Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Rio de Janeiro
Março de 2018
O ESTADO DA ARTE NA UTILIZAÇÃO DE DRONES PARA INSPEÇÃO
NAVAL E OFFSHORE
Examinada por:
___________________________________
D.Sc. Marta Cecilia Tapia Reyes
___________________________________
Eng. Ivan Lima
___________________________________
D.Sc. Severino Fonseca da Silva Neto
___________________________________
D.Sc. Julio Cesar Ramalho Cyrino
i
Kneipp, Rafaela Barros
O Estado da Arte na Utilização de Drones para Inspeção
Naval e Offshore / Rafaela Barros Kneipp. – Rio de Janeiro: UFRJ/
Escola Politécnica, 2018
VII, 67 p.: il.; 29,7 cm.
Orientadores: Marta Cecilia Tapia Reyes
Ivan Lima
Projeto de Graduação = UFRJ/ Escola Politécnica/
Curso de Engenharia Naval e Oceânica, 2018
Referências Bibliográficas: p. 63-67.
1. Introdução. 2. Indústria 4.0. 3. Inspeção. 4.
DRONES. I. Tapia Reyes, Marta. II. Universidade Federal do Rio
de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia Naval e
Oceânica. III. Utilização de Drones para Inspeções de embarcações
de Grande Porte
ii
Ao meu paiHamilton Kneipp (in memoriam),
à minha avó Zilda Vasques Kneipp (in memoriam),
à meu tio Almir José Kneipp (in memoriam) e
ao meu primo Erick Kneipp (in memoriam),
pessoas que sempre acreditam e torceram por mim.
iii
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Maria Amélia Barros Kneipp e Hamilton Kneipp, pelo incentivo e
apoio. Gratidão eterna!
Aos especiais professores e amigos Marta Tapia, Severino Fonseca, Alexandre Alho
e Sérgio Hamilton Sphaierpelo apoio e compartilhamento do conhecimento.
iv
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Naval e Oceânico
v
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as part of the fulfillment of
the requirements for the degree of Engineer.
The State of Art in the Use of Drones for Naval and Offshore Inspection
vi
SUMÁRIO
1 Introdução .......................................................................................................... 1
2 Indústria 4.0 (Motivação) .................................................................................. 2
2.1 Internet das Coisas ...................................................................................... 3
2.2 Drones e Mudanças na Engenharia ............................................................ 4
3 Tipos de drones .................................................................................................. 5
3.1 Asa Fixa ...................................................................................................... 6
3.2 Multirotores ................................................................................................ 8
3.3 Vantagens e desvantagens ........................................................................ 12
4 Regulamentação ANAC................................................................................... 13
4.1 Classificação de Drones............................................................................ 15
4.2 Operação e Alcance Visual....................................................................... 16
4.3 Idade, Seguro, Locais de Pouso e Decolagem e Certificado Médico ....... 16
5 Pilotos Drones – DECEA ................................................................................ 19
6 Segurança na Inspeção com Drones ................................................................ 21
6.1 Atmosfera Explosiva ................................................................................ 21
6.1.1 Classificação de área perigosa para gases inflamáveis e vapores ..... 21
6.2 Risco do uso de drones em espaços confinados e atmosferas explosivas 23
6.2.1 Riscos de Acessibilidade ao Espaço Confinado................................ 24
6.2.2 Espaço Confinado – Inspeção e Manutenção.................................... 25
6.2.3 O uso de drones em espaço confinado e atmosferas explosivas ....... 25
7 Drones na Engenharia Naval e Offshore ......................................................... 27
7.1 Motivações ............................................................................................... 27
7.2 Drone Elios ............................................................................................... 28
8 Inspeção Convencional versus Inspeção com Drone em FPSO ...................... 31
8.1 Inspeção Convencional ............................................................................. 34
8.1.1 Inspeção Anual .................................................................................. 39
8.1.2 Inspeção Intermediaria ...................................................................... 41
8.2 Inspeção com Drone ................................................................................. 43
8.2.1 Flare................................................................................................... 44
8.2.2 Tanque FPSO .................................................................................... 47
8.2.3 Under deck ........................................................................................ 49
8.2.4 Inspeção Termográfica ...................................................................... 53
vii
8.2.5 Acompanhamento na Construção Naval ........................................... 54
9 Medição de Espessura ...................................................................................... 56
10 Considerações Finais ....................................................................................... 61
10.1 Softwares .................................................................................................. 61
10.2 Aplicações Navais e Offshore .................................................................. 61
11 Referências....................................................................................................... 63
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Asa Fixa versus Multirotores [6] ................................................................ 5
Figura 2: Asa Fixa e Multirotores [7] ........................................................................ 5
Figura 3: Principio do voo similar de um avião [10] ................................................. 6
Figura 4: Zephyr 2 [9] ................................................................................................ 7
Figura 5: Raven RQ-11B [11].................................................................................... 7
Figura 6: Drone DATAhawk [12].............................................................................. 8
Figura 7 - Multirotor quadcopter [6] .......................................................................... 9
