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SOCIOLOGIA

Unidade 1 – Comportamento coletivo e movimentos sociais

Meio ambiente e cidadania


O comportamento coletivo
Os movimentos sociais
Alguns tipos de movimentos sociais

Unidade 2 – A mudança social

Conceito e natureza da mudança social


A mudança social e a mudança cultural
A evolução social

Unidade 3 – Novas perspectivas sociológicas nas relações pessoais

Modernidade líquida e fluidez das relações sociais


Transformação da intimidade

Unidade 1 – Comportamento coletivo e movimentos sociais


Meio ambiente e cidadania

O meio ambiente de um ser vivo é representado por tudo aquilo que o


rodeia e influi sobre ele. É constituído por fatores bióticos e fatores abióticos. Os
fatores bióticos são os outros seres vivos com quem compartilha o meio
ambiente, tanto da mesma espécie como de outras espécies. Os fatores
abióticos são os fatores do ambiente físico que influem sobre o ser vivo: a
temperatura, a umidade, o relevo do terreno etc.

https://www.pensamentoverde.com.br/sustentabilidade/plataforma-digital-aproxima-documentarios-sobre-
meio-ambiente-da-populacao-em-geral/

Na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente celebrada em


Estocolmo, em 1972, definiu-se o meio ambiente da seguinte forma: “O meio
ambiente é o conjunto de componentes físicos, químicos, biológicos e sociais
capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto ou longo,
sobre os seres vivos e as atividades humanas.”
O termo cidadania tem origem etimológica no latim civitas, que significa
"cidade". Estabelece um estatuto de pertencimento de um indivíduo a uma
comunidade politicamente articulada – um país – e que lhe atribui um conjunto
de direitos e obrigações, sob vigência de uma Constituição. Ao contrário
dos direitos humanos, que tendem à universalidade dos direitos do ser
humano na sua dignidade, a cidadania moderna, embora influenciada por
aquelas concepções mais antigas, possui um caráter próprio e possui duas
categorias: formal e substantiva.
https://matheusaraujoadv.jusbrasil.com.br/artigos/663182102/resumo-expandido-analise-historica-da-
cidadania-e-seus-avancos

No Brasil, o debate e a participação se fortalecem amparados por uma


ampla legislação ambiental e pela gradativa tomada de consciência de parcelas
da população sobre a importância da preservação da natureza.
A ação social em torno da defesa e da proteção ambiental vem
consolidando a participação do cidadão como agente social ativo portador de
direitos e deveres. Essa ação se manifesta pela manutenção e pelo exercício de
um direito ambiental recém-conquistado e considerado como básico à pessoa
humana.
Essa ação da cidadania busca desfrutar e consolidar os direitos
ambientais assegurados na Constituição de 1988, além de torná-los efetivos no
cotidiano das pessoas e de sensibilizar o Estado para essa nova realidade de
articulação com a Sociedade Civil.

O comportamento coletivo

As pessoas, de modo geral, se comportam no cotidiano de forma


padronizada, com base no processo de socialização no qual elas aprenderam
como deve ser a interação entre os indivíduos em uma determinada sociedade.
São formadas as filas em um banco, em um cinema ou em um supermercado. O
sinal verde no trânsito indica que podemos seguir em frente com nosso carro.
https://www.psicolanda.com.br/grupos-sociais/

Nossa conduta é governada por normas sociais aprendidas ao longo do


processo de socialização. Porém, dentro dessa normalidade, surgem muitas
situações na vida social que não são estruturadas ou o são de forma imprecisa.
A ação coletiva não é sempre organizada, mas deve conseguir despertar
o interesse de um número relativamente grande de pessoas. Comportamento
coletivo significa comportamentos relativamente espontâneos e não
estruturados, realizados por um grande número de indivíduos, que reagem a um
determinado evento, problema ou situação.
As formas mais comuns de comportamento coletivo são: multidões,
tumultos, pânicos, motins, comportamentos desastrosos, boatos, histeria
coletiva e febres de moda. Alguns desses tipos de comportamento – multidões,
tumultos e comportamentos desastrosos – envolvem pessoas que geralmente
se encontram na presença de outras e que, de alguma forma, estão interagindo.
São as chamadas coletividades localizadas. Outras formas de comportamento
coletivo – rumores, histeria coletiva, pânicos morais e febres de moda –
envolvem pessoas que não necessariamente se encontram na presença de
outras. Podem estar até em países diferentes. Contudo, compartilham certas
crenças e interesses. Alguns exemplos de comportamento coletivo são: uma
multidão que torce para um time durante um jogo de futebol, um grupo de
pessoas que se agrega para assistir a um discurso público ou o interesse coletivo
de pessoas por um produto recém-lançado.
Uma multidão é um grande número de pessoas que se junta e que reage
simultaneamente a um evento ou fenômeno. Por exemplo, uma multidão pode
se juntar para assistir a uma passeata. Há várias teorias sobre o comportamento
de multidões.

https://www.blogsoestado.com/zecasoares/2012/12/30/show-da-virada-leva-mais-de-100-mil-a-
lagoa/multidao/

