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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DE ARARAQUARA


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

Professor/a Responsável:
Lucas Marcondes Cesar Tadiello

Disciplina:
LIBERDADE E IGUALDADE NA TEORIA POLÍTICA
DOS SÉC. XVII E XIX

“RESENHA MANIFESTO COMUNISTA -


Karl Marx e Friedrich Engels"

Julia Chmielewski Candido da silva (2211223212)


CIÊNCIAS SOCIAIS – DIURNO

ARARAQUARA, JUNHO DE 2023


Para Karl Marx, há ao longo da história uma divisão intrínseca nas sociedades em
classes, o antagonismo se faz presente de tal modo que pode ser considerado como padrão, e
através dessa distinção que surge as dinâmicas sociais de determinado povo. O materialismo
histórico elaborado pelo autor, portanto, compreende que as relações materiais em torno da
vida em comunidade são o principal motor das mudanças históricas, e consequentemente, das
transformações relacionais e estruturais que ocorrem adiante. É através das modificações
causadas pela revolução industrial que surge a necessidade de denominar a divisão vigente da
época, já que abalou profundamente a forma organizacional econômica e social até então
instaurada. Desta forma, determina como classe burguesa os proprietários dos meios de
produção e empregadores, enquanto por proletariado, aqueles que necessitam do emprego
para sobreviver.
Embebido em uma época de significativa transformação social, política e econômica
provocada pela industrialização e ascensão da burguesia como classe dominante, além da
formação de uma classe operária submetida ao novo formato de se relacionar com o trabalho
e com o remanejamento das hierarquias de classe preexistentes, Karl Marx, juntamente a
Engels, se dedica a expor os modos em que se opera o sistema implantado pela classe
burguesa em ascensão e o caráter agressivamente exploratório e ininterrupto que é imposto
sobre os trabalhadores. Ademais apresenta uma alternativa teórica e prática - caso os países
estejam desenvolvidos - para a ruptura desse sistema, defendendo que é essencialmente da
união, identificação e mobilização dos operários como classe que resultaria no rompimento
com o sistema capitalista.
Sendo assim, se faz necessário distinguir o socialismo do comunismo. Na sua concepção, o
socialismo constitui-se como doutrina burguesa, fruto da identificação em reformas utópicas
e caráter não emancipatório mas de manutenção, de modo que, não há de fato mudança.
Enquanto o comunismo compreende, de fato, a necessidade de rompimento com o sistema
vigente e seus representantes. Ademais compreende a democracia formulada a partir da base
de pensamento burguesa e sua teoria de liberdade - difundida por proprietários de terra e
adotado pela população - como excepcionalmente atuante durante o período eleitoral, e
portanto não representa efetivamente os interesses da classe trabalhadora, e sim a burguesia.
O Estado moderno passa a ser uma Instituição que reforça e representa exclusivamente o
interesse burguês, permitindo a pauperização do trabalho e a submissão da classe operária a
condições degradantes e alienantes, que resultam no seu isolamento, fragmentação e
permitem que tais condições perdurem (a classe alienada é denominada lumpen-proletariado).
De modo que, o único meio de romper com o processo de exploração e submissão da classe
é através da eliminação da propriedade privada e socialização dos meios de produção pela
classe proletária. Através do controle dos meios, o poder público não se faz mais imponente,
perde sua força e a necessidade de existir, resultando na abolição do Estado.

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