Figura 8: Multirotores de acordo com número de hélices [13] .................................. 9
Figura 9: Inspire 2, [16] ........................................................................................... 10
Figura 10: Matrice 600, [17] .................................................................................... 11
Figura 11: Agras MS – 1S, [18] ............................................................................... 12
Figura 12: Prós e Contras Multirotor e Asa Fixa [19] ............................................. 13
Figura 13: Aeromodelos versus RPA (Drones), ANAC [21] .................................. 14
Figura 14: Proximidade de voo com pessoas, ANAC [21] ...................................... 14
Figura 15: Classes de aeronaves remotamente pilotadas, ANAC [21] .................... 15
Figura 16: Operação e Alcance Visual, ANAC [21] ............................................... 16
Figura 17: Resumo regulamentação ANAC [21]..................................................... 18
Figura 18: Órgãos Regionais do DECEA, [23] ....................................................... 20
Figura 19: Áreas de Inspeção [30] ........................................................................... 28
Figura 20: Flyability’s Elios Drones, [31] ............................................................... 29
Figura 21: Tolerância de Colisões, [31] ................................................................... 30
Figura 22: Floating Production Storage and Offloading [33] .................................. 31
Figura 23: Flare de FPSO em operação [35] ........................................................... 32
Figura 24: Corrosão em chapeamento, [36] ............................................................. 33
Figura 25: Pitting, [36] ............................................................................................. 34
Figura 26: Acesso por cordas em Under Deck de plataforma [39].......................... 35
Figura 27: Acesso por cordas em tanque [39] ......................................................... 35
Figura 28: Inspeção em Flare Offshore Malaysa – Imagem de Close-up (capturada e
vento de 40 km/h [43]..................................................................................................... 45
Figura 29: Inspeção em Flare – CyberHawk, [44] ................................................... 45
Figura 30: Close-up em Flare, Inspeção Cyber Hawk [44] ..................................... 46
Figura 31: Inspeção em FPSO da Maersk Oil, pela Cyberhawk [45] ...................... 48
ix
Figura 32: Inspeção visual com drones em tanque de navio, [46] ........................... 48
Figura 33: Áreas de inspeção em uma plataforma, [40] .......................................... 50
Figura 34: Inspeção de Under Deck, [43] ................................................................ 52
Figura 35: Inspeção de Under Deck, [43] ................................................................ 52
Figura 36: Inspeção de Under Deck com close-up, [43] ......................................... 53
Figura 37: Inspeção termográfica mostrando hotspots e gradiente de temperatura,
[42] ................................................................................................................................. 54
Figura 38: Início da construção no segundo dia, [48] .............................................. 55
Figura 39: Início da construção no terceiro dia, [48] ............................................... 55
Figura 40: Início da construção no quinto dia, [48] ................................................. 56
Figura 41: Seções transversais área de carga e Convés Principal, [49] ................... 58
Figura 42: Close-ups Superestrutura e Proa, Water and Wind, Fundo e quilha, [49]
........................................................................................................................................ 59
Figura 43: Estrutura Interna dos Pique tanques vante e ré, Externo Pique tanuqe de
ré, [49] ............................................................................................................................ 59
x
1 INTRODUÇÃO
O avanço tecnológico fez com que, os Unmannedaerialvehicles’s (UAV’s) mais
conhecidos como “Drones”, passassem a fazer parte do cotidiano e serem utilizados em
diversas operações de monitoramento e transporte. Drones como mecanismos de
inspeção e monitoramento já são usuais na indústria civil, na agricultura e no
mapeamento de minas. Dentro do contexto naval e offshore, já é comum o uso dos
drones no segmento de transporte, bem como, em experiências internacionais na área
marítimo portuária. Existem pesquisas que identificam drones comerciais que poderiam
ser utilizados no setor portuário considerando características como modelo, autonomia,
velocidade, alcance e valor.
Em paralelo a isso, sabe-se que o Brasil é um país com grandes reservas de petróleo
em sua extensão marítima. A partir de 2006, com a descoberta de gigantes reservas de
petróleo em águas profundas, a Petrobras começou a explorar o petróleo no pré-sal.
Apesar do abalo recente da crise internacional, as expectativas otimistas para o futuro.
1
2 INDÚSTRIA 4.0 (MOTIVAÇÃO)
A Indústria 4.0, conhecida como a quarta revolução industrial, começa a tomar
seu espaço. Sua proposta é, através da “Internet das Coisas” (big data, digitalização e
conceitos de virtualização), inserir no processo produtivo das máquinas, sistemas e
pessoas o uso de tecnologia para otimização de operações e serviços.
De uma forma geral, o foco das industrias tem sido melhorar o processo de
produção e aumentar a produtividade. Trata-se de um foco positivo, porém limitado,
pois deixa em lacunas na etapa de desenvolvimento da cadeia produtiva e na exploração
de novos modelos de negócios. A indústria brasileira está seguindo um caminho que
parece natural: no primeiro momento, foca no aumento de eficiência e, então, se move
para aplicações mais voltadas ao desenvolvimento de novos produtos e aos novos
modelos de negócio. No entanto, considerando a posição competitiva do Brasil na
economia global, o mais recomendado seria que o esforço da digitalização fosse
realizado, simultaneamente, em todas as dimensões.
O avanço da Indústria 4.0 no Brasil depende de maior conhecimento por parte das
empresas dos benefícios com da digitalização, tanto em relação ao aumento da
produtividade como às oportunidades de novos modelos de negócio, flexibilização e
customização da produção e redução do tempo de lançamento de produtos no mercado.
