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SÃO LUÍS/MA
2019
VIVIAN GABRIELLE SILVA CORRÊA
____________________________________
SÃO LUÍS/MA
2019
Corrêa, Vivian Gabrielle Silva.
Desenvolvimento e análise comparativa numérico experimental do sistema
de paraquedas de um foguete com 1 km de apogeu / Vivian Gabrielle Silva
Corrêa. – São Luís, 2019.
61 f
CDU: 689:629.76
________________________________________
Prof. Me.: Diógenes Leite Souza
Universidade Estadual do Maranhão
________________________________________
Prof. Me.: Flávio Nunes Pereira
Universidade Estadual do Maranhão
________________________________________
Prof. Me.: Antônio Vinicius Garcia Campos
Universidade Estadual do Maranhão
A ata da defesa com as respectivas assinaturas dos membros encontra-se no processo de vida
acadêmica do aluno.
Dedico este trabalho primeiramente à Deus, que me ajudou a chegar até aqui superando cada
desafio.
Aos meus pais, e meus avós, os quais muito lutaram e me incentivaram a chegar aos meus
objetivos.
Aos meus amigos de sala, com os quais tive momentos memoráveis, e uma grande amizade.
À equipe Carcará Rocket Design, por todas as missões que passamos juntos, cada vitória
alcançada e um grande crescimento intelectual.
Agradecimentos
Agradeço, primeiramente à Deus, pela força, paciência e sabedoria para chegar até
Agradeço, primeiramente à Deus, pela força, paciência e sabedoria para chegar até aqui.
Agradeço à João Victor Rodrigues Naves, Pablo Fhilipe Ferreira e Ferreira, Gerson Santos
Almeida, Alexandre Serpa, Natália das Neves Vidal, Karla R. Mendes, por todo o auxílio para a
construção deste trabalho.
Ao meu orientador, Profº. Me. Diógenes Leite Souza, pela competência, e pelo auxilio
durante todo o processo de construção deste trabalho.
Agradeço a minha mãe, por todo o esforço e dedicação para que eu pudesse concluir a
graduação.
Aos meus amigos, Ianára B. Pimentel Pacheco, Ádira Saffira S. e Silva, Rayanne Pereira
Braga, William Santos Batista, Amaurilio Vital G. Júnor e Adriane Sousa, por todo o apoio durante a
minha graduação.
À sala 2015.1 da Engenharia Mecânica, da qual tenho orgulho de fazer parte, e aos nossos
professores, os quais contribuíram de forma significativa ao nosso crescimento profissional
Resumo
Com o desenvolvimento da tecnologia aeroespacial e a necessidade da diminuição do custo
sobre os lançamentos de veículos espaciais, surge à necessidade de utilização de sistemas de
recuperação para reutilização do foguete. Um dos tipos mais comuns de sistema de
recuperação é por meio de paraquedas, que é definido como um dispositivo responsável pela
redução da velocidade de impacto ao solo durante a queda do veículo. Esse dispositivo é
composto, em geral, por: velame (ou canopy), linhas de suspensão e umbilical. O presente
trabalho tem como finalidade o projeto, análise e fabricação de um paraquedas com base em
dois principais tecidos, o nylon ripstop e a microfibra. Para isto, inicialmente realizou-se o
dimensionamento teórico de um paraquedas com base nos parâmetros do foguete João do
Vale, de apogeu de 1 km, do projeto especial Carcará Rocket Design. Na modelagem
numérica do mesmo, fizeram-se simulações para viabilizar e verificar se os tecidos suportam
as cargas externas sobre o paraquedas provocadas na fase de reentrada do veículo. Também,
realizaram-se testes experimentais nos tecidos, com o objetivo de especificar a resistência ao
rasgo, com base na norma ASTM D2261. Verificou-se que, a partir das simulações e dos
testes experimentais, os dois tecidos suportaram as cargas aplicadas, com o nylon ripstop
sendo superior no quesito resistência, previsível devido sua composição. Apesar disto,
preferiu-se a microfibra para a construção do protótipo, escolhida devido ao custo benefício e
logística de compra.