Um tumulto é uma eclosão de violência, relativamente espontânea, que


envolve um grande número de pessoas. Houve tumultos no Brasil após a seleção
de futebol ter sido derrotada pela Alemanha por 7 a 1 na Copa de 2014. Multidões
queimaram ônibus e cometeram atos de vandalismo em várias cidades do país.
O comportamento frente aos desastres significa a forma como as pessoas
se comportam durante e após um desastre. Por exemplo, após um desastre
natural, muitas pessoas podem ir às ruas para auxiliar as vítimas.
Rumores, histeria em massa e pânicos morais costumam ser causadas
por crenças e percepções falsas e pela distorção da verdade. Um rumor é uma
história baseada em fontes não confiáveis, que é transmitida de uma pessoa a
outra. Na maioria dos casos, um rumor é uma mentira ou, no mínimo, um
exagero. Fofocas são rumores a respeito de certos indivíduos e geralmente
dizem respeito à sua vida pessoal. As celebridades costumam ser as maiores
vítimas de rumores e fofocas.
https://www.areavip.com.br/famosos/fofocas-do-dia/

Histeria coletiva refere-se ao medo intenso e generalizado a respeito de


um falso perigo. Vale notar que tal fenômeno é raro.
Em Sociologia, pânico moral é um conceito semelhante ao de histeria em
massa. Pânico moral significa ansiedade generalizada sobre uma suposta
ameaça à ordem moral, que é falsa ou exagerada. Tal fenômeno ocorre quando
um grande número de pessoas acredita que há um grande mal ameaçando o
bem-estar da sociedade. Esse temor costuma ser infundamentado ou
exagerado: as pessoas reagem de forma desproporcional a algum perigo ou
problema. Por exemplo, na década de 1960, havia preocupação nos Estados
Unidos de que a música rock levaria à perda da moralidade e à promiscuidade.
Um modismo é uma atividade relativamente insignificante ou um produto
que se torna popular por um certo período de tempo. Já uma mania é uma
atividade temporária que atrai o entusiasmo obsessivo por parte de um grupo
relativamente pequeno de pessoas.

Os movimentos sociais

Um movimento social caracteriza-se como um agrupamento de indivíduos


envolvidos em um esforço organizado para promover ou resistir a mudanças na
sociedade ou no grupo do qual fazem parte.
Em linhas gerais, o conceito de movimento social se refere à ação coletiva
de um grupo organizado que objetiva alcançar mudanças sociais por meio do
embate político, conforme seus valores e ideologias dentro de uma determinada
sociedade e de um contexto específicos, permeados por tensões sociais.
Podem objetivar a mudança, a transição ou mesmo a revolução de uma
realidade hostil a certo grupo ou classe social. Seja a luta por um algum ideal,
seja pelo questionamento de uma determinada realidade que se caracterize
como algo impeditivo da realização dos anseios deste movimento, este último
constrói uma identidade para a luta e defesa de seus interesses.

https://jornalggn.com.br/movimentos-sociais/movimentos-sociais-mobilizam-se-por-direitos-e-pela-
democracia/

Os movimentos sociais diferem de outras formas elementares de


comportamento coletivo, como as “turbas”, porque são organizados e têm um
período de vida mais longo. Turba é uma massa de indivíduos que depredam
trens por causa de atrasos, incendeiam coletivos, invadem armazéns em bandos
para saquear comida ou promovem o linchamento de um bandido.
Torna-se porta-voz de um grupo de pessoas que se encontra numa
mesma situação, seja social, econômica, política, religiosa, entre outras.
Gianfranco Pasquino em sua contribuição ao Dicionário de Política (2004)
organizado por ele e por Norberto Bobbio e Nicolau Mateucci, afirma que os
movimentos sociais constituem tentativas – pautadas em valores comuns
àqueles que compõem o grupo – de definir formas de ação social para se
alcançar determinados resultados.
https://geovest.wordpress.com/2013/01/20/os-fracassos-dos-movimentos-sociais-contemporaneos-o-
movimento-occupy/

Por outro lado, conforme aponta Alain Touraine, Em defesa da


Sociologia (1976), para se compreender os movimentos sociais, mais do que
pensar em valores e crenças comuns para a ação social coletiva, seria
necessário considerar as estruturas sociais nas quais os movimentos se
manifestam. Cada sociedade ou estrutura social teria como cenário um contexto
histórico (ou historicidades) no qual, assim como também apontava Karl Marx,
estaria posto um conflito entre classes, terreno das relações sociais, a depender
dos modelos culturais, políticos e sociais.
Assim, os movimentos sociais fariam explodir os conflitos já postos pela
estrutura social geradora por si só da contradição entre as classes, sendo uma
ferramenta fundamental para a ação com fins de intervenção e mudança daquela
mesma estrutura.

