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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO INTERNACIONAL DE ANGOLA

Criado pelo Decreto Presidencial Nº 168/12 de 24 de Julho


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E ARQUITECTURA

PROJECTO FINAL DE MONOGRAFIA

DESENVOLVER UMA APLICAÇÃO DESKTOP PARA A


GESTÃO DA FARMÁCIA DA LUZ 3

Elaborado por: José Micole Quissanga

Luanda, 2022
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO INTERNACIONAL DE ANGOLA
Criado pelo Decreto Presidencial Nº 168/12 de 24 de Julho
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E ARQUITECTURA

PROJECTO FINAL DE MONOGRAFIA

DESENVOLVER UMA APLICAÇÃO DESKTOP PARA A


GESTÃO DA FARMÁCIA DA LUZ 3

Elaborado por: José Micole Quissanga

Orientado por: Jofrásio da Silva Pedro

Trabalho de fim de curso apresentado ao


Departamento de Engenharia e
Arquitectura do Instituto Superior
Politécnico Internacional de Angola
como requisito para obtenção do grau de
Licenciado em Engenharia Informática.

Luanda, 2022
DEDICATÓRIA
EPÍGRAFE

“Um jovem responsável não estuda apenas pelo prazer dos prémios ou medo dos
castigos imediato. Ele sabe que não está a fazer um “jeito” aos professores ou à família.
Ele acredita que está a construir o seu próprio futuro. É isso que o motiva”.
António Estanqueiro
AGRADECIMENTOS

.
RESUMO

Uma aplicação desktop de gestão de Farmácias, é um software que pode ser instalado
em um computador e usado para executar tarefas específicas facilitando a gestão e
administração do estabelecimento farmacêutico com foco na geração de resultados
positivos e na excelência da qualidade do atendimento ofertado aos clientes.
Com o objectivo de desenvolver uma aplicação desktop de gestão de Farmácias. O
estudo de caso foi realizado na Farmácia da Luz 3 com o objectivo de melhorar a gestão
dos serviços, contribuir para o desenvolvimento tecnológico da farmácia e prestar um
atendimento de qualidade aos clientes e eficiência, visto que estamos na era da
tecnologia e surgiram para facilitar e melhorar as nossas actividades.
Para o desenvolvimento deste projecto, utilizou-se a metodologia ágil de
desenvolvimento de software SCRUM e as seguintes ferramentas: Linguagens de
programação: Java, Banco de dados: MYSQL Query Browser, Software de
desenvolvimento: NetBeans IDE 8.0.2, Modelagem dos dados: Visual Paradigma for
UML para garantir a facilidade no processo de desenvolvimento e o DBDesigner 4 para
desenvolver o diagrama Entidade Relacionamento. Com a implementação do sistema
permitiu-se obter melhores resultados quanto a emissão de facturas, gestão do stock,
gestão das vendas, controle dos utilizadores, cadastro dos produtos, emissão de
relatórios diários, semanais e mensal, facilitando assim o dia-a-dia dos farmacêuticos e
garantir um atendimento eficiente.
Palavras-chave: Desktop. Gestão. Farmácia. Clientes.
ABSTRACT

INDICE DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

UML – Unified Modeling Language


SQL – Structured Query Language
PIB – Produto Interno Bruto
OMS – Organização Mundial da Saúde
TI – Tecnologia de Informação
HIS- Hospital Information System
ONG- Organizações não Governamentais
UC- Use Case
ISIA- Instituto Superior Politécnico Internacional de Angola
INDICE DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
INDICE GERAL
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO...................................................................................
1.1.2 JUSTIFICAÇÃO DO TEMA
1.1.3 DELIMITAÇÃO DO TEMA............................................................................
1.1.4 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA....................................................................
1.2 FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES……………………………………………..
1.3 OBJECTIVOS...........................................................................................................
1.3.1 Objectivo Geral........................................................................................................
1.3.2 Objectivos Específicos……………………………………………………………
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO…………………………………………………………
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA....................................................
2.1 SAÚDE………………………………………………………………………………
2.1.1 SAÚDE EM ANGOLA…………………………………………………………….
2.2 FARMÁCIA…………………………………………………………………………
2.2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS FARMÁCIAS …………………………………………
2.2.2 TIPOS DE FARMÁCIAS ………………………………………………………...
2.2.2.1 FARMÁCIA DA COMUNIDADE……………………………………………..
2.2.2.2 FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO…………………………………………….