Abstract
With the development of aerospace technology and the need to lower the cost of space vehicle
launches, the need arises for the use of rocket reuse recovery systems. One of the most
common types of recovery system is parachute, which is defined as a device responsible for
reducing the speed of impact to the ground during the fall of the vehicle. This device is
generally composed of: canopy (or canopy), suspension lines and umbilical. The present work
aims the design, analysis and manufacture of a parachute based on two main fabrics, ripstop
nylon and microfiber. For this, initially the theoretical design of a parachute was performed
based on the parameters of the João do Vale rocket, at a height of 1 km, of the special project
Carcará Rocket Design. In the numerical modeling of the same, simulations were made to
enable and verify if the tissues support the external loads on the parachute caused in the
reentry phase of the vehicle. Also, experimental tests were performed on the tissues, with the
objective of specifying the tear resistance, based on the ASTM D2261 standard. It was
verified that, from the simulations and experimental tests, both fabrics supported the applied
loads, with the ripstop nylon being superior in the resistance, predictable due to its
composition. Despite this, microfibre was preferred for prototype construction, chosen due to
its cost benefit and purchase logistics.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 – Ilustração do foguete Sonda II, responsável pelos testes dos motores do futuro VLS I.
(Adaptado de Palmerio, 2017). ............................................................................................................... 8
Figura 4.1 - Componentes de um paraquedas (Adaptado de POTOLSKI, 2017). ............................... 13
Figura 4.2– Modelo paraquedas Flat circular ribbon (Adaptado de Maydew e Peterson, 1991). ........ 14
Figura 4.3 – Modelo paraquedas Ringslot (Adaptado de Maydew e Peterson, 1991). ........................ 15
Figura 4.4 – Modelo Hemisférico (Adaptado de Maydew e Peterson, 1991. ...................................... 16
Figura 4.5 – Estrutura Ripstop (Adaptado de Botinni, 2016). ............................................................. 18
Figura 4.6 - Distribuição da malha na estrutura ................................................................................... 21
Figura 4.7 - Tipos de elementos de malha (Adaptado de Norton, 2013). ............................................ 22
Figura 5.1 – Fluxograma de execução ................................................................................................. 23
Figura 5.2 – Desenho em CAD, Foguete João do Vale (Adaptado Carcará 2017). ............................. 24
Figura 5.3 - Desenho do projeto dos gomos no Solidworks ................................................................ 26
Figura 6.1 - Projeção do protótipo utilizando o código do MATLAB ................................................. 33
Figura 6.2 - Formato do gomo na planilha Nakka em centímetros ...................................................... 34
Figura 6.3 - Modelo paraquedas em CAD ........................................................................................... 35
Figura 6.4 - Campo de velocidade do escoamento............................................................................... 36
Figura 6.5 - Vista isométrica do escoamento sobre o paraquedas........................................................ 36
Figura 6.6 - Aumento da pressão dentro do Velame ............................................................................ 37
Figura 6.7 - Nylon Ripstop à velocidade de 9 m/s ............................................................................... 38
Figura 6.8 - Nylon Ripstop à velocidade de 15 m/s ............................................................................. 39
Figura 6.9 - Microfibra à velocidade de 9 m/s ..................................................................................... 39
Figura 6.10 - Ponto de máximo na microfibra a 9 m/s ......................................................................... 40
Figura 6.11 - Microfibra à velocidade de 15 m/s ................................................................................. 40
Figura 6.12 - Ponto de máximo na microfibra a 15 m/s ....................................................................... 41
Figura 6.13 - Gráfico de Força x Deformação Microfibra ................................................................... 42
Figura 6.14 - Corpo de prova Microfibra 2, durante o ensaio de rasgo ............................................... 43
Figura 6.15 - Corpos de prova da Microfibra após o ensaio de rasgo .................................................. 44
Figura 6.16 - Gráfico de Força x Deformação Nylon Ripstop ............................................................. 45
Figura 6.17 - Corpo de prova Nylon 1, durante o ensaio de rasgo ....................................................... 46
Figura 6.18 - Corpos de prova do Nylon Ripstop após o ensaio de rasgo ........................................... 47
Figura 6.19 - Protótipo Construído ...................................................................................................... 48
LISTA DE TABELAS
Força de Arrasto N
Coeficiente de Arrasto
Ρ Densidade do ar kg/m3
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 7
2. OBJETIVOS...................................................................................................................... 10
3. JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 11
6. RESULTADOS ................................................................................................................. 32
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 51
1. INTRODUÇÃO
7
Figura 1.1 – Ilustração do foguete Sonda II, responsável pelos testes dos motores do futuro
VLS I. (Adaptado de Palmerio, 2017).
8
1.3. A equipe Carcará Rocket Design
9
2. OBJETIVOS
2.1. Geral
2.2. Específicos
10
3. JUSTIFICATIVA
11
4. REVISÃO TEÓRICA
12
Figura 4.1 - Componentes de um paraquedas (Adaptado de POTOLSKI, 2017).
