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2019
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
GUILHERME HERMINIO DE AZEVEDO
NAITOH AGLER SEIMARU
WILLERSON DA SILVA PEREIRA
2019
GUILHERME HERMINIO DE AZEVEDO
NAITOH AGLER SEIMARU
WILLERSON DA SILVA PEREIRA
Aprovado em .............................................
BANCA EXAMINADORA
Tabela 11 – Percentual dos condôminos que afirmaram ter feito alguma reforma, se-
parados por tipo de condomínio ........................................................... 70
NR Norma Regulamentadora
UR Unidade Residencial
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 15
2 OBJETIVOS ............................................................................................. 17
4.4.2 Normalização............................................................................................ 28
APÊNDICES ............................................................................................................. 92
1 INTRODUÇÃO
Segundo Oliveira (2016), “a norma propriamente dita, reuniu uma série de re-
gras que já existiam, seja por legislação ou por outras normas, criando, na verdade,
um compilado de informações”.
16
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
3 METODOLOGIA
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1 A ENGENHARIA CIVIL NO BRASIL E NO MUNDO
Então na Idade Média, quando o Império Bizantino lidava com ataques frequen-
tes de outros povos, que a Engenharia ganhou um novo e determinante impulso. Entre
os séculos VI e XVIII, os conhecimentos da área foram consagrados, principalmente
para fins militares, como a construção de fortalezas e muralhas ao redor das cidades.
A atividade religiosa, principalmente na Idade Média, período em que a Igreja foi uma
força paralela ao Império, impulsionou a construção de catedrais cada vez mais sun-
tuosa. (RIELI, 2018).
Segundo Britos (2018), o termo “Engenharia Civil” surge no Brasil ainda no pe-
ríodo colonial, sendo que, após a chegada da família Real, em 1808, surge a primeira
escola de engenharia brasileira: Real Academia Militar, do Rio de Janeiro.
Com algumas alterações ao longo dos anos, essa escola se dividiu em duas:
O Instituto Militar de Engenharia, que tinha ideais puramente militares; e a Escola Po-
litécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, voltada para a pesquisa e as
engenharias. (BRITOS, 2018).
Sua ação também inclui a análise das características do solo, o estudo da in-
solação e da ventilação do local e quais os tipos de fundação devem ser empregados.
Baseado em dados obtidos, o engenheiro pode desenvolver um projeto, especificando
redes elétrica, hidráulica e de saneamento da edificação, definindo o material a ser
empregado.
4.2.2 As funções
4.2.2.1 Defesa da sociedade
Deste modo, para atender a Lei nº 8.666 de 1993, que regulamenta as licitações
e contratos da Administração Pública e institui normas para esta, o atestado registrado
no CREA constituirá prova da capacidade técnico-profissional da empresa somente
se o responsável técnico apontado na Certidão de Acervo Técnico estiver vinculado a
ela como integrante de seu quadro técnico.
23
4.2.3 A tipificação
“ART de cargo ou função, relativa ao vínculo com pessoa jurídica para desem-
penho de cargo ou função técnica”. (CONFEA, 2009)
movimentam um mercado de trabalho cada vez mais acirrado e exigente nas especi-
alizações e conhecimentos da tecnologia, alimentada intensamente pelas descober-
tas técnicas e científicas do homem. (CONFEA, 2016)
4.3.2 CREA
Importante destacar que, o CREA é formado por três estruturas. A primeira de-
nominada como básica, é responsável pelas ideias de condições para o desempenho
integrado e sistemático das finalidades do Conselho Regional, sendo composta por
órgãos de caráter decisório ou executivo, abrangendo: Plenário, Câmaras Especiali-
zadas, Presidência, Diretoria e Inspetorias. A estrutura de suporte que responde pelo
sustento aos órgãos da Estrutura anterior nos limites de sua competência específica,
sendo esta composta por órgãos de caráter imutável, especial ou temporário compre-
endendo: Comissões Permanentes, Comissões Especiais, Grupos de Trabalho e Ór-
gãos Consultivos. A última estrutura, a auxiliar esta responsável por serviços adminis-
trativos, financeiros, jurídicos e técnicos e tem por escopo prover o suporte ao funcio-
namento das estruturas anteriores, com o objetivo de manter a fiscalização do exercí-
cio profissional e a gestão do Conselho Regional.
