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Rio de Janeiro
Dezembro de 2015
i
MODELAGEM NUMÉRICA DE ADENSAMENTO POR VÁCUO EM ATERRO
EXPERIMENTAL SOBRE SOLO MOLE ESTRUTURADO
Examinada por:
iii
Agradecimentos
À minha esposa Renata, pessoa com quem escolhi viver, pelo seu amor,
companheirismo, apoio incondicional e por compreender as dificuldades vividas
durante o período de desenvolvimento da tese. À nossa filha Giovanna que, mesmo
antes de nascer, já trouxe alegria e felicidade para nossa família. À meus pais, irmãos
e parentes pelo simples fato de existirem e serem especiais para mim, pelos
pensamentos positivos e incentivo fundamentais para a conclusão da pesquisa.
iv
Resumo da Tese apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos necessários
para a obtenção do grau de Doutor em Ciências (D.Sc.)
Dezembro /2015
December/2015
The main objective of the present study is to develop the knowledge of the
mechanisms involved with soft soils improvement using vacuum pre-loading method by
comparison of the analytical and numerical solutions with a full scale case involving a
Canadian structured clay (test embankment of Saint-Roch-of-l'Achigan clay). The
literature review includes analytical solutions, constitutive models, and relevant aspects
necessary for conducting analytical and numerical calculations in a realistic way. To
carry out the numerical calculation, COPPE and Plaxis program development team
worked together in a numerical routine capable to represent the relevant issues of this
type of loading in the Plaxis program. The results showed that the analytical methods
can be used to determine the magnitude of settlement even when involving complex
cases. However, uncertainty the consolidation coefficients (cv) cause significant
differences in the settlement calculations. The numerical analysis has provided more
precise results for the analysis since all physical processes and numerical aspects are
previously understood. The numerical results demonstrated a good capability of the S-
CLAY1S constitutive model for simulation of the stress-strain behavior of the structured
clay of Saint-Roch-de-l'Achigan.
vi
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 1
viii
5.3 VALIDAÇÃO DOS PARÂMETROS DO SOLO UTILIZANDO OS MODELOS S-CLAY1S E
MODELO CAM-CLAY MODIFICADO ................................................................................................ 84
x
Lista de Figuras
FIGURA 2-1: SUPERFÍCIE DE ESCOAMENTO E DOMÍNIOS ELÁSTICO, PLÁSTICO E ELASTOPLÁSTICO......... 8
FIGURA 2-2 – DIFERENÇA ENTRE LEI DE FLUXO ASSOCIADA E NÃO ASSOCIADA. ................................. 11
FIGURA 2-3 – EXEMPLO DE COMPORTAMENTO DE MATERIAIS COM ENDURECIMENTO, AMOLECIMENTO E
MATERIAIS PERFEITAMENTE PLÁSTICOS. .................................................................................. 12
FIGURA 3-5- ESQUEMA DO CILINDRO DE SOLO COM DRENO VERTICAL (HANSBO, 1979). .................. 40
FIGURA 3-6 – CONVERSÃO DA CÉLULA UNITÁRIA AXISSIMÉTRICAS PARA O ESTADO PLANO DE
DEFORMAÇÕES (INDRARATNA E REDANA , 1997). ............................................................. 43
FIGURA 3-7 – CONDIÇÕES DE CONTORNO NA CÉLULA UNITÁRIA PARA CARREGAMENTO DE VÁCUO. ..... 47
FIGURA 4-1 - LOCALIZAÇÃO DO SÍTIO EXPERIMENTAL DE SAINT-ROCH-DE-L'ACHIGAN (MARQUES,
2001) ................................................................................................................................... 52
FIGURA 4-2 - CARACTERÍSTICAS GEOTÉCNICAS DO DEPÓSITO ARGILOSO - SAINT-ROCH-DE-L'ACHIGAN
(MARQUES, 2001). ............................................................................................................. 54
FIGURA 4-3 - PERFIL DE PORO-PRESSÃO INICIAL - SAINT-ROCH-DE-L'ACHIGAN (MARQUES, 2001).. 54
FIGURA 4-4 - ENSAIOS DE PIEZOCONE PZ1 A PZ4: RESISTÊNCIA DE PONTA E PORO-PRESSÃO EM
FUNÇÃO DA PROFUNDIDADE (MARQUES, 2001). ................................................................... 55
FIGURA 4-6 - CAMINHOS DE TENSÕES TEMP. 10, 20 E 50ºC - DOMÍNIO NORMALMENTE ADENSADO
(MARQUES, 2001). ................................................................................................................ 58
FIGURA 4-7 - CURVAS DE COMPRESSÃO ISOTRÓPICA, CAMINHOS DE TENSÕES E CURVAS DE TENSÃO-
DEFORMAÇÃO DO ENSAIO CIU2 (MARQUES, 2001)............................................................... 61
2001). .................................................................................................................................. 62
FIGURA 4-9 - VARIAÇÃO DA TENSÃO DE SOBREADENSAMENTO NORMALIZADA EM FUNÇÃO DA
TEMPERATURA. (MARQUES 2001). ...................................................................................... 64
xi
FIGURA 4-10 - VARIAÇÃO DA TENSÃO DE SOBREADENSAMENTO EM FUNÇÃO DA VELOCIDADE DE
DEFORMAÇÃO VERTICAL - ENSAIOS CRS (ADAPTADO DE MARQUES (2001)). ......................... 64
FIGURA 4-16 – VARIAÇÃO DA SUCÇÃO APLICADA NOS DRENOS X TEMPO (ADAPTADO DE MARQUES,
(2001)) ................................................................................................................................. 73
FIGURA 4-17 – VARIAÇÃO DAS PORO-PRESSÕES REGISTRADAS PELOS PIEZÔMETROS UA4 E UB4 A
UMA PROFUNDIDADE DE 6,8M (MARQUES, 2001) .................................................................. 73
xii
FIGURA 6-2 - MODELO B1 (A); MODELO B2 (B). ............................................................................ 101
FIGURA 6-3 – MODELO A1 - MALHA DE ELEMENTOS FINITOS (A) E CONDIÇÕES DE FLUXO (B). .......... 102
FIGURA 6-4 – MODELO A2 - MALHA DE ELEMENTOS FINITOS (A) E CONDIÇÕES DE FLUXO (B). .......... 103
FIGURA 6-5 – MODELO B1 - MALHA DE ELEMENTOS FINITOS (A) E CONDIÇÕES DE FLUXO (B). ........... 104
FIGURA 6-6 – MODELOS B2 - MALHA DE ELEMENTOS FINITOS (A) E CONDIÇÕES DE FLUXO (B). ........ 105
FIGURA 6-7 – COMPARAÇÃO ENTRE O PERFIL DE PORO-PRESSÕES DE CAMPO, O HIDROSTÁTICO E O
UTILIZADO NOS MODELOS NUMÉRICOS. .................................................................................. 106
FIGURA 6-9 – VISÃO GERAL DA TELA DE DEFINIÇÃO DAS ETAPAS DE CÁLCULO. ................................ 109
FIGURA 6-10 – CONDIÇÃO INICIAL PARA A GERAÇÃO DO ESTADO DE TENSÕES INICIAIS DOS MODELOS A1
E A2.................................................................................................................................... 110
FIGURA 6-11 – CONDIÇÃO INICIAL PARA A GERAÇÃO DO ESTADO DE TENSÕES INICIAIS DOS MODELOS B1
E B2.................................................................................................................................... 111
FIGURA 6-29 – DESLOCAMENTOS VERTICAIS MODELO B2: SEÇÃO HORIZONTAL AO LONGO DA BASE DO
ATERRO (A) E SEÇÃO VERTICAL AO LONGO DO EIXO COM A PROFUNDIDADE (B). ....................... 129
xiii
FIGURA 6-32 - DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS AO FINAL DA FASE 18: B1 (A), B2 (B). ..................... 132
FIGURA 6-33 - DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS NO TEMPO PARA O MODELO B2. ............................. 133
FIGURA 6-34 - DEFORMAÇÕES ESPECÍFICAS VERTICAIS AO FINAL DA FASE 18: (A) B1 E (B) B2. ....... 134
FIGURA 6-35 – DEFORMAÇÕES ESPECÍFICAS VERTICAIS PARA O MODELO B2. ................................. 135
FIGURA 6-36 – PORO-PRESSÕES FINAL DA FASE 18 DE CALCULO: MODELO B1 (A) E MODELO B2 (B).
........................................................................................................................................... 137
FIGURA 6-37 – VARIAÇÃO DAS PORO-PRESSÕES NO TEMPO PARA O PONTO UA1 (2,3; -2,5) (A) E UA2
(1,15; -3,9) (B). ................................................................................................................... 138
FIGURA 6-38 – VARIAÇÃO DAS PORO-PRESSÕES NO TEMPO PARA O PONTO UA3 (0,0; -5,4) (A) E UA4
(0,0; -6,8) (B). ..................................................................................................................... 140
FIGURA 6-39 - CURVA DE COMPRESSÃO DAS CAMADAS 1A (A), 2A (B) E 3A (C): CALCULADAS MODELO
B2 X “IN SUTU” X ENSAIOS OEDOMÉTRICOS A PROFUNDIDADES EQUIVALENTES ........................ 143
FIGURA 6-40 - CAMINHOS DE TENSÕES NO PLANO S' - T: CARREGAMENTO DE UM ATERRO
CONVENCIONAL E POR VÁCUO NO CENTRO DO ATERRO (MARQUES 2001). .............................. 145
FIGURA A4-0-1 (A) E (B) – APRESENTAÇÃO TELA DE CRIAÇÃO DE UM NOVO MODELO. ...................... 196
FIGURA A4-0-2 – APRESENTAÇÃO DAS TELAS DE CRIAÇÃO DE MATÉRIAS (A) E DEFINIÇÃO DA
ESTRATIGRAFIA DO PROBLEMA (B). ....................................................................................... 197
FIGURA A4-0-3 – APRESENTAÇÃO DA TELA DE DEFINIÇÃO DA GEOMETRIA DO PROBLEMA. ............... 197
FIGURA A4-0-4 – APRESENTAÇÃO DA TELA DE GERAÇÃO DA MALHA E EXEMPLO DE UMA MALHA
GERADA. ............................................................................................................................. 198
FIGURA A4-0-5 – APRESENTAÇÃO DA TELA DE DETERMINAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE CONTORNO
RELACIONADAS AO FLUXO..................................................................................................... 199
xiv
CÁLCULO DOS RECALQUES; (C) FATOR DE INFLUÊNCIA I PARA CARREGAMENTO TRAPEZOIDAL
xv
Lista de Tabelas
TABELA 1-1- MÉTODOS CONSTRUTIVOS DE ATERROS SOBRE SOLOS MOLES. ....................................... 2
TABELA 4-1 - RESUMO DOS ENSAIOS OEDOMÉTRICOS (MARQUES, 2001) ...................................... 57
TABELA 4-2 - ENSAIOS TRIAXIAIS DE COMPRESSÃO ISOTRÓPICA , CIU (MARQUES, 2001) . ............ 57
TABELA 4-3 - RESUMO DOS RESULTADOS DOS ENSAIOS TRIAXIAIS CAU (VAR. TEMP.) (MARQUES,
2001). .................................................................................................................................. 59
TABELA 4-4 - RESUMO DOS RESULTADOS DOS ENSAIOS TRIAXIAIS CIU (VAR. TEMP.) (MARQUES,
2001). .................................................................................................................................. 60
TABELA 4-5 – PROFUNDIDADE DE INSTALAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DO ATERRO TESTE A. (MARQUES,
2001) ................................................................................................................................... 68
TABELA 4-6 – CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ATERRO A (ADAPTADO DE
MARQUES (2001) ............................................................................................................... 71
TABELA 5-1 PARÂMETROS UTILIZADOS PARA A CROSTA ARGILOSA. ................................................... 80
TABELA 5-2 – PARÂMETROS DEFINIDOS PARA A CAMADA DE ARGILA. ................................................ 81
TABELA 5-3 - PARÂMETROS UTILIZADOS PARA O TILL. ...................................................................... 82
TABELA 5-4 - PARÂMETROS DO MODELO MOHR-COLOUMB UTILIZADOS PARA A AREIA E O PEDREGULHO.
