatação
feita por qualquer pessoa, sem necessidade de uma habilidade técnica para
tal aferição.
 Vícios de Quantidade(Produto): Os que acontecem quando, guardadas as
variações admissíveis em relação à natureza do produto, o conteúdo real se
apresenta em menor quantidade do que a informada na sua descrição e/ou
embalagem.
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 Vícios de Qualidade (Produto): São as divergências apresentadas que
ocasionam a inapropriação do consumo ou utilização e/ou a redução do seu
valor.
 Vícios de Qualidade (Serviço): Aqueles que tornam os serviços inadequados
ao seu usufruto ou lhes diminuem o valor.

 Vícios de Quantidade(Serviço): Ocorrem quando existem grande diferença


entre os serviços executados e a quantidade dos serviços ofertados no
contrato ou na mensagem publicitária.

Capitulo 04 – Caracterizações de Garantia e Prazo prescricional

O surgimento de anomalias no produto possuem duas condicionantes:

- Garantia: É o tempo considerado de cobertura que assegura o consumidor a


receber amparo por parte do fornecedor do produto e/serviços na ocorrência de
riscos. Ela é uma obrigação contratual, que produz o dever indenizatório por parte
do fornecedor para com o seu consumidor.

- Prazo Prescricional: É o prazo máximo para dar entrada com reclamação dos
danos sofridos em face da não conformidade ocorrida por falha no serviço e/ou
produto do fornecedor.

Com isto, considera-se conforme estabelecido no CDC:

“Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:

I – trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produto não duráveis;

II – noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produto duráveis.

§ 1o Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do


término da execução dos serviços.

§ 2o Obstam a decadência:
I – a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de
produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de
forma inequívoca;

“§ 3o Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar


evidenciado o defeito.”

19
 Conforme determinado no art. 27 do CDC, o prazo prescricional de 5anos
para a ação de reparação de danos, em razão do fato ocorrido é de 5 anos;

CDC "Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por
fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem
do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria."

Grandiski (2001) faz uma ressalva de que dentro do prazo decadencial, o


reclamante, no caso o consumidor, fica isento de comprovar o motivo da ocorrência
da falha e a sua motivação. O necessário é apenas comprovar a existência da
mesma.que ela existe.

Grandiski (2001) em sua obra literária, descreve que prescrição é a perda


do direito a uma ação judicial, ou liberação de uma obrigação, por decurso de
tempo, sem que seja exercido por inércia dos interessados (NBR 13.752/96,
item 3.64).
Após o prazo de 5 anos, a responsabilidade do fornecedor passa de ser presumida
e passa a ter a necessidade de comprovação por parte do consumidor, da
responsabilidade do fornecedor sobre a mesma.

Acrescenta, dizendo que a reexecução dos serviços por parte do construtor inicial,
faz com que , após o seu término, a contagem do prazo de garantia relativo a esses
serviços seja reiniciado.

20
FONTE: PELACANI 2009 –Tabela de resumo dos prazos de garantia
da Construção Civil pelo CDC.

Capitulo 05 – Ponderações sobre responsabilidades na Construção Civil

Na ocorrência do vício ou defeito, o CDC estabelece o seguinte:

Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem im-
próprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da
disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o
consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I – a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;
II – a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos;
III – o abatimento proporcional do preço.

Complementado por:
21
“ Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos
produtos e serviços não o exime de responsabilidade. ”

Logo, o construtor ou prestador de serviço é vetado de fornecer um produto não


conforme e também, não pode eximir-se da culpa pela a ocorrência do problema sob
a justificativa de não saber que o fato poderia ocorrer, pois é considerado que o
fornecedor tem total conhecimento sobre o produto ou serviço que fornece.

Protegido pelo:

”Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou serviço independe de termo expresso,
vedada a exoneração contratual do fornecedor.”

O consumidor não pode ter sua garantia contestada e contrato entre ele e o
fornecedor não pode ser cancelado por parte do fornecedor, sem resolução do
problema.

Capitulo 06 – Análise crítica dos casos apresentados de acordo com os


parâmetros do CDC apresentados.

Caso 01
Falha técnica de execução estrutural

Considerando o histórico e as informações fornecidas pelo CDC, podemos


concluir que:
- As manifestações patológicas ocorreram dentro do prazo prescricional de 5
anos, conforme estabelece o CDC.
- O fornecedor tem responsabilidade sobre as manifestações patológica,
tendo em vista que as mesmas são oriundas da falta de aplicabilidade de
boas técnicas construtivas.
- O não conhecimento dos riscos por parte do fornecedor não o exime da
culpa de fornecer para o cliente, um serviço com falhas técnicas.
- Inclusive estas que colocam em risco à segurança do consumidor, tendo em
vista o comprometimento estrutural do caso apresentado.