O alto custo, colocado como um dos principais entraves, pode ser atenuado com a
implantação em etapas. O maior acesso à informação e a identificação de parceiros
ajudarão na redução da incerteza e na mudança de cultura da empresa.
2
2.1 INTERNET DAS COISAS
AIndústria 4.0 utiliza a internet das coisas como mecanismo de obtenção de uma
interconexão de dados e sistemas, com o intuito de se obter a construção de
umecossistema cibernético. Assim, uma interoperação total e global da planta industrial
é possível.
3
Drones utilizados em larga escala para aplicação de inseticidas na agricultura, para
geração de modelos orthomosaicos (um produto gerado do processo de
mosaicagemde várias fotografias que mostram imagens em suas posições
ortográficas verdadeiras), e para inspeções civis e mecânicas;
Considere, especificamente, o uso de drones nas inspeções e otimização de
processos navais e offshore.
Para tornar a Internet das coisas útil, precisamos de uma Análise das Coisas. Isso
significará novas abordagens de gerenciamento e integração de dados e novas formas de
analisar e/ou inspecionar dados de transmissão continuamente.
O drone foi inicialmente criado, pelo engenheiro israelita Abe Karem, para fins
militares, no uso de reconhecimento de terrenos (com sua visão aérea), também
serviram para espionagem, ataques e no envio de mensagens. Abe Karem é o
responsável pelo drone americano mais bem-sucedido e respeitadoAmber[3] e[4].
O uso de drones vem, com o turbilhão da indústria 4.0, criando seu espaço no
mercado e sendo cada vez mais usual. Conforme relatório da pwc[5], a aplicabilidade a
abrangência do uso de drones é enorme, e engloba setores de infraestrutura, agricultura,
telecomunicação, construção civil, segurança, transporte, minas, entretenimento e mídia,
acompanhamentos logísticos e inspeções industrias.
4
3 TIPOS DE DRONES
Nesta seção serão apresentados os dois tipos principais de drones que são
classificados como: asa fixa ou multirotor.A Figura 1e Figura 2 mostram exemplos de
asa fixa e multirotores.
5
Nas subseções seguintes, esses tipos de drones serão apresentados com maiores
detalhes.
6
O drone Zephyr 2, Figura 4, tem bateria com duração em média de 30 à 60 minutos,
velocidade de até 90 mph (144,8 km/h), tolerância de ventos de até 40 mph (64,37
km/h) e uma autonomia de 40 km.
7
Figura 6: Drone DATAhawk[12]
3.2 MULTIROTORES
Rotorcraft pode ter um ou vários rotores (hélices). Drones que usam sistemas
rotativos, na maioria das vezes, estão equipados com múltiplos rotores pequenos, que
são necessários para garantia de sua estabilidade. Por isso, eles são chamados
demultirotores.
São drones que podem operar em baixar velocidade e ficar parados no ar, podem
rotacionar em torno de si mesmos, possuem versatilidade de manobrabilidade, podem
operar em espaços limitados, possuem decolagem e pouso vertical (exemplo de
quadcopter,Figura 7) e também são capazes de decolar e pousar em espaços menores.
Eles podem gerar imagens artísticas e vídeos com facilidade, possuem lentes de alta
qualidade para foca em detalhes estruturais, operam em vigilância, inspeções estruturais
e de segurança. Porém mapeamentos aéreos com esse tipo de aeronaves possuem
limitações de áreas, já que sua autonomia é menor.
8
Os drones multirotores possuem redundância de motores. Esse é um grande
diferencial, pois se um motor falhar durante o voo ainda se consegue voltar para o
homepoint (ponto de decolagem ou ilha de decolagem) sem perder o drone. Na parte de
planejamento de voo possuem aplicativos mais fáceis e intuitivos.Possuem diferentes
disposições geométricas de hélices (Figura 8).
Figura 7 - Multirotorquadcopter[6]
9
Quad-Copters
Hexa-Copters
Drone de seis hélices de última geração, atinge velocidades de até 64 km/h, suporta
rajadas de ventos de até 8 m/s, ângulo de pitch de 25º, máxima velocidade de subir 5
m/s e de descida 3 m/s. Possui suporte para integração de câmera conforme escolha do
operador e demanda de trabalho, opera com qualquer câmera e gimbal da Zenmuse.A
10
integração total com software e hardware de terceiros torna o Matrice600 Pro (Figura
10) ideal para fotografia aérea profissional e aplicações industriais.
Octo-Copters
O Agras MG-1S (Figura 11) é um dos principais modelos de drone de oito hélices e
foi feito especialmente para operações na agricultura. Este equipamento integra uma
série de tecnologias DJI de ponta, incluindo o novo A3 FlightController, e um Radar
Sensing System que fornece confiabilidade adicional durante o voo.
Além disso, este modelo possui pulverizador com duas bombas compatíveis que
controlam o par frontal e o par traseiro de bicos separadamente. São três os modos de
pulverização disponíveis: pulverização para a frente, pulverização para trás e
pulverização completa. Ele tem um sensor de pressão e um sensor de fluxo que
monitora a taxa de pulverização em tempo real, realizando controle dinâmico sobre a
velocidade e quantidade de pulverização durante a operação.