2.2.2.3 FARMÁCIA DE FITOTERAPIA……………………………………………..

2.2.2.4 FARMÁCIA DE HOMEOPATIA……………………………………………..

2.2.2.5 FARMÁCIA HOSPITALAR……………………………………………..

2.2.3 DIFERENÇA ENTRE AS FARMÁCIAS E AS DROGARIAS……………

2.3 HISTÓRIA DA FARMÁCIA……………………………………………..

2.3.1 A FARMÁCIA NO MUNDO……………………………………………..

2.4 APLICAÇÃO DESKTOP……………………………………………..


2.4.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS APLICAÇÕES DESKTOP E WEB …
2.5 SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM FARMÁCIAS………………………………
CAPÍTULO III: METODOLOGIA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS .................................................................................................................
3.1 TIPO DE ESTUDO …………………………………………………………………
3.2 MÉTODOS E INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA RECOLHA DE DADOS
3.3 PROCESSAMENTO E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO …………………
3.4 LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES ………………………………………..
3.5. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS ………………………..
3.6 REQUISITOS DO SISTEMA ……………………………………………………...
3.7 ESPECIFICAÇÃO ………………………………………………………………….
3.7.3 MODELO ENTIDADE RELACIONAMENTO ………………………………..
3.8 IMPLEMENTAÇÃO ……………………………………………………………….
3.8.1 TÉCNICAS E FERRAMENTAS UTILIZADAS ……………………………….
3.8.1.2 JAVA …………………………………………………………………………….
3.8.1.3 MYSQL …………………………………………………………………………
3.8.1.4 MYSQL QUERY BROWSER …………………………………………………
3.8.1.5 NETBEANS IDE 8.0.2 …………………………………………………………
3.8.1.6 METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO ÁGIL SCRUM ……………
3.9 OPERACIONALIDADE DA IMPLEMENTAÇÃO …………………………….
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
As farmácias comunitárias que actualmente conhecemos são caracterizadas por duas
funções diferentes: a promoção de saúde pública e a transmissão do conhecimento
relativo aos medicamentos. No entanto, para que chegasse a este formato, a farmácia
sofreu diversas alterações ao longo da história da humanidade: desde as primeiras
utilizações de plantas com fins medicinais, até ao aparecimento da botica e, por fim,
passando para farmácia comunitária centrada nas necessidades da sociedade,
acrescentando à profissão várias actividades prestadas pelos profissionais
Farmacêuticos. A profissão pode ser exercida nos hospitais, na indústria e na
distribuição grossista, entre outros, sendo que o farmacêutico é intitulado de
«especialista do medicamento» e um dos agentes de saúde pública. A cada um destes
sectores existem associadas áreas distintas como científicas, tecnológicas, técnicas e
entre outras.
O campo tecnológico sofreu uma evolução imensurável nos últimos anos em pontos
muito significativos na esfera histórica. Nos dias de hoje, o profissional tem de se
actualizar para acompanhar o lançamento de milhares de novos programas diariamente.
A comunicação electrónica também deu um grande passo para a tecnologia. Há alguns
anos, para se comunicar com alguém instantaneamente tinha acesso ao telefone, porém,
para o anexo de documentos, informações escritas, entre outros, eram vinculadas
unicamente ao serviço de correios, onde a informação poderia demorar dias, semanas e
até meses para chegar ao destinatário final. Hoje, na era da tecnologia, tudo isso pode
ser feito em questão de segundos. (Chinarelli, 2012).
No âmbito da saúde, o uso da informatização deve estar vinculado com a necessidade de
velocidade e objectividade no trabalho, não só na evolução dos instrumentos e
maquinário, que facilitam a vida do profissional da saúde, assim como na parte
administrativa, que engloba o controlo de vendas, gerenciamento de relatórios, cadastro
de clientes e medicamentos, dentre várias outras funcionalidades que tornam mais fáceis
a vida e o trabalho das pessoas que se utilizam da informatização nesse meio.
1.1.2 JUSTIFICAÇÃO DO TEMA
A necessidade de encontrar soluções viáveis para suprir a necessidade de
melhorar a gestão da Farmácia da Luz 3, motivou-nos a não medir esforços em
apresentar uma solução adequada para a situação da Farmácia em questão, que é a
necessidade de um sistema de gestão de stock, que permite emitir facturas, relatórios,
cadastrar produtos, usuários, clientes, fornecedores e para facilitar e aumentar a
qualidade dos serviços da Farmácia da Luz 3, visto que estamos em uma era
digital/tecnológica, é necessário automatizar e garantir a segurança e integridade dos
dados, facilitando também o trabalho dos funcionários.
1.1.3 DELIMITAÇÃO DO TEMA
O projecto se limitará no processo da gestão do stock, das vendas, cadastramento dos
utilizadores, dos produtos, dos fornecedores, emissão de relatórios e facturas.
Sendo uma aplicação Desktop, ela possui algumas limitações pela sua natureza tais
como:
1.1.4 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
A Farmácia da Luz 3, localizado no bairro Sagrada Esperança, rua Encafé é um
estabelecimento privado de venda de medicamentos e outros produtos que fazem parte
das necessidades básicas da população ao redor. Ela existe à mais de 3 anos, mas não
possui um sistema para a emissão de facturas, controlo das vendas, gestão do stock e
emissão de relatórios. A falta de um sistema tem gerado muito constrangimento na
emissão do relatório financeiro, no controlo do stock e no atendimento. Como o
sistema a ser implementado poderá melhorar a gestão da Farmácia da Luz 3?
1.2 FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES

H1: O sistema a ser desenvolvido poderá melhorar a gestão dos serviços na Farmácia da
Luz 3.

H2: O sistema a ser desenvolvido permitirá contribuir para o desenvolvimento tecnológico da


Farmácia da Luz 3.
.
1.3 OBJECTIVOS

1.3.1 Objectivo geral

Desenvolver uma Aplicação Desktop de gestão para a Farmácia da Luz 3.

