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INSTITUTO DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Licenciatura em Ciência Politica e Relações Internacional

Opinião Pública

Derroteia Quipi Bequene

Tete, Maio de 2022


Índice
I. Introdução................................................................................................................................. 3
1. Opinião Pública ........................................................................................................................ 4
1.1. O conceito de opinião pública........................................................................................... 4
1.2. Distinguir opinião da opinião pública ............................................................................... 4
1.3. Distinguir a corrente Sociológica de voto da Corrente Psicossociologia de voto ......... 5
1.3.1. A corrente Sociológica de voto ................................................................................. 5
1.3.2. A Corrente Psicossociológica de voto ....................................................................... 6
II. Conclusão ............................................................................................................................. 8
III. Referências bibliográficas .................................................................................................... 9

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I. Introdução
No presente trabalho, aborda-se Opinião Pública. A opinião pública é o somatório das opiniões
pessoais de todos, quase todos, da maioria ou da minoria dos cidadãos que compõem uma
sociedade. Assim, opinião pública é o que dizem, pensam e leva a agir (ou, não) conjuntos de
pessoas nesta, nessa ou naquela determinada Sociedade. A grosso modo, temos “opinião pública”
de um grupo de pessoas (como o de determinados profissionais), de uma rua, de um quarteirão, de
uma quadra, de um bairro, de uma cidade, de uma zona metropolitana, de uma zona rural, de um
estado, de uma região, de um país, de um continente e do mundo.

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1. Opinião Pública
1.1. O conceito de opinião pública
A opinião pública, por sua vez, pode ser entendida como a convergência de opiniões do maior
número de pessoas de uma colectividade, de tal modo que formam um sentimento comum e
dominante e passam a exercer uma pressão difusa. Não se trata, por tanto, de uma concordância na
confirmação dos factos, mas de um juízo de ordem coercitiva que se manifesta sobre estes factos.
Na democracia, a opinião pública é a força política em que se baseia a autoridade e legitimidade
de origem e exercício do poder político, por um lado, por outro, é uma forma de controle vertical
(de baixo para cima) desse pode.
1.2. Distinguir opinião da opinião pública
A opinião nesse sentido corresponde a um tipo de acção efectiva que, embora possa ser justificada
e conter uma preposição verdadeira, se trata, na realidade de um sentimento ou um estado de cUma
opinião contém um juízo que se manifesta numa atitude, ou seja, uma disposição permanente,
mental e física, de reagir de determinado modo diante de uma situação determinada. A opinião
implica sempre uma atitude, mas para que seja opinião pública, além de opinião, deve ser pública
onsciência, bastante subjectivo e carregado de valor.
É opinião enquanto manifesta sempre uma atitude, um juízo de valor, uma avaliação sobre questões
políticas, implicando sempre um processo não necessariamente racional segundo os grupos sociais
que intervêm em sua formulação, promulgação e aceitação, dependendo, assim, tanto do objecto
de que trata a opinião como do grupo que o sustenta. É pública enquanto se exterioriza, enquanto
se reveste de carácter objectivo, tornando se perceptível para a observação. Em relação com seu
objecto, seu carácter público provém de sua conexão com o político, com o social, sendo por
essência um fenómeno sociocultural.
A opinião pública, por sua vez, pode ser entendida como a convergência de opiniões do maior
número de pessoas de uma colectividade, de tal modo que formam um sentimento comum e
dominante e passam a exercer uma pressão difusa. Não se trata, por tanto, de uma concordância na
confirmação dos factos, mas de um juízo de ordem coercitiva que se manifesta sobre estes factos.
Na democracia, a opinião pública é a força política em que se baseia a autoridade e legitimidade
de origem e exercício do poder político, por um lado, por outro, é uma forma de controle vertical
(de baixo para cima) desse pode.

