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Veículo Aéreo Não Tripulado - Wikipédia, A Enciclopédia Livre
Veículo Aéreo Não Tripulado - Wikipédia, A Enciclopédia Livre
tripulado
Veículo aéreo não tripulado (VANT), também conhecido como aeronave remotamente
pilotada (ARP) ou ainda drone[1] (do Inglês, zangão), é todo e qualquer tipo de aeronave que
pode ser controlada nos 3 eixos e que não necessite de pilotos embarcados para ser
guiada[2] (DECEA, 2010). Estes tipos de aeronaves são controladas à distância por meios
eletrônicos e computacionais, sob a supervisão de humanos, ou mesmo sem a sua
intervenção, por meio de Controladores Lógicos Programáveis (CLP).
Veículo aéreo não tripulado
Um Northrop Grumman RQ-4 Global Hawk da Força Aérea dos Estados Unidos.
Descrição
Ataque aéreo
Reconhecimento aéreo
Tripulação 0
Passageiros 0
Soldados 0
Especificações
Armamentos
Foguetes sim
Mísseis sim
Bombas sim
História
O primeiro uso de veículos aéreos não tripulados foi em julho de 1849 através de balões por
forças austríacas contra a cidade de Veneza. Durante a Primeira Guerra Mundial também
foram desenvolvidas variações de aviões autônomos controlados por rádio, o ator Reginald
Denny criou uma empresa de aviões radio-controlados na década de 1930, vários aviões
rádio-controlados foram usados na Segunda Guerra Mundial, em 1951 foi desenvolvido o
Ryan Firebee, durante a Guerra Fria inúmeros VANTs foram construídos principalmente para
missões de espionagem, com a miniaturização das tecnologias, voltaram a ser usados em
larga escala durante a Guerra do Golfo.
VANT de asa móvel Northrop
Grumman MQ-8 Fire Scout.
Os drones[1] foram idealizados para fins militares tendo sido inspirados nas bombas
voadoras alemãs, do tipo V-1, e nos inofensivos aeromodelos rádio-controlados. Estas
máquinas voadoras foram concebidas, projetadas e construídas para serem usadas em
missões tradicionalmente de elevado risco para humanos, nas áreas de inteligência militar,
apoio e controle de tiro de artilharia, apoio aéreo a tropas de infantaria e cavalaria no campo
de batalha, controle de mísseis de cruzeiro, atividades de patrulhamento urbano, costeiro,
ambiental e de fronteiras, atividades de busca e resgate, entre outras. Eles são muitas vezes
preferidos para missões que são "maçantes ou perigosas"[4] para aviões tripulados como
policiamento e combate a incêndios, e com a segurança não militar, como a vigilância de
dutos.
Estima-se que de 2008 a 2012, os Estados Unidos tenham realizado 145 ataques na Líbia, 48
no Iraque e mais de 1 000 no Afeganistão utilizando drones. Os militares britânicos a partir
de julho de 2013 lançaram ao Afeganistão 299 drones em suas ofensivas.[7]
Uso civil
Além do uso militar, os drones[1] estão sendo utilizados por civis, como por exemplo por
fotógrafos e cinegrafistas em festas de aniversários, casamentos ou eventos em geral. Um
drone consegue captar melhores ângulos para fotos e filmagens mantendo a câmara estável
por mais tempo facilitando também por conseguinte a produção de vídeo. Estas valências
técnicas faz com que também sejam usados por emissoras de TV, diminuindo o custo em
suas filmagens aéreas, considerando que as emissoras televisivas ainda utilizam amiúde o
helicóptero.[14][15]
A tecnologia dos drones pode ser utilizada em resgates em locais de difíceis acessos, áreas
de desastres (alagamentos, desmoronamentos, desabamento, incêndios, construções
interditadas, etc), pois tais dispositivos transmitem imagens e vídeo em tempo real
contribuindo assim para o sucesso das equipes de resgate. Os drones também são usados
para monitorar pessoas,[16] como para evitar ataques ou mesmo casos de vandalismo. Está
ainda em testes a utilização de drones para entrega de mercadorias e encomendas. Uma
das empresas que está testando esta possibilidade é a Amazon.[17]
Lusofonia
Brasil
O primeiro VANT de que se tem registro no Brasil foi o BQM1BR, fabricado pela extinta CBT
(Companhia Brasileira de Tratores), de propulsão a jato. Esse protótipo serviria como alvo
aéreo e realizou um voo em 1983. Outro VANT de que se tem conhecimento é o Gralha Azul,
produzido pela Embravant. A aeronave possui mais de 4 metros de envergadura, com
autonomia para até 3 horas de voo. Os dois primeiros protótipos do Gralha Azul realizaram
vários ensaios em voo, operando com rádio-controle.
Em 1996, o CenPRA (Centro de Pesquisas Renato Archer) iniciou o Projeto Aurora, com o
objetivo de desenvolver VANTs. Seriam dirigíveis usados em diversas áreas: segurança
pública, monitoramento ambiental e de trânsito, levantamentos agrícolas, telecomunicações,
etc.[21] As forças armadas brasileiras pretendem utilizar dirigíveis híbridos na vigilância das
fronteiras e do mar territorial, para garantir a segurança da Amazônia Verde e da Amazônia
Azul.