1.3.2 Objectivos específicos

1. Realizar um estudo sobre os principais conceitos sobre gestão de Farmácia.


2. Caracterizar os sistemas de gestão Farmacêutica que existem no mercado mundial
para compreender a natureza do seu funcionamento.
3. Descrever as tecnologias, metodologia e ferramentas utilizadas na solução proposta.
4. Realizar a análise e desenho e gerar os artefactos de saída (diagramas) a partir da
metodologia seleccionada.
5. Desenvolver o sistema proposto a partir dos artefactos gerados na etapa de Analise
e Desenho.
6. Identificar os mecanismos viáveis para o registo de dados.
7. Realizar os testes das funcionalidades implementadas.
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

O trabalho está organizado na forma de capítulos. O primeiro capítulo apresenta uma


introdução sobre o assunto e os seus objectivos, com o intuito de fornecer as
informações necessárias para o seu entendimento. O segundo capítulo descreve os
conceitos que fazem parte da fundamentação teórica deste trabalho. O terceiro capítulo
trata da implementação do sistema, detalhando a especificação e desenvolvimento do
mesmo. Ainda traz a operacionalidade do sistema, mostra as técnicas e ferramentas
utilizadas para desenvolver o sistema. O quarto capítulo apresenta as conclusões, bem
como sugestões para outros trabalhos futuros.
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo aborda assuntos a serem apresentados nas secções a seguir, que
fundamentam o desenvolvimento da aplicação desktop de gestão de farmácia, tais como
Saúde, Saúde em Angola, Farmácia, História da Farmácia, Aplicação Desktop, Sistema
de informação, Sistema de informação em Farmácias, Trabalhos correlatos e Estado
arte.

2.1 SAÚDE
A saúde constitui um direito humano fundamental e um dos principais indicadores
de desenvolvimento e da qualidade de vida das populações, tendo consequências
directas no presente e no futuro de pessoas, comunidades e países. (CAPSA,2016).
Desse modo, a saúde é tomada como um dos elementos da qualidade de vida e uma
das condições objectivas para o desenvolvimento humano, e não como o seu
conjunto. Sob esse ponto de vista, deve-se identificar saúde como vitalidade
psíquico-fisiológica, isto é, como capacidade psicofisiológica para exercício ativo de
cada indivíduo para a sua realização na vida. Saúde, capacidade psicobiológica, é,
certamente, uma condição parcial para a realização dos indivíduos na vida, uma
condição que, ao mesmo tempo, abrange e é condicionada pelas determinações de
sua existência como ser biológico. (FARIA, 2009).

2.1.1 SAÚDE EM ANGOLA

O estado de saúde da população angolana é caracterizado pela baixa esperança de vida


ao nascer, altas taxas de mortalidade materna e infantil, um pesado fardo de doenças
transmissíveis e crescentes doenças crónicas e degenerativas bem como de mortalidade
prematura evitáveis.

Apesar do esforço dos últimos anos, o sector da saúde continua sub-financiado, o que
não tem permitido avanços consistentes, sobretudo nas zonas mais isoladas.
O total das despesas com a saúde está calculado em 5% do PIB. Os gastos
governamentais com a saúde atingem apenas os 4.1% do total dos gastos, o que é
relativamente baixo mesmo quando comparado com a média dos países da África
Subsahariana - 9.5%. A despesa pública com a saúde era, em 2005, de 1,5% do PIB
enquanto que com a educação representava 2,6% e com a despesa militar 5,7%.

O Sistema de Serviços de Saúde de Angola tem três níveis. O primeiro nível é


constituído por centros de saúde / hospitais municipais, rurais e urbanos e ainda por
centros de saúde de empresas num total de 228. Deste 1º nível fazem também parte os
postos de saúde e as unidades sanitárias de empresas, num total de 1453. O segundo
nível é constituído por Hospitais Gerais, de domínio provincial, num total de 32. O
terceiro nível é constituído pelos Hospitais Centrais, sendo estes de referência nacional,
num total de 8. (OMS 2010, p.17).
2.2 FARMÁCIA
A palavra «farmácia» deriva do termo grego pharmakon que toma o significado de
remédio. Este termo associa-se à deusa grega Pharmakis que era a titular do saber
terapêutico das plantas.
A Farmácia é uma unidade de prestação de serviços destinada a prestar assistência
farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e colectiva, na qual se
processe a manipulação e/ou dispensação de medicamentos magistrais, oficinais,
farmacopeicos ou industrializados, cosméticos, insumos farmacêuticos, produtos
farmacêuticos e correlatos. (CRF-SP-Agosto/2016)

2.2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS FARMÁCIAS


As farmácias são classificadas segundo sua natureza como:
I - farmácia sem manipulação ou drogaria: estabelecimento de dispensação e
comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas
embalagens originais;
II - farmácia com manipulação: estabelecimento de manipulação de fórmulas
magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e
correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de unidade
hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica.

2.2.2 TIPOS DE FARMÁCIAS


A diferença entre as farmácias tem relação como o tipo de medicamento que é
manipulado ou comercializado. Os medicamentos vendidos em farmácias podem ser de
origem vegetal ou química. Também varia a função dos fármacos, podendo ser
cosmética, homeopática, suplemento alimentar (usado na medicina ortomolecular),
entre outras.

2.2.2.1 FARMÁCIA DA COMUNIDADE

Igualmente sabido como uma farmácia varejo, a farmácia da comunidade é o tipo mais
conhecido de farmácia. É este tipo que é sabido o mais tradicional como a farmácia do
farmacêutico.

2.2.2.2 FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO

Neste estabelecimento são comercializados medicamentos manipulados, ou seja,


preparados em laboratório, por profissional habilitado. Entretanto, para que o
medicamento manipulado seja produzido é indispensável a apresentação de uma receita
médica. A partir da prescrição médica, a farmácia de manipulação prepara uma fórmula
específica, com a dose e quantidades exactas para cada cliente. A farmácia de
manipulação se diferencia dos demais tipos por fornecer produtos específicos para seus
clientes, além de oferecer um atendimento de qualidade e atencioso e funcionários
qualificados.