Esse é um drone atinge velocidades de até 7 m/s, suporta rajadas de ventos de até 10
m/s, e que possui um tanque, para transportar o liquido para ser pulverizado, com
capacidade de 10 litros.
11
Figura 11: Agras MS – 1S, [18]
Asa fixa: são drones muito similares aos aviões, em que o princípio de
sustentação de asa é o mesmo. Possuem favorecimento do fator
aerodinâmico e utilizam apenas um motor para garantir sustentação. São
utilizados para voos de altitude e com altas velocidades. Ótimos para atender
áreas de grandes extensões por conta de sua autonomia. Tem uma bateria de
longa duração e não precisa de trocas pra determinada operação. São ótimos
para orthomosaicos e modelos 2D de inspeção e monitoramento.
12
Figura 12: Prós e Contras Multirotor e Asa Fixa [19]
Na operação,os drones de asa fixa exigem maior capacitação do piloto, esse deve
estar ciente da limitações e riscos envolvidos na operação do UAV. Já os multirotores,
mesmo tendo riscos, são de fácil adaptação e interação com o operador, demandando
menos técnicas e treinamentos do mesmo.
4 REGULAMENTAÇÃO ANAC
As operações de drones (de uso recreativo, corporativo, comercial ou experimental)
devem seguir as novas regras da ANAC, que são complementares aos normativos de
outros órgãos públicos brasileiros como o Departamento de Controle do Espaço Aéreo
(DECEA) e da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).
Em maio de 2017, a Agencia Nacional de Aviação Civil (ANAC) aprovou o
regulamento especial para utilização de aeronaves não tripuladas (drones), Regulamento
Brasileiro de Aviação Civil Especial – RBAC –E nº 94 [20].
Esse regulamento tem como objetivo tornar viáveis as operações desses
equipamentos, preservando-se a segurança das pessoas. O desenvolvimento sustentável
13
e seguro para o setor também será estruturado pela instituição das regras. Para elaborar
o normativo foi considerado nível de complexidade e de risco das operações.
Alguns dos limites estabelecidos no novo regulamento da ANAC seguem definições
de outras autoridades de aviação civil como Federal AviationAdministration (FAA),
Civil AviationSafetyAuthority (CASA) e EuropeanAviationSafetyAgency (EASA),
reguladores dos Estados Unidos, Austrália e da União Europeia, respectivamente.
O regulamento Anac divide a aeronaves não tripuladas em aeromodelos, drones
usados drones usados para fins recreativos, e aeronaves remotamente pilotadas (RPA),
drones utilizados para operações comerciais, corporativas ou experimentais. A diferença
entre aeromodelos e RPA encontra-se na Figura 13.
A regra geral define que drones acima de 250 gramas podem voar apenas em áreas
distantes de terceiros (no mínimo 30 metros de distância na horizontal), Figura 1Figura
14. A responsabilidade é inteiramente do piloto operador e as regras de utilização do
espaço aéreo condizem ao DECEA [22]. Voo com drones a cima de 250 gramas perto
de pessoas, é necessário comunicado e aceitação do voo pelas pessoas nas
proximidades.
14
4.1 CLASSIFICAÇÃO DE DRONES
Segundo peso máximo de decolagem do equipamento foram feitas três classes para
os drones de uso comercial, corporativo ou experimental (RPA).
15
4.2 OPERAÇÃO E ALCANCE VISUAL
16
Seguro
Para pilotos de operações com aeronaves não tripuladas RPA das classes - 1 (peso
máximo de decolagem de mais de 150 kg) ou 2 (mais de 25 kg e até 150 kg) ou da
classe 3 (até 25 Kg) que pretendam voar acima de 400 pés - serão obrigatórias
licença e habilitação emitidas pela ANAC.
17
Figura 17: Resumo regulamentação ANAC [21]
18
5 PILOTOS DRONES – DECEA
19
Figura 18: Órgãos Regionais do DECEA, [23]
20
6 SEGURANÇA NA INSPEÇÃO COM DRONES
Áreas de atmosfera explosiva são aquelas que possuem uma concentração de gases
ou poeiras que podem entrar em combustão causando drástica devastação em caso de
um acidente. Essas áreas são fontes de grande preocupação em navios e plataformas
offshore.
A fim de identificar o nível potencial de mistura de combustível que uma área corre
risco de possuir, foram criadas classificações dessas áreas, através de normas como a
ABNT NBR IEC 60079 (Associação Brasileira de Normas Técnicas, [25]) e a
DangerousSubstancesandExplosiveAtmospheresRegulations 2002 (Europeia) [26].
Perante a classificação, descreve-se o raio de ação de um possível sinistro, e adota-se
medidas de controle, eliminação ou mitigação de efeitos. O grau de risco de uma área é
classificado como “zona”.
A classificação da área pode ser realizada por analogia direta com instalações
típicas descritas em códigos estabelecidos ou por métodos mais quantitativos que
exigem um conhecimento mais detalhado da planta. O ponto de partida é identificar
fontes de liberação de gás inflamável ou vapor. Estes podem surgir de atividades
constantes; de tempos em tempos em operação normal; ou como resultado de algum
evento não planejado.
21
mas não é útil para libertações de líquidos, onde a taxa de vaporização controla o
tamanho da área de risco.