............................................................................................................................................. 82
TABELA 5-5 – RESUMO DOS MODELOS CONSTITUTIVOS E PARÂMETROS DEFINIDOS PARA AS CAMADAS E
SOLOS. .................................................................................................................................. 83
TABELA 6-1 – VALORES CORRIGIDOS DE OCR, KO E Σ´P UTILIZADOS NAS ANÁLISES NUMÉRICAS. ...... 109
TABELA 6-2 – CARACTERÍSTICAS DAS FASES E CÁLCULO. .............................................................. 118
TABELA 6-3 – COEFICIENTES DE ADENSAMENTO CALCULADOS POR MARQUES (2001).................. 120
TABELA 6-4 – RECALQUES CALCULADOS PELO MÉTODO ANALÍTICO. ............................................... 122
xvi
Lista de Símbolos
Capítulo 02
𝝈′ 𝟏 +𝝈′ 𝟐 +𝝈′ 𝟑 )
p´- tensão normal média efetiva = .
𝟑
𝑣 - volume específico.
xvii
𝜆𝑖 - l.a.i. intrínseca para solos remoldados no plano e: ln p´.
η - q / p´.
“a” e “b” - Parâmetro do modelo S-CLAY1S que são constantes do solo que
controlam a taxa de degradação da estruturação.
A - a área de tratamento.
xviii
𝑘ℎ𝑝 - condutividade hidráulica horizontal do solo no estado plano de
deformações
t – tempo.
Th - fator tempo.
s - ds/dw.
n - de/dw .
z – profundidade.
𝑢̅ − poro-pressão no tempo t.
n= re / rw.
Capítulo 03
𝐴 - área de tratamento.
̅ - Percentual de adensamento.
𝑈
𝑡 – tempo.
e - índice de vazios.
n - de/dw.
z – profundidade.
𝑢̅ - poro-pressão no tempo t.
Capítulo 05
dw - diâmetro do dreno.
xxi
Kh - valores dos coeficientes de permeabilidade definido pelos ensaios de
laboratório para a direção horizontal.
Capítulo 06
xxii
1 INTRODUÇÃO
1
Tabela 1-1- Métodos construtivos de aterros sobre solos moles.
3
Para vencer tais desafios, após uma vasta revisão das ferramentas disponíveis,
foram selecionados o programa Plaxis e o modelo constitutivo S-CLAY1S para a
simulação do caso proposto.
5
Anexo 5 – Apresenta a tabela para o cálculo de influência de carregamento
trapezoidal proposto por POULOS e DAVIS (1974).
6
2 MODELOS ELASTOPLÁSTICOS PARA SOLOS
ESTRUTURADOS
2.1 INTRODUÇÃO
A estruturação existente na argila onde foi construído o aterro teste de Saint-
Roch-de-l'Achigan (MARQUES, 2001) fez com que se buscasse a utilização de
modelos constitutivos capazes de representar estas importantes características do
solo durante as simulações numéricas.
Equação 2-1
7
2.2.2 FUNÇÃO DE ESCOAMENTO (F)
𝐹({𝜎´}, {𝒉}) = 0
Equação 2-2
𝐹({𝜎´}, {𝒉})
8
Usualmente a equação da superfície de escoamento é representada através
das tensões principais. Para problemas geotécnicos, contudo, p´e q são usualmente
utilizados para representar os estado de tensões (WOOD, 1990; ATKINSON e
BRANSBY, 1978) e determinar a equação de escoamento.
𝐹(𝑝´, 𝑞, 𝑝´0 ) = 0
Equação 2-3
sendo:
𝑔({𝜎´}, {𝒎}) = 0
Equação 2-4
Ou no espaço triaxial:
𝑔(𝑝´, 𝑞, 𝑚) = 0
Equação 2-5
sendo {𝒎} o vetor dos parâmetros de estado que controla o tamanho da superfície de
potencial plástico.
Além disso, ainda é necessária a definição de uma lei de fluxo, que tem grande
importância na elaboração dos modelos constitutivos, uma vez que influencia de
maneira significativa as variações de volume e os esforços. A lei de fluxo pode ser
apresentada conforme a equação abaixo:
9
𝜕𝑔({𝜎´},{𝒎})
{∆𝜀 𝑝 } = 𝛬
𝜕𝜎´𝑖
Equação 2-6
sendo:
𝜕𝑔({𝜎´},{𝒎})
: Controla a “direção” das deformações plásticas. O vetor de deformações
𝜕𝜎´𝑖
𝑝 𝜕𝑔 𝑝 𝜕𝑔
𝑑𝜀𝑝´ = 𝑑𝛬 , 𝑑𝜀𝑞 = 𝑑𝛬
𝜕𝑝´ 𝜕𝑞
Equação 2-7
10
Figura 2-2 – Diferença entre lei de fluxo associada e não associada.
11
Figura 2-3 – Exemplo de comportamento de materiais com endurecimento, amolecimento e materiais
perfeitamente plásticos.
Equação 2-8
Equação 2-9
12
{∆𝜎´} = [𝑫𝑒 ] {∆𝜀 𝑒 }
Equação 2-10
Equação 2-11
𝜕𝑔
{∆𝜎´} = [𝑫𝑒 ]{∆𝜀 } − 𝛬 [𝑫𝑒 ] { }
𝜕𝜎´𝑖
Equação 2-12
𝐹({𝜎´}, {𝒉}) = 0
Equação 2-13
𝑑𝐹({𝜎´}, {𝒉}) = 0
Equação 2-14
A Equação 2-14 pode também ser expressa, utilizando a regra da cadeia, por:
𝜕𝐹 𝑇 𝜕𝐹 𝑇
𝑑𝐹({𝜎´}, {𝒉}) = { { }
} ∆𝜎´ + { } {∆𝒉} = 0
𝜕𝜎𝑖 ´ 𝜕ℎ
Equação 2-15
13
𝜕𝐹 𝑇
{ } [𝑫𝑒 ]{∆𝜀 }
𝜕𝜎𝑖 ´
𝛬=
𝜕𝐹 𝑇 𝜕𝑔
{ } [𝑫𝑒 ] { }+𝐻
𝜕𝜎𝑖 ´ 𝜕𝜎´𝑖
Equação 2-16
sendo:
1 𝜕𝐹 𝑇
𝐻 = − { } {∆𝒉}
𝛬 𝜕ℎ
Equação 2-17
𝜕𝑔 𝜕𝐹 𝑇
[𝑫𝑒 ] { }{ } [𝑫𝑒 ]{∆𝜀 }
𝜕𝜎´𝑖 𝜕𝜎𝑖 ´
{∆𝜎´} = [𝑫𝑒 ] {∆𝜀 } −
𝜕𝐹 𝑇 𝜕𝑔
{ } [𝑫𝑒 ] { }+𝐻
𝜕𝜎𝑖 ´ 𝜕𝜎´𝑖
Equação 2-18
𝜕𝑔 𝜕𝐹 𝑇
[𝑫𝑒 ] { }{ } [𝑫𝑒 ]
𝑒𝑝 𝑒 𝜕𝜎´𝑖 𝜕𝜎𝑖 ´
[𝑫 ] = [𝑫 ] − 𝑇
𝜕𝐹 𝜕𝑔
{ } [𝑫𝑒 ] { } + 𝐻
𝜕𝜎𝑖 ´ 𝜕𝜎´𝑖
Equação 2-19
2.3.1 INTRODUÇÃO
14
autores (e.g. WOOD, 1990; ATKINSON e BRANSBY, 1978), sendo adequadamente
resumida por HELWANY (2007), e desta forma não será apresentada em detalhes
neste documento.
15
A seguir os modelos S-CLAY1 e S-CLAY1S serão apresentados através de
suas equações no espaço triaxial. A generalização do modelo para o espaço 3D pode
ser visualizada em KARSTUNEN et al. (2005); WHELLER et al. (2003). O Anexo 2
apresenta um resumo da generalização do modelo S-CLAY1S para o espaço 3D.
𝑒 𝑑𝑝´
𝑑𝜀𝑝´ =𝜅
𝑣 𝑝´
Equação 2-20
𝑑𝑞
𝑑𝜀𝑞𝑒 =
3𝐺´
Equação 2-21
sendo:
q = tensão cisalhante ;
16
As simplificações adotadas para o regime elástico podem gerar
comportamentos não realísticos em solos fortemente sobreadensados, nos quais a
não linearidade em pequenas deformações é usualmente importante.
Equação 2-22
sendo:
q M
17
O valor de α representa o grau de anisotropia plástica existente no solo.
Quando α = 0, o comportamento do solo é isotópico e a Equação 2-22 tornar-se a
equação da superfície de escoamento do modelo Cam-clay modificado (CCM).
6𝑠𝑒𝑛(∅´)
Diferentes valores de M podem ser adotados para compressão (𝑀𝑐 = )
3−𝑠𝑒𝑛(∅´)
6𝑠𝑒𝑛(∅´)
e extensão (𝑀𝑒 = ). Tal consideração pode ser facilmente feita através da
3+𝑠𝑒𝑛(∅´)
mudança dos valores de Mc para Me quando (η – α) varia de positivo para negativo (ou
seja, abaixo ou acima da linha α). A simples alteração dos valores de M quando da
alteração do estado de tensões da condição de compressão para extensão pode
resultar em descontinuidades indesejadas na superfície de escoamento. Maiores
informações podem ser obtidas em WHEELER et al.(1999).
𝑝´𝑚 = (1 + 𝜒) 𝑝´𝑚𝑖
Equação 2-23
18
Superfície de escoamento solo natural
q estruturado
𝑝 𝑑𝐺 𝑑𝐹
𝜀𝑝´ = 𝑑𝛬 = 𝑑𝛬
𝑑𝑝´ 𝑑𝑝´
Equação 2-24
𝑝 𝑑𝐺 𝑑𝐹
𝑑𝜀𝑞 = 𝑑 𝛬 = 𝑑𝛬
𝑑𝑞 𝑑𝑞
Equação 2-25
𝑝 𝑑𝐺 𝑑𝐹
𝑑𝜀𝑞 𝑑𝛬 2(𝜂 − 𝛼)
𝑑𝑞 𝑑𝑞
𝑝 = 𝑑𝐺 = 𝑑𝐹 =
𝑑𝜀𝑝´ 𝑑𝛬 𝑀2 − 𝜂2
𝑑𝑝´ 𝑑𝑝´
Equação 2-26
sendo: η = q / p´
19
2.3.6 LEI DE ENDURECIMENTO /AMOLECIMENTO (S-CLAY1 E S-CLAY1S)
𝑝
𝑣. 𝑝´𝑚 . 𝑑𝜀𝑝´
𝑑𝑝´𝑚 =
𝜆− 𝜅
Equação 2-27
sendo:
𝑝
𝑣. 𝑝´𝑚𝑖 . 𝑑𝜀𝑝´
𝑑𝑝´𝑚𝑖 =
𝜆𝑖 − 𝜅
Equação 2-28
sendo:
20
Figura 2-6 – Definição da l.a.i. intrínseca no plano e : ln p´.
𝑝 𝑝
𝑑𝛼 = 𝜇[(𝜒𝑣 (𝜂) − 𝛼). 〈𝑑𝜀𝑣 〉 + 𝛽. (𝜒𝑠 (𝜂) − 𝛼). |𝑑𝜀𝑠 |]
Equação 2-29
sendo:
21
Quando o estado crítico é atingido (η = M), as deformações plásticas cisalhantes
continuam sem a evolução das deformações volumétricas plásticas. Neste ponto, o
valor de equilíbrio de α é dado inteiramente por χs(η), o que sugere que α = M/3 no
estado crítico.