2.2.2.3 FARMÁCIA DE FITOTERAPIA

Nesta farmácia são comercializados medicamentos cuja base de preparação são as


plantas. Os componentes utilizados na preparação de fitoterápicos podem ser folhas,
caules, raízes, flores e sementes de plantas que apresentem efeito farmacológico
comprovado. Apesar dos benefícios gerados pelas plantas medicinais, é necessário
cuidado no momento da preparação destes medicamentos. Deve-se verificar a qualidade
da planta utilizada, bem como a presença das substâncias curativas. Sem o devido
controle de qualidade, o medicamento pode representar um perigo ao usuário, por conta
de efeitos tóxicos (contaminação por microorganismos ou agrotóxicos).

2.2.2.4 FARMÁCIA DE HOMEOPATIA

A homeopatia busca tratar o paciente de uma forma geral, não tratando apenas de uma
doença específica. O princípio desta prática consiste em reequilibrar o organismo
humano, uma vez que o surgimento de doenças indica um desequilíbrio. A homeopatia
trata tanto doenças fisiológicas (problemas gastrointestinais, ginecológicos,
dermatológicos e respiratórios) quanto problemas emocionais. Entretanto, não é
aconselhável que pacientes com doenças mais graves, como câncer e AIDS, abandonem
o tratamento tradicional.

2.2.2.5 FARMÁCIA HOSPITALAR

Os hospitais, sejam da rede pública ou da rede privada, possuem farmácias para


fornecimento gratuito de medicamentos industrializados aos pacientes ali atendidos. Ao
contrário dos demais tipos de farmácia, as hospitalares não necessitam de autorização
para funcionar, uma vez que não comercializam os medicamentos.

2.2.3 DIFERENÇA ENTRE AS FARMÁCIAS E AS DROGARIAS

Ainda que ambos vendam medicamentos, existe diferença entre drogaria e farmácia.
Ambos são estabelecimentos de dispensação e comércio de drogas, medicamentos,
insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais. Porém,
as farmácias poderão desenvolver actividades mais amplas do que as drogarias.

A farmácia é um estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de


comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos,
compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou
de qualquer outra equivalente de assistência médica.

Enquanto a drogaria é um estabelecimento de dispensação e comércio de drogas,


medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais.

Ou seja, a farmácia é o lugar que possui um laboratório para preparação de fórmulas


prescritas por profissionais capacitados (como médicos, dentistas, nutricionistas, etc) e
que também pode comercializar produtos industrializados, enquanto a drogaria apenas
comercializa os industrializados e alguns outros itens, como cosméticos, suplementos de
primeiros-socorros e até mesmo itens de conveniência.
Mas, uma drogaria também pode ser intitulada de farmácia, por conter um laboratório
em seu interior, porém são casos raros, já que a maioria das drogarias apenas
comercializa os medicamentos.

2.3 HISTÓRIA DA FARMÁCIA

A missão da prática farmacêutica é prover medicamento e outros produtos e serviços


para a saúde e ajudar as pessoas e a sociedade a utilizá-los da melhor forma possível.
(Relatório OMS, pág. 4, 1996).

Até o início do século XX, o farmacêutico era o profissional de referência para


a sociedade em relação ao medicamento, actuando e exercendo influência sobre
todas as etapas do ciclo do medicamento. Nesta fase, além da guarda, distribuição e
dispensação do medicamento, o farmacêutico era responsável também pela manipulação
de, praticamente, todo o arsenal disponível (GOUVEIA, 1999).
Num primeiro momento, houve um afastamento do farmacêutico desses
estabelecimentos.

Com o passar do tempo, percebeu-se que ao médico cabe a responsabilidade


pelos resultados da farmacoterapia e, ao farmacêutico, fornecer serviços de suporte
adequados e conhecimentos especializados sobre a utilização do medicamento.
Segundo Bonal (2001), o farmacêutico é o último profissional a intervir antes que
o usuário tome seu medicamento, o que o coloca em uma posição de autoridade
que deve ser aproveitada em benefício das pessoas assistidas pelo sistema de saúde.
Percebendo essa oportunidade, na década de 1990, Hepler e Strand, nos EUA,
propõem um novo modelo de actuação centrado no paciente, denominado Atenção
Farmacêutica.

Desta forma, o caminho a ser preconizado para que as farmácias passem a ser
caracterizadas como estabelecimentos de saúde é a prestação de uma assistência
farmacêutica efectiva, na qual o farmacêutico seja o principal agente na garantia do uso
seguro e eficaz de medicamentos pela população.

2.3.1 A FARMÁCIA NO MUNDO

O Papiro de Ebers, datado de 1550 a.C., contém mais de 8.000 fórmulas medicinais
(DIAS, 2006).

A primeira farmácia, chamada Botica, à época, só foi aberta em 754 a.C. em


Bagdá, actual Iraque (FCFRP-USP, 2006).

Galeno (122-199 d.C.), considerado o “Pai da Farmácia”, propõe uma teoria na


qual os medicamentos deveriam ter propriedades opostas às causas da doença
para poder combatê-la (BARROS, 2002; DIAS, 2006).
No século XIX, surgem as primeiras Escolas de Farmácia nas universidades e
também as primeiras leis e regulamentações, bem como alguns códigos de ética·
(ZUBIOLI, 2005).

Descobertas terapêuticas importantes das décadas de 1930 e 1940, relacionadas aos


antimicrobianos, impulsionaram a comunidade científica na busca por novas
metodologias, iniciando o processo de crescimento do sector industrial. Com isso, as
farmácias de manipulação não eram mais necessárias, pois os medicamentos já vinham
prontos sob a forma de especialidades farmacêuticas (ANGONESI, 2008).

O Código de Ética da American Pharmacists Association (AphA), de 1952, estabelecia


que os farmacêuticos não podiam discutir os efeitos terapêuti¬cos dos
medicamentos com os pacientes e que deveriam encaminhá-los ao médico ou
dentista, caso houvesse alguma dúvida.