Os tipos de paraquedas mais utilizados para foguetes amadores são: Fita, Flat circular
ribbon, Ringslot e Hemisférico. Eles são especificados da seguinte forma:
Fita: Possui formato de fita, mais utilizado em minifoguetes de baixo apogeu
(até 50 m);
Flat circular ribbon: Esse tipo de geometria construída demonstra o perfil
inflado do paraquedas plana fita circular. O dossel fica em um plano e consiste em fitas
(também chamadas horizontais) separadas por espaços abertos. Grande parte do arrasto é
gerada pelo diferencial de pressão através das fitas, a partir delas as forças serão transmitidas
aos radiais e irão descer das linhas de suspensão até a carga útil, MAYDEW e PETERSON
(1991).
13
Figura 4.2 – Modelo paraquedas Flat circular ribbon (Adaptado de Maydew e Peterson,
1991).
14
Figura 4.3 – Modelo paraquedas Ringslot (Adaptado de Maydew e Peterson, 1991).
15
Figura 4.4 – Modelo Hemisférico (Adaptado de Maydew e Peterson, 1991.
A fibra têxtil pode ser contínua ou descontinua. As fibras contínuas têm grande
comprimento, como por exemplo, a seda, a qual é um tipo de fibra natural. Quanto a sua
origem ela pode ser natural ou química, um exemplo de fibra química é o poliéster desfiado.
Para que a fibra têxtil venha dispor de excelentes propriedades para a sua fiação e por
seguinte boa tecelagem, ela deve conter um comprimento muito superior à sua espessura,
ARAÚJO, MELO E CASTRO (1984) apud ZAMPOLI (2017).
A boa resistência a tensão, a absorção, o alongamento, a elasticidade, são outras
propriedades da fibra têxtil, além das já citadas como comprimento e espessura, ZAMPOLI
(2017).
16
4.3.2. Microfibra
4.3.3. Poliamida
A poliamida foi a pioneira quanto a produção industrial, além de ser tida como a mais
nobre das fibras sintéticas. Tem como nome comercial: nylon, e como matéria prima o
petróleo, benzeno, ar e água, respectivamente: carbono, nitrogênio, oxigênio e hidrogênio.
Quanto a sua propriedade mecânica, apresenta grande resistência mecânica, possibilitando a
fabricação de dispositivos de segurança, paraquedas, cintos e airbags de segurança e cordas
para alpinismo, através desse material, e na área têxtil ele é muito utilizado para a fabricação
de meias, roupas intimas e artigos esportivos. Outra propriedade desse material, é quanto a
sua baixa absorção de umidade, proporcionando a texturização e um bom acabamento têxtil
(ZAMPOLI, 2017).
4.3.4. Ripstop
‖ ⃗‖ (4.1)
18
(4.2)
(4.3)
(4.4)
√ (4.5)
(4.6)
19
(4.7)
(4.8)
21
Figura 4.7 - Tipos de elementos de malha (Adaptado de Norton, 2013).
5. MATERIAIS E MÉTODOS
Para este projeto foi determinado que o sistema de recuperação tivesse que garantir
segurança do foguete por completo e não somente da carga útil, ou a parte eletrônica, no
momento de sua queda após apogeu máximo. Assim, para o desenvolvimento do trabalho
aqui descrito, utilizaram-se dois principais passos para resolução do problema. O primeiro,
tomado como o inicial, é o projeto teórico, e o segundo o projeto experimental ou validação
experimental. Estes são mostrados na Figura 5.1.
A etapa teórica é a fase inicial, onde serão introduzidos os parâmetros do foguete para
qual o paraquedas será construído. Para isto, necessita-se de dados gerais do veículo
trabalhado, como: massa do veículo, densidade do ar, coeficiente de arrasto e a velocidade de
descida. Neste trabalho, utilizou-se o protótipo João do Vale, produzido pela equipe Carcará
23
Rocket Design, da Universidade Estadual do Maranhão, ilustrado na Figura 5.2.
Figura 5.2 – Desenho em CAD, Foguete João do Vale (Adaptado Carcará 2017).
Grandeza Valor
Massa a ser recuperada 3,5 kg
Diâmetro interno 63 mm
Diâmetro externo 67 mm
Apogeu 1000 m
Grandeza Valor
Velocidade de queda 9 m/s
Gravidade 9,81 m/s²
Densidade do ar 1,1644 kg/m3
Tamanho do spill hole em
20%
relação ao diâmetro projetado
Coeficiente de arrasto 1,5
Instante do acionamento Apogeu
Modelo escolhido Hemisférico
(5.1)
A partir dos parâmetros das Tabelas 5.1 e 5.2, além do resultado do programa em
MATLAB, modelou-se o paraquedas em CAD, utilizando-se o software SOLIDWORKS para
visualização 3D e posterior simulação. Para a construção do protótipo, deve-se dimensionar
primeiramente o gomo, o gomo é cada seção do paraquedas. O modelo inicial do gomo
projetado é ilustrado na Figura 5.3.