https://www.fup.org.br/ultimas-noticias/item/24360-movimentos-sociais-protestam-nesta-quinta-contra-
queimadas-na-amazonia
Dessa forma, para além das instituições democráticas como os partidos,
as eleições e o parlamento, a existência dos movimentos sociais é de
fundamental importância para a sociedade civil enquanto meio de manifestação
e reivindicação. Podemos citar como alguns exemplos de movimentos o da
causa operária, o movimento negro (contra racismo e segregação racial), o
movimento estudantil, o movimento de trabalhadores do campo, movimento
feminista, movimentos ambientalistas, da luta contra a homofobia, separatistas,
movimentos marxista, socialista, comunista, entre outros. Alguns destes
movimentos possuem atuação centralizada em algumas regiões (como no caso
de movimentos separatistas na Europa).
Outros, porém, com a expansão do processo de globalização (tanto do
ponto de vista econômico como cultural) e disseminação de meios de
comunicação e veiculação da informação, rompem fronteiras geográficas em
razão da natureza de suas causas, ganhando adeptos por todo o mundo, a
exemplo do Greenpeace, movimento ambientalista de forte atuação
internacional.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Greenpeace

A existência de um movimento social requer uma organização muito bem


desenvolvida, o que demanda a mobilização de recursos e pessoas muito
engajadas. Os movimentos sociais não se limitam a manifestações públicas
esporádicas, mas trata-se de organizações que sistematicamente atuam para
alcançar seus objetivos políticos, o que significa haver uma luta constante e em
longo prazo dependendo da natureza da causa. Em outras palavras, os
movimentos sociais possuem uma ação organizada de caráter permanente por
uma determinada bandeira.

https://coracaofilosofante.files.wordpress.com/2015/10/movimento-2.jpg

De modo geral, os movimentos sociais têm como característica comum o


fato de possuírem clareza de objetivos, programas visando atingir esses
objetivos e uma ideologia. Hoje, há uma tendência à globalização dos
movimentos sociais em função das facilidades propiciadas pelas novas
tecnologias, tecnologias essas que facilitam a mobilização e multiplicam a
capacidade de intervenção.

Alguns tipos de movimentos sociais

O movimento social caracteriza-se como uma coletividade de indivíduos


envolvidos em um esforço organizado para promover ou resistir a mudanças na
sociedade. A característica principal dos movimentos sociais é que eles são
organizados e têm um período de vida mais longo.
https://www.brasildefato.com.br/2019/06/26/entidades-criam-comite-permanente-em-defesa-dos-movimentos-
sociais/

Tais movimentos possuem alguns princípios comuns que são: identidade,


oposição e totalidade. São tipos de movimentos sociais: o conservador, o
reformista e o revolucionário.
O movimento conservador procurará manter o status quo, ou seja, uma
sociedade sem mudanças. O movimento reformista procurará fazer mudanças
em alguns aspectos da sociedade. Quanto ao movimento revolucionário, este
buscará a modificação radical da estrutura social.

https://conexaopolitica.com.br/ultimas/movimento-brasil-conservador-volta-a-av-paulista-e-a-praia-de-
copacabana-hoje/

Movimento conservador é aquele que tenta preservar a sociedade de


mudanças. Os indivíduos que apoiam esse tipo de movimento pretendem manter
a sociedade sem alterações. Esse movimento também é conhecido com
movimento reacionário.
Os indivíduos envolvidos em um movimento conservador veem os
problemas da sociedade tendo como referência os valores de um passado que
é tido como ideal e buscam uma volta ao que eles julgam terem sido tempos
melhores.
A Marcha da família com Deus pela Liberdade, em 1964, foi um
movimento conservador organizado para resistir às reformas propostas pelo
governo de João Goulart.

http://prgilsonmedeiros.blogspot.com/2007/11/movimento-reformista-de-1914.html

Movimento reformista é aquele que procura modificar alguns aspectos da


sociedade sem transformá-la completamente. É o tipo de movimento mais
comum. Inclusos nessa classificação estão os mais diversos movimentos
existentes hoje na sociedade, como: o ecológico, o dos sem-terra, o dos sem-
teto, o feminista, etc.
Há movimentos reformistas bastante radicais e que levam às últimas
consequências suas reivindicações, chegando mesmo a constituir movimentos
armados e organizando levantes e insurreições. É importante destacar esse
aspecto, pois o que caracteriza um movimento é o conteúdo de suas propostas
em relação à sociedade ou ao grupo social e não o seu meio de lutar para atingir
os objetivos propostos.
A guerra paulista de 1932, de São Paulo contra o resto do Brasil, foi
organizada e dirigida pelo Movimento Constitucionalista, durou três meses e
causou muitas baixas em ambos os lados. No entanto, a luta tinha como objetivo
a defesa da Constituição, tendo sido um movimento reformista, embora muitos
o chamassem de revolucionário.
Movimento revolucionário é aquele que pretende modificar radicalmente
a estrutura social. No movimento revolucionário, seus integrantes pretendem
subverter completamente o sistema social existente, substituindo-o por outro.

http://www.doplenario.com.br/site/?p=24401

O Sendero Luminoso é um movimento revolucionário peruano que tem


como objetivo derrubar a sociedade capitalista e implantar uma sociedade
marxista, do tipo maoísta, em seu lugar.
Os negros malês na Bahia, em 1835, constituíram um movimento que
tinha por objetivo acabar com a sociedade dos brancos e instaurar um reino
negro.
Qualquer definição de movimento social tem sentido somente em relação
àquele determinado país em que ocorreu. Um movimento conservador no Brasil
seria considerado revolucionário em Cuba, por exemplo.

