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Resumo: Christian Patrick Pereira Andriola

Compreender a importância da Democracia no Estado Brasileiro;

A democracia é um sistema político no qual o poder é exercido pelo povo, por meio de eleições periódicas e
livres, com a participação ativa dos cidadãos na tomada de decisões políticas. No contexto do estado brasileiro,
a democracia é considerada fundamental por diversas razões: Participação popular, proteção dos direitos
individuais e coletivos, tomada de decisões coletivas e estabilidade política.

Dalmo Dallari aborda a democracia como um sistema político que busca a participação popular, a proteção
dos direitos individuais e a busca pela justiça social.

Bobbio aborda a democracia como um sistema político que busca a garantia dos direitos e liberdades
individuais, a proteção das minorias e a limitação do poder do Estado.

Hans Kelsen aborda a democracia como um sistema político que se baseia na legalidade e na normatividade,
destacando a importância da Constituição como fundamento para o exercício do poder democrático.

Diferenciar Revolução e Golpe de Estado;

A principal diferença entre revolução e golpe de estado está na forma como o poder é adquirido e nas
motivações por trás desses eventos. Uma revolução geralmente é um movimento popular que busca uma
mudança social e política profunda, enquanto um golpe de estado é uma ação ilegal, geralmente liderada por
uma facção interna, para tomar o poder à força, muitas vezes sem o apoio popular.

Identificar as características dos Golpes de Estado brasileiros;

Golpe de Estado de 1889: Também conhecido como Proclamação da República, foi liderado por um grupo de
militares e políticos republicanos que derrubaram a monarquia e estabeleceram a forma republicana de
governo no Brasil. Esse evento marcou o fim do Império e a ascensão da República no Brasil

Golpe de Estado de 1930: Conhecido como Revolução de 1930, foi liderado por um grupo de militares e
políticos insatisfeitos com o governo do presidente Washington Luís. Esse golpe resultou na deposição do
presidente e na ascensão de Getúlio Vargas ao poder, inaugurando uma era de governos autoritários e
ditatoriais no Brasil.

Golpe de Estado de 1964: Conhecido como Golpe Militar de 1964, foi liderado por militares em conjunto com
setores civis conservadores que alegavam uma suposta ameaça comunista no Brasil. Esse golpe resultou na
deposição do presidente João Goulart e na instauração de uma ditadura militar que durou até 1985, com graves
violações aos direitos humanos e restrições às liberdades civis.

Ação liderada por grupos militares: Em todos os três golpes mencionados, houve participação significativa de
militares nas ações de tomada do poder. Tanto em 1889 quanto em 1930 e 1964, militares tiveram um papel
de liderança na condução dos golpes, muitas vezes justificando suas ações em nome da defesa da ordem, da
estabilidade e da segurança nacional.

Restrição de direitos e liberdades civis: Em todos os três golpes, houve a imposição de restrições aos direitos
e liberdades civis, com a suspensão de garantias constitucionais, censura à imprensa, perseguição política e
violações aos direitos humanos. Os golpes resultaram em governos autoritários, muitas vezes marcados por
repressão política, controle social e cerceamento das liberdades individuais.

Ideologia:

- Destutt de Tracy acreditava que a mente humana era moldada pela experiência sensorial e que todos os
conhecimentos humanos eram derivados da sensação e da percepção.

- No marxismo, totalidade das formas de consciências social, o que abrange o sistema de ideias que legitima
o poder econômico da classe dominante (ideologia burguesa) e o que expressa os interesses revolucionários
da classe dominada (ideologia proletária ou socialista)

- Sistema de ideias sustentadas por um grupo social, as quais refletem, racionalizam e defendem os próprios
interesses e compromissos institucionais, sejam estes morais, religiosos, políticos ou econômicos
(conservadora, cristã, nacionalista);

- Conjuntos de convicções filosóficas, sociais, políticas etc. de um indivíduo ou grupo de indivíduos (sua
ideologia identifica-se com a dos republicados).

- Dicionário de Política, Bobbio: O nacionalismo, o fascismo e o nazismo exaltaram princípios diferentes e


contrastantes com os princípios da religião e das Igrejas cristãs; o fascismo e o nazismo (o primeiro
especialmente) tentaram utilizar a religião como instrumentum regni, no âmbito de ideologias e de regimes
totalitários que destinavam para a Igreja e a religião um papel prático e subordinado. Testemunham-no a caça
às bruxas e os linchamentos dos desviados e rejeitados, gerados, em apoio a uma determinada Autoridade,
pelos fanatismos políticos e religiosos de todos os tempos. Testemunha-o a imensa violência que por vezes
tem sido desencadeada em nosso século pela crença fanática num chefe ou numa ideologia totalitária. As
ideologias autoritárias, enfim, são ideologias que negam de uma maneira mais ou menos decisiva a igualdade
dos homens e colocam em destaque o princípio hierárquico, além de propugnarem formas de regimes
autoritários e exaltarem amiudadas vezes como virtudes alguns dos componentes da personalidade autoritária.