25
4.4.1 Origem
No entanto, nos anais da ABNT, assim como em toda instituição que possui
bons tempos, temos alguns momentos negativos também, isto ocorreu de 1970 até o
começo dos anos 90, quando a Associação recebeu uma contribuição dos seus asso-
28
ciados para permanecer firme diante da situação econômica do país. Em 1999, nova-
mente em uma marcante crise financeira, que perdurou até o ano de 2003, quando
houve a mudança no posicionamento administrativo. 78 anos depois, a entidade apre-
senta uma situação financeira estável, e uma atual diretoria segura, que permanece
disposta a encarar novos obstáculos (ABNT, 2014).
4.4.2 Normalização
4.4.2.1 Conceito
As normas são documentos definidos por acordos e licenciados por uma insti-
tuição certificada, para fornecer diretrizes, soluções ou medidas provisórias de uma
determinada atividade com o intuito de proporcionar a eficiência destes para uma de-
terminada condição.
Os produtos ou serviços que não possuem uma base normativa ou uma refe-
rência técnica, são propensos a apresentarem falhas ou imperfeições, em alguns ca-
sos são quase visíveis os defeitos de um produto devido à ausência de um padrão
normativo ou de informação técnica do autor. O não cumprimento de uma norma pode
acarretar em consequências, desde as mais leves até as mais graves, podendo até
envolver risco de vida. No entanto, é a partir das normas que o mercado tende a de-
senvolver mais tecnologias com o intuito de trazer mais benefícios à sociedade
(ABNT, 2014).
29
4.4.2.2 Objetivo
4.4.2.3 Importância/Benefícios
Existem inúmeros benefícios que as Normas nos propõem, alguns são imper-
ceptíveis, no entanto, existem vários exemplos de nosso cotidiano, como reparos e
manutenções ocasionados pela ausência de padronização, que antes eram uma
grande dificuldade para os fabricantes e usuários de produtos.
A demanda então pode ser avaliada pela ABNT e, caso seja exequível, a ques-
tão é encaminhada ao seu Grupo Técnico responsável para admissão em seu sistema
de normas. No entanto, se não houver a existência de um Conselho Técnico pertinente
a questão, a ABNT sugere a origem de um novo Conselho Técnico que pode ser clas-
sificado como Comitê Brasileiro (ABNT/CB), um Organismo de Normalização Setorial
(ABNT/ONS) ou uma Comissão de Estudo Especial (ABNT/CEE).
ABNT Os projetos de Norma sob a Consulta Nacional também são publicados no Di-
ário Oficial da União sendo que todo este processo é realizado antes da Consulta
Nacional.
4.4.4 Normas/Leis
A ABNT é um órgão privado que não possui nenhuma relação com o governo,
no entanto por sua vez estabelecem normas que possuem reconhecimento nacional
e internacional, essas normas são de uso livre para a sociedade a fim de que elas
sejam revisadas e atualizadas conforme sua necessidade. Na maioria dos casos por
ser uma entidade reconhecida pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial – CONMETRO, suas normas são adotadas para uso na área
técnica. (BATAGIN, 2014)
Nos dias atuais, ainda existem algumas dúvidas a respeito do uso obrigatório
das normas na área técnica, segundo Brasil (1993), na Lei Nº 8078/90 (Código de
Defesa do Consumidor), no inciso VIII, do art. 39 diz que é vedado ao fornecedor de
produtos e serviços colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em
desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se nor-
mas específicas não existirem, pela ABNT, ou outra Entidade credenciada pelo CON-
METRO.
33
De acordo com a lei citada acima, em caso da não utilização das normas téc-
nicas da ABNT é necessário adotar as normas de outra Organização ou entidade legal
credenciada pelo CONMETRO. Na maioria dos casos as empresas e indústrias aca-
bam optando pela ABNT devido ao seu acervo de confiabilidade, dificilmente são os
casos de empresas que não adotam as normas da ABNT
No cenário atual em que vivemos, dois fatores são importantes para o foco
deste trabalho, o primeiro diz respeito a um ápice onde é possível notar um aumento
no número de condomínios verticais e horizontais, ou seja, as pessoas passaram a
compartilhar mais o mesmo espaço. Outro fator é o envelhecimento das edificações,
sendo que esse, a cada dia mais determina que haja um regramento que assegure a
qualidade e segurança das reformas realizadas.