Unidade 2 – A mudança social

Conceito e natureza da mudança social

É denominado de mudança social todas as variações históricas nas


sociedades humanas que ocorram de forma rápida ou em um longo período. A
abordagem da mudança social envolve estudos das tendências demográficas,
das alterações na estrutura familiar, na estrutura da estratificação social, etc.
O ser humano consegue se movimentar e habitar praticamente qualquer
lugar da face da Terra e até mesmo no espaço. Por isso, as sociedades humanas
sofrem constantes modificações ao longo do tempo. Não é a estabilidade social
que caracteriza a humanidade, mas sua capacidade de mudar constantemente.

https://congressoemfoco.uol.com.br/opiniao/colunas/assim-caminha-a-humanidade-ou-para-onde-vamos/

Ao longo de sua história, a humanidade apresentou um processo de


mudança social bastante lento. Nas ocasiões em que ocorreram mudanças
sociais, motivadas por guerra, fome ou epidemias, as adaptações a uma nova
realidade foram motivo de inquietação.
Com o desenvolvimento da agricultura e com o estabelecimento de
aldeias e vilas permanentes, as mudanças começaram a ser mais significativas,
pois os homens deixaram de ser nômades.
Os animais foram domesticados, a roda foi inventada, surgiram as
primeiras escritas e a utilização do metal se tornou comum. O processo de
mudança foi acelerado, chegando até o século XVIII, quando um novo surto de
grandes descobertas precipitou um novo salto com mudanças ainda mais
significativas, ou seja, a Revolução Industrial.
http://maquinadguerra.blogspot.com/2013/03/o-trabalho-no-sistema-fabril.html

A Revolução Industrial provocou uma ruptura com o passado agrícola da


humanidade, desenvolvendo-se uma nova sociedade baseada na produção em
larga escala até o final do século XX.
No início do século XX, ocorreu um processo ainda mais rápido de
mudanças sociais chamado de Revolução do Conhecimento. Há diversos fatores
que contribuem para a mudança social entre eles destacam-se: os geográficos,
os socioeconômicos, os culturais, os tecnológicos, os políticos e aqueles
relacionados a epidemias.

https://portal.ufpa.br/index.php/ultimas-noticias2/174-evento-discute-a-tecnologia-como-instrumento-de-
mudanca-social

Do ponto de vista da Sociologia, a complexidade da vida social aumentou,


fazendo surgir muitos problemas sociais novos e que ainda necessitam de
explicações. No final do século, a velocidade das mudanças tecnológicas vem
sendo acompanhada por profundas alterações nos costumes e nas práticas
cotidianas.

A mudança social e a mudança cultural

As sociedades humanas estão em constante mudança. Sempre que


ocorrem mudanças afetam a vida dos indivíduos e alteram a história da
humanidade por motivos de diferentes natureza: sociais, políticos, geográficos,
culturais ou econômicos.

https://www.todamateria.com.br/globalizacao/

Com a globalização e a revolução científico-tecnológica, as mudanças


estão ocorrendo em maior velocidade e afetando um número maior de pessoas
do que qualquer outra anterior que tenha ocorrido no planeta.
Existe uma distinção entre mudança social e cultural. Mudança cultural é
toda transformação de valores ou padrões sociais relativamente permanentes.
Mudança social é quando ocorrem mudanças nas estruturas e nos
relacionamentos sociais.
Todas as modificações que ocorrem na sociedade humana envolvem
aspectos sociais e culturais. Uma sociedade que possui tradições pautadas às
instituições econômicas, culturais ou religiosas, acontece que os laços habituais
destes componentes são reduzidos pelo aumento demográfico, fazendo com
que os indivíduos por si próprios comecem a construir suas novas interações, se
incluir em outras instituições e modificando seus modos de vida e
consequentemente suas condutas. Estas modificações são perceptíveis em
países modernos. Tais mudanças tiveram intensidades elevadas em todo o
mundo no final do século XX.

https://www.consumidormoderno.com.br/2015/11/05/ainda-gostamos-de-mudancas-sociais/

Para todas as mudanças sociais, destacam-se quatro características


interessantes a serem ponderadas: 1 – São fenômenos coletivos que afetam as
condições e/ou as formas de vida da sociedade; 2- As transformações não
devem ser superficiais e necessitam possuir provas de certa permanência; 3
– São possíveis de se identificar pelo tempo. A partir do tempo que se tem como
referência é possível verificar o que é que mudou; 4 – São mudanças que devem
afetar a estrutura da sociedade, pois assim a sua observação se torna possível.
A cultura é dinâmica. Como mecanismo adaptativo e cumulativo, a cultura
sofre mudanças. Traços se perdem, outros se adicionam, em velocidades
distintas nas diferentes sociedades. Dois mecanismos básicos permitem a
mudança cultural: a invenção ou introdução de novos conceitos, e a difusão de
conceitos a partir de outras culturas.
Há também a descoberta, que é um tipo de mudança cultural originado
pela revelação de algo desconhecido pela própria sociedade e que ela decide
adaptar. A mudança acarreta normalmente em resistência. Visto que os
aspectos da vida cultural estão ligados entre si, a alteração mínima de somente
um deles pode ocasionar efeitos em todos os outros.
http://sociologiasenatore.blogspot.com/2015/03/mudancas-culturais.html

Modificações na maneira de produzir podem, por exemplo, interferir na


escolha de membros para o governo ou na aplicação de leis.
A resistência à mudança representa uma vantagem, no sentido de que somente
modificações realmente proveitosas, e que sejam por isso inevitáveis, serão
adoptadas evitando o esforço da sociedade em adoptar, e depois rejeitar um
novo conceito. O 'ambiente' exerce um papel fundamental sobre as mudanças
culturais, embora não único: os homens mudam sua maneira de encarar o
mundo tanto por contingências ambientais quanto por transformações da
consciência social.