A partir do ano 2000, os VANTs para uso civil começaram a ganhar força no mercado. Foi
quando surgiu o Projeto Arara (Aeronave de Reconhecimento Autônoma e Remotamente
Assistida), desenvolvido numa parceria do Instituto de Ciências Matemáticas e de
Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP) e a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), especialmente para utilização em agricultura de precisão. O projeto
deu origem, em abril de 2005, ao primeiro VANT de asa fixa desenvolvido com tecnologia
100% brasileira, cujo desenho industrial foi patenteado pela EMBRAPA. A empresa AGX faz
uso deste modelo e continua desenvolvendo novos VANTs para o setor elétrico, de meio
ambiente, segurança pública e defesa.
VT-15 durante o voo no Batalhão de Aviação do Exército Brasileiro em Taubaté, São Paulo
Alguns anos depois, em 2009, a Flight Technologies deu início ao desenvolvimento do Horus
FT-100, por intermédio de um contrato de desenvolvimento da FINEP), sob um protocolo de
intenções com o Exército Brasileiro. O FlightTech Horus FT-100 é VANT de monitoramento
desenhado para atender, inicialmente, requisitos do Exército Brasileiro.[23] Em 2013, o Centro
Estadual de Administração de DESASTRES – CestAD do Departamento Geral de Defesa Civil
– DGDEC, realizou missão de caráter civil com o Horus FT 100, na cidade de Duque de
Caxias/RJ. Foi a primeira vez que um VANT foi utilizado para levantamento de áreas
atingidas por desastres naturais no Brasil.[24]
Em 2009 deu-se início ao projeto VANT-SAR entre as empresas AGX, Aeroalcool e Orbisat,
financiado pela FINEP).[25] Em 2010 iniciou-se o projeto da aeronave Tiriba, a cargo da AGX,
que, no final de 2011, resultou na primeira aeronave de propulsão elétrica com tecnologia
100% nacional, para aplicações em imageamento aéreo e aerofotogrametria.[26]
Em Santa Maria (Rio Grande do Sul), a FAB passou a montar VANTs produzidos pela AEL,
subsidiária da Elbit Systems, a maior empresa privada fabricante de produtos de defesa de
Israel.[28] Esses VANT são parte de um acordo de 48 milhões de reais firmado com o Brasil
em 2010 e serão usados em operações ao longo da fronteira e durante grandes eventos
como a Copa das Confederações, em 2013, a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas de
2016. Segundo o Stockholm International Peace Research Institute, durante o mandato do
ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, o Brasil se tornou um dos maiores importadores de
armas e de tecnologia militar israelenses.[29] Em meados de 2012, a polícia federal brasileira
possui 15 drones vigiando a fronteira do país.[30]
Portugal
No dia 16 de abril de 2014, a Marinha Portuguesa apresentou o primeiro avião não tripulado
em conjunto com a empresa Tekever com tecnologia 100% portuguesa.[32] A primeira
tentativa de lançamento do drone fracassou, tendo o aparelho caído na água, situação
caricata que se tornou viral na Internet.[33] Na segunda tentativa o avião voou sem
problemas.
A Marinha Portuguesa em 2020 começou a integrar drones nos seus navios de guerra, de
maneira a facilitar as ações de vigilância em alto mar.[39]
Atualmente todos os ramos das Forças Armadas Portuguesas operam drones de várias
tipologias e dimensões, tendo o Exército Português desenvolvido táticas para neutralizar
drones inimigos, com recurso a armas de fogo.[43]
Ver também
Ciência militar
Tecnologia militar
Quadrotor
Referências
27. Flight vence licitação da Aeronáutica 34. «″Sistema crucial″. Exército confirma
para avião não tripulado (http://www.p compra de 36 drones novos» (https://w
qtec.org.br/sala-de-imprensa/noticias/ ww.dn.pt/poder/sistema-crucial-exercit
289/flight+vence+licitacao+da+aeronau o-confirma-compra-de-36-novos-drones
tica+para+aviao+nao+tripulado) . -9840959.html) . www.dn.pt.
Parque Tecnológico de São José dos Consultado em 23 de julho de 2021
Campos
35. «Exército português estreia drone na
28. EMBRAER Formaliza a HARPIA e República Centro-Africana» (https://ww
adquire Capital da AEL Sistemas. (htt w.cmjornal.pt/portugal/detalhe/exercit
p://www.ael.com.br/ing/noticias.php?c o-portugues-estreia-drone-na-republica-
d_publicacao=74) AEL Sistemas, 8 de centro-africana) . www.cmjornal.pt.
setembro de 2011. Consultado em 23 de julho de 2021
Ligações externas
The Drone War - Everything We Know So Far About Drone Strikes (http://www.propublica.o
rg/article/everything-we-know-so-far-about-drone-strikes) , por Cora Currier. ProPublica -
Journalism in the Public Interes, 5 de fevereiro de 2013.
Disponível em português sob o título "Drones: dossiê sobre uma guerra suja" (http://www.
outraspalavras.net/2013/02/19/drones-dossie-sobre-uma-guerra-suja/) . Outras Palavras,
19 de fevereiro de 2013.
Chamayou, Grégoire . Teoria do drone (https://editora.cosacnaify.com.br/Loja/PaginaLivro/
2832/Teoria-do-drone-(Previs%C3%A3o-de-envio-a-partir-de-300415).aspx) . Coleção Exit.
São Paulo: Cosac Naify, 2015
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title=Veículo_aéreo_não_tripulado&oldid=616916
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