Organizações políticas: são entidades ou grupos que possuem objetivos políticos e atuam na esfera política
de uma sociedade, buscando influenciar a tomada de decisões e a configuração do poder político. Elas podem
ter diferentes formas, estruturas e propósitos, e desempenham um papel fundamental na vida política de uma
sociedade.

As organizações políticas podem incluir partidos políticos, grupos de interesse, organizações da sociedade
civil, movimentos sociais, sindicatos, organizações não governamentais (ONGs), entre outros. Essas
organizações podem operar em diversos níveis, desde local até nacional ou mesmo internacional, e podem ter
diferentes ideologias, agendas políticas e estratégias de atuação. São vedadas as Org. Políticas de caráter
paramilitar (milícias, por ex.).

Grupos de pressão: também conhecidos como grupos de interesse ou grupos de lobby, são organizações ou
entidades que buscam influenciar as políticas públicas e as decisões políticas em favor dos interesses de seus
membros ou de determinados setores da sociedade. Esses grupos podem representar uma ampla gama de
interesses, como empresariais, sindicais, profissionais, ambientais, sociais, culturais, religiosos, entre outros.

Os grupos de pressão atuam junto a autoridades governamentais, como legisladores, governantes e burocratas,
com o objetivo de influenciar a formulação, implementação ou mudança de políticas públicas de acordo com
os interesses de seus membros. Eles utilizam uma variedade de estratégias, como lobby, advocacia,
mobilização de recursos, campanhas de informação, organização de eventos, entre outras, para alcançar seus
objetivos.

Os grupos de pressão podem exercer influência em diversos níveis de governo, desde o local até o nacional
ou mesmo o internacional. Eles podem operar em diferentes setores da sociedade, como o econômico, o social,
o cultural, o ambiental, o educacional, entre outros. A influência dos grupos de pressão na política pode ser
exercida de forma direta, através do contato direto com os tomadores de decisão, ou de forma indireta, através
da mobilização da opinião pública e da construção de alianças políticas.

Movimentos políticos: são organizações ou coalizões de pessoas que se unem com o objetivo de promover
mudanças políticas, sociais ou culturais em uma sociedade. Esses movimentos podem surgir em resposta a
questões específicas, como direitos civis, igualdade de gênero, meio ambiente, imigração, educação, entre
outros, ou podem ter uma abordagem mais ampla e abranger uma variedade de questões políticas e sociais.

Os movimentos políticos geralmente buscam influenciar a opinião pública, mobilizar a sociedade civil,
pressionar as autoridades governamentais e promover mudanças políticas através de uma variedade de
estratégias, como manifestações, protestos, petições, campanhas de mídia, advocacia e ações jurídicas, por
exemplo.

- Acredito: O Movimento Acredito foi fundado em 2017 por um grupo de jovens brasileiros com o propósito
de renovar a política brasileira e promover a participação política de jovens comprometidos com a
transformação social. O movimento busca estimular o engajamento cívico, promover a formação política,
incentivar a participação em eleições e promover uma política mais transparente e ética. Entre as principais
características do Movimento Acredito estão a sua abordagem apartidária, buscando a participação cidadã
acima de interesses partidários, e a valorização de uma política mais ética e transparente. O movimento
incentiva seus membros a se envolverem em diversos espaços políticos, como partidos políticos, movimentos
sociais, conselhos e outros, com o objetivo de promover mudanças políticas e sociais em diferentes níveis.
Participam: Tabata Amaral (Dep. Federal), Alessandro Vieira (Senador), Felipe Rigoni (Dep. Federal).
- Agora: O Movimento Agora é outro exemplo de movimento político brasileiro que busca promover
mudanças políticas e sociais no país. Foi fundado em 2017 por um grupo de lideranças empresariais,
acadêmicas e sociais com o objetivo de contribuir para a renovação da política brasileira. O Movimento Agora
é um movimento suprapartidário, ou seja, não se vincula a nenhum partido político específico, e busca
promover ações e propostas que buscam melhorar a qualidade da política e da governança no Brasil. Seu
principal foco é a promoção de lideranças políticas comprometidas com princípios como ética, transparência,
meritocracia, diálogo e inovação. Participam: Leandro Grass (Dep. Distrital), Luciano Huck.

