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RESUMO A RESPEITO DA OBRA: “OS CLÁSSICOS DA POLÍTICA” – VOL.

2- De Francisco
Weffort.

Objeto de pesquisa: o pensamento de Karl Marx.

Primeiramente, é importante compreender o contexto histórico em que vivera o


sociólogo e estudioso Karl Marx para melhor compreensão de suas ideias, e, também, analisar
suas obras sob o viés daquele contexto, afinal, fica nítida certa impossibilidade em adentrar
realmente às obras passadas sob a ótica do presente. Karl Marx vivenciou o século XIX,
contexto predominantemente marcado pela ascensão e consolidação do capitalismo
industrial, que de princípio, remete-nos à mente a relação fabril-industrial das cidades
capitalistas daquele tempo. O pensador viveu a maior parte de sua vida em Londres, atual
capital da Inglaterra, esta, reconhecida como centro principal das fianças e comércios no
século XIX. É importante destacar que a ideia central de discurso do sociólogo àquele tempo
era baseada nas relações de trabalho e suas implicações, no sistema estrutural da sociedade e
no papel do estado, como também, possíveis e necessárias mudanças nesse sistema segundo o
autor. Marx pode ser definido como um crítico de seu tempo, no que concerne o modelo
estrutural de obtenção de capital – o Capitalismo, que, no século do autor, já havia se
consolidado.

Marx analisou a política de maneira prática, e chegou à conclusão de que a política


instalada naquele período era falha, vez que dominada por uma minoria que utilizava da força
de trabalho da maioria para o desenvolvimento, e então, criou sua tão conhecida teoria de
Revolução total, ruptura e modificação estrutural.
Sua proposta se baseou em uma análise histórica, que levou o pensador a crer na
impossibilidade de mudança social sob aquele cenário capitalista, logo, para ele, as relações
sociais e econômicas não se modificariam, no sentido de tornassem justas ou melhores, se
aquele sistema continuasse vigente. Assim, surgiu a ideia de Revolução, a qual seria armada,
por parte dos proletariados – base da sociedade e sustentadores da economia. Com estas
ideologias e vivenciando um período de consolidação do capitalismo, marcado por revoltas dos
fabris e fortes crises, foi que o sociólogo desenvolveu obras como: O Capital (1867) e O
Manifesto Comunista (1848).

Karl Marx pautou suas ideias a respeito das relações de trabalho - burguês e
proletariado – em uma análise lógica, e dialética, método este utilizado pelo sociólogo. Para
Marx as relações entre economia, as classes e a política são uma constante, com isso, Marx
concluiu que a pequena minoria era detentora dos meios de produção (burguesia) em que
operavam por meio da força de trabalho a grande maioria (proletários), logo, uma relação
desproporcional, principalmente quando analisada a situação de operação dos basilares dessa
economia.

Assim, prosseguiu o pensador com suas análises de desigualdade - relembrando outra


vez as fortes crises que acometiam àquele sistema - de observação das condições de trabalho,
da dominação realizada pelos donos dos meios de produção sobre os operários, do inexistente
valor dado a estes, e das contradições existentes no sistema vigente. Dessa forma, com base
em uma construção histórica de suas ideias, foi que Marx desenvolveu sua ideia de Revolução
e ruptura com o sistema existente. Essa revolução iniciaria-se com a classe abundante, os
proletariados, os quais deveriam destruir a máquina estatal, elevando a classe ao patamar de
dominância.

A ideia de Revolução evoluiria para o chamado Socialismo de Marx, e, a posteriori de


sua implementação, evoluiria para o Comunismo. A revolução proletária deveria tomar o
poder e rapidamente sair, para aí sim alcançar o comunismo, já que a mesma não deveria
permanecer no poder. O autor descreve em sua obra “O Manifesto Comunista” este
procedimento. A implementação de uma jornada de trabalho era defendida em O Capital, de
maneira salubre e não exaustiva. Na obra, abordou também o conceito de Comuna, que
consiste em negar toda criação do Estado Absolutista e colocar o trabalhador no comando do
Governo. No qual, a classe abundante tomaria o poder da classe burguesa, minoria, e, assim,
derrubaria o Estado - vez que ele era dominado pela classe detentora dos meios de produção.
Logo após quebrar o sistema de propriedade particular dos burgueses, etapa socialista, a
própria sociedade passaria a regular-se sem um Estado dominador, assim, o sistema comunista
entraria em vigor. Desse modo, pôr-se-ia fim a propriedade privada, a divisão de classes e ao
domínio político Estatal que de nada fazia para garantir condições de vida aos proletariados,
maioria social.

Na contemporaneidade tentou-se instalar o modelo comunista em alguns países, haja


visto que há uma ineficiência por parte do Estado no âmbito de garantia de direitos básicos e
vida digna a todas as camadas sociais. Mas nenhuma experiência foi exitosa segundo as
determinações Marxistas. Primeiramente, porque segundo Marx a revolução parte da camada
social, não de partidos políticos que exercem poder de decisão sobre o povo. Em segundo
ponto, pois a dominância de um grupo político sobre o Estado e ainda estruturado em forma
de Estado configura apenas o domínio de outros detentores que comandam sobre suas
ideologias. Logo, a existência de um grupo no poder mantem a configuração Estatal, o que não
pode ser considerado comunismo. E, como dito, todas as experiências de sistemas
“comunistas” na atualidade mantiveram o domínio estatal, apenas com certa inversão de
papeis, o que não é considerado Comunismo na formulação do sociólogo Karl Marx.

- Maria Eduarda Figueira 13/04/2023

- Thiago Panuchi Arantes Heitor

- Eduardo Kipgen

- Mariana Theodoro Tabarini

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