Zonas
Zona 0: uma área em que uma atmosfera de gás explosivo está presente
continuamente ou por longos períodos;
Zona 2: Uma área em que não é provável que ocorra uma atmosfera de gás
explosivo em operação normal e, se ocorrer, só existirá por um curto período
de tempo.
Várias fontes tentaram colocar limites de tempo para essas zonas, mas nenhuma
delas foi oficialmente adotada. Os valores mais comuns utilizados são:
22
Zona 1: Atmosfera explosiva para mais de 10, mas menos de 1000 h / ano
Para fins de quantificar as definições da zona, esses valores são os mais adequados,
mas, para a maioria das situações, uma abordagem puramente qualitativa é adequada.
Quando as áreas perigosas de uma planta forem classificadas, o restante será definido
como não perigoso, às vezes referido como "áreas seguras".
O espaço confinado é um local não projetado para ocupação humana continua, com
ventilação existente insuficiente para remover contaminantes ou que possa ter
insuficiência ou enriquecimento de oxigênio, que possua meio limitado para entrada e
saída. Sendo assim necessita de regras claras, já que está comumente presente nos
espaços industriais.
23
6.2.1 RISCOS DE ACESSIBILIDADE AO ESPAÇO CONFINADO
O espaço confinado é qualquer lugar que, por ser muito fechado, deixa o
trabalhador em condições de risco, como por exemplo: tanque industrial, tanque de
navio, reator, poço, câmaras ou qualquer outro espaço similar;
Alteração do nível de oxigênio: pode se dar pela presença de outro gás, através
da decomposição de elementos orgânicos, reações químicas, presença de fogo,
etc outros. Com o aumento do nível de oxigênio, o ambiente pode se tornar uma
bomba. Pois, em ambiente rico em oxigênio a ignição do fogo nos materiais
ocorre facilmente.
24
Temperatura no espaço confinado: a temperatura pode variar bruscamente por
causa da falta de ventilação. A utilização de alguns EPI fundamentais, como
máscara de ar, roupas grossas, capacetes e outros, pode contribuir no aumento da
sensação térmica e até mesmo causar desmaios se a temperatura do ambiente
não for controlada.
Uma forma de exemplo é que a manutenção nesses casos, geralmente, costuma ser
de reparo ou troca de componentes de forma periódica independente do estado atual. Ou
só se faz a manutenção corretiva: quebrou, arrumou. A empresa que adotar tais
soluções, não está errada, porque está preocupada em evitar a exposição dos
trabalhadores aos riscos. E acaba compensando em questões operacionais e financeiras.
Equipamentos mais modernos evitam situações que possam ser consideradas como
espaço confinado, como construções e equipamentos em poços. É uma forma de se
ganhar em eficiência e segurança.
Com a chegada dos drones tornou-se possível soluções para melhorar segurança e
eficiência nas operações.
25
precisão) de corrosão, limpeza, soldas, oxidações e desgastes, podendo ainda fazer
inspeções termográficas. Alguns podem ser utilizados em condições de temperaturas
relativamente altas (não extremas), áreas tóxicas ou ainda com escassez de oxigênio.
Visto isso, pode-se ver no capítulo seguinte possíveis aplicações dos drones dentro
do meio naval e offshore.
26
7 DRONES NA ENGENHARIA NAVAL E
OFFSHORE
7.1 MOTIVAÇÕES
Embarcações e plataformas de petróleo tem processos de corrosão de forma crítica
em função do ambiente em que se encontram.
O processo corrosivo é responsável, em geral, por grande parte das falhas dos
equipamentos que compõem as unidades operacionais de uma plataforma de produção
de petróleo e/ou embarcação. A consequência é de paradas não programadas da
unidade, campanhas operacionais mais curtas, tempos prolongados de parada para
manutenção e lucros cessantes. Cerca de 50% dessas falhas em plataformas e
embarcações estão creditadas à corrosão[29]. É um fato, do ponto de vista econômico,
que os prejuízos causados pelos danos de corrosão atingem custos extremamente altos,
tanto diretos como indiretos, resultando em consideráveis desperdícios de
investimento.Às vezes, o valor de um novo material que substituirá o antigo é de vinte a
cinquenta vezes superior. E, as perdas de lucro com a parada das unidades são
estrondosas.
Outros fatores importantes a se considerar é que o uso de drones pode evitar danos
tóxicos e desconfortáveis a saúde das pessoas e a preservação meio-ambiente.
27
Figura 19: Áreas de Inspeção[30]
28
Destaca-se as seguintes vantagens: aumentoda segurança dos trabalhadores, reduz
os custos das inspeções e um menor tempo de inatividade. Uma empresa representante
brasileira, do drone elios é a xd4solutions[32].
Dentre suas aplicações na área naval e offshore estão inspeções em tanques, flare
de plataformas, embarcações e plataformas de forma geral, voids,under decks
instalações elétricas e tubulações.
29
Figura 21: Tolerância de Colisões, [31]
30
8 INSPEÇÃOCONVENCIONALVERSUS INSPEÇÃO
COM DRONE EM FPSO
Como foi dito na Introdução (seção 1) o FPSO (Floating
ProductionStorageandOffloading)é definidocomo uma unidade com funções de
produção, armazenamento e transferência para outros navios. A estrutura do casco do
navio pode ser o projeto de uma nova embarcação ou um projeto de conversão de um
casco de petroleiro. É muito vantajoso por ter grande capacidade de armazenamento de
petróleo. Podem ser realocados em outro local, quando não é mais necessário no campo
petrolífero em que estão atuando.