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A opinião pública pode também ser considerada como uma força política não organizada, que pode
actuar como protagonista da dinâmica política, como os partidos políticos e os grupos de pressão.
Estes, como forças orgânicas, contribuem para o processo de formação da opinião pública, e
actuam também em função dela, num processo dialéctico.
A opinião pública pode ser considerada um estado de consciência colectiva sobre questões de
interesse público, que se caracteriza por não se identificar com um grupo humano determinando,
mas formar um conjunto inorgânico e não institucionalizado.
A opinião pública exterioriza e expressa um consenso generalizado acerca de questões de interesse
geral, não necessariamente políticas (caso da tragédia de Chitima que vitimou quase uma centena
de pessoas após consumo de álcool de fabrico caseiro, gerou uma opinião pública sobre as causas
da morte). No entanto, os factos nos quais recai a atenção da opinião pública, são os de natureza
política. A opinião pública surge contra alguma resistência e implica sempre uma opção e uma
tomada de posição, uma atitude de aceitação ou repúdio.
Não se pode dizer que a opinião pública tenha um carácter racional ou irracional, pois na realidade
apresenta componentes dos dois. Ela se realiza através da actividade intelectual, mas devido a sua
natureza controversa e sujeita a avaliações, existem em sua formação factores sentimentais e
emocionais. Apresenta um carácter de opinião qualificada, o que a faz não se identificar com a
maioria, mas como o resultado de um processo que ocorre nas camadas sociais com algum acesso
a informação. A opinião pública apresenta grande mobilidade, varia enormemente com mudanças
na situação e está sujeita a estímulos externos como educação, propaganda, informação e acção das
forças políticas organizadas.
1.3. Distinguir a corrente Sociológica de voto da Corrente Psicossociologia de voto
1.3.1. A corrente Sociológica de voto
A corrente Sociológica coloca como centrais na explicação do comportamento eleitoral os
contextos sociais e políticos e a interacção social nos quais o indivíduo está inserido, levando em
conta em suas análises factores como: ocupação, região de residência (urbana ou rural), situação
económica e social (classe trabalhadora, burguesia), religião, sexo, idade, escolaridade, entre
outros. Nessa perspectiva, seria necessário analisar a natureza das relações, a inserção dos
indivíduos em grupos sociais, bem como o interesse de classe desses grupos.
O modelo sociológico de comportamento eleitoral foi, inicialmente, apresentado em três trabalhos
essenciais: The People’s Choice (Lazarsfeld, Berelson, & Gaudet, 1944); Voting (Berelson,
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Lazarsfeld, & McPhee, 1954) e Personal Influence (Katz & Lazarsfeld, 1955) desenvolvidos na
Universidade de Columbia (EUA). A pesquisa de painel conduzida por Lazarsfeld et al (1944)
entrevistou sete vezes, ao longo de sete meses, cerca de 600 eleitores que foram então segmentados
em três grupos: aqueles que decidiram seu voto antes do começo da campanha, aqueles cuja decisão
foi tomada durante as convenções partidárias e os que tomaram sua decisão já em um estágio
avançado das campanhas. Os resultados sugeriram que o efeito da exposição às mídias na decisão
eleitoral é mínimo; decisivo e significante mesmo na explicação do voto é o grupo social do qual
os eleitores fazem parte.
Ou, grande parte dos eleitores apresentava uma predisposição política ou partidária ancorada em
sua identidade social, uma pré-disposição que seria imune aos investimentos e mensagens das
campanhas, por um lado, por outro, a associação entre o comportamento eleitoral e os grupos
sociais aos quais pertenciam os indivíduos era tão forte que seria possível explicar as escolhas
eleitorais utilizando apenas status socioeconómico, religião e área de residência. Enquanto algumas
características socioeconómicas, como classe, tornaram-se menos importante ao longo do tempo,
seria impossível compreender as eleições sem olhar para a região, religião e etnia como importantes
determinantes do comportamento eleitoral.
1.3.2. A Corrente Psicossociológica de voto
Esta corrente centra na crença de que o comportamento eleitoral dos indivíduos é definido pelos
valores e motivações psicológicas que estes carregam consigo. Entender o comportamento dos
eleitores nessa perspectiva psicossociológica é entender a mente do indivíduo, e nesse sentido,
elementos como socialização, educação, valores adquiridos no âmbito familiar, entre outros,
influenciarão a maneira do indivíduo pensar e, consequentemente, a sua decisão de voto.
Segundo Veiga (2001), a corrente Psicossociológica assume que, conforme defende a teoria
Sociológica, as características socioeconómicas influenciam sim o comportamento eleitoral, mas
se propõe a sanar as limitações impostas por essa primeira teoria (Sociológica), chamando a
atenção para a fragilidade dessa corrente em explicar porque em determinados momentos os
indivíduos acabam por contrariar o que seria esperado deles em função de seu meio e destacando
que a análise puramente externa tende também a negligenciar o raciocínio desenvolvido pelo
indivíduo em uma tomada de decisão.

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Segundo Figueiredo (1988 apud Santos, 2008), Campbell elaborou uma ideia na qual o voto iria
para o partido ou candidato que melhor estivesse alinhado com valores do eleitor, e a existência de
um pensamento linear por parte dos eleitores permitiria a possibilidade de se prever a direcção do
voto. Contudo, em estudos realizados na mesma época, Converse (1964), aponta que seriam poucos
aqueles que agem através de um pensamento linear, com alto grau de adesão política e forte
identificação partidária. A maior parcela do eleitorado seria composta pelos eleitores com baixo
envolvimento político e com pouco interesse por essas questões.
A corrente psicossociologia propõe uma abordagem baseada na atitude política dos cidadãos e em
sua estruturação ideológica. A estruturação ideológica é entendida como a relação que o eleitor faz
entre as opiniões sobre diversas questões em discussão na arena política e a decisão de voto.

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II. Conclusão
No final do trabalho, concluiu-se que Opinião pública é a expressão da participação popular na
criação, controle, execução e crítica das diretrizes de uma sociedade. É também designada
por senso comum, em que se inserem as ideias consideradas corretas pela maior parte da sociedade,
que seguem um padrão ético-moral que é subjetivo segundo a sua cultura, condições sociais e, em
alguns casos, sua religião. Quando se diz, por exemplo: "A opinião pública está pressionando o
governo", significa que a sociedade civil, geralmente através da comunicação social, expressa uma
posição de pressão ao governo. É, portanto, o comportamento que a maioria de uma sociedade
toma em relação a algum assunto

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III. Referências bibliográficas
Manual de Ciência política e relações internacionais. (S.d). Opinião pública e comportamento
político

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