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Resende
2012
FELIPE D' Á VILA DO NASCIMENTO
Resende
2012
FELIPE D' ÁVILA DO NASCIMENTO
COMISSÃO AVALIADORA
-Avaliador
Resende
2012
A AMAN, pois ela deve ser o berço de novas doutrinas do Exercito Brasileiro, logo ela
deve valorizar todas as pesquisas realizadas por seus oficiais, cadetes e praças, pois só assim a
Força será moderna e capaz de enfrentar os desafios do século XXI. 40 Dias fora.
AGRA DECIMENTOS
Aos meus pais que sempre me apoiaram na luta diária da Academia mesmo estando distante e
ao Major Marin que me apoiou na execução deste trabalho com dicas e matérias referente ao
trabalho.
RESUMO
D' ÁVILA, Felipe do Nascimento. Emprego de veículos aéreos não tripulados por tropas
de engenharia. Resende: AMAN, 2012. Monografia.
ln the global scenario is realized a significant mcrease m the use of Unmanned Aerial
Vehicles. Both in conventional wars, such as unconventional warfare have
been employed UA Vs in arder to remove the Air Force from the Theaters of Operations in
arder to avoid kills missions evew more threatening. The nations most respected military have
invested heavily in these technologies, with Brazil climbing new heights in the global
context, is of high importance that its armed forces are not outdated. This work aims
to ex pose one more of a possibility employment of UA Vs in the Brazilian Army which
is specialized in the recognition of engineering.
1 INTRODUÇÃO . 9
4 CONCLUSÃO r . 29
REFERÊNCIAS . 31
9
1 INTRODUÇÃO
Abordei também o problema que fez nascer essa busca pela automação na zona de
combate, que direciona boa parte dos gastos militares de nações como EUA, Israel, Inglaterra
etc.
O segundo capítulo traz as possíveis soluções a essas necessidades atuais dos
conflitos. Nele apresentei aeronaves não tripuladas existentes no mercado mundial, dentre
eles, israelense, norte-americano, europeu e brasileiro.
Alem de apresentar os VANT, fiz uma pequena análise de suas cargas uteis,
empregadas para o fornecimento de dados que tanto são importantes para o reconhecimento
de engenharia. Assim, foram colocadas em contraposição duas tecnologias presentes em
e livros.
2 REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO
Esta pesquisa irá tratar do assunto Emprego de Veículo Aéreo Não Tripulado, e
quanto ao campo de pesquisa, está inserido na área de Operações Militares, conforme inserido
na Portaria Nº 517 de 26 de setembro de 2000, do Comandante do Exército Brasileiro.
(BRASIL, 2000).
A figura seguinte mostra como eram utilizadas essas aeronaves no Yale do Bekaa
na guerra contra o Líbano.
terminar sua trajetória atingindo o território inglês. O pnmeiro voo do aparelho atingiu
240km, matando 900 pessoas e ferindo outras 35000 em cidades inglesas no ano de 1944.
(NETO, 2008).
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Geral de Tecnologia Aeroespacial localizado em São José dos Campos-SP), IPqM (Instituto
de Pesquisa da Marinha) e o CTEx (Centro Tecnológico de Pesquisa do Exercito). Essa
parceria resultou no projeto e posterior protótipo Acauã (Fig 5 ).
O projeto Acauã foi criado em 1984 e seu protótipo voou em 1985, tornando-se o
pnrnerro V ANT brasileiro. A aeronave foi criada para auxiliar nos estudos climáticos,
ambientais, e ecológicos além de outras atividades civis, como inspeção de dutos de gás e
óleo. O veículo tinha a capacidade de alcançar uma velocidade de cruzeiro de 100 km/h
transportando urna carga de 14 kg e tinha urna autonomia de 150 km (PEREIRA, 2001 ).
Mas todos esses meios exigem a presença de tropas no local, e são capazes de realizar, por
vezes, um reconhecimento incompleto e ineficiente.
A transposição de curso d'água é uma atividade de grande importância no teatro
de operações. A própria travessia preparada deve ser muito bem planejada, e todos os meios
disponíveis devem ser empregados na fase do reconhecimento para melhor formular um
relatório e proteger a tropa envolvida no levantamento de dados devido a presença do inimigo
na margem oposta.
munidas de equipamentos de visão noturna? Ou, colocado de outra forma, que tecnologia
existente hoje, podemos utilizar para fazer o levantamento topográfico da área em questão?
Dados preliminares apontaram-nos para a possibilidade de utilização de V ANT,
criados atualmente para o levantamento topográfico em regiões agrícolas e regiões inóspitas
em que inexistem cartas com curvas de nível.
equipamentos presentes em diversas formas de aeronaves são o mais importante ali presente.
