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Social e Representação
no âmbito dos Conselhos
de Saúde
Roberto Freire
objeyiobjetivosvo
Olá, vamos junto com você realizar uma jornada para Construir reflexões
sobre determinadas relações entre democracia, participação e representação
no âmbito dos conselhos de saúde, mobilizando-os a transformá-las em prática
quotidiana de seu conselho e de sua atuação como conselheiro.
Bom estudo!
Você Promova Debates com os
conselheiros relações primordiais
entre democracia, participação e
representação;
Você Mobilize os conselheiros a
produzirem um reunião com as
entidades que eles representam no
conselhos de saúde a fim de com elas
discutir os assuntos que devem ser
debatidos na próxima reunião do
conselho;
1- Conceituando Democracia,
Participação e Representação
Embora positiva esta situação
Democracia reflete e alimenta os vários
sentidos e práticas que estruturam
Na sociedade contemporânea, poucas as diferentes concepções
ideias políticas são tão amplamente democráticas
aceitas quanto a de democracia.
http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/rubenspint
o/rubens_democracia_representativa_participativa.pdf
Em nosso atuação, que trabalha com
tal articulação, o ponto de partida
adotado é o de que as relações que
ocorrem no âmbito da participação e
da representação fazem parte do
conjunto de relações democráticas e
embora possam ser mais do que isto,
não são o seu inverso.
Prossiga
Participação social
Para isto, precisamos definir que „participação
social‟ aqui trabalhada como a participação da
sociedade organizada no processo decisório das
políticas públicas, sobretudo no que concerne à
inclusão de pautas nas agendas políticas e na
formulação e implementação de ações,
programas e políticas públicas. Esta
participação deve ocorrer por meio de canais
institucionais especialmente desenhados para
tanto e legitimados pela sociedade e pelo
Estado.
http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/parsoc.html
Participação pode ser compreendida como um
processo no qual homens e mulheres descobrem-se
como sujeitos políticos. Então, está diretamente
relacionada à consciência dos cidadãos e cidadãs,
ao exercício de cidadania, às possibilidades de
contribuir com processos de mudanças e conquistas.
http://www.dhnet.org.br/dados/cursos/dh/cc/2/participacao.htm
O movimento
Vários movimentos e contra a alta do
organizações surgiram custo de vida,
na década de 1970, em liderado
defesa da especialmente
redemocratização do pelas mulheres nas
País e de melhores periferias, com o
condições de vida apoio das
organizações
eclesiais de base;
http://www.unicef.org/brazil/sowc9pt/cap2-dest2.htm
23
Reflita:...
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/Cap_8-10.pdf
Surge na década de
1980 nova A categoria central não é
modalidade de mais “comunidade”, nem
participação “povo”, mas a
“sociedade
A participação da
sociedade
organizada deu-se
em todos os níveis
na luta por liberdade
e democracia.
http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/parsoc.html
Participação Social
direitos
No início dos anos de
1980, se intensificava a
luta pela
redemocratização do
País, no Estado de São
Paulo ocorria
simultaneamente um
movimento pela abertura
da Administração
Estadual à pressão de
novas forças sociais
ttp://www.bibliotecafeminista.org.br/index.php?option=com_remository&Itemid=56&func=fileinfo&id=251
Dentre eles, destaca-se a
grande mobilização pelas
“Diretas Já” e na mobilização
O processo de social dos diversos segmentos
abertura abriu da sociedade civil organizada
espaço para uma por inclusão, ampliação e
diversidade de universalização dos direitos no
interesses e de processo Constituinte.
projetos
colocados na
arena social e
Isto gerou conquistas e
política.
uma delas foi a criação,
em 1983, do primeiro
conselho da condição
feminina, no âmbito
estadual, em São Paulo
que estimulou a
criação de órgãos
similares em todo o
País, inclusive no
âmbito nacional.
Como eram os conselhos?