3𝜂 𝑝 𝜂 𝑝
𝑑𝛼 = 𝜇 [( − 𝛼) . 〈𝑑𝜀𝑣 〉 + 𝛽. ( − 𝛼) . |𝑑𝜀𝑠 |]
4 3
Equação 2-30
Equação 2-31
Equação 2-32
22
condições iniciais do solo: índice de vazios (e) e os valores iniciais dos parâmetros
p´mi, α0, and 𝜒0.
2
𝜂𝑘𝑜 + 3𝜂𝑘𝑜 − 𝑀2
𝛼𝑘𝑜 =
3
Equação 2-33
23
sendo:
𝑝´ 𝜎´𝑣𝑜 (1 − 𝑘𝑜 ) 3(1 − 𝑘𝑜 )
𝜂𝑘𝑜 = = 𝜎´ (1+2𝑘 ) =
𝑞 𝑣𝑜 𝑜 1 + 2𝑘𝑜
3
Uma vez que M e ηko (para argilas normalmente adensadas) podem ser
representados exclusivamente em termos do ângulo de atrito no estado crítico ϕ´, a
Equação 2-33 indica que 𝛼𝑘𝑜 , para argilas normalmente adensadas ou levemente
sobreadensadas, está unicamente relacionada ao ângulo de atrito no estado crítico
(ϕ´).
Equação 2-34
1 + 𝑒 10𝑀2 − 2𝛼𝑘0 𝛽
𝜇= ln
𝜆 𝑀2 − 2𝛼𝑘0 𝛽
Equação 2-35
10 20
≤𝜇≤
𝜆 𝜆
Equação 2-36
25
KOSKINEN et al. (2002) propuseram um método alternativo para a
determinação de χ0 baseado na sensitividade (St) medida através do ensaio de cone
sueco, utilizando a Equação 2-37.
𝜒0 ≈ 𝑆𝑡 − 1
Equação 2-37
27
3 CARREGAMENTO POR VÁCUO NO ADENSAMENTO DE
SOLOS MOLES
3.1 INTRODUÇÃO
O carregamento tradicional, na prática, é aplicado através da construção de
aterros com ou sem sistemas de drenagem vertical. Contudo, quando o engenheiro se
depara com problemas de estabilidade, escassez de material de empréstimo,
problemas ambientais relacionados a áreas de bota-fora, escassez de tempo ou
limitações relativas a deslocamentos horizontais, a utilização do carregamento por
vácuo ou a uma combinação entre o carregamento tradicional e carregamento por
vácuo podem se tornar particularmente interessantes para a melhoria das condições
mecânicas em depósitos de argilas moles.
28
utilizados para a previsão de recalques e deformações horizontais induzidas, assim
como os sistemas de aplicação de vácuo existentes e suas particularidades.
29
b) A combinação do carregamento tradicional com carregamento por vácuo
(Figura 3-1): a combinação destes dois tipos de carregamento pode aumentar
significativamente a tensão e reduzir os deslocamentos horizontais gerados
(INDRARATNA et al., 2005). Contudo, após a instalação do carregamento tradicional,
qualquer tipo de falha na estanqueidade do sistema, ocasionada por dano na
membrana impermeável, não pode ser facilmente identificada e reparada.
Consequentemente, a eficiência do sistema de carregamento por vácuo pode ser
significativamente reduzida em casos de danos sistemáticos nas membranas
impermeáveis (BERGADO et al., 1998).
Figura 3-1-Esquema do carregamento por vácuo com membrana geossintética. (MAGNAN, 1994).
30
para o solo, promove a interface entre o PDV, usualmente retangular, e o sistema de
bombeamento, usualmente circular.
Figura 3-2 – Esquema do carregamento por vácuo CPDV – adaptado de CHAI e CARTER (2011).
31
Segundo CHAI et al. (2008), essa espessura pode ser estimada através da
Equação 3-1 que admite a pressão de vácuo na base da camada selante igual à
pressão de vácuo aplicada nos drenos (Pvac) e como sendo igual a zero a pressão no
topo desta camada.
𝑃𝑣𝑎𝑐
𝐻𝑠 = ( ) . 𝑘𝑎𝑟 . 𝐴
𝛾𝑤 . 𝑄𝑎
Equação 3-1
sendo:
32
A seguir são presentados aspectos relevantes, que devem ser levados em
consideração durante qualquer análise ou simulação.
O maior espaçamento registrado para PDVs foi entre 1,5 m a 1,8 m no projeto
de um píer em Los Angeles (THEVANAYAGAM, et.al., 1996).
33
PAJOUH et al. (2010) compilaram valores publicados na literatura
internacional, registrando as características das zonas amolgadas. Os valores da
razão entre o diâmetro da zona amolgada e o diâmetro equivalente do mandril (ds/dm)
presentes na literatura mostram-se muito variáveis, tendo sido registrado valores que
variaram de ds/dm = 1 a 6. Alguns autores apresentaram relações de ds/dw (dw –
diâmetro equivalente do dreno) variando de 1,6 a 7, o mesmo acontecendo com os
coeficientes de permeabilidade, que também apresentaram grande variação, com
razões entre os coeficientes de permeabilidade horizontais e das regiões amolgadas
(kh/k`h) ficando entre 1,09 e 10. Como exemplo, podemos citar:
HANSBO (1981) propôs que a área da zona amolgada pode ser calculada
segundo a expressão: ds = (1,5 – 3) dm.
Equação 3-2
Equação 3-3
34
R = 0,565 l ;
R = 0,525 l ;
de = 2R = 1,13 l
de = 2R = 1,05 l
d
d
Figura 3-3 – cálculo do diâmetro equivalente dos drenos.
𝑑𝑤 = 2(𝑎 + 𝑏)/𝜋
Equação 3-4
Equação 3-5
Para um depósito argiloso homogêneo, com drenagem de duas vias que tenha
sido parcialmente penetrado por PVDs, uma possível distribuição de pressão a vácuo
através das camadas até o final do adensamento a vácuo encontra-se exemplificada
na Figura 3-4.
Equação 3-6
h P v1
Região sem drenos
(2)
Fronteira drenante
Figura 3-4 – distribuição Pvac com a profundidade para um solo parcialmente penetrado por drenos e
com de dupla drenagem (adaptado de CHAI e CARTER, 2011)
36
CHAI et al. (2001) propuseram uma equação para calcular a condutividade
hidráulica vertical equivalente ( 𝑘𝑣1 ) de uma massa de solo com drenos verticais
(Equação 3-7).
2,5 ℎ12 𝑘ℎ
𝑘𝑣1 = (1 + )𝑘
𝜇 𝑑𝑒2 𝑘𝑣 𝑣
Equação 3-7
Equação 3-8
1 1 𝑝𝑣𝑎𝑐 𝑘𝑣2 ℎ1
𝐴= 𝑝𝑣𝑎𝑐 (ℎ1 + ℎ) − ℎ
2 2 𝑘𝑣1 . ℎ − (𝑘𝑣1 − 𝑘𝑣2 )ℎ1
Equação 3-9
𝑘𝑣 − √𝑘𝑣1 . 𝑘𝑣2
ℎ1 = ( 1 )ℎ
𝑘𝑣1 − 𝑘𝑣2
Equação 3-10
37
sendo 𝑘𝑣1 e 𝑘𝑣2 = Condutividade hidráulica vertical equivalente das camadas 1 e 2,
respectivamente, h1= espessura da área que contém PVD, e h= espessura total do
depósito argiloso.
Destaca-se que as equações apresentadas acima podem não ser muito úteis
em casos práticos, uma vez que as mesmas foram desenvolvidas apenas para o
carregamento por vácuo e usualmente este é aplicado de maneira associada ao
carregamento tradicional. Existem ainda limitações relacionadas a não consideração
da espessura da camada de argila durante o adensamento e ao fato de somente ser
válida para a condição equivalente a um aterro infinito.
38
drenagem radial foi desenvolvida por BARRON (1948), que estudou dois casos
extremos: free strain e equal strain, mostrando que a solução mais simples em equal
strain era suficientemente acurada para aplicações em geral.
𝜕𝑢 𝜕2𝑢 𝜕 2 𝑢 1 𝜕𝑢
= 𝑐𝑣 ( 2 ) + 𝑐ℎ ( 2 + )
𝜕𝑡 𝜕𝑧 𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝑟
Equação 3-11
𝜕𝑢 𝜕 2 𝑢 1 𝜕𝑢
= 𝑐ℎ ( 2 + )
𝜕𝑡 𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝑟
Equação 3-12
39
Figura 3-5- esquema do cilindro de solo com dreno vertical (HANSBO, 1979).
−8𝑇ℎ
̅ℎ = 1 − 𝑒𝑥𝑝 (
𝑈 )
𝜇
Equação 3-13
sendo:
𝑐ℎ 𝑡
𝑇ℎ =
𝑑𝑒 2
Equação 3-14
𝑘ℎ (1 + 𝑒)
𝑐ℎ =
𝑎𝑣 𝛾𝑤
Equação 3-15
40
𝑘ℎ
𝑛 𝑘ℎ 𝑘ℎ −1
𝑘′ℎ
𝜇 = 𝑙𝑛 ( ) + ( ′ ) 𝑙𝑛(𝑠) − 0,75 + 𝜋 𝑧(2𝑙 − 𝑧) [1 − ]
𝑠 𝑘ℎ 𝑞𝑤 𝑘ℎ 𝑛 2
( )
𝑘′ℎ 𝑠
Equação 3-16
t = tempo;
e = índice de vazios;
z = profundidade;
𝑛 𝑘ℎ 𝑘ℎ
𝜇 = 𝑙𝑛 ( ) + ( ′ ) 𝑙𝑛(𝑠) − 0,75 + 𝜋 𝑧(2𝑙 − 𝑧)
𝑠 𝑘ℎ 𝑞𝑤
Equação 3-17
𝑛 𝑘ℎ
𝜇 = 𝑙𝑛 ( ) + ( ′ ) 𝑙𝑛(𝑠) − 0,75
𝑠 𝑘ℎ
Equação 3-18
41
𝑘ℎ
𝜇 = 𝑙𝑛(𝑛) − 0,75 + 𝜋 𝑧(2𝑙 − 𝑧)
𝑞𝑤
Equação 3-19
𝜇 = 𝑙𝑛(𝑛) − 0.75
Equação 3-20
42
Figura 3-6 – Conversão da célula unitária axissimétricas para o estado plano de deformações
(INDRARATNA e REDANA , 1997).