Começaram a surgir questionamentos sobre a função social da farmácia. Em


1969, com a modificação do Código de Ética profissional dos EUA, os farma-
cêuticos foram encorajados a colocar à disposição de cada paciente todas as suas
habilidades e conhecimentos.

O movimento mundial de revalorização do papel do farmacêutico na assistência à


saúde ganhou impulso com o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS)
intitulado “O papel do farmacêutico no sistema de atenção à saúde”, elaborado
em dezembro de 1988.

Em 1990, Hepler e Strand publicaram um trabalho na revista Hospital Pharmacy


que influenciaria toda a profissão farmacêutica nos anos seguintes: Opportunities
and responsibilities in pharmaceutical care (Oportunidades e responsabilidades na
atenção farmacêutica). Estes autores defendem que os farmacêuticos comunitários
devem estar preparados para assumir a responsabilidade de prevenir a morbimortalidade
relacionada ao uso irracional de medicamentos e adoptar um enfoque centrado no
paciente. Este novo modelo de actuação foi chamado de “Pharmaceutical Care”,
traduzido para o português como “Atenção Farmacêutica”.

2.4 APLICAÇÃO DESKTOP


Por definição, uma aplicação desktop é qualquer software que pode ser instalado em um
computador e usado para executar tarefas específicas. Algumas aplicações desktop
também podem ser usadas por vários usuários em um ambiente com rede.
O desenvolvimento de software começou com aplicações desktop, ou seja, que podiam
ser usadas directo no computador, sem depender de conexão com a Internet. Com o
advento da internet, as aplicações web ganharam importância. Exemplos de aplicações
desktop são o Word, Excel, Media Player. Exemplos de aplicações web são os
comércios electrónicos, mídias sociais. (Dênis, 2017)
Actualmente todo entusiasta de tecnologia ou alguém que tem um computador simples
em casa sabe que ele é denominado de “desktop”. Mas de onde veio essa palavra e
quando é que começamos a usá-la? O termo foi cunhado antes, só que se estabeleceu
mesmo foi com a publicação de “Computers and Automation”, de novembro de 1966,
que já trazia assuntos discutidos até os dias actuais.
Texto que popularizou o termo foi escrito por Rudy Stiefel, presidente da firma de
consultoria Infotran
“Desktop” foi utilizado pela primeira vez nos Estados Unidos em 1958, quando as
pessoas caracterizavam objectos que podiam ser posicionados sobre uma mesa. Nessa
época, os computadores eram muito maiores do que os PCs de actualmente, eles eram
grandes mesmo, capazes de ocupar uma sala inteira.
Em meados dos anos 60, contudo, esse cenário estava mudando, assim como todo o
mercado. Foi o que a “Computers and Automation” destacou no artigo que popularizou
o desktop. Abaixo, a introdução de “Computers large or small? In which direction will
they go?” (“Computadores grandes ou pequenos? Em que direção eles vão?”, escrito
por Rudy Stiefel, então presidente da firma de consultoria em engenharia Infotran.
Aplicações web usam um navegador web como Mozilla Firefox, Internet Explorer,
Google Chrome, dentre outros, como interface. Essa é uma das razões para que
aplicações web sejam tão populares actualmente, afinal todo computador possui
navegadores e internet, sendo possível acessar a mesma aplicação de qualquer sistema
operacional (Linux, Windows, Android, MaCOS), o que não ocorre com aplicações
Desktop, que normalmente funcionam em apenas um ou outro sistema operacional.
Muito embora, com algum tipo de trabalho seja possível fazer o mesmo código
funcionar em diferentes sistemas operacionais. (Dênis, 2017)
2.4.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS APLICAÇÕES DESKTOP E WEB 

Aplicações desktop Aplicações Web

Mais confiáveis e seguras pois é difícil acessar o Correm um risco maior de serem modificadas
código interno da aplicação por um usuário mal intencionado

Os mecanismos de autenticação e segurança


Apresentam melhores mecanismos de
podem ser bons ou ruins, depende da arquitectura
autenticação e autorização
da aplicação

Correm o risco de algum sinistro afectar a Correm o risco de ficarem indisponíveis por
aplicação, pois podem estar expostas a um algum tempo, principalmente se houver
usuário mal intencionado problemas com a conexão com a Internet

A experiência do usuário pode ser boa A experiência do usuário pode ser boa

Grandes entradas de dados funcionam de forma Grandes entradas de dados podem ficar
bem suave comprometidas

Compartilham recursos com outros usuários e até


Aproveitam bem os recursos da máquina
mesmo com outras empresas

Tendem a ser mais restritas quanto ao acesso a Aproveitam melhor os recursos de interacção
outras  aplicações Web com a Web e outras ferramentas

São mais fáceis de serem desenvolvidas São mais difíceis de serem desenvolvidas

Geralmente não podem ser acessadas de qualquer


São acessíveis de qualquer lugar
lugar

Restritas a um sistema operacional Não dependem do sistema operacional

Tabela 1 – Vantagens e desvantagens das aplicações Desktop e Web.  