A evolução social

Evolução social é o resultado de mudanças sofridas pela sociedade no


decorrer de um certo período e orientadas em uma mesma direção. Nem toda
mudança social pode ser ligada a um processo de evolução social.

https://neuronioweb.com.br/as-evolucoes-biologicas-e-sociais-do-maravilhoso-mundo-do-cerebro/
A evolução é um processo quase imperceptível de mudanças que
ocorrem sempre na mesma direção. Pode ser um processo de aperfeiçoamento
contínuo das interações e das relações sociais sem mudanças que venham a
alterar a estabilidade social.
As mudanças de paradigmas contribuem para o processo de evolução
social permanente, à medida que a substituição de velhos paradigmas por novos
é sempre um processo traumático e gradativo.

https://www.hubi40.com.br/hub-i4-0-o-portal-da-industria-4-0/

No século XX, a ideia de evolução social esteve ligada ao interesse pelo


futuro dos países em desenvolvimento, que se lançaram na trajetória da
industrialização. Pode-se dizer que sociedades evoluídas seriam aquelas mais
tecnologicamente avançadas. Evolução social está relacionada à concepção de
progresso.
Historicamente, o Brasil é um país marcado pela marginalização e pelas
desigualdades sociais. Para amenizar essa situação, ao longo dos anos, foram
sendo colocadas em prática diversas políticas públicas assistencialistas. A
evolução social brasileira é notável, mas é incontestável que ainda haja muitas
mudanças a serem feitas a fim de que o crescimento social acompanhe o
econômico.
Por ser um país muito populoso e de dimensões continentais, o Brasil
apresenta uma visível heterogeneidade econômica e social, se apresentando
mais desenvolvido ao Sul do país. Durante as últimas décadas, as políticas de
desenvolvimento social vêm sendo, cada vez mais, pensadas e planejadas.
https://blog.trivium.com.br/aprenda-como-desenvolver-um-projeto-de-tecnologia-na-educacao/

Nesse período, foram implantados métodos de inclusão social através da


economia e da educação. Programas de financiamento como o Minha Casa
Minha Vida e o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), entre outros projetos
como o Bolsa Família e o Prouni (Programa Universidade para Todos)
beneficiaram e beneficiam milhões de pessoas, tendo tirado milhares de famílias
da pobreza extrema e incluindo-as na vida econômica do país.
No entanto, é sabido que, apesar de o Brasil ser a sétima potência
econômica mundial e estar na condição de país emergente, o IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano) do país ocupa a 79º posição no ranking mundial, uma
colocação típica de países muito subdesenvolvidos. Esse quadro se dá devido
às estruturas ainda ineficientes e insuficientes de educação no país. A evolução
social é essencial para que o Brasil venha a se tornar um país desenvolvido.

https://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2015/04/15/1123335/entenda-tecnologia-na-educacao-
pode-contribuir-forma-positiva.html
No que se refere à política de desenvolvimento no Brasil, reforma
educacional é sinônimo evolução social. Além das políticas assistencialistas que
já vêm sendo efetuadas, é necessário que se dê um enfoque maior para a
educação. A ampliação dos investimentos públicos na educação e a adoção de
projetos e programas, como bolsas, cursos e subsídios, com engajamento
científico e tecnológico são essenciais para a incluir e estimular, principalmente
os jovens, com relação à perspectiva de um futuro profissional.

Unidade 3 – Novas perspectivas sociológicas nas relações pessoais

Modernidade líquida e fluidez das relações sociais

O período que se seguiu ao fim da Segunda Guerra Mundial foi palco de


mudanças rápidas e profundas de inúmeras características nas nossas relações
sociais, instituições dos Estados, construções culturais e várias outras
configurações do mundo social que se construiu durante o período que se
denominou de “moderno”.
Para alguns estudiosos das disciplinas que se dedicam ao estudo desses
fenômenos, essas mudanças foram tão significativas que eles acreditam que é
preciso falar agora da superação ou do fim do período moderno, ou da pós-
modernidade, por assim dizer. Essa transição teria ocorrido em função da
quebra de certos paradigmas que seriam pilares de sustentação da Modernidade
de um ponto de vista sócio histórico.