𝜕𝑢̅ 𝜕2𝑢
= 𝑐ℎ 2
𝜕𝑡 𝜕𝑥
Equação 3-21
−8 𝑇ℎ𝑝
̅ℎ𝑝 = 1 − 𝑒𝑥𝑝 (
𝑈 )
𝜇𝑝
Equação 3-22
sendo:
𝑘ℎ𝑝
𝜇𝑝 = [𝛼 + 𝛽 + 𝜃. (2. 𝑙. 𝑧 − 𝑧 2 )]
𝑘′ℎ𝑝
Equação 3-23
43
sendo:
2 2 𝑏𝑠 𝑏𝑠 𝑏𝑠2
𝛼= − (1 − + 2 )
3 𝐵 𝐵 3𝐵
Equação 3-24
1 𝑏𝑠
𝛽= 2
(𝑏𝑠 − 𝑏𝑤 )2 + 2
(3𝑏𝑤 − 𝑏𝑠2 )
𝐵 3𝐵2
Equação 3-25
2
2𝑘ℎ𝑝 𝑏𝑤
𝜃= (1 − )
𝑘′ℎ𝑝 𝑞𝑧 𝐵 𝐵
Equação 3-26
Sendo que para garantir que a variação do grau de adensamento médio com o
tempo fosse igual em ambos os casos, a Equação 3-22 e Equação 3-13 foram
igualadas:
̅ℎ = 𝑈
𝑈 ̅ℎ𝑝
Equação 3-27
𝑇ℎ𝑝 𝑘ℎ𝑝 𝑅2 𝜇𝑝
= =
𝑇ℎ 𝑘ℎ 𝐵2 𝜇
Equação 3-28
𝑘ℎ𝑝
𝑘ℎ [𝛼 + 𝛽 + 𝜃(2𝑙𝑧 − 𝑧 2 )]
𝑘′ℎ𝑝
𝑘ℎ𝑝 = 𝑛 𝑘ℎ 𝑘ℎ
[𝑙𝑛 ( ) + 𝑙𝑛(𝑠) − 0,75 + 𝜋(2𝑙𝑧 − 𝑧 2 ) ]
𝑠 𝑘′ℎ 𝑞𝑤
Equação 3-29
𝒌𝒉𝒑
Para que a Equação 3-29 possa ser utilizada, a razão precisa ser definida.
𝒌′𝒉𝒑
INDRARATNA E REDANA (1997) concluíram que a definição deste termo poderia ser
44
feita ignorando-se a resistência hidráulica do dreno na própria Equação 3-29, ou seja
através da Equação 3-30:
𝑘′ℎ𝑝 𝛽
=
𝑘ℎ𝑝 𝑘ℎ𝑝 [𝑙𝑛 (𝑛) + 𝑘ℎ
𝑙𝑛(𝑠) − 0,75] − 𝛼
𝑘ℎ 𝑠 𝑘′ℎ
Equação 3-30
Contudo, para que a Equação 3-30 fosse resolvida era necessária a definição
𝒌𝒉𝒑
da razão . INDRARATNA e REDANA (1997) propuseram que fosse ignorado tanto o
𝒌𝒉
𝒌𝒉𝒑
efeito da resistência do dreno quanto o efeito do amolgamento e que a razão
𝒌𝒉
𝑘ℎ𝑝 0,67
=
𝑘ℎ 𝑙𝑛(𝑛) − 0,75
Equação 3-31
𝑘ℎ𝑝 2𝐵2
= 𝑅 𝑘 𝑟 3
𝑘ℎ 3𝑅 2 [𝑙𝑛 ( ) + ( ℎ ) 𝑙𝑛 ( 𝑠 ) − ( )]
𝑟𝑠 𝑘𝑠 𝑟𝑤 4
Equação 3-32
45
disto, essa formulação permite que seja adotada a compatibilização por alteração de
geometria, alteração do coeficiente de permeabilidade ou a combinação das duas, fato
que dá maior flexibilidade a sua utilização durante a elaboração do modelo numérico e
malha de elementos finitos.
Caso a resistência dos drenos seja fator relevante no problema, HIRD et al.
(1992) propuzeram que ainda seja feita uma compatibilização das capacidade de
descarga dos drenos da seguinte forma:
𝑄𝑤 2𝐵
=
𝑞𝑤 𝜋𝑅2
Equação 3-33
46
𝛿𝑢 (𝑟𝑒 , 0, 𝑡)
=0
𝛿𝑟
Equação 3-34
Equação 3-35
Equação 3-36
𝑢 (𝑟𝑤 , 0, 𝑡) = −𝑝𝑣𝑎𝑐
Equação 3-37
sendo:
47
Os valores do contorno r = rw podem ser obtidos através das condições de
continuidade de fluxo. A primeira condição de continuidade define que o fluxo total do
líquido intersticial, que passa através do limite de um cilindro com um raio r, deve ser
igual à mudança de volume no cilindro vazado com raio exterior re e raio interior r.
Essa condição é expressa pelas seguintes equações:
𝛿𝑢 𝛾𝑤 𝑟𝑒2 𝛿𝜀𝑣
= ( − 𝑟)
𝛿𝑟 2𝑘ℎ 𝑟 𝛿𝑡
Equação 3-38
Equação 3-39
sendo:
Equação 3-40
48
sendo:
𝛿 2 𝑢´ 𝛾𝑤 𝛿𝜀𝑣
2
= (𝑛2 − 1)
𝛿𝑧 𝑘𝑤 𝛿𝑡
Equação 3-41
sendo n= re / rw.
𝛾𝑤 𝑧 2 𝛿𝜀𝑣
𝑢´ (𝑟𝑤 , 𝑧, 𝑡) = (𝑛2 − 1) (𝑙𝑧 − )
𝑘𝑤 2 𝛿𝑡
Equação 3-42
Equação 3-43
Equação 3-44
49
solução para a parte transiente (v (r, z, t)) é idêntica à solução utilizada no caso de
carregamento tradicional, sendo possível a utilização da solução de HANSBO (1981),
assim:
𝑘ℎ 2
𝑟 𝑟 2 − 𝑟𝑤2 𝑘𝑠 8𝑇ℎ
𝑣´(𝑟, 𝑧, 𝑡) = 2 [𝑟𝑒 ln + + (𝑛2 − 1)(2𝑙𝑧 − 𝑧 2 )] exp (− )
𝑘𝑠 𝑟𝑒 𝜇 𝑟𝑤 2 𝑘𝑤 𝜇
Equação 3-45
1 2
𝑟 𝑟 2 − 𝑟𝑠2 𝑘ℎ 2
𝑟𝑠2 −𝑟𝑤2
𝑣(𝑟, 𝑧, 𝑡) = [𝑟 ln − + (𝑟 ln 𝑠 − )
𝑟𝑒2 𝜇 𝑒 𝑟𝑠 2 𝑘𝑠 𝑒 2
𝑘ℎ 2 8𝑇ℎ
+ (𝑛 − 1)(2𝑙𝑧 − 𝑧 2 )] exp (− )
𝑘𝑤 𝜇
Equação 3-46
sendo:
𝑐ℎ 𝑡
𝑇ℎ =
4𝑟𝑒2
Equação 3-47
𝑛 𝑘ℎ 3
𝜇 = ln ( ) + ( ) ln(𝑠) − + 𝜋 𝑧(2𝑙 − 𝑧) (𝑘ℎ /𝑞𝑤 )
𝑠 𝑘𝑠 4
Equação 3-48
̅ℎ ,
O grau de adensamento médio do cilindro de solo com drenagem radial, 𝑈
assim como no caso do carregamento tradicional, pode ser dado por:
−8𝑇ℎ
̅ℎ = 1 − exp (
𝑈 )
𝜇
50
3.7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foram apresentados neste capítulo os principais sistemas de aplicação de
vácuo e suas características, bem como as principais metodologias analíticas de
cálculo e aspectos relevantes para o projeto.
51
4 CASO DE ESTUDO - ATERRO TESTE SAINT-ROCH-DE-
L'ACHIGAN
4.1 INTRODUÇÃO
A maioria dos depósitos argilosos do leste do Canadá formou-se após o recuo da
calota glacial em direção ao norte, no período entre 18 a 6 mil anos atrás, sendo,
dessa forma, de origem glacial ou pós-glacial. As argilas do golfo do Rio Saint Laurent
formaram-se quando o Mar de Champlain invadiu a região deste golfo há
aproximadamente 12,5 a 8,5 mil anos atrás, constituindo camadas de solos finos, que
podem atingir até 100m de espessura.
52
4.2 CARACTERIZAÇÃO DO SÍTIO
O depósito de Saint-Roch-de-l'Achigan é composto de uma camada de argila
ressecada, oxidada e fissurada (crosta) com cerca de 2,5 m de espessura, seguida de
uma camada de argila siltosa média sensível, muito plástica e compressível, que
possui um OCR variando entre 1,8 e 2,4. Os valores de OCR são referentes aos
ensaios oedométricos e ao perfil de tensões efetivas iniciais obtido a partir da
piezometria em 30/8/98. Essa camada é relativamente homogênea e tem espessura
variável de 10,0 a 12,5 m sendo seguida de uma camada de till antes de atingir a
rocha sã (Figura 4-2).
53
Figura 4-2 - Características geotécnicas do depósito argiloso - Saint-Roch-de-l'Achigan (MARQUES, 2001).
54
Figura 4-4 - Ensaios de piezocone PZ1 a PZ4: resistência de ponta e poro-pressão em função da
profundidade (MARQUES, 2001).
55
Na Tabela 4-1, são apresentados os parâmetros obtidos com base nos
resultados dos ensaios oedométricos realizados por MARQUES (2001)
e : log σ´v
e : log k
Figura 4-5 - Curvas de compressão e de condutividade hidráulica em função do índice de vazios - ensaio
oedométrico 4 (MARQUES, 2001).
56
Tabela 4-1 - Resumo dos ensaios oedométricos (MARQUES, 2001)
57
Além dos ensaios de compressão isotrópica listados anteriormente, MARQUES
(2001), também executou ensaios CAU e CIU para profundidades entre 5,47 a 5,78 m,
utilizando temperaturas de 10, 20 e 50º C, para diferentes tensões confinantes. Um
dos objetivos da pesquisa de MARQUES (2001) era avaliar o efeito da temperatura no
comportamento do solo em condições de laboratório e em condições in situ.
Figura 4-6 - Caminhos de tensões temp. 10, 20 e 50ºC - domínio normalmente adensado (Marques, 2001).
58
Tabela 4-3 - Resumo dos resultados dos ensaios triaxiais CAU (var. temp.) (MARQUES, 2001).
59
Tabela 4-4 - Resumo dos resultados dos ensaios triaxiais CIU (var. temp.) (MARQUES, 2001).
60
Figura 4-7 - Curvas de compressão isotrópica, caminhos de tensões e curvas de tensão-deformação do ensaio CIU2 (MARQUES, 2001)
61
4.3 COMPORTAMENTO VISCOSO E TENSÃO DE SOBREADENSAMENTO
Uma vez que esse assunto foge do escopo desta tese, ele não será abordado
aqui com profundidade, mas serão apresentados somente conceitos básicos utilizados
durante a determinação dos parâmetros necessários para as análises numéricas
expostas no Capítulo 6. Maiores detalhes podem ser visualizados em MARQUES
(1996) e MARQUES (2001).
Figura 4-8 – Perfil das tensões de sobreadensamento obtidos através de ensaios oedométricos,
triaxiais, ensaios CRS e curvas de compressão in situ. (MARQUES 2001).
62
Segundo MARQUES (2001) o comportamento de uma argila em compressão
está diretamente relacionado às velocidades de deformação e à temperatura. Dessa
forma, considerar tais fatores seja no controle das condições de execução dos ensaios
de laboratório, seja na previsão do comportamento de campo, torna-se uma questão
fundamental para a obtenção de resultados realistas.
170
160
Temperatura ºC
150 Ensaios CRS
140
10
σ´p (kPa)
130
30
120 50
110
100
valor
90 extrapolado
80
70
1,00E-09 1,00E-08 1,00E-07 1,00E-06 1,00E-05 1,00E-04
64
170
160
𝜀𝑣̇ (s-1)
150
Ensaios
140
130 1,00E-05
σ´p (kPa)
3,80E-06
120
2,00E-06
110
6,75E-07
100
1,00E-07
90
1,00E-08
80
70 valor
0 10 20 30 40 50 60 extrapolado
Temperatura ºC
A água bombeada subia pelos drenos verticais até a camada de areia coberta
pela membrana estanque, passava pelos drenos horizontais e era, então, conduzida
até as bombas de vácuo.
66
Dessa forma, foram construídas trincheiras na periferia do aterro A até a profundidade
de aproximadamente 2,3 m, com a intenção garantir a estanqueidade do sistema.