As reformas, segundo Carlino (2012) podem ser entendidas por qualquer ma-
nutenção que visa a melhoria, adequação ou prolongamento da vida útil das edifica-
ções, bem como acatar a uma nova realidade ou necessidades originárias do propri-
etário.
Segundo Souza (1997, p. 203 apud SANTOS 2003), “muitos desses problemas
ocorrem devido à reforma inadequada, utilização incorreta ou falta de conhecimento
sobre as partes do imóvel”.
dois prédios próximos também tombaram. 17 pessoas morreram e 5 nunca foram en-
contradas. Inicialmente o inquérito da Polícia Civil apontou que, reformas irregulares
de remoção de paredes do terceiro e do nono andar teria causado o colapso estrutural,
resultando no desabamento do edifício Liberdade. (SOARES, 2018).
Com isso, as causas que levaram o Edifício Liberdade à tombar são apontadas
como o não provisionamento, tanto das vibrações por conta da passagem do Metrô
quanto do acréscimo de carga por conta da ampliação nos andares superiores.
O edifício suportando ou não essa carga adicional, com certeza essa carga
expressiva originou esforços estruturais suplementares nos pilares da frente do prédio
e nos pilares intermediários, pois foram vários andares de acréscimo, onde acontecem
esforços como o peso próprio da estrutura, cargas de ocupação nos andares e cargas
referentes a ventos (essa última sendo diretamente proporcional à altura da constru-
ção).
“Da forma como a edificação ruiu, houve uma ruptura de pilar na fronte direita
superior, que fez com que a ruptura de apenas um pilar levasse os demais, situados
em torno dele, a se romperem também [...]” (CÂMARA, 2012, p. 14).
Por ser constatado que as obras estavam sendo executadas de forma irregular,
o secretário afirmou que o síndico poderá ser responsabilizado judicialmente pelos
danos. (DOMINGOS, 2019)
A Norma reuniu uma série de regras que já existiam, seja por legisla-
ção ou por outras normas, criando, na verdade, um compilado de in-
formações. A única novidade é que a norma introduziu a necessidade
de gestão dos documentos por parte do condomínio, os quais emba-
sam as análises de autorização de execução das obras. (OLIVEIRA,
2016)
(Continua)
Sistema Atividade Responsável
(Continuação)
Sistema Atividade Responsável
(Continuação)
Sistema Atividade Responsável
ventilação
Reforma de dispositivos com manutenção das Empresa
características originais capacitada
(Conclusão)
Sistema Atividade Responsável
contrário, o profissional habilitado, designado pelo proprietário para efetuar esta aná-
lise, deverá elaborar um laudo técnico acompanhado de recolhimento e apresentação
de ART ou Registro de Responsabilidade Técnica - RRT (ABNT, 2015).
Segundo a ABNT (2014, p. 4), “quando a obra interferir nos aspectos de segu-
rança e uso da edificação, ações técnicas, legais e emergenciais, cabíveis devem ser
tomadas.”
49
Devem ser previstos meios que garantam durante a execução da obra a segu-
rança da edificação e de seus usuários, bem como manter em pleno funcionamento
todos os sistemas de segurança. Em caso de não ser possível, deverão ser previstos
sistemas alternativos. Os meios previstos deverão garantir a segurança da edificação
e de seus usuários também após a conclusão da obra (ABNT, 2015).
As atividades que por ventura propiciem a geração de ruídos deverão ser devi-
damente identificadas indicando os níveis de pressão sonora máxima durante a exe-
cução da reforma (ABNT, 2014).
Deverá ser estabelecido o local para armazenamento tanto dos insumos em-
pregados quanto dos resíduos que forem gerados na obra (ABNT, 2014);
4.8.1.2 Proprietário
O plano de reforma elaborado pelo profissional deverá ser entregue pelo pro-
prietário ao responsável legal pela edificação.
A norma entende como síndico, todo aquele que é responsável legal pela edi-
ficação. Este responsável legal é o administrador eleito pela Assembleia Geral dos
Condôminos e deve manter a ordem e a segurança zelando pela manutenção e inte-
gridade das edificações que compõem o condomínio, incluindo obras nas áreas priva-
tivas. Importante ressaltar que, segundo a ABNT (2015), “será de responsabilidade
do proprietário, possuidor ou do responsável legal pela unidade a realização da re-
forma, e não do síndico, quando a obra for em espaço privativo”.