- Livres: O Movimento Livres é um movimento político brasileiro que foi fundado em 2006 e busca promover
a defesa de princípios como a liberdade individual, a economia de mercado, a responsabilidade fiscal, a
transparência e a ética na política. O Movimento Livres é conhecido por sua atuação no campo político e pela
busca de uma renovação na política brasileira, com o objetivo de promover um ambiente mais liberal e
democrático no país.

O Movimento Livres tem como uma de suas principais características a defesa de uma agenda liberal, que
busca promover a liberdade individual, a economia de mercado, a redução do tamanho do Estado e a
responsabilidade fiscal. O movimento também busca atuar na promoção da transparência, da ética na política
e da participação cidadã como forma de aprimorar a governança pública e combater a corrupção. Participam:
Emerson Jarude (Dep. Estadual pelo MDB) e Alex Manente (Dep. Federal pelo Cidadania).

- MBL: O Movimento Brasil Livre (MBL) é um movimento político brasileiro que foi fundado em 2013 e
ganhou destaque por sua atuação em protestos e manifestações em favor do liberalismo econômico, da redução
do tamanho do Estado, da defesa da livre iniciativa, da democracia e da luta contra a corrupção. O MBL é
conhecido por sua atuação nas redes sociais e por sua presença em diversas cidades do Brasil.

O MBL tem como uma de suas principais características a defesa de uma agenda liberal, que busca promover
a economia de mercado, a redução do papel do Estado na economia, a responsabilidade fiscal, a livre iniciativa
e a promoção da competitividade. O movimento também é conhecido por sua crítica à corrupção e à falta de
transparência na política brasileira, e busca promover a renovação política, com uma postura crítica em relação
a partidos políticos tradicionais e à forma como a política é conduzida no Brasil. Participam: Kim Kataguiri,
Fernando Holiday e Arthur do Val.

- Movimento Brasil Popular: O Movimento Brasil Popular (MBP) é uma coalizão de organizações e
movimentos sociais brasileiros que se define como um espaço de articulação e mobilização em defesa de
pautas relacionadas aos direitos sociais, trabalhistas, ambientais e democráticos. O MBP é uma iniciativa que
surgiu em 2016, com a proposta de ser um contraponto a políticas consideradas conservadoras e neoliberais
no Brasil. Participam: CUT, MST, UNE, movimentos feministas, LGBT+ e negros.

- Politize: O Politize é uma organização sem fins lucrativos que foi criada em 2017, com o objetivo de
promover a educação política, cidadania ativa e participação social no Brasil. Foi fundado por um grupo de
jovens profissionais engajados em fomentar o conhecimento político e cívico entre os cidadãos brasileiros,
visando uma maior compreensão do sistema político e sua importância na sociedade. Desde então, o Politize
tem desenvolvido uma série de atividades, como a produção de conteúdo educativo, palestras, workshops e
campanhas de conscientização política, com o objetivo de contribuir para uma participação cidadã mais
informada e ativa no país.

- Renova BR: O RenovaBR é uma organização política brasileira que foi fundada em 2017, com o objetivo
de promover a renovação política no Brasil por meio do desenvolvimento de lideranças políticas
comprometidas com princípios de ética, transparência, eficiência e responsabilidade. O RenovaBR busca
selecionar, capacitar e apoiar candidatos que desejam se candidatar a cargos eletivos nas esferas legislativas
(Câmara dos Deputados, Senado Federal, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais) e executivas
(Governos Estaduais e Prefeituras) com base em seus princípios e valores.

Democracia Liberal: é um sistema político que combina elementos de democracia e liberalismo. Ela é
baseada na crença de que o governo deve ser limitado e restrito por meio de instituições democráticas e
proteções individuais, garantindo a liberdade e os direitos dos cidadãos. Na democracia liberal, o poder é
exercido pelo povo, geralmente por meio de eleições livres e justas, onde os cidadãos têm o direito de votar e
escolher seus representantes políticos. Além disso, a democracia liberal preza pela proteção dos direitos
individuais e das liberdades civis, como a liberdade de expressão, de religião, de imprensa, de associação e de
propriedade privada. Outro princípio fundamental da democracia liberal é a separação de poderes, onde os
poderes executivo, legislativo e judiciário são independentes e atuam como freios e contrapesos, evitando a
concentração excessiva de poder em um único órgão governamental.