22
”Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou serviço independe de termo expresso,
vedada a exoneração contratual do fornecedor.”

Desta forma, o fornecedor não poderia encerrar o acordo sem sanar os


problemas ocorridos na prestação de seus serviços.

Caso 02
Falha técnica de execução estrutural

Neste segundo caso, consideramos que:

- A falha técnica estrutural também dentro do prazo prescricional de 5 anos;


- O fato surgiu devido à aplicação de técnicas construtivas inadequadas e mesmo o
fornecedor tendo feito ações reparatórias, as mesmas não se mostraram eficientes
quanto à solução do problema existente;
- Pode-se considerar este vício como oculto pois apesar da fissura ser aparente, ela
é um indicador de um problema não detectável visualmente e sem conhecimento
técnico específico por se tratar de uma patologia sinalizadora de problemas técnicos
de ancoragem da estrutura da cozinha com o restante da casa. Sendo assim, esta
ocorrência pode categorizar esta falha como um vício oculto.

Lembrando que:

Logo, o construtor ou prestador de serviço é vetado de fornecer um produto não


conforme e também, não pode eximir-se da culpa pela a ocorrência do problema sob
a justificativa de não saber que o fato poderia ocorrer, pois é considerado que o
fornecedor tem total conhecimento sobre o produto ou serviço que fornece.
23
Capítulo 07 - Reflexão sobre os possíveis resultados

ITEM 7.1- Análise da incidência das manifestações patológicas sobre o custo e


planejamento do projeto

No âmbito da construção, as construções dos investimentos são vistas como


investimentos e os mesmo são planejados inicialmente, considerando todas as
etapas que envolvem um empreendimento, desde sua concepção ideológica, a
execução e gestão da obra e o período pós-obra. Conforme ilustrado abaixo:

Fonte CARBONARI ( 2002 ) – Fases que compreendem as responsabilidades na construção


civil

Entretanto, na fase final do empreendimento compreendida pela fase de usufruto


inicial do bem que se iniciam os imprevisíveis custos extras, com ações judiciais,
retrabalhos e até mesmo, indenizações pelo surgimento de um fator complicador: As
patologias.
Segundo(ALMEIDA, 1999) O termo patologia é utilizado de forma a mencionar e
relacionar os problemas e falhas que ocorrem na fase de concepção, execução e
utilização da edificação, gerando diversas causas para o surgimento de anomalias.
E, segundo Ripper et al. (1998), as patologias na construção civil podem ser
entendidas como baixo desempenho da estrutura em relação ao estimado, no que
diz respeito à estabilidade, estética, funcionalidade e, especialmente, a durabilidade
da mesma com relação às condições reais a que está condicionada.
Considerando o grau de influência do surgimento da patologia com o
desempenho estimado da edificação, é de suma importância realizar uma análise
criteriosa para estudar a origem de surgimento deste problema, seus sintomas,
desdobramentos e, com isso, adotar técnicas eficientes de correção das mesmas,
evitando a reincidência destas patologias.

24
Neste gráfico abaixo, podemos considerar um exemplo de índice de incidência das
principais patologias geradas no mercado da construção civil:

FONTE: Kimlel e Santos (2010) Distribuição das ocorrências


de manifestações patológicas (Curitiba)

Segundo (TAGUCHI, 2010).Os estudos das patologias que podem ocorrer nas
construções devem ser entendidos como um parâmetro relevante, na medida em
que se necessita uma otimização do processo de projeto e da metodologia
construtiva.De acordo com o gráfico a seguir, podemos notar a proporção dos erros
por cada etapa de um projeto:

Gráfico Percentual da Patologia na Construção

FONTE: www.inovacivil.com.br

Ao seja, 45% quase metade das incidências patológicas são causadas por falha de
execução de obras.

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Complementado por Thomaz (2001) muitas patologias podem ser atribuídas ao
negligenciamento de ações, à desconsideração de agentes agressivos ou mesmo ao
pequeno conhecimento de processos degenerativos.

Conforme gráfico abaixo, vemos que:

A regra de Sitter estabelece uma proporção de influência entre o custo de


manutenção e o tempo de ação para estas ações, dentro das fases de um projeto,
sendo elas o projeto, execução, manutenção preventiva e a manutenção corretiva.
Esta última fase equivale aos trabalhos de investigação, conserto e proteção
estrutural que mostraram redução da vida útil estimada em projeto e apresentam
manifestações patológicas. Estima-se que estas ações podem ter um custo 125
vezes maior que o custo de medidas que poderiam e deveriam ter sido tomadas na
fase de projeto e ou na fase de execução das atividades.
Ou seja, vimos que o surgimento das patologias é considerado como um fator
complicador, e a solubilidade deste problema necessitam de mais investimentos,
onerando assim o valor previsto para a fase final do ciclo de investimento para o
empreendimento, elevando os custos gerais previstos, se tornando assim, um
prejuízo real ao investidor.