Duas vantagens entre um FPSO e uma plataforma fixa são: que não são uma
estrutura construída propositalmente, ou seja, ele pode ser convertido de um navio
petroleiro; e os FPSO’s possuem relação custo benefício mais elevada, pois instalações
fixas podem ser utilizadas em apenas um ponto e são mais caras [33].
Um exemplo de FPSO é a plataforma P-54 (Figura22)projetada para atingir 180 mil
barris/dia, tem capacidade para comprimir 6 milhões de metros cúbicos por dia de gás e
estocar até 2 milhões de barris de óleo [33] e [34], contribuindo para a sustentabilidade
da auto suficiência brasileira.
31
Dentre as principais áreas de inspeção de um FPSO tem-se destaque para flare,
casco externo,topside, guindaste e balcão de riser.Identificando melhorflare,topside e
balcão de risers.
33
Figura 25: Pitting, [36]
35
O método de acesso por cordas é feito para inspeções em unidades flutuantes e
navio respeitando regra de inspeções de classificadoras navais. Com o objetivo de
identificar os períodos de inspeções necessário em uma unidade FPSO e os requisitos
mínimos de inspeção será abordada a regra de inspeção de Floating
ProductionInstallations da ABS[37].
O inspetor avaliador deve rever o ISIP para a progressão da pesquisa especial como
parte da Pesquisa Anual - Hull. Esta revisão é verificar se o ISIP está sendo mantido de
acordo com o cronograma ISIP aprovado e se quaisquer ajustes a eles próprios devem
ser levados em consideração à conclusão das reparações identificadas (para a estrutura)
antes da data de vencimento da Inspeção Especial. Seguindo a regra da ABS[37], tem-se
os seguintes períodos de inspeção:
As inspeções anuais devem ser realizadas dentro de três (3) meses antes ou depois
de cada data de aniversário anual do crédito anterior da Inspeção Periódica Anual de
Casco ou da Data de Construção Original.
36
Inspeções Intermediárias (ver Seção 7-2-5)
Pode ser dada uma consideração especial aos requisitos da Inspeção Periódica
Especial no caso de instalações de produção flutuante de design incomum, em lay-upou
em circunstâncias incomuns. A ABS reserva-se o direito de autorizar exceções de
Inspeção Periódica Especial exigidas pela regra em circunstâncias extremas.
Onde aInspeção Periódica Especialé iniciada antes do quarto ano de operação, todaa
inspeção deve ser concluída no prazo de 12 meses se esse trabalho for creditado na
Inspeção Periódica Especial.
37
o Inspeções Continuas
o Inspeções In-line
38
No documento ABS estão abordados os três tipos de inspeções a cima descritos. As
inspeções periódicas especiais não serãodetalhadas nessa pesquisa. A seguir, detalha-se
melhor as inspeções anuais e intermediarias, segundo a regra ABS[37]:
o Estrutura
o Proteção de Aberturas
39
Todos os "dispositivos de fecho de ar" instalados nas plataformas expostas devem
ser examinados externamente, abertos aleatoriamente e sua condição verificada.
Scuppers, entradas e descargas do lado do mar devem ser examinados externamente
como acessíveis, incluindo a sua fixação ao invólucro e às válvulas.
o Proteção da tripulação
o Linha de carga
40
avistadas, encontradas claramente visíveis e recortadas e / ou pintadas,
conforme necessário.
41
o Inspeção de tanques de lastro e tanques combinados de carga /
reator além de tanques de fundo duplos
42
Medição de espessura do casco
Teste de tanque
O método de acesso por corda para inspeção e as regras de inspeção ABS foram
aqui descritos. A inspeção por cordas é um método exaustivo para o trabalhador. Além
disso os tempos de inspeção, por esse método, são longos. Na seção 8.2Inspeção com
Droneserá discutido as inovações em formas de inspeções com drones. E, na seção
Erro! Fonte de referência não encontrada.Erro! Fonte de referência não
encontrada., serão discutidas as vantagens em relação tempo e acessibilidade.
A grande questão de fazer uma inspeção com drone está na otimização do tempo da
mesma. Além, de trazer benefícios de conforto do operador, podendo entrar em espaços
confinados e ir a grandes altitudes sem que o trabalhador esteja preso a uma corda, ou
precise de um andaime para tal. Muitas das vezes essa inspeção e monitoramento
também pode ser feito sem que a embarcação esteja docada.
43
estruturas do que o acesso de corda foi capaz de atingir, e também foi 50% mais barato
do que a inspeção de acesso à corda, [41].
O uso de tecnologia UAV para todas as inspeções visuais e térmicas iniciais faz
com que os operadores sejam necessários para operar o drone e fazer um pós-
processamento de imagens avançado.
8.2.1 FLARE
A Figura 28 mostra inspeção de flare feita pela Sky-Future. Além disso, a Figura
29e Figura 30 uma inspeção feita pela Cyberhawk.
44
Figura 28: Inspeção em Flare Offshore Malaysa – Imagem de Close-up (capturada e
vento de 40 km/h[43]
45
Figura 30: Close-up em Flare, Inspeção Cyber Hawk[44]
Na inspeção feita pela Cyberhawk[44], num flare para a MaerskOil foi comprovado
a economia de custos na inspeção da torre (tipinspection).