Autor/a desconhecido
31
Destaque os principais pontos do que você acabou
de ler, anote os documentos apontados e se possível,
conheça esses documentos na íntegra. Faça
anotações e guarde com você.
32
O Movimento pela
Reforma Sanitária
Brasileira
Foi Organizado solidamente desde
meados dos anos 70
http://www.cocsite.coc.fiocruz.br/areas/dad/guia_acervo/arq_pes
soal/conferencia_nacional.htm
35
A 8a Conferência Nacional de Saúde
Seus Princípios
a integração orgânico-institucional;
a redefinição dos papéis institucionais das unidades
políticas na prestação de serviços de saúde; e
o financiamento do setor saúde.
38
E qual a principal
conquista da
Conferência?
A elaboração de um projeto de reforma
Sanitária defendendo a criação de um
sistema único de saúde que centralizasse
as politicas governamentais para o setor,
desvinculadas da previdência social e, ao
mesmo tempo, regionalizasse o
gerenciamento da prestação de serviços,
privilegiando o setor público e
universalizando o atendimento.
Além disso, afirmava-se um
conceito ampliado de saúde
como: “resultante das
condições de alimentação,
habitação, educação, renda,
meio ambiente, trabalho,
transporte, emprego, lazer,
liberdade, acesso e posse da
terra e acesso a serviços de
saúde”.
Dois anos depois... 1988...
A Assembleia Nacional Constituinte
aprovou a Constituição Brasileira. Pela
primeira vez, foi incluída uma seção sobre
saúde com os conceitos da VIII
Conferência de Saúde. Então, podemos
dizer que, na essência, a Constituição
adotou a proposta da reforma sanitária e
do SUS.
Fique atento a este fato
http://www.amperj.org.br/store/legislacao/constituicao/crfb.pdf
42
Se você pensou assim também, acertou!
De fato, de todas as Constituições brasileiras, a Carta de
1988 foi a que mais assegurou a participação popular
em seu processo de elaboração.
A Constituição de 88 delega responsabilidade à
sociedade no que se refere às decisões sobre as políticas
públicas;
Condições primordiais para a construção de uma nova
esfera pública o princípio da descentralização político
administrativa e da participação popular;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm
43
Essa nova esfera pública exige que a gestão
pública permita à sociedade organizada
intervir nas políticas públicas, interagindo
com o Estado para a definição de prioridades
e na elaboração dos planos de ação
municipais, estaduais ou federal.
http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/
modulo_politico_gestor/Unidade_7.pdf
É justamente por isto que a
democratização exige a
criação de novas instituições
políticas, que viabilizem a
participação dos segmentos
tradicionalmente excluídos
no processo decisório!
Contudo, o desenvolvimento e a ampliação da
participação social nas sociedades contemporâneas
mostram a impossibilidade de todos os que desejam
participar estejam diretamente presentes no processo
decisório. Defender isto seria pressupor que cada
decisão teria que ser discutida por uma quantidade tão
grande de cidadãos que, no limite, pode chegar à casa
dos milhões, o que, obviamente, inviabilizaria qualquer
processo decisório.
participação-representação
É por isto que as propostas de democracia
participativa, mesmo trabalhando com
a ideia da participação de cada cidadão no
processo decisório, carecem de uma
organização destes cidadãos que viabilize a
concentração de suas demandas em
representantes por eles considerados
legitimados para participar ativamente do
processo decisório. Introduz-se, assim, a
articulação participação-representação no
próprio seio das propostas participativas.
Representação Política
Prossiga
PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL, que exatamente significa ?
Prossiga
Participação Popular Controle social
A participação popular pode ser
O controle social é uma
traduzida como a atuação do povo,
ferramenta que a população tem
enquanto indivíduo ou sociedade
para controlar as decisões dos
organizada (ONG, sindicato, grupo de
moradores, entre outros), em alguma
gestores, de acordo com as
http://www.dhnet.org.br/dados/cursos/dh/cc/2/participacao.htm
Vamos pontuar alguns dados
importantes deste período da
história...