2.5 SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM FARMÁCIAS
A informatização é muito importante para a redução do tempo de trabalho, maior
confiabilidade e rapidez na produção de informações, particularmente em relação ao
sistema de Saúde, que é complexo e que possui inúmeros componentes. O uso da
informática num serviço de farmácia visa: facilitar a actuação do farmacêutico,
melhorando o acesso do paciente a uma informação mais rápida e actualizada; facilitar a
gestão de stocks proporcionando melhor acesso às estatísticas de aquisições,
dispensações e dimensionamento dos stocks; e atingir a máxima eficácia com o menor
custo ao avaliar melhor a carga de trabalho e distribuir os recursos (BRASIL, 1994).
A informatização da farmácia fornece, de maneira mais rápida, várias informações que
podem facilitar a gestão, como as horas de trabalho, o número de profissionais
envolvidos, os dados de cada medicamento, sua validade, condições de armazenamento,
o controle de custos por paciente ou por enfermaria, entre outras (BRASIL, 1994).
A informática pode contribuir de maneira significativa na distribuição (dispensação)
dos medicamentos, seja qual for o sistema escolhido, sendo que o sistema que apresenta
melhor rendimento é o de dose unitária. O sistema informatizado reduz a possibilidade
de erros de medicação e possibilita ainda que os produtos não utilizados retornem ao
stock da farmácia, gerando economia para a instituição (BRASIL, 1994).
Mesmo nos sistemas de dispensação colectiva, a informatização traz diversos
benefícios, como a reposição automática dos stocks, codificação dos produtos e a
utilização de formulários. Com relação a informações dos medicamentos o uso da
informática é essencial para acesso aos diversos catálogos existentes (BRASIL, 1994)
CAPÍTULO III: METODOLOGIA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS

Neste capítulo são apresentadas as características do sistema desenvolvido. Ainda, são


descritos o levantamento de informações, analise e interpretação dos dados,
especificação de requisitos funcionais e não funcionais, os diagramas de casos de uso e
o diagrama de actividades. Para modelagem dos diagramas foi utilizada a ferramenta
Visual Paradigm for UML. Para a modelagem do Modelo de Entidade Relacional
(MER) foi utilizada a ferramenta MySql Query Browser. São descritas também as
técnicas e ferramentas utilizadas no processo de implementação, a operacionalidade do
sistema e os resultados obtidos.

3.1 TIPO DE ESTUDO

Está pesquisa é baseada na pesquisa bibliográfica. Quanto a sua natureza é Pesquisa


Aplicada porque tem como motivação básica a solução de problemas concretos,
práticos e operacionais e é também chamada de pesquisa empírica, pois o pesquisador
precisa ir ao campo, conversar com as pessoas. Quanto à forma de abordagem do
problema é pesquisa qualitativa e descritiva, dado que se preocupa em descrever os
fenómenos por meio dos significados que o ambiente manifesta. Quanto aos objectivos
é pesquisa descritiva é aquela que analisa, observa, registra e correlaciona espectos
(variáveis) que envolvem factos ou fenómenos, sem manipulá-los. Quanto aos
procedimentos tecnológicos é estudo de campo porque o problema é uma realidade na
qual precisa ser aprofundada, por meio da observação directa, se captou as explicações e
interpretações do que ocorre naquela realidade.

3.2 MÉTODOS E INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA RECOLHA DE DADOS

O método científico usado é: observação porque é a visualização de um facto ou


fenómeno, repetidas vezes e, problematização porque corresponde à execução de
questionamentos sobre o facto observado. Técnica utilizada: Amostra – onde trabalhou-
se somente com parte do universo, pois somente as pessoas envolvidas no processo
foram entrevistadas.
O instrumento utilizado para a colecta de dados foi a entrevista, do tipo estruturada,
onde as informações foram obtidas através de perguntas já formuladas anteriormente.

3.3 PROCESSAMENTO E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

O processo e tratamento de toda a informação foi feito com as ferramentas Word, Excel
e Visual Paradigm for UML.
3.4 LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES

A solução desenvolvida surgiu através da necessidade de automatizar e melhorar os


serviços de gestão de stocks, controle das entradas e saídas, emissão de facturas e
relatórios, cadastro dos produtos, clientes, controle dos usuários e a segurança dos dados
da Farmácia. Foi desenvolvido um sistema para o gerenciamento da farmácia, de modo
a facilitar o controlo das actividades na Farmácia da Luz 3. Levou-se em consideração
requisitos como a fácil usabilidade, interactividade, automatização de tarefas, agilidade
na comunicação e integridade dos dados.
O sistema proposto permite ao gestor cadastrar produtos, usuários, empresas,
fornecedores, dar permissões aos usuários, emitir relatórios e aos usuários emitir
facturas, relatórios.
Actualmente a Farmácia não possui nenhum sistema de gestão.
Para garantir a segurança das informações privadas da farmácia, o sistema possui o
controlo de acesso mediante o perfil de usuário. Desta forma é atribuído a cada tipo de
usuário cadastrado as permissões necessárias para a realização de seu trabalho.

3.5. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS


3.6 REQUISITOS DO SISTEMA
Os requisitos descrevem o que o sistema deve fazer. Eles estão classificados em
requisitos funcionais e requisitos não funcionais. Requisitos funcionais são
funcionalidades que o sistema deve possuir e o comportamento do sistema em
determinadas situações, podendo também explicitar o que o sistema não deve fazer.
Requisitos não funcionais são restrições sobre os serviços ou as funções oferecidas pelo
sistema, como usabilidade, hardware, segurança.
O Quadro 1 apresenta os requisitos funcionais previstos para o sistema e sua
rastreabilidade, ou seja, vinculação com o(s) caso(s) de uso associado(s).
REQUISITOS FUNCIONAIS Caso de uso

O sistema deverá permitir o cadastro dos usuários


O sistema deverá permitir o cadastro dos produtos
O sistema deverá permitir o cadastro das empresas
O sistema deverá permitir o cadastro dos fornecedores
O sistema deverá permitir a emissão de facturas
O sistema deverá permitir a emissão de relatórios
O sistema deverá permitir a gestão do stock
O sistema deverá permitir o cancelamento de facturas

Tabela 2 – Requisitos funcionais

O Quadro 2 apresenta os requisitos não funcionais do sistema.