A inspeção com uso de drones é rápida e sem desligamento (custo de cerca de12
mil libras), identifica defeitos tipflare com facilidade, assim como defeitos estruturais da
torre,identifica objetos potencialmente caídos, é mais segura, tem perturbação mínima,
resultados imediatos, facilidade de obter close-up’se gravação de vídeos. A Tabela 1
resume os comparativos das duas inspeções.
46
8.2.2 TANQUE FPSO
A inspeção levou um dia para ser concluída, uma tarefa que geralmente abrange 3-4
dias quando se utiliza o acesso à corda, Tabela 2. Ambas as partes estavam interessadas
em desenvolver um método eficaz de inspeção por drones para tanques de óleo de carga
FPSO, bem como outros tanques de embarcações de armazenamento. Disse o Malcolm
Connolly, diretor técnico da Cyberhawk e fundador, de acordo com o comunicado de
imprensa, que "A conclusão bem sucedida deste projeto demonstrou que isso agora é
possível. Não só removemos um dos riscos mais significativos associados à inspeção do
tanque, trabalhando em altura, mas também destacamos as economias significativas de
custo e tempo obtidas pela inspeção via drones[45].
Tanque FPSO Nº Dias
Inspeção Convencional 4
47
Inspeção com Drones 1
Tabela 2: Comparativo Inspeção em Tanque FPSO
48
A partir desse trabalho da Cyberhawkmostrou-se a viabilidade e minimização de
custos com inspeções internas, realizada por drones, em grandes tanques denavios e
unidades como FPSOs, graneleiros, petroleiros, mineraleiros e outros. E, foi
comprovado que drones reduzem o requisito de humanos trabalhar em altura e em
espaços confinados, permitindo que o piloto realize uma primeira auditoria segura do
tanque para que a posterior inspeção e manutenção possam ser priorizadas[46].
8.2.3 UNDERDECK
49
Segundo trabalho feito pela Cyberhawk[46] em Under Deck, um trabalho de acesso
de corda que leva em geral de 119 dias com 6 homens acessando por cordas, foi feito
em em apenas 3 dias, usando apenas 2 pessoas, Tabela 3.
Acesso:
Desafio:
50
O acesso é extremamente difícil;
O ambiente é composto por ventos agressivos e ondas fortes;
Duas plataformas não são iguais - objetos complexos com muitos
obstáculos.
Objetivos:
Questões atuais:
Consumo de tempo;
Envolve o trabalho em altura e entrada no espaço confinado;
Usar drone economiza tempo e reduz significativamente o risco para o
pessoal
Outro trabalho interessante de Under Deck foi feito pela Sky-Future, com drone
operando a condições de vento de 35 quilômetros por hora, como pode ser visto nas
Figura 34, Figura 35 eFigura 36.
51
Figura 34: Inspeção de Under Deck, [43]
52
Figura 36: Inspeção de Under Deck com close-up, [43]
Atualmente, é fácil acoplar e trocar a câmera dos drones feitos para inspeções. A
utilização dos veículos aéreos não tripulados pode fazer parte de um sistema de
prevenção de problemas efetivos. Assim, as imagens térmicas embarcadas em drones
tornaram-se uma ferramenta de manutenção preditiva nos programas de inspeção. As
imagens são usadas para pesquisas de subestações regulares intensivas, bem como
verificações de segurança rápidas de equipamentos energizados antes de iniciar os
53
trabalhos de manutenção. Dessa maneira, se evitará interrupções de serviço
dispendiosas e perdas de equipamentos exorbitantes.
Nesse caso, o drone faz voos de rotina pela manhã e no fim da tarde na área de
construção. Na Figura 38, Figura 39 e Figura 40 são mostrados respectivamente,
imagens do início da construção no segundo, terceiro e quinto dias. As figuras foram
obtidas de apresentação da Japan Ship Technology ResearchAssociation com a
Nippon Foundation conforme referenciado em [48]. O monitoramento de produção
é, até o momento, feito por sistema de assistência visual do homem. O uso de drone
permite uma ampla variedade de dados de monitoramento, esses podem passar em
um processamento de mineração de dados para analises de relações de causa e efeito,
[48]. Também é possível o gerenciamento preditivo de ocorrência de problema.
Pelo lado do estaleiro é possível: a aquisição de dados para garantia de qualidade
do navio; Estabelecimento de monitoramento da produção; E, os dados de operação
e manutenção também são adicionados como dados do ciclo de vida. Pelo lado do
trabalhador é possível que: o layout seja ajustável e adaptado para melhoria das
condições do operário; uma construção e cooperação do sistema de instruções mais
acessível; Eliminação de desnivelamentos e desníveis.
54
Dessa forma, é possível uma alta produtividade com objetivo de melhoria de
qualidade e de segurança no trabalho.
55
Figura 40: Início da construção no quinto dia, [48]
Nessa seção, foi mostrado as atuais aplicações de drones no meio naval e offshore e
alguns de seus benefícios.
No próximo capitulo será abordada a questão da medição de espessura.