Segundo ABNT (2015 p. 3), “receber o termo de encerramento das obras con-
forme plano aprovado elaborado pelo executante e seu profissional habilitado, e o
manual atualizado, nos termos da ABNT NBR 14.037/2014.
5 ESTUDO DE CASO
Administrador(a)
22%
Síndicos(as) em
exercício
78%
56
Até 15 7 25,93%
Entre 16 e 50 8 29,63%
Entre 51 e 100 6 22,22%
Entre 101 e 150 1 3,70%
Entre 151 e 200 4 14,81%
Mais de 200 1 3,70%
10
Entre 51 e 70 m² Entre 101 e 150
m²
8
6
Entre 151 e 200
Até 50 m² m²
4
Mais de 200 m²
Classe C Classe A
15% 11%
Classe B
74%
Sala de computadores
Cinema
Sauna
Sala de estudos/reunião
Brinquedoteca
Academia
Parque infantil
Salão de jogos
Piscina
Quadra de esportes
Churrasqueira
Não, desconhece.
22%
Sim, satisfatoriamente.
45%
Sim, superficialmente.
33%
Não
7%
Sim
93%
Percebe-se que, dois (7,41%) dos vinte e sete condomínios não possuem um
plano de manutenção. Para estes que responderam negativamente, foi questionado
de qual forma são planejadas as manutenções preventivas. Brevemente os entrevis-
tados responderam que são feitas conforme demanda ou através de vistoria realizada.
Não
15%
Sim
85%
Não
7%
Sim
93%
Nota-se que, apesar de apenas dois (7,41%) dos entrevistados afirmarem não
ter recebido visitas de algum órgão fiscalizador da construção civil é importante
verificar também os que responderam positivamente, a fim de conhecer quais órgãos
da construção civil visitaram os condomínios. Para isso, a figura 20 traz um gráfico
contendo os órgãos fiscalizadores que visitaram pelo menos uma vez o condomínio.
20 Corpo de
18 Bombeiros
Número de Condomínios
16
14
12
10
8
Defesa Civil
6
4
Secretaria da Vigiliância
2 Prefeitura Creci-SP Sanitária
0
Não
19%
Sim
81%
De acordo com o gráfico acima, vinte e dois (81,48%) condomínios contam com
a consultoria técnica de algum profissional da área para prestação de serviços. É in-
teressante analisar mais detalhadamente os que responderam positivamente, pois há
representante que solicita a consultoria apenas em casos de serviços mais técnicos
ou complexos, ou seja, apenas para grandes obras onde percebe-se que a obra po-
derá afetar estruturalmente o prédio, dispensando a consultoria para os casos de ser-
viços mais simples. Há também o caso interessante de um representante que afirmou
possuir dentro do próprio empreendimento uma comissão de engenheiros condômi-
nos que fazem uma parceria a fim de colaborar no condomínio.
68
Edifício 67 73,63%
Casa 24 26,37%
Figura 22 – Percentual dos que disseram ter realizado alguma reforma em sua
unidade residencial.
Não
47%
Sim
53%
Para os condôminos que ainda não fizeram nenhum tipo de reforma em sua
unidade residencial, foi perguntando se estes contratariam um profissional da área
para fazer o acompanhamento de sua obra. A figura 23 apresenta o percentual de
respostas.
Não
7%
Sim
93%
Posto isto, a próxima pergunta se restringe apenas aos que afirmaram ter feito
alguma reforma em sua unidade residencial. A figura 24 aponta através de gráfico, o
resultado do percentual de contratação de um profissional da área para acompanha-
mento do escopo de reforma.
Não
48%
Sim
52%
A figura 24 aponta que vinte e cinco (52,08%) dos condôminos, disseram ter
contratado um profissional da área para acompanhamento da reforma. Percebe-se
que, vinte e três (47,92%) dos que disseram que não contrataram um profissional para
a reforma de sua residência, também alegaram que está recusa se deu por conta das
suas condições financeiras, onde estes julgaram que a contratação poderia acrescer
os custos de sua reforma ou por estes já pertencerem ao grupo de profissionais da
área e por isso não veem a necessidade.
