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Ética, política e democracia
Ética
Ética deriva do grego ethos que significou
primeiramente morada de homens e de animais.
Outros significados vieram: costume, caráter, modo
de ser, personagem.
A ética está relacionada com o sentimento de justiça social
embora não possa ser confundida com as leis.
• Política de governo;
• Política urbana;
• Política agrária;
• Política universitária.
Motivos de desigualdades sociais e regionais do
pais:
• Desemprego;
• Déficit habitacional;
Diretas Já;
Movimento Cara-pintada;
Ditadura militar
O Regime militar foi o período da política brasileira
em que militares conduziram o país. Essa época ficou
marcada na história do Brasil através da prática de
vários Atos Institucionais que colocavam em prática
a censura, a perseguição política, a supressão de
direitos constitucionais, a falta total de democracia e
a repressão àqueles que eram contrários ao regime
militar.
A Ditadura militar no Brasil teve seu início com o
golpe militar de 31 de março de 1964, resultando no
afastamento do Presidente da República, João
Goulart, e tomando o poder o Marechal Castelo
Branco. Os militares na época justificaram o golpe,
sob a alegação de que havia uma ameaça comunista
no país.
Imediatamente após a tomada de poder pelos
militares, foi estabelecido o AI-1. Com 11 artigos, o
mesmo dava ao governo militar o poder de
modificar a constituição, anular mandatos
legislativos, interromper direitos políticos por 10
anos e demitir, colocar em disponibilidade ou
aposentar qualquer pessoa que fosse contra a
segurança do país, além de determinar eleições
indiretas para a presidência da República.
A liberdade de expressão e de organização era quase
inexistente. Partidos políticos, sindicatos,
agremiações estudantis e outras organizações
representativas da sociedade foram suprimidas ou
sofreram interferência do governo. Os meios de
comunicação e as manifestações artísticas foram
reprimidos pela censura.
Em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o
general Emílio Garrastazu Médici. Seu governo é
considerado o mais duro e repressivo do período,
conhecido como " anos de chumbo ". A repressão à
luta armada cresce e uma severa política de censura é
colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças
de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão
artística são censuradas. Muitos professores, políticos,
músicos, artistas e escritores são investigados, presos,
torturados ou exilados do país.
No dia 15 de janeiro de 1985 dava-se o fim do regime
militar com Tancredo Neves sendo escolhido por
voto indireto presidente da República . Porém
Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba
falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em
1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil.
A Constituição de 1988 apagou os rastros da
ditadura militar e estabeleceu princípios
democráticos no país.
Diretas Já
Diretas Já foi um dos movimentos de maior participação
popular, da história do Brasil. Teve início em 1983, no
governo de João Batista Figueiredo e propunha eleições
diretas para o cargo de Presidente da República.
A última eleição direta para presidente foi em 1960. A
Ditadura já estava com seus dias contados. Inflação alta,
dívida externa exorbitante, desemprego, expunham a
crise do sistema. Os militares, ainda no poder, pregavam
uma transição democrática lenta, ao passo que perdiam o
apoio da sociedade, que insatisfeita, queria o fim do
regime o mais rápido possível.
Depois de duas décadas intimidada pela repressão, o
movimento das Diretas Já ressuscitou a esperança e a
coragem da população. Além de poder eleger um
representante, a eleição direta sinalizava mudanças
também econômicas e sociais. Lideranças estudantis,
como a UNE(União Nacional dos Estudantes),
sindicatos, como a CUT (Central Única dos
Trabalhadores), intelectuais, artistas e religiosos
reforçaram o coro pelas Diretas Já.
Aos gritos de Diretas Já! mais de um milhão de pessoas
lotou a praça da Sé, na capital paulista.
No dia 25 de abril de 1984, o Congresso Nacional se
reuniu para votar a emenda que tornaria possível a
eleição direta ainda naquele ano. A população não pode
acompanhar a votação dentro do plenário. Os militares
temendo manifestações reforçaram a segurança ao redor
do Congresso Nacional. Tanques, metralhadoras e
muitos homens sinalizavam que aquela proposta não era
bem-vinda. E a mesma não foi aprovada graças a
manobras politicas de quem ia contra.
O movimento Diretas Já conseguiu, mesmo não
sendo de forma imediata, recuperar as eleições
diretas para presidente no país. Com José Sarney o
primeiro civil a ocupar o cargo dominado por
militares até então, depois uma nova Constituição
Federal foi aprovada em 1988, a qual estabelecia
finalmente o voto direto para Presidente da
República no ano de 1989, consagrando Fernando
Collor como o primeiro presidente eleito pelo povo
desde 1960.
Caras-pintadas
Ficou conhecido no Brasil inteiro, durante o início da
década de 90, o movimento dos "caras-pintadas", que
consistiu em multidões de jovens, adolescentes em
sua maioria, que saíram às ruas de todo o país com
os rostos pintados em protesto devido aos
acontecimentos dramáticos que vinham abalando o
governo do então presidente Fernando Collor de
Mello.
Pouco depois, porém, o governo no qual muitos
brasileiros colocaram suas esperanças começou a
mostrar falhas estruturais. O Plano Collor de
contenção da inflação fora um desastre completo,
causando pânico no povo, além de denúncias de
corrupção que iam surgindo por todos os lados, com
declarações contundentes vindas do próprio irmão do
presidente, envolvendo pessoas ligadas diretamente
ao presidente, em especial um personagem que ficou
muito conhecido à época: Paulo César Farias, o PC
Farias, tesoureiro da campanha eleitoral de Collor.
Os caras-pintadas saem às ruas, mas vestindo e
pintando-se de preto, em um repúdio às palavras e
atitudes de Collor.
De qualquer modo, os caras-pintadas tornara-se
ícones de um novo modo que o povo descobriu de se
fazer democracia: a deposição de seus dirigentes
incompetentes ou corruptos.
O processo que culminou com a renúncia do
presidente Fernando Collor de Mello em 29 de
dezembro de 1992.
Todo o movimento teve como base a ação do então
presidente de confiscar o saldo das poupanças
bancárias a fim de frear a inflação. Cada pessoa ficou
com apenas 50 mil cruzeiros (hoje, cerca de R$ 6 mil)
disponíveis e muita gente empobreceu da noite para
o dia. Não deu certo: a inflação continuou crescendo
e, em 1991, já passava dos 400% acumulados no ano,
quando surgiram os primeiros escândalos de
corrupção ligados a Collor.
Depoimentos do
Regime militar
https://www.youtube.com/watch?v=L-u7-mq_U48