REQUISITOS NÃO FUNCIONAIS

O sistema deverá utilizar banco de dados MySQL Query


Browser
O sistema será desenvolvido na linguagem Java
Será utilizado o NetBeans para desenvolver o Sistema
O sistema será uma Aplicação Desktop

Tabela 3 – Requisitos não funcionais.


3.7 ESPECIFICAÇÃO
Na sequência, são apresentados os diagramas de casos de uso e o modelo de entidade
relacionamento. Os diagramas foram gerados através do Visual Paradigm for UML. O
modelo de entidade relacionamento foi elaborado através do DBDesigner 4. A UML é
uma linguagem diagramática, usada para pormenorização, visualização, e
documentação de sistemas de software. Ela tem como o principal objectivo fomentar a
comunicação entre um grupo variado de intervenientes (Silva & Videira, 2001).

3.7.3 MODELO ENTIDADE RELACIONAMENTO


3.8 IMPLEMENTAÇÃO
Nesta sessão são mostradas as técnicas e ferramentas utilizadas, a operacionalidade da
implementação, bem como a codificação do sistema.

3.8.1 TÉCNICAS E FERRAMENTAS UTILIZADAS


Para o desenvolvimento do sistema foi utilizada a ferramenta NetBeans, o SGB
MYSQL Query Browser e o Java como linguagem para o desenvolvimento do sistema.

3.8.1.2 JAVA
Java é a linguagem de programação orientada a objectos, desenvolvida pela Sun
Microsystems, capaz de criar tanto aplicativos para desktop, aplicações comerciais,
softwares robustos, completos e independentes, aplicativos para a Web. Alem disso,
caracteriza-se por ser muito parecida com C++, eliminando as características
consideradas complexas, dentre as quais ponteiros e herança múltipla.
Em 1991, um pequeno grupo de funcionários da Sun incluindo James Gosling mudou-se
para a San Hill Road, uma empresa filial. O grupo estava iniciando um projecto
denominado Projecto Green, que consistia na criação de tecnologias modernas de
software para empresas electrónicas de consumo, como dispositivos de controle remoto
das TV a cabo. Logo o grupo percebeu que não poderia ficar preso as plataformas, pois
os clientes não estavam interessados no tipo de processador que estavam utilizando e
fazer uma versão do projecto para cada tipo de sistema seria inviável. Desenvolveram
então o sistema operacional GreenOS, com a linguagem de programação Oak. Eles se
basearam no inventor do Pascal, através da linguagem USCD Pascal, que foi o pioneiro
da linguagem intermediária ou máquina virtual.
Em 1993, surgiu uma oportunidade para o grupo Green, agora incorporado como
FirstPerson a Time-Warner, uma empresa que estava solicitando propostas de sistemas
operacionais de decodificadores e tecnologias de vídeo sob demanda. Isso foi na mesma
época em que o NCSA lançou o MOSAIC 1.0, o primeiro navegador gráfico para Web.
A FirstPerson apostou nos testes de TV da Time-Warner, mas esta empresa preferiu
optar pela tecnologia oferecida pela Silicon Graphics.
Depois de mais um fracasso, a FirstPerson dissolveu-se e metade do pessoal foi
trabalhar para a Sun Interactive com servidores digitais de vídeo. Entretanto, a equipe
restante continuou os trabalhos do projeto na Sun. Apostando na Web, visto que os
projectos estavam sendo todos voltados para a WWW, surgiu a ideia de criar um
browser com independência de plataforma, que foi o HotJava.
Como a equipe de desenvolvimento ingeria muito café enquanto estavam trabalhando,
várias xícaras de café foram inseridas até que o projeto estivesse pronto. Finalmente em
Maio de 1995, a Sun anunciou um ambiente denominado Java (homenagem às xícaras
de café) que obteve sucesso graças a incorporação deste ambiente aos navegadores
(browsers) populares como o Netscape Navigator e padrões tridimensionais como o
VRML (Virtual Reality Modeling Language – Linguagem de Modelagem para
Realidade VIrtual).
A Sun considera o sucesso do Java na Internet como sendo o primeiro passo para
utilizá-lo em decodificadores da televisão interactiva em dispositivos portáteis e outros
produtos electrónicos de consumo – exactamente como o Java tinha começado em 1991.
Sua natureza portátil e o projecto robusto permitem o desenvolvimento para múltiplas
plataformas, em ambientes tão exigentes como os da electrónica de consumo.
A primeira versão da linguagem Java foi lançada em 1996.

3.8.1.3 MYSQL

O Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGDB) utilizado é o MySQL, um banco