67
As etapas de alteamento do aterro, assim como as cargas de vácuo aplicadas
e a distribuição das mesmas no tempo serão apresentados posteriormente no item 4.5
4.5 INSTRUMENTAÇÃO
O aterro teste A foi instrumentado utilizando piezômetros, tassômetros e
inclinométricos. Foram instalados, ainda, um piezômetro e um inclinômetro fora da
área de estudo para obtenção de valores de referência. Os tubos para leituras
inclinométricas foram instalados em torno do aterro para acompanhamento dos
deslocamentos laterais da camada de argila. A instalação foi feita até 10 m,
profundidade essa em que se previa movimentações nulas.
Tabela 4-5 – Profundidade de instalação dos equipamentos do aterro teste A. (MARQUES, 2001)
68
Os termistores foram instalados próximos a uma das bordas do aterro. Ao
longo da profundidade em seis pontos diferentes as leituras desse equipamento eram
feias com o auxílio de um multímetro (Ω/oC).
0m
5m
10m
0m
5m
10m
Figura 4-14 - Planta e corte esquemáticos da instrumentação do aterro A (adaptado de MARQUES, 2001).
69
4.6 CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EM CAMPO
Na Tabela 4-6 é apresentado um resumo das atividades desenvolvidas em
campo, assim como seus respectivos prazos de execução, detalhando, desta maneira,
todas as etapas de carregamento e preparação do aterro A.
Tabela 4-6 – Cronograma das atividades desenvolvidas no aterro A (adaptado de MARQUES (2001)
71
4.7.1 DESEMPENHO DO SISTEMA DE DRENOS E PORO-PRESSÕES
Perfil de referência:
Antes da instalação
dos drenos
Perfil inicial:
Figura 4-16 – Variação da sucção aplicada nos drenos X tempo (adaptado de MARQUES, (2001))
Figura 4-17 – Variação das poro-pressões registradas pelos piezômetros UA4 e UB4 a uma
profundidade de 6,8m (MARQUES, 2001)
73
A Figura 4-18 apresenta o perfil de variação das poro-pressões até a profundidade
de 7 m para o período entre as etapas A6 e A9. Observa-se que, com o reinício da
aplicação do vácuo na etapa A6, as poro-pressões caíram rapidamente até valores
negativos (Figura 4-18).
A medição dos deslocamentos verticais no topo dos aterros foi realizada por
nivelamento no topo dos tassômetros e das placas de recalque instaladas nas bordas
dos aterros.
74
Após a aplicação do vácuo, com o desligamento das bombas, verificou-se uma
expansão de cerca de 2 cm, registrada pelo nivelamento dos tassômetros.
Figura 4-19 – Deslocamentos verticais medidos por nivelamento topográfico (MARQUES, 2001)
Figura 4-20 – Deslocamentos verticais com o tempo entre 0 e 3,25 m (MARQUE, 2001).
75
4.7.3 DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS:
76
5 DEFINIÇÃO E VALIDAÇÃO DOS PARÂMETROS UTILIZADOS
NAS ANÁLISES DO ATERRO TESTE SAINT-ROCH-DE-
L'ACHIGAN
5.1 INTRODUÇÃO
Este capítulo apresenta a metodologia utilizada na definição e validação dos
parâmetros empregados nas análises numéricas do aterro teste de Saint-Roch-de-
l'Achigan. As especificidades do caso em estudo envolviam três desafios que
precisavam ser vencidos antes da definição ou validação de parâmetros. O primeiro, a
escolha de um programa capaz de realizar análises envolvendo o carregamento por
vácuo; o segundo, a escolha de um modelo constitutivo capaz de simular a
estruturação da argila estudada; e, o terceiro, compatibilizar as duas primeiras
questões.
Para que o primeiro desafio fosse vencido, foi estabelecida uma parceria com a
empresa que desenvolveu o programa Plaxis. Num primeiro contato realizado no ano
de 2012, a empresa se prontificou a preparar uma rotina que permitisse a realização
de análises acopladas de fluxo/tensão-deformação, capazes de simular o efeito do
carregamento por vácuo. Após um processo de interação constante entre as equipes
da COPPE e do Plaxis em setembro de 2014, foi recebida pela COPPE uma versão
teste consolidada do programa. Esta foi utilizada durante a validação dos parâmetros
apresentada neste capítulo. No início do ano de 2015, a desenvolvedora do Plaxis
liberou a versão comercial (baseada na versão teste de 2014) capaz de efetuar a
simulação do carregamento por vácuo (Plaxis 2D 2015). Tal versão foi utilizada nas
simulações numéricas cujos resultados estão apresentados no capítulo 6.
77
sido devidamente implementado e validado (SIVASITHAMPARAM, 2012) no programa
Plaxis.
Uma vez que as três questões anteriores foram resolvidas, ou seja, já havia a
definição do programa e de qual modelo constitutivo seriam utilizados nas análises, foi
possível iniciar a definição e validação dos parâmetros de entrada utilizados nas
simulações, cujos resultados estão apresentados no Capítulo 6.
De posse dos dados brutos dos ensaios realizados por MARQUES (2001),
foram determinados os parâmetros adicionais necessários para a utilização do modelo
S-CLAY1S, utilizando a metodologia apresentada no capítulo 2, e foram reavaliados
os parâmetros clássicos apresentados no capítulo 4.
78
0m
N.A.
CROSTA
OED 1 (prof. 1,96 m)
2,5 m
OED 2 (prof. 3,07 m) SC1 3,5 m
OED 9 (prof. 3,89 m) SC2 4,5 m
OED 4 (prof. 4,93 m) SC3 5,5 m
OED10 (prof. 5,99 m) SC4 ARGILA 6,5 m
OED 6 (prof. 7,11 m) SC5 7,5 m
OED11 (prof. 7,93 m) SC6 8,5 m
OED 8 (prof. 9,08 m) SC7
10,0 m
“TILL”
CAU 4 (prof. 5,52 m)
Profundidade
Figura 5-1 – Esquema das profundidades das amostras dos ensaios de laboratório
79
Tabela 5-1 Parâmetros utilizados para a crosta argilosa.
Crosta
Prof. da camada (m) 0,0 - 2,5
Ensaio oedométrico OED1
Ensaio triaxial CAU4
Wn (%) 67
γn (kN/m³) 15,4
σ´p (kPa) 240,00
e0 2,00
e int 1,95
Ko (m/s) 2,00E-09
Ck 1,14
OCR 9,4
κ 0,02
λ 0,6
ϕ´ LD ( ͦ ) 37,9
Ko_nc 0,39
M 1,545
𝒗´ 0,200
Uma vez que, para esta camada, MARQUES (2001) realizou ensaios
oedométricos praticamente a cada metro de profundidade, a camada de argila foi
dividida em 7 subcamadas (SC1: 2,5m - 3,5 m; SC2: 3,5m - 4,5m; SC3: 4,5m - 5,5m;
SC4: 5,5m - 6,5m; SC5: 6,5m - 7,5m; SC6: 7,5m - 8,5m; SC7: 8,5m - 10m). Os ensaios
OED2 a OED12 foram reanalisados, visando a determinação dos parâmetros de
compressibilidade e permeabilidade entre as profundidades de 2,5 a 10 metros, ou
seja, aproximadamente 1 camada a cada metro (ver Figura 5-1).
Subcamadas
SC 1 SC 2 SC 3 SC 4 SC 5 SC 6 SC 7
Prof. da camada (m) 2,5 - 3,5 3,5 - 4,5 4,5 - 5,5 5,5 - 6,5 6,5 - 7,5 7,5 - 8,5 8,5 - 10,0
Ensaios oedométrico OED2 OED9 OED4 OED10 OED6 OED11 OED8
Ensaio Triaxial CAU4 CAU4 CAU4 CAU4 CAU4 CAU4 CAU4
Wn (%) 93,10 90,50 90,10 88,30 87,70 82,30 79,20
γn (kN/m3) 14,80 14,90 14,90 15,00 15,00 15,3 15,60
σ´p (kPa) 70,00 108,00 114,00 112,00 149,00 158,00 190,00
e0 2,54 2,47 2,46 2,40 2,40 2,34 2,19
e int 2,47 2,37 2,36 2,30 2,32 2,16 2,08
ko (m/s) 2,0E-09 3,3E-09 3,2E-09 2,2E-09 1,6E-09 1,8E-09 2,3E-09
Ck 1,04 1,03 1,04 1,11 1,22 1,02 0,97
OCR 2,2 2,8 2,3 1,9 2,1 1,8 1,9
κ 0,02 0,04 0,04 0,04 0,02 0,04 0,04
λ 0,90 1,34 1,20 1,06 1,13 1,13 1,21
X0 25,71 9,66 9,66 9,66 9,66 9,66 9,66
λi 0,22 0,28 0,22 0,28 0,27 0,27 0,23
μ 16,67 11,20 12,55 14,20 13,27 13,27 12,7
a 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00
b 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25
ϕ´ LD ( ͦ ) 37,9 37,9 37,9 37,9 37,9 37,9 37,9
Ko_nc 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39
ηko 1,040 1,040 1,040 1,040 1,040 1,040 1,040
M 1,545 1,545 1,54 1,545 1,545 1,545 1,545
αKo 0,605 0,605 0,605 0,605 0,605 0,605 0,605
β 1,013 1,013 1,013 1,013 1,013 1,013 1,013
𝒗´ 0,200 0,200 0,200 0,200 0,200 0,200 0,200
81
vez que não se dispunha de maiores informações. MARQUES (2001) apresenta esse
material como pouco compressível e permeável. A Tabela 5-3 apresenta os
parâmetros utilizados.
82
Tabela 5-5 – Resumo dos modelos constitutivos e parâmetros definidos para as camadas e solos.
Camada argilosa
Parêmtros calc. Crosta SC 1 SC 2 SC 3 SC 4 SC 5 SC 6 SC 7 Till Areia Pedregulho
Prof. da camada (m) 0,0 - 2,5 2,5 - 3,5 3,5 - 4,5 4,5 - 5,5 5,5 - 6,5 6,5 - 7,5 7,5 - 8,5 8,5 - 10,0 10,0 - 15,0
Modelo constitutivo MCC S-Clay1S S-Clay1S S-Clay1S S-Clay1S S-Clay1S S-Clay1S S-Clay1S MC MC MC
Ensaio oedométrico OED1 OED2 OED9 OED4 OED10 OED6 OED11 OED8 - - -
Ensaio triaxial CAU4 CAU4 CAU4 CAU4 CAU4 CAU4 CAU4 CAU4 - - -
Wn (%) 67 93,10 90,50 90,10 88,30 87,70 82,30 79,20 - - -
γ n (kN/m3) 15,4 14,80 14,90 14,90 15,00 15,00 15,30 15,60 15,00 19,00 19,00
σ´p (kPa) 240,00 70,00 108,00 114,00 112,00 149,00 158,00 190,00 - - -
e0 2,00 2,54 2,47 2,46 2,40 2,40 2,34 2,19 - - -
e int 1,95 2,47 2,37 2,36 2,30 2,32 2,16 2,08 0,50 0,50 0,50
k0 (m/s) 2,00E-09 2,00E-09 3,30E-09 3,20E-09 2,20E-09 1,60E-09 1,80E-09 2,30E-09 1,00E-03 1,00E-03 1,00E-03
Ck 1,14 1,14 1,03 1,04 1,11 1,22 1,02 0,97 - - -
OCR 9,4 2,2 2,8 2,3 1,9 2,1 1,8 1,9 - - -
κ 0,02 0,02 0,04 0,04 0,04 0,02 0,04 0,04 - - -
λ 0,62 0,90 1,34 1,20 1,06 1,13 1,13 1,21 - - -
X0 - 25,71 9,66 9,66 9,66 9,66 9,66 9,66 - - -
λi - 0,22 0,28 0,22 0,28 0,27 0,27 0,23 - - -
μ - 16,67 11,20 12,55 14,20 13,27 13,27 12,37 - - -
a - 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 - - -
b - 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 - - -
ϕ´ LD ( ͦ ) 37,9 37,9 37,9 37,9 37,9 37,9 37,9 37,9 40,00 30,00 35,00
K0_nc 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 0,39 - - -
ηk0 - 1,040 1,040 1,040 1,040 1,040 1,040 1,040 - - -
M 1,545 1,545 1,545 1,545 1,545 1,545 1,545 1,545 - - -
αK0 - 0,605 0,605 0,605 0,605 0,605 0,605 0,605 - - -
β 0,000 1,013 1,013 1,013 1,013 1,013 1,013 1,013
v´ 0,200 0,200 0,200 0,200 0,200 0,200 0,200 0,200 0,300 0,300 0,300
E (kPa) - - - - - - - - 1,00E+07 1,00E+05 1,50E+06
c´ (kPa) - - - - - - - - 1,00 5,00 5,00
83
5.3 VALIDAÇÃO DOS PARÂMETROS DO SOLO UTILIZANDO OS MODELOS
S-CLAY1S E MODELO CAM-CLAY MODIFICADO
Neste tópico é feita a validação dos parâmetros apresentados na Tabela 5-5.