72
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após a conclusão do levantamento referente aos dados gerais dos vinte e sete
condomínios representados na entrevista pelo nove síndicos(as) em exercício ou ad-
ministradores(as) e das respostas dos noventa e um participantes na qualidade de
condôminos, faz-se necessário conhecer o comportamento destes perante a normati-
zação brasileira, em específico à NBR 16.280/2015, objetivo deste trabalho.
As perguntas a seguir também variam para cada entrevistado, sendo sua vari-
ação determinada pelas respostas dos mesmos, e para efeito de comparação de re-
sultados, algumas das perguntas a seguir foram feitas tanto para os representantes
quanto para os condôminos.
Não, desconheço.
22%
Sim, totalmente
0%
Sim,
superficialmente
78%
Observa-se que, dois (22,22%) dos representantes não conhecem nenhum tipo
de Norma Técnica, ou seja, pressupõem-se que não saibam da existência da NBR
16.280/2015 em específico. Outro destaque a ser feito é com relação a opção destes
responderem que conhecem “totalmente” sobre Normas Técnicas, ou pelo menos,
que tem segurança em afirmar quais são necessárias obedecer em uma reforma, e
74
A partir deste ponto, as perguntas serão direcionadas apenas àqueles que res-
ponderam ter conhecimento, pelo menos superficialmente, sobre alguma Norma Téc-
nica. A figura 26 demonstra o percentual de conhecimento sobre a NBR 16.280/2015.
Não, desconheço.
14%
Sim, superficialmente
86%
Para estes que responderam conhecer sobre a NBR 16.280/2015 foi pergun-
tado por quanto tempo à aplicam em seu condomínio, e a tabela 13 mostra através de
gráfico, as respostas obtidas.
1 3 50,00%
2 1 16,67%
3 1 16,67%
4 1 16,67%
5 0 0,00%
75
Sim
32%
Não
68%
Percebe-se que, há uma tendência para afirmar que o condômino tem conhe-
cimento sobre a NBR 16.280/2015 desde que este faça parte de alguma instituição de
ensino (escolas técnicas, faculdades e universidades) ou que este seja um profissional
da área. Curioso destacar também que, o único meio de comunicação, de fato, citado
pelos condôminos, é a internet, quando neste caso esperava-se a menção de outros
meios, tais como: televisão, rádio, jornal impresso, etc.
Não, desconheço
11%
Sim, satisfatoriamente
33%
Sim, superficialmente
56%
Dos entrevistados, um (11,11%) afirmou não conhecer uma ART ou RRT, en-
quanto que três (33,33%) afirmaram conhecer satisfatoriamente e cinco (55,56%) dis-
seram conhecer superficialmente.
77
Para os representantes que afirmaram conhecer uma ART ou RRT, seja super-
ficialmente ou satisfatoriamente, foi perguntado se fazem o comparativo entre o que
está descrito na ART ou RRT com o que está sendo executado.
Não
13%
Sim
87%
Percebe-se que entre os que conhecem uma ART ou uma RRT fazer a compa-
ração entre o executado e o descrito é quase uma condição sine qua non, seja por
exigência da administração do condomínio ou por fazer parte do manual de procedi-
mentos do condomínio. Ainda tratando destes que fazem o comparativo, alguns com-
plementaram suas respostas informando deixar sob a tutela do zelador esta atividade,
enquanto outros informaram não ter um controle de que todas as ART’s ou RRT’s são
analisadas.
Sim 18 72,00%
Não 7 28,00%
Não
43% Sim
57%
Importante ressaltar que, pelo menos dois entrevistados que responderam po-
sitivamente, mencionaram dar margem à uma flexibilidade maior no momento da ela-
boração e aprovação do plano de reformas, pois imaginam haver muita burocracia
neste trâmite, dando-se à entender que estes, em tese, apesar de conhecerem a
Norma e saberem sobre o plano de reformas, deixam de lado esta exigência.
Não
28%
Sim
72%
A figura 31 aponta que, dezoito (72,00%) dos vinte e cinto condôminos aptos,
disseram que o profissional da área apresentou um plano de reforma.
A fim de obter uma resposta mais precisa das informações que são passadas
dos representantes para os condôminos, a figura 32 apresenta um gráfico onde mos-
tra o percentual de representantes que garantiram informar seus condôminos sobre
os procedimentos que devem ser seguidos para que suas reformas sejam aprovadas,
de acordo com a NBR 16.280/2015.