https://contrafatual.com/2019/05/19/contra-a-modernidade/
Esses pilares seriam as narrativas e ideologias fundadoras de explicações
sobre o mundo social moderno que fundamentavam ações e perspectivas que
agora já não mais se sustentam. Diante da descrença em relação às promessas
de progresso da Modernidade, muitos sociólogos e filósofos da atualidade
afirmam que o momento histórico atual representa um divisor de águas.
Alguns autores denominam de Pós-Modernidade a desconstrução de
conceitos, valores e instituições construídos na Modernidade, a fim de desfazer
as amarras impostas ao individuo moderno. Outros autores afirmam não se tratar
de um novo fenômeno histórico, mas apenas da radicalização ou das
consequências da própria Modernidade.

https://br.blastingnews.com/sociedade-opiniao/2016/11/o-papel-da-religiao-na-pos-modernidade-
001258981.html

Referem-se a conceitos como “Modernidade tardia, Segunda


modernidade, Modernidade líquida e Hipermodernidade”, o que importa não é a
nomenclatura, mas sim à compreensão da sociedade contemporânea que dizem
respeito a globalização, o avanço das tecnologias da informação, a crise das
instituições políticas, a cultura do consumo, a conformação de uma sociedade
multicultural e a relativização de valores e instituições.
Na época atual, o ritmo incessante das transformações gera angústias e
incertezas e dá lugar a uma nova lógica, pautada pelo individualismo e pelo
consumo.
Fluidez” é a qualidade de líquidos e gases. (…) Os líquidos,
diferentemente dos sólidos, não mantêm sua forma com facilidade. (…)
Os fluidos se movem facilmente. Eles “fluem”, “escorrem”, “esvaem-se”,
“respingam”, “transbordam”, “vazam”, “inundam” (…) Essas são razões
para considerar “fluidez” ou “liquidez” como metáforas adequadas
quando queremos captar a natureza da presente fase (…) na história da
modernidade. (BAUMAN, 2001, p.9)

O trecho acima faz parte do prefácio de Modernidade Líquida, uma das


principais obras do polonês Zygmunt Bauman (1925 – 2017), professor emérito
das universidades de Leeds (Inglaterra) e Varsóvia (Polônia) e um dos mais
importantes sociólogos da atualidade. Com uma linguagem simples e acessível,
Bauman lança um olhar crítico para as transformações sociais e econômicas
trazidas pelo capitalismo globalizado.

https://oimparcial.com.br/noticias/2017/01/morre-aos-91-anos-o-filosofo-zygmunt-bauman-pai-da-
modernidade-liquida/

Conceito central do pensamento do autor, a “modernidade líquida” seria o


momento histórico que vivemos atualmente, em que as instituições, as ideias e
as relações estabelecidas entre as pessoas se transformam de maneira muito
rápida e imprevisível: “Tudo é temporário, a modernidade (…) – tal como os
líquidos – caracteriza-se pela incapacidade de manter a forma”. (Bauman, 2001)
Para melhor compreender a modernidade líquida, é preciso voltar ao
período que a antecedeu, chamado por Bauman de modernidade sólida, que
está associada aos conceitos de comunidade e laços de identificação entre as
pessoas, que trazem a ideia de perenidade e a sensação de segurança. Na era
sólida, os valores se transformavam em ritmo lento e previsível. Assim, tínhamos
algumas certezas e a sensação de controle sobre o mundo – sobre a natureza,
a tecnologia, a economia, por exemplo.
Alguns acontecimentos da segunda metade do século XX, como a
instabilidade econômica mundial, o surgimento de novas tecnologias e a
globalização, contribuíram para a perda da ideia de controle sobre os processos
do mundo, trazendo incertezas quanto a nossa capacidade de nos adequar aos
novos padrões sociais, que se liquefazem e mudam constantemente.
Nessa passagem do mundo sólido ao líquido, Bauman chama atenção
para a liquefação das formas sociais: o trabalho, a família, o engajamento
político, o amor, a amizade e, por fim, a própria identidade. Essa situação produz
angústia, ansiedade constante e o medo líquido: temor do desemprego, da
violência, do terrorismo, de ficar para trás, de não se encaixar nesse novo
mundo, que muda num ritmo hiper veloz.

https://www.facebook.com/zygmuntbaumanpagina

Assim, duas das características da modernidade líquida são a substituição


da ideia de coletividade e de solidariedade pelo individualismo; e a
transformação do cidadão em consumidor. Nesse contexto, as relações afetivas
se dão por meio de laços momentâneos e volúveis e se tornam superficiais e
pouco seguras (amor líquido).
No lugar da vida em comunidade e do contato próximo e pessoal
privilegiam-se as chamadas conexões, relações interpessoais que podem ser
desfeitas com a mesma facilidade com que são estabelecidas, assim como
mercadorias que podem ser adquiridas e descartadas. Exemplo disso seriam os
relacionamentos virtuais em redes.
A modernidade líquida, no entanto, não se confunde com a pós-
modernidade, conceito do qual Bauman é crítico. De acordo com ele, não há
pós-modernidade (no sentido de ruptura ou superação), mas sim uma
continuação da modernidade (o núcleo capitalista se mantém) com uma lógica
diferente – a fixidez da época anterior é substituída pela volatilidade, sob o
domínio do imediato, do individualismo e do consumo.
As mudanças que se iniciaram com o renascimento, quando os ideais
racionalistas começavam a ganhar força diante do pensamento tradicional,
ampliaram-se no decorrer do tempo, tornando-se ponto de ruptura com as
formas anteriores de organização social. Diante disso, os paradigmas
constituídos nos períodos pré-modernos lentamente se dissolveram e deram
lugar a novas formas de manutenção do mundo social.