ITEM 7.1- Adoção de métodos para redução de incidências patológicas

Na fase de planejamento são estimadas todas as fases que englobam a


realização de um empreendimento, conforme ilustra o sistema SGQ, que significa
Sistema de Garantia de Qualidade, método adotado para buscar mais eficiência no
gerenciamento de atividades de desenvolvimento de projetos/produtos. éEste
sistema é composto por uma relação de atividade, organizadas de forma hierárquica
, formando um conjunto dinâmico de todas as fases um projeto suas atividades,
ordem e tempo de execução.

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Vide ilustração:

Modelo de sistema SQG

FONTE: Santos, Jorge- Gestão da Qualidade,2014

Como ilustrado acima, a boa execução de todas as etapas leva ao bom desempenho do
produto e consequentemente faz com que o objetivo final seja alcançado, a satisfação dos
clientes.
No objeto deste estudo vimos que a incidência de patologias levam a o não cumprimento
do objetivo final do já mostrado no sistema SGQ.

ITEM 7.1.1- Correta aplicação da Norma Desempenho NBR 15.575

FONTE: CBIC

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Como ilustrado, somam mais da metade das normas vigentes que destinadas para
garantir a boa execução dos serviços e o bom desempenho dos sistemas, projetos e
especificação de sistemas e materiais.

Na Construção Civil, a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas se


tornar essencial por regulamentar parâmetros de produção e qualidade, fazendo
com que todos os produtos gerados possam ser eficientes e ter um bom
desempenho.
Em muitos casos, o problema das incidências patológicas é justamente o não
cumprimento e/ou a incorreta aplicabilidade nas normas vigentes em todas as
etapas do ciclo de vida de um produto.
Tendo conhecimento da ocorrência dessas falhas técnicas, a ABNT criou a NBR
15.575 – NORMA DE DESEMPENHO DAS EDIFICAÇÕES, estabelecer critérios
embasados para a produção da construção civil.

O conteúdo da norma é abrangente e define os padrões de conforto, segurança e


resistência para cada um dos processos adotados na execução do projeto. Então,
traz mais garantia na redução da possibilidade de um produto empregado em
determinado local, que não estar conforme os requisitos mínimos exigidos. Fazendo
assim com que o fornecedor cumpra o padrão estabelecido, garantindo até para si a
comprovação da execução do disposto caso, futuramente, no surgimento de alguma
adversidade. O atendimento da norma tornou-se o quesito indispensável para os
profissionais da construção civil e a sua não aplicação cria espaço para a ocorrência
de erros e com isso, fica passível de sofrer ações por processos jurídicos, sob a
justificativa de apresentar possíveis riscos para os consumidores (usuários).

VISÃO DE DESEMPENHO PELA NBR 15575

Quanto ao desempenho, a norma fixa critérios técnicos para a usabilidade de uma


edificação em cada etapa que a compõe. Como exemplos, o desempenho acústico,
a durabilidade da edificação, a garantia das principais peças empregadas e a vida
útil. Existem diversos casos em que a norma de critérios, com o objetivo de garantir
sempre a melhor utilização possível dos sistemas dispostos por parte dos usuários,
garantindo a qualidade, a segurança e a eficiência da construção.

A Aplicação da norma

Para garantir que a norma foi aplicada de acordo com os parâmetro estabelecidos é
necessário realizar testes durante a execução das etapas para atestar a
conformidade dos processos, como as medições, os ensaios in loco e até mesmo,
os ensaios em laboratórios. Exemplo disto é o teste de umidade realizado em laje
para verificar seu desempenho e observar se não indícios de infiltrações que
possam caracterizar o mau desempenho e possibilitar o surgimento de fissuras e
outras patologias futuras Seguindo esta lógica, cada processo estabelecido na
norma possui seu respectivo meio de teste para aferir seu desempenho.
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ITEM 7.1.2- Correta aplicação das demais normas técnicas

Visando regulamentar a qualidade e garantir o bom funcionamento dos sistema,


a ABNT desenvolveu uma série de normas que englobam cada etapa da construção
de um projeto na Construção Civil. O surgimento das patologias, na maioria dos
casos, está atrelado ao não cumprimento das medidas dispostas nessas normas.
Com isso, visando reduzir a incidência de falha, torna-se imprescindível a adoção
das normas técnicas e a fiscalização assídua durante a execução das tarefas por
parte dos responsáveis, para garantir que as normas estão realmente sendo
seguidas em conformidade com o disposto.