25
Figura 5.3 - Desenho do projeto dos gomos no Solidworks
26
5.2.1. Seleção do material
27
Analisaram-se as situações de velocidade de descida em duas situações:
Parâmetros Valores
Velocidade 1 9 m/s
Velocidade 2 15 m/s
Rugosidade da estrutura 30 µm
Umidade do ar 50%
Turbulência 20%
Temperatura 308 K
Pressão atmosférica 1 atm
28
5.2.4. Ensaio de tração
Para o ensaio de tração utilizou-se a norma ASTM D2261 (2017), a qual tem como
método de ensaio a medição do rasgo e a resistência dos tecidos pelo procedimento de língua
(rasgo único) usando uma máquina de tração.
Inicialmente, para o ensaio de tração segundo a norma são necessários pelo menos
cinco corpos de prova, com as dimensões especificadas na Figura 5.4.
Figura 5.4 - Dimensões de corte do tecido para o ensaio de traão segundo a norma ASTM
D2261.
Material Quantidade
Nylon Ripstop 5
Microfibra 5
29
Figura 5.5 - Corpo de prova de Nylon Ripstop, utilizado para teste de tração.
Após a confecção dos corpos de prova, iniciou-se a segunda etapa, o ensaio. Para isso,
fixou-se o corpo na máquina, segundo o que a norma define, e iniciou-se o teste parando a
máquina quando o deslocamento atingir a ruptura total de aproximadamente 75 mm de
deslocamento.
30
Figura 5.7 - Corpo de prova Nylon Ripstop 1, iniciando o ensaio de tração.
Material
Linha de Nylon
Tecido
Ilhós
Escarcela
31
pontilhada de um com a outra parte pontilhada do outro (movimento zigue zague), através de
uma máquina de costura, levando a uma alta resistência ao rasgo, NAKKA (2017).
Para finalizar, adiciona-se nas extremidades do velame, os ilhós e as cordas.
6. RESULTADOS
32
principais resultados fornecidos pelo código. Também, na Figura 6.1, para uma melhor
visualização do protótipo, plotou-se um gráfico de projeção do modelo trabalhado.
Grandeza Valor
Diâmetro 0.7861 m
Área Total 0.47132 m²
Linha de Suspensão 0.9434 cm
Diâmetro Spill Hole 15.72 cm
33
Figura 6.2 - Formato do gomo na planilha Nakka em centímetros
34
Figura 6.3 - Modelo paraquedas em CAD
6.3.1. Fluido
Um dos parâmetros mais importantes para o estudo de CFD, é a malha. Pois a falta de
refinamento da malha pode acarretar em erros nos resultados encontrados. O tipo de elemento
de malha utilizado, foi o tetragonal, com elementos de 9mm, e o metodo numérico utilizado
foi o método de volumes finitos. Aplicou-se um controle de malha na parte interna do
velame, para a obtenção de melhores resultados.
Velocidade e Pressão
35
próximo ao Spill Hole, isso ocorre devido a funcionalidade do orifício, de evitar oscilações no
paraquedas.
6.3.2. Estrutural
37
Nylon Ripstop
38
Figura 6.8 - Nylon Ripstop à velocidade de 15 m/s
Utilizando o mesmo método para o desenvolvimento do paraquedas com tecido de
Nylon Ripstop, aplicou-se no tecido de microfibra. Em seguida, a partir da simulação no
software, obtiveram-se as tensões e deformações da estrutura, conforme mostra as Figuras
abaixo:
39
Figura 6.10 - Ponto de máximo na microfibra a 9 m/s
40
Figura 6.12 - Ponto de máximo na microfibra a 15 m/s
Na Tabela 6.2, pode-se observar que o Nylon obteve resistência mais elevada quando
comparado a microfibra. Como previsto nas propriedades mecânicas dos materiais. Durante a
simulação, os dois suportaram as cargas exercidas, e não houve ruptura do paraquedas.
41
Figura 6.13 - Gráfico de Força x Deformação Microfibra
42
Figura 6.14 - Corpo de prova Microfibra 2, durante o ensaio de rasgo
Percebe-se que, devido à sensibilidade da máquina utilizada para o teste, por ser mais
adequada para ensaios em aços, houve rompimento precoce do corpo de prova 2 (dois), não
chegando até o limite estabelecido pela norma. Nota-se com o gráfico gerado pela máquina
que, a microfibra apresenta uma boa elasticidade sem o rompimento com uma mesma força
aplicada, estabilizando-se em torno de 20 mm de deformação. A Tabela 6.3 apresenta os
pontos máximos de força aplicada em cada corpo de prova.