Conselhos de
Saúde
Ouvidorias mecanismos
(nacional,
estaduais e
municipais)
Conferencias de Saúde
(Nacional, Estaduais, municipais)
Exemplos
Orçamento
Público!
Transparência!
http://conselho.saude.gov.br/biblioteca/livros/diretrizes_mio
lo.pdf
65
A discussão do Controle Social na
Sociedade Brasileira, a partir da última
década, ganha uma dimensão relevante
porque com ela estamos discutindo a
relação Estado e Sociedade.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes
/participacao_social_olhar_gestao_municipa
l.pdf
Que controle social tem movido
as decisões da política?
REFLEXÕES
Como vem sendo exercido esse
controle?
Prossiga
Os Conselhos são instâncias deliberativas do
Sistema Descentralizado e Participativo,
constituídos em cada esfera de governo com
caráter permanente e composição paritária, isto é,
igual número de representantes do governo e da
Sociedade Civil.
Os Conselhos são órgãos colegiados de
caráter permanente e deliberativo com
funções de formular estratégias, controlar
e fiscalizar a execução das políticas
públicas, inclusive nos aspectos
econômicos e financeiros.
O OBJETIVO DOS CONSELHOS É
O CONTROLE SOCIAL DA
GESTÃO PÚBLICA PARA UM
MELHOR ATENDIMENTO À
POPULAÇÃO.
Prossiga
OS CONSELHOS EXISTEM NAS
TRÊS ESFERAS DE GOVERNO
Esfera Federal
Temos Conselhos Setoriais das Políticas Públicas (Saúde,
Educação, Assistência Social, entre outras) e Conselhos de Direitos
com seus respectivos Fundos implementados.
Esfera Estadual
Os Conselhos Estaduais de Políticas Públicas (saúde, educação e
Assistência Social entre outras) estão funcionando em todas as 27
(vinte e sete) unidades federadas com Fundos implementados.
Esfera Municipal
Na maioria dos municípios estes Conselhos também estão criados
Funcionamento dos conselhos
Para que o Conselho funcione
adequadamente, algumas condições são
necessárias:
paridade - quali-quantitativa;
funcionamento regular
representatividade e capacidade de mobilização
social para que a deliberação se concretize
capacidade de articulação
respeitabilidade:
- seja reconhecido pela sociedade como órgão de
defesa do interesse público
- não seja visto pelo poder público como órgão
para referendar iniciativas governamentais e
cumprir exigência legal no repasse dos recursos
A EFICÁCIA DE UM CONSELHO É MEDIDA:
pelo conhecimento
administrativa.
da máquina
participação do orçamento.
formulação
deliberações.
de propostas e
capacidade de articulação e de
mobilização social.
O EXERCÍCIO DO CONTROLE
SOCIAL EXIGE:
Socialização de Informações.
Acompanhamento e Fiscalização das Ações Governamentais.
Controle do Orçamento Público
Fiscalização dos Fundos Públicos.
Avaliação do desempenho das Políticas Públicas.
Realização de Reuniões Abertas
Realização de audiências, assembleias e fóruns para ampliar a
participação da sociedade no controle das Políticas Públicas.
4- Democracia, Participação e
Representação no Setor Saúde
Prossiga
O ano de 2013 constitui-se em importante marco
para a recente democratização brasileira: em
outubro, a Constituição Federal promulgada em
1988, que estabeleceu a saúde como direito de
todos e dever do Estado, completa 25 anos sem
nenhuma intervenção autoritária, fato inédito na
história do País. Por seu turno, as Leis 8080 e
8142, que organizam o funcionamento do
Sistema Único de Saúde (SUS) previsto na Carta
Magna, completaram, em setembro e dezembro,
23 anos.