9 MEDIÇÃO DE ESPESSURA
A medição de espessura é outro trabalho desafiador na área naval e offshore. Para
fazer essa medição em tanques a embarcação necessita estar docada e perdetempo de
operação e produção. Uma facilidade atual com os drones seria fazer a inspeção visual
da região e identificar pontos onde a corrosão e pitting são mais danosos. Daí então,
fazer medição de espessura nos locais identificados como mais danificados. O intuito é
reduzir o tempo da embarcação parada.
As regiões são adequadas em relação aos seguintes ciclos de vida do navio: Abaixo
de 5 anos; Entre 5 e 10 anos; Entre 10 e 15 anos; E, a cima de 15 anos. Na regra, tabelas
56
de exames de close-up e medidas são dispostas para cada tipo de navio com esses
respectivos tempos.
Os requisitos podem variar com o tipo de navio, idade, tipo da pesquisa. Dentre as
verificações, estão:
1) Medições de espessura:
A seguir, será dado alguns exemplos das regiões requisitadas na regra para medição
de espessura de navios petroleiro de casco duplo.
57
Região de Espessura Mínima Medida de Casco duplo de navios petroleiros e
químicosno período a cima de 15 anos de operação.
58
Figura 42: Close-ups Superestrutura e Proa, Waterand Wind, Fundo e quilha, [49]
Figura 43: Estrutura Interna dos Pique tanques vante e ré, Externo Pique tanuqe de
ré, [49]
59
obter imagens, em curtos períodos de tempo da embarcação operando: de convés, das 3
faixas externas de seção transversal na região de carga, de waterandwind, dos close-ups
na superestrutura e na proa, do chapeamento externo do pique tanque de ré.
No entanto, a classe não abona a medição de espessura. Para isso teria de haver um
drone que fizesse a medição. Já são estudados e pesquisados drones com esse fim.
Mas o drone continua válido para identificação de locais críticos. Uma solução
possível é o drone capturar as imagens da região a ser inspecionada, e as imagens
mostrarem necessidade de medições em determinados locais, aí sim se avalia se é
necessário docar para medição. Ou se forem poucos pontos em regiões que não
precisem de docagem, esse reparo poderia ser feito ainda com a unidade operando.
60
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Já existem softwares com benefícios reais para os pós processamento das imagens,
o que será apresentado de forma sucintano subcapítulo 10.1.
10.1 SOFTWARES
Os softwares Pix4D[50] e DroneDeploy[51]fazem integração com os drones para
processamento das imagens. A partir de um mapeamento (rota que drone ira seguir,
operado e cliente escolhe) pré-planejado dentro do próprio aplicativo do software,
obtém uma disposição de fotos que vão gerar nuvens de pontos dentro do software. A
partir daí geral o objeto em 3D. O objeto 3D pode ser feito através de obtenção de fotos
360º ou obtenção horizontal e vertical do objeto. A vantagem de softwares como esses
são medições do modelo, inspeções, obtenção de volumes, analise estrutural, entre
outros.
61
ficar ligado e é feita no período de um dia ou uma tarde, tendo assim a vantagem de não
perder produção.
Uma inspeção do balcão de riser na corda leva em torno de 5 dias, pode ser feito
junto com inspeção do casco, leva 3 a 5 dias também. A inspeção com drone no balcão
de riser leva 2 dias, e tem garantia de obtenção dos detalhes.
No tanque de carga o drone só faz visual, os detalhes são melhores que na corda. A
obtenção de imagens é mais rápida e tem fácil identificação no ponto onde a
necessidade de reparo é maior. A classe não abona a medição de espessura, mesmo que
o drone verifique que a região não está em estado crítico. O que pode ser feito por meio
de drone é identificações de áreas onde se dever designar maior atenção.
Medição de espessura é obrigatória no tanque de carga pela classe, ainda não existe
drones que façam medição de espessura offshore. Mas já se pensam em soluções como
essa para a indústria offshore. Pois já, existem drones que fazem medição de espessura
onshore em refinaria, silos. A medição de espessura offshore, hoje em dia, ainda
demanda de acesso por cordas.
Pode ser feita a inspeção de FPSO de tanque de lastro novo no primeiro ciclo,
podendo ser quando o navio é convertido em FPSO, quando as fotos obtidas pelo drone
mostra que o tanque está bom para uso a classe abona a necessidade de medição de
espessura. De qualquer forma, para inspeção de tanque de FPSO ou petroleiros existe a
necessidade de limpeza do tanque, e ver estado de chapeamento e pintura.
Hoje a inspeção com drones é para tanques menos críticos, voids, tanques de lastro,
casco externo, under decks, flare’s, topsides, etc. Para tanques mais críticos, como os
tanques de carga o drone ainda é uma tendência. O drone ainda tem dificuldade de
estabilidade para fazer medição de espessura. Existem pesquisas para que esse uso seja
efetivado no futuro.
62
11 REFERÊNCIAS
PWC, “Clarity from above - PwC global report on the commercial applications
5] of drone technology”.
Allianz, “Rise of the Drones - Managing the Unique Risks Associated with
7] Unmanned Aircraft Systems”.
“UAS Raven”.
8]
“Raven Datasheet”.
11
]
“DATAhawk”.
12
]
63
DJI, “Camera Zenmuse X7”.
14
]
64
Health and Safety Executive, Dangerous substances and explosive atmospheres.
26
]
65
]
66
“Pix4D,” [Online]. Available: https://pix4d.com/.
50
]
67