43
Tabela 6.3 – Pontos máximos de força aplicados nos corpos de prova da Microfibra
Para o tecido de Nylon Ripstop foram obtidos os gráficos mostrados na Figura 6.14,
relativos aos 5 (cinco) corpos de prova.
44
Figura 6.16 - Gráfico de Força x Deformação Nylon Ripstop
45
Figura 6.17 - Corpo de prova Nylon 1, durante o ensaio de rasgo
Tabela 6.4 – Pontos máximos de força aplicados nos corpos de prova do Nylon
46
Figura 6.18 - Corpos de prova do Nylon Ripstop após o ensaio de rasgo
47
Figura 6.19 - Protótipo Construído
48
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base no projeto e desenvolvimento do protótipo aqui descrito, este trabalho busca
projetar, avaliar e comparar os parâmetros para construção do paraquedas de um veículo
espacial de pequeno porte. Além disso, buscou-se fabricar o modelo final com base nos
resultados obtidos considerando as melhores características do material do paraquedas.
A partir da elaboração do protótipo em CAD, pôde-se observar a vantagem do nylon
ripstop em relação à microfibra, quanto à tensão de escoamento suportada. Levando em
consideração as tensões de escoamento dos materiais, se previa que o nylon ripstop se
sobressairia, por possuir um maior limite de resistência, pelo fato da composição e camadas
do material. Também, durante à simulação, percebe-se que ambos os materiais suportaram às
mesmas situações de cargas externas submetidas e não romperam, mas, o nylon ripstop se
sobressaindo como material.
Para os ensaios realizados, a partir da norma ASTM D2261, obteve-se os 10 gráficos
relativos aos 5 corpos de prova de microfibra e 5 corpos de prova de Nylon Ripstop. Com
isso, observou-se que o Nylon continuou sendo superior a microfibra, devido ao suporte de
cargas maiores sem o rompimento. Também, apesar de uma menor resistência se comparar
com o nylon, a microfibra apresentou uma maior elasticidade, tendo uma maior deformação
com a mesma força aplicada.
Para o presente trabalho, optou-se pela utilização da microfibra, pois, apesar de
uma menor resistência ao rasgo, a microfibra resiste aos esforços submetidos durante a
descida. Além disso, escolheu-se o tecido pelo maior custo benefício e maior logística na
compra.
49
8. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
50
REFERÊNCIAS
ASTM – American Society for Testing Materials. ASTM D2261 – 13 – Standard Test
Method for Tearing Strength of Fabrics by the Tongue (Single Rip) Procedure (Constant-
Rate-of-Extension Tensile Testing Machine). In Annual Book of ASTM Standards, 2017.
BOTINNI, E. C. Análises das propriedades têxteis dos tecidos para vestimenta militar.
2016. 84 p. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro
de Tecnologia, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecâpezznica. Natal, RN, 2018.
51
Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial tem novo diretor geral. Força
Aérea Brasileira, 02 de fevereiro de 2019. Disponível em:
<http://www.fab.mil.br/noticias/mostra/33485/TRANSMISS%C3%83O%20DE%20CARGO
%20%20Departamento%20de%20Ci%C3%AAncia%20e%20Tecnologia%20Aeroespacial%
20tem%20novo%20diretor-geral>. Acesso em: 05 set. 2019.
GARCIA; Amauri; SPIM; Jaime Alvares; SANTOS; Carlos Alexandre dos. Ensaios
dos materiais. Rio de Janeiro: LTC, c2000. 247 p.
GURUSWAMY, G.P. “Fast Database Generation for Parachute Cluster Design Using
Navier-Stokes Equations on Supercomputers.” In Anais 23rd AIAA Aerodynamic Decelerator
Systems Technology Conference. Daytona Beach, FL.
52
NAKKA, Richard. Parachute Design and Construction. 2017. Disponível em
<http://www.nakka-rocketry.net/paracon.html>. Acesso: 15 set. 2019.
OWEN, S.J., A survey of unstructured mesh generation technology, in: Proc. 7th
Internat. Meshing Roundtable, Dearborn, MI, USA, October 1998.
Whats is LASC?. Latin American Space Challenge, São Paulo, 2019. Disponível em:
<http://lasc.space/what-is-lasc/>. Acesso em: 05 set. 2019.