Visão de Paulo Bonavides acerca dos partidos políticos:

Paulo Bonavides definiu partido político como um grupo social organizado que possui ideias e princípios que
inspiram suas ações e busca a tomada do poder de forma democrática, com o objetivo de promover o interesse
comum e, muitas vezes, o sentimento de conservação do poder. Essa definição enfatiza vários elementos-
chave relacionados aos partidos políticos:

Grupo social: Os partidos políticos são compostos por pessoas que compartilham interesses, valores, ideias e
objetivos políticos em comum. Eles se organizam em estruturas formais para atingir seus objetivos políticos.

Princípio de organização: Os partidos políticos têm uma estrutura organizacional, com lideranças, membros,
filiados e simpatizantes, e muitas vezes possuem estatutos, regulamentos e normas que regem seu
funcionamento.

Ideias e princípios, inspiração das ações: Os partidos políticos são orientados por ideias e princípios políticos
que guiam suas ações e propostas. Eles podem ter plataformas políticas, programas de governo ou manifestos
que descrevem suas posições e visões sobre questões políticas, econômicas e sociais.

Interesse comum de tomada do poder via democrática: Os partidos políticos buscam a tomada do poder
político de forma democrática, geralmente por meio de eleições e processos políticos legítimos. Eles
competem entre si e com outros atores políticos para alcançar posições de governo e influenciar as políticas
públicas.

Sentimento de conservação do poder: Os partidos políticos têm o objetivo de se manterem no poder ou de


obter o poder político, seja para implementar suas ideias e políticas, ou para garantir a continuidade de seu
projeto político.

Constituição Federal, art. 17: Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da
pessoa humana e observados os seguintes preceitos: I - caráter nacional; II - proibição de recebimento de
recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; III - prestação de contas
à Justiça Eleitoral; IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

Lei n. 9.096/95: Essa lei estabelece as normas para a criação, organização, funcionamento e financiamento
dos partidos políticos no Brasil. Essa lei foi promulgada em 19 de setembro de 1995 e tem sido uma referência
importante para a regulamentação dos partidos políticos no país. Alguns dos principais aspectos abordados
pela Lei 9.096/95 incluem:

Criação e registro de partidos políticos: A lei estabelece os requisitos e procedimentos para a criação e registro
de partidos políticos, incluindo a necessidade de obter um número mínimo de assinaturas de eleitores, a
elaboração de estatutos e programas partidários, e a submissão de documentação junto ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) para obtenção do registro partidário.

Organização e funcionamento dos partidos políticos: A lei estabelece as normas para a estrutura organizacional
e o funcionamento interno dos partidos políticos, incluindo a definição de órgãos internos, processos de
filiação, realização de convenções partidárias, escolha de candidatos, entre outros aspectos.

Financiamento dos partidos políticos: A lei regulamenta o financiamento dos partidos políticos, incluindo a
captação e aplicação de recursos para a manutenção e atividades partidárias, como doações de pessoas físicas
e jurídicas, recursos do Fundo Partidário (fundo público destinado aos partidos políticos), e prestação de contas
dos recursos recebidos.

Propaganda partidária: A lei estabelece as regras para a propaganda partidária no rádio e na televisão, incluindo
a sua realização em períodos específicos do ano e a distribuição equitativa de tempo entre os partidos políticos.

Fidelidade partidária: A lei trata da questão da fidelidade partidária, ou seja, a obrigação dos detentores de
mandato eletivo de permanecerem filiados ao partido político pelo qual foram eleitos durante o mandato, sob
pena de perda do mandato em caso de desfiliação partidária sem justa causa.

O período de redemocratização no Brasil, que ocorreu entre 1946 e 1964, foi marcado por uma transição
política de um regime ditatorial para um regime democrático. Esse período foi marcado pela promulgação da
Constituição de 1946, que estabeleceu um sistema político mais democrático e a garantia de direitos civis e
políticos. Após a ditadura do Estado Novo, liderada por Getúlio Vargas, que durou de 1937 a 1945, o Brasil
passou por um processo de transição política que culminou com a realização de eleições para uma Assembleia
Constituinte em 1945. Essa Assembleia foi responsável por elaborar a nova Constituição de 1946, que
estabeleceu as bases para um sistema político mais democrático no país. Durante o período de
redemocratização, foram criados vários partidos políticos, como o PTB, PSD e UDN, como mencionado
anteriormente. A Constituição de 1946 estabeleceu a separação de poderes, com a divisão dos poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário, e garantiu direitos como a liberdade de expressão, de imprensa, de
associação e de voto. As eleições foram realizadas regularmente, permitindo a participação de diferentes
partidos políticos e uma maior representatividade política. Houve também a instituição do voto secreto e
universal, o que ampliou a participação política dos cidadãos.