81
Não informam
43%
Informam
57%
Não
42%
Sim
58%
Por outro lado, percebe-se que, talvez haja um interesse maior do condômino
em buscar à fundo estas informações apenas quando é de seu interesse, compare-
cendo em assembleias, por exemplo, onde foi informado que os procedimentos de
reformas são passados, ou até mesmo não se atentando ao quadro de avisos que o
condomínio possui. Conclui-se isso através dos quarenta e três que afirmaram nunca
ter feito nenhuma reforma, e mesmo assim, trinta e oito nunca receberam os procedi-
mentos de reforma do condomínio e talvez nunca tenha se preocupado com isto, no
entanto, não devemos isentar o síndico de sua responsabilidade, pelo contrário, este
deve buscar outros meios de comunicação para informar o máximo de condôminos.
Posto isto, perguntou-se então aos condôminos, se após a execução dos tra-
balhos, o profissional da área apresentou um laudo técnico de entrega dos trabalhos.
Para tanto, a tabela 17 apresenta o percentual dos profissionais que apresentaram ou
não o laudo técnico de entrega dos trabalhos.
Sim 18 72,00%
Não 7 28,00%
A tabela 17 mostra que, dezoito (72,00%) dos vinte e cinco condôminos aptos,
disseram que o profissional da área apresentou um laudo técnico após a realização
dos trabalhos. Nota-se que sete (28,00%) destes profissionais, não apresentaram o
laudo técnico quando finalizaram os trabalhos, não é possível afirmar com exatidão
por qual motivo a entrega não ocorreu, pois pressupõem-se que os profissionais con-
tratados podem ter encontrado alguma dificuldade no momento da elaboração do
84
Por fim, a figura 34 nos mostra o resultado do questionamento feito aos repre-
sentantes quando perguntado se os condomínios possuem o arquivo dos registros
das atividades de manutenção ou reforma executadas no condomínio.
Não Possuem
7%
Possuem
93%
Fica claro que há uma tendência em afirmar que, é uma regra indispensável
para os condomínios arquivarem os registros de suas atividades, o que vai de acordo
com a Norma que pede que toda a documentação das obras deva ser arquivada como
parte integrante do manual de uso, operação e manutenção da edificação. No entanto,
por não haver um padrão determinado, cada condomínio adota o seu padrão. Para
exemplificação, alguns representantes afirmaram que, em seus condomínios os ar-
quivos pertencentes às reformas nas unidades residenciais ficam no condomínio já o
que se refere à manutenção das áreas comuns permanece na administradora. Outro
exemplo é o de condomínio que arquiva apenas a ART ou RRT Os exemplos mais
corretos e que neste caso são maioria, são o de condomínios que sempre que se
inicia uma obra, é apresentada a ART e o Plano de Reforma para o síndico. Ao receber
estas documentações do profissional técnico, o responsável encaminha para a admi-
nistradora uma cópia e a original permanece arquivada no condomínio, separadas por
apartamento.
85
Zelador
22%
Aux. Administrativo
11%
Próprio representante
67%
7 CONCLUSÃO
A aplicação propriamente dita da NBR 16.280/2015 tem sido feita pela maioria
dos síndicos há pelo menos um ano, contado da data deste trabalho. Apesar de pare-
cer preocupante que metade dos condomínios esteja aplicando a Norma há pouco
tempo, percebe-se que grande parte possui regras próprias que advém da Norma, um
exemplo é que, aproximadamente 89% dos síndicos entrevistados conhecem uma
ART ou RRT e por conta disto, grande parte faz a análise comparativa entre o descrito
e o executado. Curioso notar que, os síndicos conhecem mais sobre uma ART ou
RRT, do que sobre uma Norma Técnica, muito por conta dos profissionais da área,
em sua maioria, sempre estar emitindo uma Anotação de Responsabilidade Técnica
quando é necessário e apresentando-a ao síndico. Ainda sobre os síndicos, outro
ponto que deve ser observado é que o número destes que sabem o que é um Plano
de Reforma é bem menor se comparado aos que conhecem uma ART ou RRT Enten-
demos que, os números refletem a necessidade de ser ter uma divulgação, fiscaliza-
ção e instrução mais próxima entre todos os interessados e envolvidos.