Para tanto, os resultados dos ensaios oedométricos e triaxiais são comparados com
os resultados de suas simulações utilizando a ferramenta “SoilTest” existente no
programa Plaxis 2D e dois modelos constitutivos: MCC e S-CLAY1S.
84
Figura 5-2 – Simulações numéricas e resultados de laboratório dos ensaios OED 1 e OED 2
85
Figura 5-3 – Simulações numéricas e resultados de laboratório dos ensaios OED 9 e OED 4
86
Figura 5-4 – Simulações numéricas e resultados de laboratório dos ensaios OED 10 e OED 6.
87
Figura 5-5 – Simulações numéricas e resultados de laboratório dos ensaios OED 11 e OED 8.
88
(a)
(b)
(c)
Figura 5-6 - Simulações numéricas e result. de laboratório CAU4: trajetória de tensões (a); q x ε1(b); u x ε1 (c).
89
Tendo como referência a série de ensaios triaxiais apresentados no capítulo 4
realizados por MARQUES (2001) e os parâmetros definidos no início do capítulo 5,
inicialmente foi avaliada a capacidade do modelo S-CLAY1S de representar os
resultados dos ensaios.
A Figura 5-7 apresenta a comparação das superfícies de escoamento
definidas pelas equações do modelo S-CLAY1S para as temperaturas de 50, 20 e
10ºC. Vale destacar que o modelo utilizado por si só não é capaz de considerar as
variações de temperatura. Dessa forma, para cada uma das curvas foram utilizados
os parâmetros definidos pelos ensaios de laboratório às respectivas temperaturas.
120
100
M = 1,55
80
k0_nc = 0,39
60
10 graus C
40 20 graus C
α0 = 0,6
q
50 graus C
20
S-Clay 1S
10 graus
0 S-Clay 1S
20 graus
S-Clay 1S
-20 50 graus
-40
-60
0 20 40 60 80 100 120
p´
91
vácuo (-80 kPa) em uma camada de argila homogênea de 10 metros de profundidade
(Figura-5-8).
rw
rs
de/2
93
simulações numéricas apresentaram resultados muito similares entre si, incluindo as
análises que envolviam o carregamento tradicional equivalente e os cálculos
analíticos.
0,05
Ponto A (0,0)
0,00 Cálculo analítico
-0,15
Recalque (m)
-0,30
-0,35
-0,40
-0,45
-0,50
0 200 400 600 800 1.000 1.200
Tempo (dias)
Figura 5-9 – Resultados dos recalques x tempo para o ponto A (0, 0).
Com base nos resultados apresentados na Figura 5-9, fica clara a necessidade
de que seja feito algum tipo de correção dos parâmetros de entrada durante as
análises em estado plano de deformações, sob pena de se obter uma evolução dos
recalques não realista.
94
60
40
20
0
Poro pressões (kPa)
-20
-40
-60
-80
-100
Ponto B
-120 (0,79, -5)
-140
0 200 400 600 800 1.000 1.200
Tempo (dias)
Figura 5-10 – Resultado das poro-pressões x tempo para o ponto B (0,70, -5).
95
aplicada. Após a retirada do carregamento, os valores das poro-pressões retornam de
maneira gradativa para a condição hidrostática inicial.
96
Diâmetro equivalente do mandril (dm) = 0,07 m;
Coeficiente de permeabilidade (m / s)
Crosta SC 1 SC 2 SC 3 SC 4 SC 5
sendo,
Foi feita uma breve avaliação das metodologias apresentadas por HIRD et al.
(1995) e por INDRARATNA e REDANA (1997). Ambas mostraram bons resultados,
contudo a metodologia de HIRD et al. (1995) revelou-se mais simples e flexível e,
dessa forma, foi escolhida para ser utilizada durante as simulações numéricas
apresentadas no capítulo 6.
98
6 MODELOS NUMÉRICOS, APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS
RESULTADOS
99
A definição dos parâmetros necessários para a utilização dos modelos
constitutivos empregados para a representação dos solos durante as análises foi
apresentada no item 5.3.
0 m 1,15 m 0 m 1,15 m
2,17 m 2,17 m
Aterro Aterro
0m 0m
Crosta Crosta
-2,5 m -2,5 m
SC 1
-3,5 m
SC 2
-4,5 m
SC 3
-5,5 m
Argila SC 4
-6,5 m
SC 5
-7,5 m (SC3) -7,5 m
SC 6
-8,5 m
SC 7
-10 m -10 m
“Till” “Till”
-15 m -15 m
(b)
(a)
Figura 6-1 – Apresentação do modelo A1 (a) e do modelo A2 (b).
100
50 m
6,5 m ~5 m
1:1
50 m
6,5 m ~5 m
1:1
Crosta
Argila: SC1 a SC 7
“Till”
6 drenos posicionados a cada 1,15 m (b)
101
Modelos A1 e A2:
Conforme pode ser visualizado na Figura 6-3 (a) (para o modelo A1) e na
Figura 6-4 (a) (para o modelo A2), foram geradas malhas similares com
aproximadamente 350 elementos e 3000 nós. Nas fronteiras laterais foram restringidas
as deformações horizontais (Figura 6-3 (a) e Figura 6-4 (a)) e o fluxo (Figura 6-3 (b) e
Figura 6-4 (b)), tendo essas fronteiras sido consideradas impermeáveis. O nível do
lençol freático foi posicionado na profundidade y = - 1,5 m, e o perfil de poro-pressões
foi ajustado às leituras piezométricas locais, conforme será apresentado na Figura 6-7.
Nas fronteiras inferiores, foram restringidos os deslocamentos horizontais e verticais e
liberado o fluxo (Figura 6-3 (b) e Figura 6-4 (b)).
1,15 m
0m Nível do Terreno
m
N.A (-1,5 m)
2,5 m
Fronteiras
impermeáveis
7,5 m
10 m
15 m (a) (b)
m y
Figura 6-3 – Modelo A1 - Malha de elementos finitos (a) e condições de fluxo (b).
102
1,15 m
Nível do Terreno
0m
m
N.A.
2,5 m m
m
7,5 m Fronteiras
m impermeáveis
10 m
(a) (b)
15 m
m y
Figura 6-4 – Modelo A2 - Malha de elementos finitos (a) e condições de fluxo (b).
103
Modelo B1 e B2
Conforme pode ser visualizado na Figura 6-5 (a), para o modelo B1 e na Figura
6-6 (a), para o modelo B2, também foram geradas malhas similares nestes modelos e
em ambos os casos foram utilizados aproximadamente 2600 elementos e 21000 nós.
0m
15 m
(a)
0m
N.A.
15 m
(b)
Figura 6-5 – Modelo B1 - malha de elementos finitos (a) e condições de fluxo (b).
104
0m
15 m
(a)
0m
N.A.
15 m
(b)
Figura 6-6 – Modelos B2 - Malha de elementos finitos (a) e condições de fluxo (b).
Assim como citado para os modelos A, também não se esperava ganhos nas
velocidades de processamento quando comparando a simulação do modelo B1 com a
do modelo B2. Da mesma maneira, a simulação do modelo B2 permitiu, da mesma
forma, a avaliação da utilização de uma discretização mais detalhada do perfil
geotécnico e das descontinuidades nos resultados finais obtidos.
105
6.2.1 PORO-PRESSÕES
Poro-pressões hidrostáticas
2
Poro-pressões calculadas para
campo
Poro-pressões utilizadas nos 4
4 modelos
6
Profundidade (m)
10
12
14
16
Figura 6-7 – Comparação entre o perfil de poro-pressões de campo, o hidrostático e o utilizado nos
modelos numéricos.
106
6.2.2 TENSÕES EFETIVAS VERTICAIS
4
Profundidade (m)
10
Figura 6-8 – Comparação entre o perfil de tensões verticais efetivas de campo e simuladas para o
perfil de poro-pressões corrigido e para um hidrostático.
107
Como pode ser visualizado na Figura 6-8 as tensões efetivas verticais iniciais
obtidas nas simulações numéricas mostraram-se bem próximas das tensões efetivas
calculadas para campo. Até a profundidade de aproximadamente -7,2m, os valores
obtidos para este caso apresentaram uma variação menor que 4 kPa. Após essa
profundidade, as variações foram um pouco maiores, contudo, inferiores a 9 kPa.
108
Tabela 6-1 – Valores corrigidos de OCR, Ko e σ´p utilizados nas análises numéricas.
Test Prof. (m) γn (kN/m3) σ´p (kPa) σ´p COR.(kPa)(*) σ´vo (kPa)(**) OCR Ko
OED2 3,07 14,8 70,0 66,5 31,2 2,13 0,61
109
A estratigrafia do solo e a geometria geral dos modelos já foram apresentados
no item 6.1. Dessa forma, partindo da geometria inicial do problema, serão expostas, a
seguir, todas as fases de cálculo, sendo destacadas em cada uma delas somente as
variações incrementais em relação à fase anterior. A Tabela 6-2, apresentada no item
6.3.1, retrata um resumo de todas as fases de cálculo descritas a seguir.
N.A.
Perfil hidrostático
Figura 6-10 – Condição inicial para a geração do estado de tensões iniciais dos modelos A1 e A2.
110
N.A.
Perfil hidrostático
N.T.
N.T.
N.A.
N.A.
(a) (b)
Figura 6-12 – Fase 1 – Escavação de 0,2 m da crosta para os modelos: A1 e A2 (a); B1 e B2 (b).
111
N.T.
N.T.
N.A.
N.A.
(a) (b)
Figura 6-13 – Fase 2 – Aterro de 0,3m. Modelos: A1 e A2 (a); B1 e B2 (b).
N.A. N.A.
Região Região
com com
parâmetros parâmetros
(a)
alterados (b) alterados
Figura 6-14 – Fase 4 – Instalação dos drenos verticais nos modelos (a) A1 e (b) A2.
112
N.A. N.A.
Correção
de
Correção
parâmetros
de
parâmetros
’
Figura 6-15 – Fase 4 – Instalação dos drenos verticais nos modelos: B1 (a) e B2 (b).
aterro
aterro
N.T.
N.A. N.A.
(a) (b)
Figura 6-16 – Fase 6 – Aterro de 0,3m. Modelos: A1 e A2 (a) B1 e B2 (b).
113
Fase 8 (Escavação da trincheira e instalação da Membrana):
A partir desta fase, nos modelos A1 e A2, a borda superior da segunda camada
de aterro de 0,3 m foi fechada para fluxo; no modelo B1 e B2, o solo da região da
trincheira foi retirado, a borda superior da segunda camada de 0,3 m de aterro e da
face esquerda da trincheira foram fechados para fluxo, conforme apresentado na
Figura 6-17. Esta fase teve uma duração de 10 dias.