O AI-2 (Ato Institucional nº 2) foi um ato baixado pela ditadura militar no Brasil em 1965, como parte do
conjunto de medidas que restringiram ainda mais as liberdades civis e políticas durante o regime autoritário
que se instaurou após o golpe de 1964. O AI-2 foi promulgado em 27 de outubro de 1965 e representou um
endurecimento do regime militar, consolidando o bipartidarismo no país. Uma das principais mudanças
promovidas pelo AI-2 foi a instituição do bipartidarismo, que estabeleceu a existência de apenas dois partidos
políticos no Brasil: a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
A ARENA foi criada como partido de sustentação ao governo militar, enquanto o MDB foi a única opção de
oposição permitida pelo regime.

Os sistemas partidários são formas de organização dos partidos políticos em um determinado país ou sistema
político. Existem diferentes tipos de sistemas partidários, sendo os principais o unipartidário, o bipartidário e
o pluripartidário.

Unipartidário: No sistema unipartidário, apenas um partido político é permitido e legalmente reconhecido.


Geralmente, esse partido é o único permitido a existir e a participar das eleições. É comum em países com
regimes autoritários, como ditaduras, onde o partido único exerce um controle total sobre o sistema político,
sem a presença de oposição legalizada.

Bipartidário: No sistema bipartidário, apenas dois partidos políticos têm uma presença significativa e
dominam o sistema político de um país. Esses dois partidos são geralmente os principais competidores nas
eleições e têm a maioria dos assentos no parlamento ou no congresso. Esse tipo de sistema é comum em países
como Estados Unidos, Reino Unido e outros países com sistema de democracia presidencialista.

Pluripartidário: No sistema pluripartidário, diversos partidos políticos coexistem e competem no sistema


político de um país. Não há uma limitação legal para o número de partidos políticos e vários partidos podem
ter representação no parlamento ou no congresso. Esse tipo de sistema é comum em muitos países ao redor do
mundo, incluindo a maioria dos países democráticos, onde a pluralidade de opções políticas é valorizada e há
espaço para a diversidade de partidos políticos.

O presidencialismo de coalizão é um conceito da ciência política que se refere a um sistema político onde o
presidente, como chefe de Estado e de governo, precisa formar coalizões com diferentes partidos políticos
para obter apoio político e governar com eficácia. É um arranjo comum em sistemas presidenciais, onde o
presidente é eleito separadamente do legislativo e não depende necessariamente de uma maioria parlamentar
para governar. No presidencialismo de coalizão, o presidente pode pertencer a um partido político, mas muitas
vezes precisa negociar e estabelecer alianças com outros partidos para formar uma coalizão que lhe dê
sustentação política no legislativo. Isso ocorre porque, em muitos casos, nenhum partido político tem maioria
absoluta no legislativo para aprovar leis e políticas sem o apoio de outras agremiações.

O termo "presidencialismo de coalizão" foi cunhado pelo cientista político brasileiro Sérgio Abranches para
descrever uma característica peculiar da institucionalidade política brasileira.

“O Brasil, além de combinar a proporcionalidade, o multipartidarismo e o “presidencialismo imperial”,


organiza o Executivo com base em grandes coalizões. A esse traço peculiar da institucionalidade concreta
brasileira chamarei, à falta de melhor nome, “presidencialismo de coalisão”

Coligação, coalizão e federação são termos usados na política para descrever diferentes formas de união
entre partidos políticos em um sistema político.

Coligação: É uma aliança temporária de dois ou mais partidos políticos com o objetivo de concorrer juntos a
uma eleição. Na coligação, os partidos permanecem independentes, mas se unem para apresentar uma
candidatura conjunta em uma eleição específica, como por exemplo, eleições para presidente, governador ou
prefeito. Após a eleição, a coligação pode se dissolver, e os partidos retomam sua autonomia.

Coalizão: É uma aliança mais ampla e duradoura de dois ou mais partidos políticos que se unem para governar
um país ou uma unidade federativa, como um estado ou uma província. Na coalizão, os partidos concordam
em formar um governo conjunto, compartilhando ministérios ou pastas governamentais, e trabalhando juntos
na elaboração e implementação de políticas públicas. A coalizão é geralmente formada quando nenhum partido
político possui maioria absoluta no legislativo, e é necessária a união de diferentes partidos para garantir a
governabilidade.

Federação: É uma forma mais profunda de união entre partidos políticos, em que os partidos se unem em uma
estrutura mais integrada e permanente. A federação é uma forma de organização política em que os partidos
se unem para formar um novo partido político, com identidade própria, e com uma plataforma política e
ideológica comum. Os partidos que compõem a federação geralmente têm uma relação mais estreita e
compartilham uma visão política mais unificada do que na coligação ou coalizão.

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