https://www.netmundi.org/home/2015/religiao-ateismo/

A religiosidade, por exemplo, deixou seu lugar de única provisória legítima


de preceitos morais, responsáveis em grande parte pela mediação das ações
dos sujeitos da época, e foi substituída pela formalização racional das leis civis
e da ética. Esse mesmo processo de racionalização foi, em grande parte,
responsável pela maioria das mudanças que se instauraram no período
moderno.
Esse é o momento que Bauman se refere como “modernidade sólida”,
pois ainda há fixidez nas relações sociais entre sujeitos e instituições sociais. A
construção do sentimento de nacionalismo, por exemplo, é um dos pontos que
Bauman diz servir como ponto de apoio da formação da identidade do sujeito na
modernidade sólida.
Outra mudança profunda foi desempenhada pelo ideal do progresso
baseado no pensamento racional e na ciência, que se tornaram motores dos
avanços tecnológicos que se estabeleceram no período e que, por sua vez,
mudaram toda a organização com a qual se relacionavam.
O trabalho, por exemplo, que antes se baseava no processo de
aprendizagem por imitação ou tradição passada de pais para filhos, agora se
estabelecia de forma especializada e formal nas escolas técnicas em razão
do progressivo aumento da complexidade das tarefas laborais relativas às
indústrias e suas máquinas.

https://economia.ig.com.br/2017-07-26/maquinas-equipamentos.html

Esses exemplos servem para demonstrar que, enquanto os moldes


tradicionais foram, sim, desconstruídos, eles foram também reconstruídos com
outras configurações no momento inicial do período moderno, mantendo sua
forma “sólida” e seu papel de ordenação do mundo social.
Quando se chega à modernidade líquida, toda estrutura social montada
em torno da relativa fixidez moderna dilui-se. Para Bauman, as relações
transformam-se, tornam-se voláteis na medida em que os parâmetros concretos
de “classificação” se dissolvem. Trata-se da individualização do mundo, em que
o sujeito agora se encontra “livre”, em certos pontos, para ser o que conseguir
ser mediante suas próprias forças. A liquidez a que Bauman se refere é
justamente essa inconstância e incerteza que a falta de pontos de referência
socialmente estabelecidos e generalizadores gera.

São esses padrões, códigos e regras a que podíamos nos conformar,


que podíamos selecionar como pontos estáveis de orientação e pelos
quais podíamos nos deixar depois guiar, que estão cada vez mais em
falta. Isso não quer dizer que nossos contemporâneos sejam livres
para construir seu modo de vida a partir do zero e segundo sua
vontade, ou que não sejam mais dependentes da sociedade para obter
as plantas e os materiais de construção. Mas quer dizer que estamos
passando de uma era de 'grupos de referência' predeterminados a uma
outra de 'comparação universal', em que o destino dos trabalhos de
autoconstrução individual (…) não está dado de antemão, e tende a
sofrer numerosa e profundas mudanças antes que esses trabalhos
alcancem seu único fim genuíno: o fim da vida do indivíduo. (BAUMAN,
2001)

O que acontece hoje é, então, uma repetição do que aconteceu antes na


passagem do mundo pré-moderno para o moderno. O “derretimento” dos
parâmetros sociais modernos é obra das mesmas forças de desconstrução dos
paradigmas das sociedades tradicionais anteriores às sociedades modernas.
Todavia, não há uma reconstrução de parâmetros “sólidos”. Estes permanecem
em sua forma fluida, podendo tomar a forma que as forças sociais e individuais,
em momentos específicos, determinarem.

https://ualmedia.pt/diferentes-identidades-num-so-corpo/

Dessa forma, temos o sujeito líquido, aquele em que inúmeras identidades


se manifestam em momentos diferentes. Um professor que se identifica como
tal, por exemplo, agirá de uma forma diante da sua sala de aula e, em meio a
uma torcida organizada de seu time, de outra forma. Os dois são parâmetros de
identificação distintos, que muitas vezes podem ser conflitantes, mas que
constituem a construção identitária de um mesmo sujeito.
Bauman considera a Modernidade líquida como destituída de ilusões,
derretendo a solidez da Modernidade. A identidade deixou de ser única e
imutável, passando a ser fluida e flexível. Os indivíduos estão em constante
metamorfose, necessitando se adaptar às diferentes realidades nas quais estão
inseridos, ao analisar a conveniência de seus hábitos e comportamentos.