Entre as normas podemos ressaltar principalmente:

– NBR 5738/2008 – Moldagem e Cura dos Corpos de Prova Cilíndricos ou


Prismáticos

– NBR 6118/2003 – Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento

– NBR 7190/1997 – Projeto de Estruturas de Madeira

– NBR 7199/1989 – Projeto, Execução e Aplicações dos Vidros na Construção Civil

– NBR 7212 – Execução de Concreto Dosado em Central – Procedimento

– NBR 7222/2010 – Concreto e Argamassa – Determinação da Resistência à Tração


por Compressão Diametral dos Corpos de Prova Cilíndricos

– NBR 7480/2007 – Aço Destinado a Armaduras para Estruturas de Concreto


Armado – Especificação

– NBR 13.818/1997 – Placas Cerâmicas para Revestimento – Especificação e


Métodos de Ensaio

– NBR 14.931/2004 – Execução de Estruturas de Concreto – Procedimento

– NBR 12.654/1992 – Controle Tecnológico dos Materiais Componentes do Concreto

– NBR 12.655/2008 – Concreto de Cimento Portland – Preparo, Controle e


Recebimento – Procedimento

– NBR 12.721/2006 – Avaliação de Custos de Construção para Incorporação e


Outras Disposições para Condomínios Edifícios – Procedimento.

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- NBR 5410 – INSTALAÇÕES ELÉTRICA DE BAIXA TENSÃO

- ABNT NBR 10821 – Caixilhos para edificação – Janelas, o desempenho das


esquadrias

- NBR 6485:2000 - Caixilho para edificação - Janela, fachada-cortina e porta externa


Verificação da penetração de ar.

- NBR 6486:2000 - Caixilho para edificação - Janela, fachada-cortina e porta externa


Verificação da estanqueidade à água.

- NBR 6487:2000 - Caixilho para edificação - Janela, fachada-cortina e porta externa


Verificação do comportamento quando submetido a cargas uniformemente
distribuídas.
- NBR 13245 - 1995 Execução de pinturas em edificações não industriais -
Procedimento

NBR 10821:2000 - Caixilho para edificação – Janelas – Resistência às operações de


manuseio.

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CONCLUSÃO

Após essas considerações é que podemos então concluir que é extremamente


necessário que as construtoras e incorporadoras busquem maior eficiência nos
métodos seus de execução e controle de processos, garantindo a correta
aplicabilidade das normas vigentes da ABNT-Associação Brasileira de Normas
Técnicas que estabelecem o bom rendimento dos meios construídos, garantindo
assim a solidez destas edificações, a segurança das mesmas e, principalmente,
garantindo a capacidade de atender ao objetivo para qual foi construída, em perfeito
estado.
Ressaltando a importância da garantia de mantimento dos prazos adequados de
vida média, evitando a ocorrência de vícios construtivos, e consequentemente, às
ações judiciais de obrigação de fazer para correção de falhas técnicas ocorridas com
reparação de danos materiais, e até mesmo ações indenizatórias por danos morais
em razão do exposto.
Sendo estas não previstas, que podem deste modo, elevar o prejuízo nos
investimentos e com isso, onerar o custo estimado previamente de fase pós-obra e
no âmbito geral, o planejamento inicial aprovado destas construções.

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REFERÊNCIAS

ABNT NBR 6028 – Informação e documentação – Resumo e Apresentação

ABNT NBR 15.575 – NORMA DE DESEMPENHO DAS EDIFICAÇÕES

CINTRA, Antônio Carlos Fontes. Direito do Consumidor. Niterói, RJ: Impetus, 2011.

BENJAMIN, Antônio Herman V.; BESSA, Leonardo Roscol; MARQUES, Claudia


Lima. Manual de direito do consumidor. 6. ed, São Paulo: Revista dos Tribunais,
2014. 542 p.

AVVAD, Pedro Elias. Direito Imobiliário: Teoria Geral e Negócios Imobiliários. 4. Ed,
Rio de Janeiro: Forense, 2014. 674 p.

MARCELLI, Maurício. Sinistros na construção civil: Causas e soluções para danos


e prejuízos em obras. 1a ed. São Paulo: Pini, 2007.

CAU/BR, Guia para Arquitetos na aplicação da norma desempenho

BRAGA,PEDRO ;SENADO FEDERAL, 2 ed. 2008: Manual de direito para


engenheiros e arquitetos

THOMAZ, E. Tecnologia, gerenciamento e qualidade na construção. Co edição


IPT/EPUSP/Editora Pini. São Paulo, 2001.

PELACANI,VALMIR, Crea-PR,2010: Responsabilidade na Construção Civil

NASCIMENTO, Tupinambá M. C. do., 1991: Responsabilidade Civil no Código do


consumidor. Rio de Janeiro:

MEIRELLES, Hely Lopes.1979 Direito de Construir. São Paulo: Revista dos


Tribunais.

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