87
No que diz respeito aos condôminos, apenas um breve relato: mais da metade
dos que já fizeram algum tipo de reforma em sua unidade residencial recebeu ART ou
RRT, Plano de Reformas e Laudo Técnico do profissional da área, o que demonstra
claramente que boa parte dos profissionais tem cumprido com seus deveres frente às
exigências da NBR 16.280/2015.
Sendo assim, finalizamos este trabalho que contou com uma aceitável variação
de padrão, localização e tipologia, podendo então considerar que ele muito provavel-
mente demonstra a realidade de Mogi das Cruzes. Assim, a situação apresentada nos
mostra que há uma certa deficiência na divulgação e considerações por parte das
entidades de classes da construção civil, no que diz respeito aos requisitos necessá-
rios para a ocorrência de reformas em condomínios.
REFERÊNCIAS
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julho de 1993. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm
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______. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Lex: Código Civil. Brasília, DF, ja-
neiro de 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/cci-
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90
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tura>. Acesso em: 19 mar. 2019.
MARQUES, C. Norma para reformas pede aval técnico até para colocação de
ar-condicionado, São Paulo, 05 de abril de 2014, Economia e Negócios. Disponível
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pede-aval-tecnico-ate-para-colocacao-de-ar-condicionado/> Acesso em: 12 de out.
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OLIVEIRA, R.S. Mitos e verdades sobre a aplicação da ABNT NBR 16280. Dis-
ponível em: <https://www.direcionalcondominios.com.br/sindicos/ronaldo-sa-oli-
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em: 17 de out. 2018.
SOARES, A.L. Queda do Edifício Liberdade completa seis anos nesta quinta.
Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 2018, Notícias. Disponível em: <https://noti-
cias.band.uol.com.br/cidades/rio/noticias/100000897439/queda-do-edificio-liberdade-
completa-seis-anos-nesta-quinta.html>. Acesso em: 07 de out. 2018.
1.1. Sobre reformas e manutenções tanto nos apartamentos quanto nas áreas
comuns, o síndico/administrador conhece TODAS as suas responsabilida-
des? E quais seriam?
1.2. Tem controle das atividades de reforma ou manutenções que estão ou fo-
ram executadas nos apartamentos?
2.1.2. Tem conhecimento que toda atividade de reforma dentro dos apartamen-
tos/casas do condomínio deve prever um Plano de Reforma e este plano
deve ser aprovado pelo síndico? Em caso de áreas comuns este deve ser
aprovado pela Assembleia do condomínio?
2.1.5. O síndico informa aos moradores sobre quais os procedimentos devem ser
seguidos para que suas reformas sejam aprovadas, de acordo com a NBR
16.280/2015?
QUESTIONÁRIO ONLINE
5.2) Se você contratou um profissional, este profissional antes da execução dos tra-
balhos, elaborou um plano de reforma?
( ) Sim ( ) Não ( ) O Profissional não informou ( ) Não contratei
5.3) Após a execução dos trabalhos, este profissional elaborou um laudo dos traba-
lhos?
( ) Sim ( ) Não ( ) O Profissional não informou ( ) Não contratei
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5.4) Antes da execução dos trabalhos, este profissional elaborou ART (Anotação de
Responsabilidade Técnica) ou RRT (Registro de Responsabilidade Técnica)
referente aos trabalhos executados?
( ) Sim ( ) Não ( ) O Profissional não informou ( ) Não contratei
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Assinatura do Responsável
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1.4 Contato:
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1.5 Qual a idade do condomínio (se disponível, citar data de entrega por parte da constru-
tora):
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( ) Academia ( ) Car-wash
( ) Churrasqueira ( ) Sauna
( ) Parque Infantil
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( ) Garagens descobertas
Em quais sistemas há maior incidência de reformas no condomínio nos últimos quatro anos?
Quantifique cada.
( ) Equipamentos industrializados ( ) Ar-condicionado, ventilação e exaustão
( ) Hidrossanitário ( ) Novos componentes à edificação
( ) Prevenção e combate à incêndio ( ) Revestimento
( ) Instalações elétricas ( ) Impermeabilização
( ) Instalações de gás ( ) Vedação
( ) Dados e comunicação ( ) Esquadrias e fachada-cortina
( ) Automação ( ) Estrutura
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