deda dos relacional. Esse tipo de banco surgiu no início da década de 70, seguindo as
regras definidas por Edgar Frank Codd. Além de relacional, o MySQL é multiusuário e
multitarefa, além de ser um software de código aberto e possuir ampla e completa
documentação (TONSIG, 2006). O MySQL apresenta uma política de licença dupla, ou
seja, é possível usar a ferramenta gratuitamente com referência a licença Open Source
(GPL - General Public Licence), contanto que cumpra com os termos da licença. Em
caso de Web, Agendamento, Gerenciamento de Clientes Android, iOS, Windows. A
mbiente personalizado a especialidades Gerar contratos de prestação o de serviços
desenvolvimento de um sistema não GPL, que inclua MySQL, se faz necessário
comprar uma licença comercial (COSTA, 2013).
A escolha do MySQL para o projecto se deu principalmente por sua fácil integração
com a linguagem JAVA, a qual será usada neste projecto. Também, por se tratar de um
dos SGBDs mais utilizados, há a disponibilidade de uma vasta documentação online,
grupos de discussão e livros que facilita encontrar soluções a problemas que poderão
ocorrer.
3.8.1.4 MYSQL QUERY BROWSER
O MySQL Query Browser é uma ferramenta gráfica fornecida pela MySQL AB para
criar, executar e optimizar solicitações SQL em um ambiente gráfico. Assim como o
MySQL Administrator foi criado para administrar um servidor MySQL, o MySQL
Query Browser foi criado para auxiliar você a seleccionar e analisar dados armazenados
dentro de um Banco de Dados MySQL.
Enquanto todas as solicitações executadas no MySQL Query Browser também podem
ser executadas pela linha de comando utilizando-se o utilitário mysql, o MySQL Query
Browser permite a execução e edição dos dados de maneira gráfica, que é mais intuitiva
para o usuário. MySQL Query Browser foi projetado para trabalhar com versões 4.0 ou
superiores do servidor MySQL.

3.8.1.5 NETBEANS IDE 8.0.2


O NetBeans é um ambiente de desenvolvimento integrado (IDE) Java desenvolvido pela
empresa Sun Microsystems.

O NetBeans IDE é um ambiente de desenvolvimento integrado gratuito e de código


aberto para desenvolvedores de software. O IDE é executado em muitas plataformas,
como Windows, Linux, Solaris e MacOS. É fácil de instalar e usar. O NetBeans IDE
oferece aos desenvolvedores todas as ferramentas necessárias para criar aplicativos
profissionais de desktop, empresariais, Web e móveis multiplataformas.

O NetBeans foi iniciado em 1996 por dois estudantes tchecos na Universidade de


Charles, em Praga, quando a linguagem de programação Java ainda não era tão popular
como actualmente. Primeiramente o nome do projecto era Xelfi, em alusão ao Delphi,
pois, a pretensão deste projecto era ter funcionalidades semelhantes aos IDE´s
(ambiente de desenvolvimento integrado) então populares do Delphi que eram mais
atractivas por serem ferramentas visuais e mais fáceis de usarem, porém com o intuito
de ser totalmente desenvolvido em Java.

Em 1999 o projecto já havia evoluído para uma IDE proprietário, com o nome de
NetBeans DeveloperX2 nome este que veio da idéia de reutilização de componentes que
era a base do Java. Nessa época a empresa Sun Microsystems havia desistido de sua
IDE Java Workshop e procurando por novas iniciativas adquiriu o projecto NetBeans
DeveloperX2 incorporando-o a sua linha de softwares.

3.8.1.6 METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO ÁGIL SCRUM


Scrum é uma metodologia de gestão de controle dos trabalhos a serem realizados no
desenvolvimento de um software, por sua vez busca diminuir a complexidade dos
processos do desenvolvimento do mesmo, para que a equipe possa forçar na construção
de softwares que atendam às necessidades dos negócios (SCRUM.ORG, 2020).
O Scrum funciona com a definição de objectivos que devem ser concluídos em um
período definido. Esses períodos são chamados de ciclos ou sprint, representando um
intervalo de tempo, dentro do qual um conjunto de actividades deve ser executado
(DESENVOLVIMENTOAGIL.COM, 2014). Um diferencial da metodologia em
questão está na forma como os requisitos funcionais são colectados. Os requisitos são
obtidos em reuniões com toda a equipe de desenvolvimento e o cliente, quando é
formado um conjunto de requisitos, estes são chamados de backlog do produto. O
backlog é constituído por estórias, que vem do inglês user stories (PHAM e PHAM,
2012). Essas estórias são descrições simples que descrevem uma funcionalidade e é
recomendável que sejam escritas segundo o ponto de vista do usuário (PHAM e PHAM,
2012). Na reunião de planejamento, que ocorre antes do início de um sprint, parte das
estórias são extraídas do backlog para formar um sprint backlog.
Neste, a equipe define as tarefas que serão capazes de implementar no ciclo em questão.
Durante cada dia da sprint, a equipe faz uma reunião (normalmente pela manhã), que
são chamadas de Daily Scrum. Esta reunião tem por objectivo disseminar o
conhecimento sobre o que foi feito no dia anterior, identificar os impedimentos e
priorizar o trabalho para o dia que se inicia (DESENVOLVIMENTOAGIL.COM,
2014). Após o final de cada sprint, uma parte do sistema é entregue ao cliente para que
o mesmo possa então fazer a verificação e a validação. Durante essa entrega, novas
estórias podem surgir, buscando correcção de erros ou a implementação de novas
funções que não foram sugeridas na primeira fase. Iniciando-se assim um novo ciclo de
sprint. A escolha da metodologia Scrum para este projecto deu-se pela busca de uma
melhor organização para os requisitos propostos pelo cliente e por incentivar um
feedback rápido do mesmo para as funcionalidades desenvolvidas. Também o Scrum
ajuda a evitar burocracias impostas pelo excesso de documentação, que poderia
comprometer o andamento do desenvolvimento, principalmente porque o autor deste
projecto é o responsável e executor único de todas as etapas correspondentes ao
desenvolvimento. Assim, espera-se através desta metodologia fazer um
acompanhamento melhor sobre o andamento do trabalho.

3.9 OPERACIONALIDADE DA IMPLEMENTAÇÃO


Nesta secção são mostradas as telas da aplicação e suas funcionalidades para um melhor
entendimento de como funciona o sistema.

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