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INSTITUTO DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Licenciatura em Ciência Politica e Relações Internacional

A concepção do Estado, Poder, Povo e Soberania em Jean Bodin.

Amândio Lino Júlio Nhantumbo

Tete, 2022
INSTITUTO DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Licenciatura em Ciência Politica e Relações Internacional

A concepção do Estado, Poder, Povo e Soberania em Jean Bodin.

Amândio Lino Júlio Nhantumbo

Trabalho cientifico entregue no Instituto Superior


de Ciências e Educação a Distância, na cadeira de
História das Ideias Política como um dos
requisitos necessários para obtenção do resultado
do 2˚ Bloco na cadeira em menção.

Tete, 2022
Índice
I. Introdução................................................................................................................................. 4
1. Objectivos................................................................................................................................. 5
1.1. Geral .................................................................................................................................. 5
1.2. Especifico.......................................................................................................................... 5
2. Metodologia do Trabalho ......................................................................................................... 6
3. A concepção do Estado, Poder, Povo e Soberania em Jean Bodin. ......................................... 7
3.1. A definição de Estado em Jean Bodin .............................................................................. 7
3.2. As formas de exercício de soberania ................................................................................ 7
3.3. Limitações do poder soberano .......................................................................................... 7
II. Conclusão ............................................................................................................................. 9
III. Referências bibliográficas .................................................................................................. 10

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I. Introdução
No presente trabalho, aborda-se concepção do Estado, Poder, Povo e Soberania em Jean Bodin.
Especificando os seguintes tópicos: A definição de Estado em Jean Bodin, as formas de exercício
de soberania, o detentor de Soberania e o poder em Jean Bodin e Limitações do poder soberan. Na
visão bodiniana, o soberano só deve obediência às leis de Deus e da natureza, podendo derrogar
somente as leis ordinárias. Portanto, em regra, o soberano pode dar a lei aos súditos sem se obrigar,
cassá-la ou anulá-la para criar novos regramentos. Trata-se de comando absoluto e perpétuo.

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1. Objectivos
1.1.Geral
 Abranger concepção do Estado, Poder, Povo e Soberania em Jean Bodin
1.2.Especifico
 Definir o Estado em Jean Bodin;
 Dizer as formas de exercício de soberania;
 Mencionar o detentor de Soberania e o poder em Jean Bodin;
 Especificar Limitações do poder soberano

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2. Metodologia do Trabalho
O objetivo desse capítulo é apresentar a pesquisa, bem como apresentar os resultados obtidos na
realização do trabalho. Assim observando os conceitos de Richardson et al. (1999, p. 22), constata-
se que “método” é o caminho ou maneira para se chegar a um determinado fim ou objectivo, e
metodologia são os procedimentos e regras utilizadas por determinado método. Partindo desta
definição dos autores, percebe-se que ao realizar uma pesquisa científica, faz-se necessário
estabelecer claramente quais são os procedimentos metodológicos que serão utilizados. Do ponto
de vista de sua natureza essa pesquisa classifica-se como “pesquisa aplicada”, objetivando gerar
conhecimento de aplicação pratica, direcionados a solução de problemas específicos, envolvendo
verdades e interesses locais. Quanto a seus objetivos, esse estudo é definido como pesquisa
exploratória e descritiva. Segundo Gil (2002, p.41) pesquisas exploratórias tem como objetivo
proporcionar maior familiaridade com o problema, com vista a toma-lo mais explícito ou a
construir hipóteses, inclui levantamentos bibliográficos. O mesmo autor (p. 42) ressalta que o
estudo descritivo tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada
população ou fenômeno. Além disso, o presente trabalho apresenta uma abordagem qualitativa e
teórica-empírica quanto aos meios de investigação.