Fronteira
fechada para
N.T.
fluxo nesta N.A.
etapa
Fronteira fechada
para fluxo nesta
N.A.
etapa
(a) (b)
Figura 6-17 – Representação da Fase 8 para modelos: A1 e A2 (a) B1 e B2 (b).
N.A.1
N.A.
N.A
.1
Região do N.A.1
(a) (b)
Figura 6-18 – Fase 10 – Início da aplicação do vácuo: (a) A1 e A2 (b) A2 e B2.
114
Fase 11 (problemas no sistema da aplicação de vácuo):
Sem modificações, com exceção da alteração da carga hidráulica dos drenos
de -8,1 m para 0 m. Esta fase teve uma duração de 2 dias.
Aterro 0,7 m
Aterro 0,7 m
N.A. N.A.1
N.A
.1
(a) (b)
Figura 6-19 – Fase 14 – Aterro de 0,7 m: A1 e A2 (a); B1 e B2 (b).
115
Aterro 1,0 m Aterro 1,0 m
N.A.1
N.A
N.A.
.1
(b)
(a)
Figura 6-20 – Fase 17 – Aterro de 1 m: (a) A1 e A2 (b) B1 e B2.
N.A
.1
N.A.
(b)
(a)
Figura 6-21 – Fase 21 – desligamento bombas de vácuo: (a) A1 e A2 (b) B1 e B2.
116
Fase 22 (Dissipação – Carregamento até a fase 22):
Última fase da simulação, sem alterações em relação à fase anterior, somente
dissipação dos excessos de poro-pressões durante 70 dias.
117
Tabela 6-2 – Características das fases e cálculo.
Car. Incremento de
Fase Etapa Espessura Tempo Tempo no
NA. hidráulica aterro/escavação
de de Descrição Tipo de cálculo Cálculo das poro-pressões do aterro da Fase fim da fase
(m) drenos da fase
cálculo campo (m) (dias) (dias)
(m) (m)
0 A1 Fase inicial (Ko) “Ko procedure” “Phreatic” -1,5 - - - - -120,0
1 A2 Escavação (0,2m) “Consolidation”. “steady state groundwater flow” -1,5 - -0,2 0,0 3,0 -117,0
2 A2 Aterro areia (0,3m) “Consolidation”. “steady state groundwater flow” -1,5 - 0,3 0,3 4,0 -113,0
3 A2 Dissipação “Consolidation”. “steady state groundwater flow” -1,5 - 0,0 0,3 10,0 -103,0
Instalação dos drenos
4 A2 “Consolidation”. “steady state groundwater flow” -1,5 0,0 0,0 0,3 10,0 -93,0
verticais
5 A2 Dissipação “Consolidation”. “steady state groundwater flow” -1,5 0,0 0,0 0,3 53,0 -40,0
6 A3 Aterro areia (0,3m) “Consolidation”. “steady state groundwater flow” -1,5 0,0 0,3 0,6 10,0 -30,0
7 A3 Dissipação “Consolidation”. “steady state groundwater flow” -1,5 0,0 0,0 0,6 10,0 -20,0
Escavação trincheira e inst.
8 A4 “Consolidation”. “steady state groundwater flow” -1,5 0,0 0,0 0,6 10,0 -10,0
membrana
9 A4 Dissipação “Consolidation”. “steady state groundwater flow” -1,5 0,0 0,0 0,6 10,0 0,0
10 A5 Aplicação do Vácuo “Consolidation”. “steady state groundwater flow” 0,0 -8,1 0,0 0,6 7,0 7,0
Problema sistema aplicação
11 A6 “Consolidation”. “steady state groundwater flow” 0,0 0,0 0,0 0,6 2,0 9,0
vácuo
12 A6 Retorno aplicação do vácuo “Consolidation”. “steady state groundwater flow” 0,0 -8,1 0,0 0,6 1,0 10,0
13 A6 Vácuo em carga “Consolidation”. “steady state groundwater flow” 0,0 -8,1 0,0 0,6 8,0 18,0
14 A7 Aterro areia (0,7m) “Consolidation”. “steady state groundwater flow” 0,0 -8,1 0,7 1,3 2,0 20,0
15 A7 Aterro pedregulho (0,07m) “Consolidation”. “steady state groundwater flow” 0,0 -8,1 0,07 1,37 5,0 25,0
16 A7 Dissipação “Consolidation”. “steady state groundwater flow” 0,0 -8,1 0,0 1,37 38,0 63,0
17 A8 Aterro areia (1,0 m) “Consolidation”. “steady state groundwater flow” 0,0 -8,1 1,0 2,37 1,0 64,0
18 A8 Dissipação “Consolidation”. “steady state groundwater flow” 0,0 --8,1 0,0 2,37 80,0 144,0
Problemas bombas de
19 A9 “Consolidation”. “steady state groundwater flow” 0,0 -2,0 0,0 2,37 10,0 154,0
vácuo
20 A9 Retorno aplicação do vácuo “Consolidation”. “steady state groundwater flow” 0,0 -8,1 0,0 2,37 20,0 174,0
21 A10 Vácuo desligado “Consolidation”. “steady state groundwater flow” -1,5 0,0 0,0 2,37 1,0 175,0
22 A10 Dissipação “Consolidation”. “steady state groundwater flow” -1,5 0,0 0,0 2,37 70,00 245,00
118
6.4 CÁLCULOS ANALÍTICOS
Antes de iniciar a avaliação dos resultados das simulações numéricas, foram
desenvolvidos cálculos analíticos para que os resultados dos mesmos pudessem
servir como referência e auxiliar na compreensão dos resultados numéricos obtidos. A
seguir são apresentados as premissas e os resultados da magnitude dos recalques
calculados analiticamente.
6.4.1 PREMISSAS
Carregamento
- O carregamento de vácuo foi simulado como um carregamento tradicional;
119
- No cálculo considerou-se como “tempo zero” o início do carregamento por
vácuo;
- Para cada uma das camadas utilizadas nos cálculos analíticos foram
empregados parâmetros únicos: para a crosta, para a camada de argila na região dos
drenos (parâmetros da SC3 – OED4) e para a região de argila abaixo dos drenos (SC6
– OED11);
Cv (m²/s)
Profundidade 169 kPa 254 kPa 387 kPa 581 kPa
(m) raiz t raiz t raiz t raiz t
OED1 1,96 6,84E-08 1,09E-07 3,42E-08
OED2 3,07 1,55E-08 9,82E-09 1,46E-08 1,24E-08
OED3 3,89 1,14E-08 8,24E-09 1,24E-08 2,12E-08
OED4 4,93 9,19E-09 1,58E-08 8,87E-09 2,06E-08
OED5 5,99 8,08E-09 1,17E-08 1,65E-08 1,74E-08
OED6 7,11 1,26E-09 1,01E-08 8,24E-09 1,11E-08
OED7 7,93 1,80E-08 1,05E-08 1,08E-08 1,27E-08
OED8 9,08 6,97E-10 7,60E-09 2,09E-08 1,77E-08
Mesmo que a variação dos valores de Cv não tenha sido significativa, uma vez
que este parâmetro impacta diretamente no cálculo dos recalques, foram utilizados
valores de Cv mínimos, médios e máximos (ver Figura 6-22) para a avaliação da
influência dessas variações nos resultados finais dos recalques.
120
Cv - raiz ( t ) (m²/s)
1,00E-10 1,00E-09 1,00E-08 1,00E-07 1,00E-06
0
1
2
3
Profundidade
Cv argila (m²/s)
4 Mínimo:7,6E-9
5 Médio: 1,2E-8
6 Máximo: 2,1E-8
Cv crosta (m²/s)
7
Mínimo:1,1E-7
8 Médio: 6,0E-8
9 Máximo: 3,4E-8
10
6.4.2 RESULTADOS
121
Tabela 6-4 – Recalques calculados pelo método analítico.
ARGILA (m)
ARGILA (m) ARGILA (m) ARGILA (m) (região inf. ARGILA (m) ARGILA (m)
t (dias) CROSTA (região drenos) (região inf. drenos) Soma CROSTA (região drenos) drenos) Soma CROSTA (região drenos) (região inf. drenos) Soma
0,03 0,000 -0,001 0,000 -0,031 0,000 -0,001 0,000 -0,031 0,000 -0,001 0,000 -0,031
0,3 -0,001 -0,002 0,000 -0,033 -0,001 -0,002 0,000 -0,033 -0,001 -0,003 0,000 -0,035
3 -0,003 -0,009 -0,001 -0,043 -0,002 -0,007 0,000 -0,039 -0,004 -0,013 -0,001 -0,048
6 -0,005 -0,015 -0,001 -0,050 -0,003 -0,011 -0,001 -0,045 -0,007 -0,021 -0,001 -0,059
9 -0,006 -0,019 -0,001 -0,056 -0,004 -0,014 -0,001 -0,049 -0,009 -0,028 -0,001 -0,069
12 -0,007 -0,024 -0,001 -0,062 -0,005 -0,017 -0,001 -0,053 -0,011 -0,035 -0,001 -0,077
15 -0,008 -0,028 -0,001 -0,068 -0,006 -0,020 -0,001 -0,057 -0,013 -0,041 -0,002 -0,085
18 -0,010 -0,032 -0,001 -0,073 -0,007 -0,022 -0,001 -0,060 -0,014 -0,047 -0,002 -0,093
21 -0,011 -0,035 -0,001 -0,078 -0,007 -0,025 -0,001 -0,063 -0,016 -0,053 -0,002 -0,100
24 -0,012 -0,039 -0,002 -0,082 -0,008 -0,027 -0,001 -0,067 -0,017 -0,058 -0,002 -0,107
27 -0,012 -0,043 -0,002 -0,087 -0,009 -0,030 -0,001 -0,070 -0,018 -0,064 -0,002 -0,114
30 -0,013 -0,046 -0,002 -0,091 -0,009 -0,032 -0,001 -0,073 -0,019 -0,069 -0,002 -0,120
60 -0,020 -0,078 -0,003 -0,130 -0,014 -0,054 -0,002 -0,100 -0,027 -0,116 -0,003 -0,177
90 -0,025 -0,105 -0,003 -0,163 -0,019 -0,073 -0,002 -0,124 -0,032 -0,157 -0,004 -0,223
120 -0,029 -0,131 -0,004 -0,193 -0,022 -0,090 -0,003 -0,145 -0,034 -0,193 -0,005 -0,262
150 -0,031 -0,154 -0,004 -0,219 -0,024 -0,107 -0,003 -0,165 -0,036 -0,224 -0,005 -0,296
180 -0,031 -0,154 -0,004 -0,219 -0,024 -0,107 -0,003 -0,165 -0,036 -0,224 -0,005 -0,296
210 -0,031 -0,154 -0,004 -0,219 -0,024 -0,107 -0,003 -0,165 -0,036 -0,224 -0,005 -0,296
240 -0,031 -0,154 -0,004 -0,219 -0,024 -0,107 -0,003 -0,165 -0,036 -0,224 -0,005 -0,296
270 -0,031 -0,154 -0,004 -0,219 -0,024 -0,107 -0,003 -0,165 -0,036 -0,224 -0,005 -0,296
122
A Figura 6-23 apresenta a comparação dos resultados dos cálculos analíticos
com o resultado fornecido pela instrumentação de campo. Conforme pode ser
observado nesta figura, fica claro que o cálculo analítico pode fornecer, ainda que com
todas as simplificações adotadas, uma previsão da ordem de grandeza dos recalques,
mesmo para situações complexas como a do caso estudado.
Ponto A (0,0)
-0,15
-0,2
-0,25
-0,3
Tempo (dias)
Figura 6-23 – Comparação dos recalques de campo com os calculados analiticamente para o ponto A.