Tal situação é resultante direta das lutas contra
a ditadura militar (1964-1985) e dos embates
pela hegemonia na condução do processo de
redemocratização protagonizados pelo
Movimento pela Reforma Sanitária (MRS), que
compreendia como indissociáveis as lutas
contra a ditadura, pela redemocratização, pela
participação social e pela garantia da saúde
como direito do cidadão e dever do Estado.
http://www.armazemmemoria.com.br/cdroms/producao
cdrom/03/00ArmazemMemoria/Tema/00item.html
O auge deste processo foi a realização, em 1986, da
8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), cujo
Relatório Final propunha a criação de um sistema de
saúde universal, público e gratuito, que teria na
participação, um de seus princípios.
Prossiga
Ao mesmo tempo que os conselhos
ampliam a participação de novos atores
no processo decisório, são uma das
instituições em que os interesses
destes vão competir com os dos demais
atores políticos.
Os resultados destas competições,
ao menos em tese, tornam-se os
interesses dos Conselhos, que vão
disputar sua satisfação com os
interesses das demais instituições
que participam do processo
decisório.
Esta característica configura-se em uma dupla
CONSELHOS DE SAÚDE
CONFERÊNCIAS DE SAÚDE
CONTROLE SOCIAL
Prossiga
CONTROLE SOCIAL
Consolidação do SUS
Prossiga
É neste contexto político que se pode
compreender que os(as) Conselheiros(as) de
Saúde são representantes da sociedade.
Esta representação, dependendo da regra
de elegibilidade de cada conselho, pode ser
de entidades ou de grupos populacionais.
representados? Conselhos?
MÃOS A OBRA!
Guarde com você este texto. Mais tarde poderá precisar dele para melhorá-lo,
revisá-lo. É assim que se constrói verdadeiramente conhecimentos.
Exerça sua cidadania, divulgue
estas informações e continue
construindo seus
conhecimentos cada dia mais e
conte com a nossa parceria
Sugestão leitura
http://www.bibliotecafeminista.org.br/index.php?option=com_remository&Itemid=56&fun
c=startdown&id=265.
Articulando a luta feminista nas políticas públicas. Desafios para a ação do movimento
na implementação das políticas
http://www.bibliotecafeminista.org.br/index.php?option=com_remository&Itemid=53&func=fileinfo&id
=98
http://www.aracati.org.br/portal/pdfs/04_Fala%20Ai/novo/fala_ai_caderno_03_controle_social.p
df
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/area.cfm?id_area=1036
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/controle/index.php
http://www.portaltransparencia.gov.br/controleSocial/
http://www.infojovem.org.br/infopedia/tematicas/participacao/participacao-social/
http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/consoc.html
http://www.armazemmemoria.com.br/cdroms/producaocdrom/03/00ArmazemMemori
a/Tema/00item.html - apresenta um conjunto de informações sobre o processo da
Reforma Sanitária e a participação social no SUS.
Sugestão leitura
SOUZA, Rodriane de Oliveira. Participação e controle social.
In SALES, Mione Apolinário;
MATOS, Maurílio Castro e LEAL, Maria Cristina (org.). Política
Social, Família e Juventude: uma questão de direitos. São
Paulo: Cortez, 2004, p. 167-187.
SOUZA, Maria Luiza. Desenvolvimento de comunidade e
participação. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 1991.
MARX, Karl e ENGELS, Friedrich, A ideologia alemã
(Feuerbach). São Paulo: Hucitec, 1996.
“Participação Social no SUS: o Olhar da Gestão Municipal
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/participacao_soc
ial_olhar_gestao_municipal.pdf
Sugestão de leitura:
Apostila Curso de Formação de Conselheiros em Direitos
Humanos - Abril – Julho/2006- Realização: Ágere
Cooperação em Advocacy - Apoio: Secretaria Especial
dos Direitos Humanos/PR link :
http://docs.google.com/fileview?id=1FfLgZKG77bHvIA4FdNHtwa9hTD3zKlMlW
AHo-E1bMVDQ6HPhfXUiYsyEQ9l4&hl=pt_BR
Eu me comprometo! http://vimeo.com/62308222