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3. A concepção do Estado, Poder, Povo e Soberania em Jean Bodin.
3.1.A definição de Estado em Jean Bodin
Bodin preocupa-se em definir o que seja uma república (aqui entendida como Estado). Sua
definição virá representando o “conjunto de famílias ou de colégios submetidos a uma só e mesma
autoridade”. As famílias (o povo) devem estar reunidas sob a mesma autoridade, de modo que o
poder aí já se identifica como uma regência centralizada dos diversos grupos. Toda república é
governada a partir da convivência harmónica de três espécies de leis: a lei moral (foro intimo de
cada um), a lei doméstica (aplicada pelo chefe de família) e a lei civil, que se aplica a todos os
participantes da sociedade política, tendo por âmbito de aplicação as relações entre as famílias.
3.2.As formas de exercício de soberania
Para Bodin, a soberania é um poder perpétuo e ilimitado juridicamente, indivisível e incontrastável,
em que a força da unidade acrescenta-se a força emanada da popularidade. A lei e as instituições
devem ser relativas e nunca absolutas. Para tal, só pode ser exercida, em três tipos de comunidade:
monarquia, aristocracia e democracia.
Dos três modos possíveis para se exercer a soberania Bodin, prefere a monarquia pelos seguintes
argumentos:
 O monárquico é o Estado mais considerado para a República, pois uma análise histórica
revela a predileção dos povos antigos por essa forma de governo;
 Ela vem das leis de Deus. Grandes personalidades históricas afirmam que a monarquia é o
melhor governo e mesmo na lei de Deus é dito;
 A principal marca da república, que é o direito da soberania, se justifica em um só soberano.
Se forem mais de um soberano, ninguém é soberano.
3.3.Limitações do poder soberano
Há algo que a soberania antepõe: são as leis naturais e as leis divinas. O detentor da soberania está
submetido à lei divina, segundo Bodin, porque é, antes de nada, um súbdito de Deus. O soberano
não pode transgredi-la em hipótese nenhuma.
As leis divinas e naturais são, portanto, um parâmetro para definir a diferença entre o monárquico
e o tirânico. Mas a acusação de crueldade, de impiedade e de injustiça no exercício da soberania
não pode, em hipótese alguma, justificar a resistência, mesmo que o soberano ordene coisas que
são consideradas contrárias às leis de Deus e da natureza. Não há autoridade que possa julgar o
soberano, pois isso seria uma afronta a soberania.
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Bodin não dá ao povo o direito a resistência, sua escolha é pela manutenção do poder soberano,
causa e sentido da ordem social, que é melhor do que outro tipo de governo ou mesmo a
descentralização do poder. A anarquia, a desordem, o caos e o desgoverno são males que Bodin
quer afastar da sociedade. Por isso a ideia de soberania: indivisível, incontrastável e absoluta.
A ideia de poder absoluto de Bodin está ligada à sua crença na necessidade de concentrar o poder
totalmente nas mãos do governante; o poder soberano só existe quando o povo se despoja do seu
poder soberano e o transfere inteiramente ao governante. Para esse autor, o poder conferido ao
soberano é o reflexo do poder divino, e, assim, os súbditos devem obediência ao seu soberano.
A grande contribuição da obra de Bodin, para a formação do Estado Moderno, é a afirmação da
soberania como um poder absoluto e perpétuo. A soberania é una e indivisível, porque num mesmo
Estado não se admite a convivência de duas soberanias, já que se configura como poder superior a
todos os demais existentes na sociedade política. Para o Direito, na ordem interna, a soberania
representa o poder dentro dos limites do território.
Na ordem externa, é sinónimo de independência, pois os Estados são unidades políticas igualmente
soberanas e independentes. Em razão disso, o conceito de soberania exposto por Bodin encontra
dificuldades de ser aplicado no plano internacional.

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II. Conclusão
Findo o trabalho, conclui-se que a soberania é comparada com a quilha, peça estrutural básica sobre
a qual se assentam todas as demais partes de uma embarcação, e sem a qual ela não passa de um
amontoado de partes desconexas. Ela é o elemento que integra e reúne os diversos membros do
corpo político, assegurando a sua unidade. A soberania se encontra acima das leis civis, ou seja,
seu detentor pode modificar o direito positivo/ posto existente – desde que respeite às leis naturais
e Divinas, mesmo que positivadas . A fim de melhor ilustrar o papel do soberano, Barros estabelece
uma analogia entre Deus e a Natureza, soberano e república.

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III. Referências bibliográficas
Manual do curso de licenciatura em ciência política e relações internacionais. (S.d). História das
ideias política
AMARAL, D. (2012). História do Pensamento Político Ocidental. Coimbra: Almedina.

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