Basta o responsável por sua utilização, saber escolher a melhor alternativa e emprega-la da
maneira correta, esse trabalho veio com o objetivo de expor esses equipamento e analisá-los
conforme as necessidades do reconhecimento especializado de engenharia.
Com o propósito de operacionalizarmos a pesquisa, adotamos os procedimentos
metodológicos descritos abaixo.
Primeiramente, realizamos uma pesquisa bibliográfica visando a rever a literatura
que nos fornecesse base teórica para prosseguirmos na pesquisa. Desse levantamento,
destacam-se sites especializados e sites das empresas fabricantes de VANT.
Nossa primeira constatação é que foram editados até o momento muitos títulos
sobre o assunto. Quanto à qualidade das fontes encontradas, podemos dizer que elas são atuais
e respeitadas no âmbito em que se enquadram: ciência e tecnologia. Destacam-se, pela
qualidade, pertinência e atualidade, o relatório Nr 004 do Departamento de Educação e
Cultura do Exercito, Revista força Aérea, monografias e os próprios sites das empresas
produtoras dos VANT.
Adotamos como instrumento de coleta de dados o fichamento de resumos,
citações das bibliografias e meus próprios comentários. Nossos objetivos foram expor as
conclusões que chegaram os especialistas na área e enquadra-las as necessidades da tropa de
engenharia. As obras, em sua maioria, foram obtidas em sites eletrônicos, livros e revistas do
gênero. O critério de seleção foi o resultado de leitura de manuais e analisar as necessidades
da tropa de engenharia no atual contexto de utilização das tecnologias mais modernas
existentes no Brasil e no mundo.
Na busca por uma resposta ao problema que norteou a pesquisa, chegamos aos
resultados que se seguem.
3.1 Resultados
dados, e processa-los a fim de analisar de forma eficaz o que se encontra no terreno. Visto o
que foi encontrado, notamos que o reconhecimento utiliza equipamento ótico apresenta
imagens detalhadas de boa resolução, mas não é capaz de delinear as curvas de nível
presentes no terreno. As curvas de nível são fatiamentos imaginários no terreno no plano
horizontal distantes umas das outras por distancias determinadas, elas mostram o formato do
terreno no que tange a altimetria. Podemos ver como é a imagem coletada pelo V ANT na
figura a seguir.
21
Quanto ao foco do nosso problema de pesquisa, notamos que na imagem somos capazes
de ver a vegetação, massas liquidas, e algum relevo. Mas não podemos ver com precisão o relevo, suas
dimensões e aqueles relevos ocultos pela vegetação. Com relação ao sensoriamento remoto podemos
notar como satisfatório, a aeronave é capaz de ser pilotada remotamente e realizar o mapeamento de
forma estabilizada e realizar a montagem das imagens de mosaicos.
Outra aeronave produzida pela Flight Technologies é o Horus 200. Ele parte do mesmo
principio de realizar o imageamento com a utilização de equipamento ótico. Sua capacidade de
transportar carga é maior e sua autonomia também é superior ao Horus 100. Isso resulta em um
lançamento mais preparado devido suas proporções.
Vale resaltar que o V ANT Horus 200 foi o aparelho testado pelo Exército com a
nova designação de VT-15. O ensaio foi realizado pelo CTEx (Centro Tecnologico do
Exército) em 27 de maio de 201 O em Taubaté/SP e teve o objetivo de apresentar a aeronave
aos convidados o estagio de desenvolvimento do V ANT VT-15 desenvolvido e produzido
pela empresa anteriormente apresentada.(Relatório NR 004)
24
Esse tipo de sensor tem uma forma de obtenção de dados bastante característica, que
é através de pulsos eletromagnéticos enviados à superfície na velocidade da luz,
tendo como retomo ecos na mesma velocidade. Geralmente a antena é posicionada
com seu eixo longitudinal na parte inferior da aeronave que transporta o sensor,
emitindo pulsos em forma de leque proporcionando a criação da imagem. Dentre os
parâmetros para geração da imagem, os mais importantes são a distância em relação
à antena e a intensidade do eco (energia refletida), pois é a partir desses que será
--=-....