Transformação da intimidade

Na concepção de Anthony Giddens, a Modernidade rompeu com os


referenciais protetores dos indivíduos, anteriormente centrados na família, na
religião, na comunidade e instituiu novas dinâmicas nas relações sociais.
Giddens destaca o caráter mutante das sociedades modernas, que faz com que
hábitos, costumes, ideologias, valores e comportamentos sofram constantes
transformações.

https://farofafilosofica.com/2017/12/10/anthony-giddens-11-livros-em-pdf-para-download/

Giddens não segue a orientação de alguns autores que nomeiam a


sociedade contemporânea como pós-moderna ou pós-industrial. Em vez disso,
prefere a terminologia modernidade alta ou tardia, para indicar que os princípios
dinâmicos da modernidade ainda se encontram presentes na realidade atual.
Alta modernidade, modernidade tardia ou modernização reflexiva, portanto, é
definido pelo autor, como uma ordem pós-tradicional, que, longe de romper com
os parâmetros da modernidade propriamente dita, radicaliza ou acentua as suas
características fundamentais.
Giddens afirma que, atualmente, se vive um período de radicalização da
Modernidade, a qual, ao mesmo tempo que gera uma continua sensação de
incerteza, induz a uma constante reflexão das práticas cotidianas. Essa
característica é denominada por Giddens de reflexividade, que consiste na
reflexão e na reformulação das ações cotidianas por meio de informações
renovadas de modo constante.

http://www.babyboomers.com.br/noticia/visualizar/344/reflexuies_sobre_a_sociedade_atual_e_a_individualid
ade_por_sabrina_paiva

A discussão tem início com o reconhecimento de que, em uma sociedade


tradicional, a identidade social dos indivíduos é limitada pela própria tradição,
pelo parentesco, pela localidade. A modernidade, caracterizada como uma
ordem pós-tradicional, ao romper com as práticas e preceitos preestabelecidos,
enfatiza o cultivo das potencialidades individuais, oferecendo ao indivíduo uma
identidade "móvel", mutável.
É, nesse sentido, que, na modernidade, o "eu" torna-se, cada vez mais,
um projeto reflexivo, pois aonde não existe mais a referência da tradição,
descortina-se, para o indivíduo, um mundo de diversidade, de possibilidades
abertas, de escolhas. O indivíduo passa a ser responsável por si mesmo e o
planejamento estratégico da vida assume especial importância.

https://bastidorespp.wixsite.com/bastidorpublicitario/single-post/2015/06/18/Consumo-na-sociedade-
contempor%C3%A2nea
Apesar da complexidade do tema, Giddens procura abordar as várias
facetas de um processo inerentemente contraditório. De fato, o rompimento,
ainda que parcial, com uma ordem tradicional, ao mesmo tempo em que
promove uma certa autonomia pessoal, retira também uma sensação de firmeza
das coisas, podendo constituir-se em grande fonte de ansiedade para o
indivíduo.
Uma simples leitura de um jornal de domingo é suficiente para
observarmos a ocorrência de inúmeros desacordos entre especialistas das mais
diversas áreas. Podemos dizer que vivemos hoje em um contexto instável e
complexo de argumentos e contra-argumentos científicos. Na ausência de uma
autoridade definitiva, ao indivíduo é que cabe escolher e decidir em que
acreditar. Várias são as correntes, vários são os discursos, várias são as teorias,
cada um realiza a sua síntese pessoal e desenvolve o seu projeto reflexivo
individual.

http://www.educacaoadventista.org.br/tag/sexualidade/

Anthony Giddens demonstra como a sexualidade deixou de ser assunto


relacionado intrinsicamente ao casamento e à reprodução e passou a ser tratado
de modo mais livre, como um dos âmbitos da vida íntima das pessoas. O autor
defende que a Modernidade modificou de forma direta a tradicional concepção
de casamento e, por consequência, a vida pessoal e íntima.
Referências

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2001.

CARVALHO, José Murilo. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro:


Civilização Brasileira, 2001. pp. 219-29

CASSAR, M. Organizações administrativas e suas teorias. In: DIAS, R.;


ZAVAGLIA, T. e CASSAR, M. Introdução à administração: da competitividade à
sustentabilidade. Campinas: Alínea, 2003.

DIAS, R. Cultura Organizacional. Campinas: Alínea, 2003.

FERNANDES, Florestan. A sociologia no Brasil: contribuição para o seu estudo


e desenvolvimento. Petrópolis: Vozes, 2006.

GIDDENS, A. Mundo em descontrole: o que a globalização está fazendo de nós.


Rio de Janeiro: Record, 2000.

___________. Modernidade e identidade (P. Dentzien, Trad.). Rio de Janeiro:


Jorge Zahar, 2003.

LAKATOS, E. M. Sociologia geral. São Paulo: Atlas, 1982.

MARQUES, M.; LOPEZ, L.R. Imperialismo: a expansão do capitalismo. Belo


Horizonte: Editora Lê, 2000.

OLIVEIRA, P. Introdução a sociologia. São Paulo: Editora Ática, 1995.

RIOUX, J.P. A revolução industrial. São Paulo: Pioneira, 1975.

ROBBINS, S.P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva,


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definicao.htm
https://www.educabras.com/enem/materia/sociologia/aulas/comportamento_col
etivo_e_movimentos_sociais
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3
https://fidestra.com/sociedade/30-mudanca-cultural
https://www.projetoredacao.com.br/temas-de-redacao/o-que-e-uma-
familia/evolucao-social-um-passo-rumo-ao-desenvolvimento/1045
https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/a-filosofia-de-zygmunt-bauman-o-
pensador-da-modernidade-liquida/
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/modernidade-liquida.htm
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
71822005000300013

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