-
,._...._.,
Por causa de suas propriedades esse tipo de sensor esta sendo bastante cogitado para
fazer levantamentos de dados na Amazônia, uma vez que, dependendo da banda
(Faixa espectral) usada, ele não apresenta dificuldades quanto a nuvens, chuvas e
outros tipos de implicações. ( geotecnologias. wordpress.com 18/06/2012 )
27
Encontramos que o produto que será produzido pela Orbit, o SARVANT, terá a
capacidade de voar autonomamente essa capacidade será fornecida pela empresa AGX, esse
aparelho será capaz de operar diuturnamente e em condições climáticas que dificultem a
visualização do solo e alem dessas capacidades, a aeronave munida do radar, produzira
imagens fieis ao contorno do relevo, operando na banda "P" ou incluindo a vegetação quando
for operar o_radar na banda "X". Podemos fazer algumas análises explicativas sobre o que foi
encontrado. Dentre elas, destacamos a já existente tecnologia que opera com e9uipamentos
óticos que é o caso da Flight Technologies e AGX e sua grande operacionalidade para as
Armas base e Artilharia. Outra possibilidade é o SARVANT que visto seu maior
detalhamento do terreno observado, é capaz de fazer um levantamento topográfico preciso
inclusive com curvas de nível, tão importante para a Arma de Engenharia.
A hipótese de pesquisa pode ser considerada confirmada, pois a utilização do
V ANT equipado com radar SAR é capaz de levantar em imagens digitalizadas as curvas do
terreno com suas curvas de nível e suas dimensões altimétricas. Os aparelhos não tripulados
29
apresentados são capazes de voar autonomamente e sem expor as tropas ao perigo, pois seus
operadores situam-se afastados da área de atuação em Shelters (abrigos), alem de serem
pilotados remotamente, suas- rotas também podem ser pré-estabelecidas por computador,
exigindo que o piloto apenas conduza a aeronave durante pousos e decolagens. Confirmado
pelo site da empresa Flight Technologies.
Os Sistemas Horus são baseados nos veículos aéreos da Flight Solutions, os sistemas
são totalmente automatizados. {FLIGHT TECHNOLOGIES, 05/04/12).
Pode-se concluir, assim, que existem dois tipos de V ANT capazes de realizar
reconhecimento. Deve-se então separa-los e examinar suas peculiaridades e concluir se eles
são satisfatórios às necessidades do pelotão de engenharia nos reconhecimentos
especializados.
Primeiro, analisamos as aeronaves que utilizam sistemas óticos, esses aparelhos
não são capazes de realizar o levantamento topográfico importante para a engenharia.
Segundo, encontramos o V ANT que emprega o radar SAR para produzir as imagens do
terreno. Esse aparelho ainda encontra-se na fase de pesquisa com a produção de seu protótipo.
Podemos concluir, então, que a tecnologia capaz de realizar o reconhecimento
especializado de engenharia já existe. E o produto mais capaz de apoiar o pelotão de
engenharia é o SARVANT.
30
4CONCLUSÃO
Orbisat, empresa fabricante desse radar, entrou em parceria com a Flight Technologies,
fabricante de veículos aéreos não tripulados, com o objetivo de produzir um V ANT capaz de
transportar o pequeno radar, logo denominado de SARVANT. -
Portanto, a nossa hipótese de pesquisa foi de que o VANT é capaz de melhorar o
reconhecimento de engenharia, além de proteger a tropa dos fogos do inimigo.
Os resultados alcançados nesta pesquisa apontam para a afirmação da hipótese,
visto que foi apresentado um produto nacional em fase de testes, capaz de executar tal
demanda de um pelotão de engenharia no reconhecimento especializado.
Concluímos então que a necessidade do pelotão de engenharia quando deparado
com a missão de reconhecimento para a transposição de curso d'água de realizar um
levantamento. topográfico é suprida com a utilização do SARVANT. O pelotão poderia
apresentar em seu relatório além de croquis da região, o levantamento topográfico digitalizado
com as curvas de nível tão importantes para os comandantes em seus planejamentos. Apesar
de já existir a tecnologia, ela ainda não esta totalmente em uso no que tange ao seu emprego
remoto pelas tropas. Ainda encontra-se em estudo e produção do protótipo do V ANT que irá
transportá-la.
Vale lembrar que as empresas envolvidas no projeto são nacionais e já possuem
ligação com o Exército através do CTEx que é o caso da Flight Technologies de São José dos
Campos- SP.
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REFERÊNCIAS
NETO, Arlindo Bastos de Miranda Cap PM; ALMEIDA, lsnard Edson Sampaio Cap PM. A
análise do emprego do Veículo Aéreo não Tripulado (V ANT) nas ações e operações PM.
2009. 19 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação no Curso de Especialização em
Segurança Pública) - CESP, Salvador- BA, 2009.
ONDE É A GUERRA?. Revista Força Aérea, Rio de Janeiro, ano VIII, n. 31, p. 95, jun.
2004.
33