123
Recalques x tempo - Ponto A (0, 0)
Cv minimo
-0,1
Cv máximo
Recalque (m)
-0,15
Ponto A (0,0)
-0,2
-0,25
-0,3
-0,35
Tempo (dias)
Figura 6-24 – Curvas de recalque transladadas – cálculo analítico x valores de campo para o ponto A.
124
aplicadas em campo eram inferiores às equivalentes a um aterro infinito devido a
influência da geometria do aterro. O Anexo 5 apresenta o cálculo do fator de influência
para carregamento trapezoidal (Poulos e Davis,1974).
125
(b)
(a)
(a) (b)
Tempo (dias)
0 50 100 150 200 250
0
Sucção (kPa)
-20
-40
-60
-80
-100
3,0
aterro (m)
2,0
1,0
0,0
0
Medição campo RA 1 (m)
Modelo A1
-0,05 Modelo A2
Modelo B1
-0,1 Modelo B2
Cv minimo
Cv máximo
-0,15 Cv médio
-0,2
Recalque (m)
Ponto A (0, 0)
-0,25
-0,3
-0,35
-0,4
-0,45
-0,5
Figura 6-27 – Variação dos deslocamentos verticais no ponto A (0, 0) com tempo.
127
apresentassem recalques inferiores aos mesmos modelos onde a camada de argila foi
representada de maneira mais precisa (A2 e B2).
128
Após o desligamento do vácuo foi registrada uma expansão para o Ponto A (0,
0) de 1,5 cm coerente com os registros de campo apresentados por MARQUES
(2001), que indicaram aproximadamente 2 cm.
(b)
(a)
Figura 6-28 – Deslocamentos verticais modelo B1: Seção horizontal ao longo da base do aterro (a) e seção
vertical ao longo do eixo com a profundidade (b).
ρy max ~ 0,28 m
ρy max ~ 0,28 m
(a) (b)
Figura 6-29 – Deslocamentos verticais modelo B2: Seção horizontal ao longo da base do aterro (a) e seção
vertical ao longo do eixo com a profundidade (b).
129
Tempo (dias)
0 50 100 150 200 250
0
Sucção (kPa)
-20
-40
-60
-80
-100
3,0
aterro (m)
2,0
1,0
0,0
-0,05
-0,1
Recalque (m)
-0,15
Ponto B (6,5; 0)
-0,2
Faixa de valores dos
deslocamentos medidos
Medição campo P2 (m)
em campo para as
-0,25 Modelo B1
bordas do aterro.
Modelo B2
Medição campo P9 (m)
-0,3
Na Figura 6-31 pode ser identificada uma região, dentro do maciço argiloso,
próxima ao dreno externo e situada a aproximadamente 3,5 m de profundidade, como
sendo a região de maiores deslocamentos horizontais para dentro do aterro. Nessa
região, no modelo numérico B2 obteve-se deslocamentos horizontais de
aproximadamente 0,05m ao final da etapa de aplicação do vácuo (fase 18).
131
(a) (b)
Figura 6-31 – Deslocamentos horizontais ao final da Fase 22: B1 (a), B2 (b).
IA1 IA1
E (9,44; -2,3)
E (9,4; -2,3)
F (9,44; -4,0)
F (9,43; -4,0)
G (9,44; -5,0) 0
G (9,45; -5,0)
0
0
dx max ~ 0,013 m
dx max = 0,02 m
0
dx min ~ 0,005m
dx min ~ 0,006m
0
0
Figura 6-32 - Deslocamentos horizontais ao final da Fase 18: B1 (a), B2 (b). 0
0
0
A Figura 6-33 apresenta uma comparação entre a variação dos deslocamentos
0
horizontais registrados em campo e os deslocamentos calculados para o modelo B2
0
no tempo para os pontos E (9,4;-2,3), F(9,4;-4,0) e G(9,4; -5,0). Conforme pode ser
0
0
0 132
verificado, os deslocamentos horizontais para os pontos selecionados ficaram dentro
da faixa de 0,012m a -0,012 durante todas as etapas de carregamento.
Tempo (dias)
0 50 100 150 200 250
0
Sucção (kPa)
-20
-40
-60
-80
-100
3,0
aterro (m)
2,0
1,0
0,0
0,015
E (9,44; -2,30)
F (9,48; -4,00)
0,010
G (9,48 -5,00)
Registrado em campo IA1
0,005
ux(m)
0,000
-0,005
-0,010
-0,015
133
maiores que os registrados em campo e, dessa forma, era de se esperar que os
deslocamentos horizontais também fossem maiores nas análises numéricas.
18%
13%
SC1 SC1
SC2 SC2
SC3 SC3
SC4
(a) (b)
Figura 6-34 - Deformações específicas verticais ao final da Fase 18: (a) B1 e (b) B2.
134
MARQUES (2001) dividiu o perfil de solo em camadas representativas e
avaliou as deformações específicas médias a partir da diferença entre as medidas dos
tassômetros RA3 e RA1 e dos tassômetros RA4 e RA1, ou seja, entre as camadas
situadas entre: -3,2 m e -6,15m e entre -3,2m e -7,6m, respectivamente. Conforme
pode ser visto na Figura 6-35, após a aplicação da última camada de aterro, observou-
se um aumento nas deformações específicas e, quando o vácuo foi desligado (fase de
cálculo 19), a deformação específica vertical média da camada de argila manteve-se
estável no valor de aproximadamente 7 %. A camada entre -6,5m e -7,6 m de
profundidade apresentou uma deformação vertical no fim do bombeamento de
aproximadamente 2%.
Tempo (dias)
0 50 100 150 200 250
0
Sucção (kPa)
-20
-40
-60
-80
-100
3,0
aterro (m)
2,0
1,0
0,0
135
A Figura 6-35 também apresenta os resultados obtidos pelo modelo numérico
B2 e os compara com os resultados de campo citados no parágrafo anterior. No
modelo numérico, foram analisadas as deformações específicas verticais para as
camadas entre -2,5m e -6,5m e para as camadas entre -2,5m e -7,5 m. Pela figura,
verifica-se que os resultados obtidos pelas simulações numéricas representam de
maneira satisfatória o comportamento de campo. Nas simulações numéricas, a
camada de argila apresentou aproximadamente 6,4 % de deformação específica
vertical para a região situada entre -2,5m e -6,5m. Para a camada situada entre as
profundidades de -2,5m e -6,5m, foram registradas deformações específicas verticais
de aproximadamente 5,2%. Para a camada situada entre -6,5m e -7,5m, as análises
numéricas indicaram deformações específicas inferiores 1,2%.
136
UA1
UA2
UA3
UA4
(a) (b)
Figura 6-36 – Poro-Pressões final da fase 18 de calculo: Modelo B1 (a) e Modelo B2 (b).
Na Figura 6-37 (a) é possível observar que os resultados das leituras de campo
do piezômetro UA1 apresentaram uma variação significativa em relação aos
resultados das simulações. Tendo como base os valores da carga de vácuo aplicada e
a profundidade do ponto, os valores das poro-pressões máximas esperadas para este
piezômetro deveriam atingir valores próximos de -60 kPa, fato que não foi registrado
pela instrumentação de campo. Contudo, os resultados numéricos obtidos para esse
ponto mostraram-se coerentes quando comparados aos carregamentos impostos e
aos valores máximos esperados.
137
sucção, abaixo do qual haveria dessaturação do equipamento, limitando as leituras a
este valor.
Tempo (dias)
0 50 100 150 200 250
0
Sucção (kPa)
-20
-40
-60
-80
-100
3,0
aterro (m)
2,0
1,0
0,0
60,0
Modelo
Modelo B2(2,51
M2 (2,51;-2,46)
-2,46)
20,0
u (kPa)
0,0
-20,0
-40,0
Resultado
(a)
-60,0 esperado
-80,0
0 50 100 150 200 250
60,00
20,00 ModeloM2
Modelo B2(1,18
(1,18;3,86)
-3,86)
u (kPa)
0,00
-20,00
Resultado
-40,00 esperado
(b)
Fase de cálculo 17 Fim da fase de
-60,00 cálculo 18
-80,00
0 50 100 150 200 250
Tempo (dias)
Figura 6-37 – Variação das poro-pressões no tempo para o ponto UA1 (2,3; -2,5) (a) e UA2 (1,15; -3,9) (b).
138
Somente analisando os resultados das simulações numéricas não é possível
afirmar se os resultados do UA1 medidos em campo são realistas ou não, contudo
elas contribuem para a aceitação da hipótese da limitação das leituras a um valor
mínimo devido à dessaturação dos equipamentos, uma vez que, conforme será
apresentado adiante, os resultados numéricos dos demais piezômetros representaram
os comportamentos de campo de maneira satisfatória.
-20
-40
-60
-80
-100
3,0
aterro (m)
2,0
1,0
0,0
80,00
Medição Campo UA3 -5,4m
60,00
ModeloM2
Modelo B2(0,0;-5,17)
(0,0; -5,17)
40,00
20,00
u (kPa)
0,00
-20,00
-40,00
Resultados esperados
-60,00
-80,00
0 50 100 150 200 250
80,00
Medição Campo UA4 -6,8m
60,00
ModeloM2
Modelo B2(1,15;
(1,15;-6,67)
-6,67)
40,00
20,00
u (kPa)
0,00
-60,00
Fim da fase de cálculo 18
-80,00
0 50 100 150 200 250
Figura 6-38 – Variação das poro-pressões no tempo para o ponto UA3 (0,0; -5,4) (a) e UA4 (0,0; -6,8) (b).
140
Durante as análises, a simulação dos desligamentos e reativação das bombas
de vácuo, assim como, a elevação e descida manual do N.A., situações ocorridas
próximo ao dia 7 e ao dia 170, provocaram variações bruscas e irreais dos valores de
u. Em ambos os casos, essas interferências foram causadas pela forma com que o
programa interpreta numericamente o início da aplicação do vácuo. Tais resultados
não interferiram no processo de adensamento, contudo podem ser observados
próximos às datas citadas resultados de poro-pressões um pouco diferentes dos
esperados. Os resultados esperados para o período próximo ao dia 170 foi indicado
nos gráficos com uma linha tracejada.
Curvas de compressão
MARQUES (2001) comparou os resultados obtidos pelos ensaios oedométricos
às curvas de compressão in situ da argila para três camadas, conforme se segue:
O cálculo das deformações específicas médias de cada uma das camadas foi
feito através da diferença entre os deslocamentos verticais dos pontos extremos da
camada divididos pela espessura da camada. Os valores das tensões efetivas
utilizadas foram os valores médios entre o ponto superior e o ponto inferior de cada
uma das camadas em questão.
141
Camada 2A calculada – situada entre as profundidades de -4,5m e -6,5 m;
Para a primeira camada (1A), situada de -2,5m até -4,5m (Figura 6-39 (a)) as
simulações numéricas indicaram que, após a passagem da tensão de
sobreadensamento, ocorrida a tensões efetivas médias de aproximadamente 90 kPa,
a tensão efetiva aumentou de maneira aproximadamente retilínea com a deformação,
até atingir aproximadamente 110 kPa a 8% de deformação específica.
Para a segunda camada (2A), situada entre -4,5m e -6,5m (Figura 6-39 (b)), as
simulações indicaram comportamento similar, com a diferença que a passagem da
tensão de sobreadensamento ocorreu a tensões efetivas médias de aproximadamente
100 kPa e as deformações específicas atingiram 5% a 110 kPa. O comportamento in
situ dessa mesma camada apresentou comportamento similar com a diferença que as
deformações específicas atingiram 7%.
Na Figura 6-39 (a) e na Figura 6-39 (b), é possível visualizar que as tensões
verticais efetivas in situ, quando no estado limite, foram inferiores às obtidas nos
ensaios oedométricos e os valores calculados pela simulação numérica se situaram
em pontos um pouco inferiores em relação às curvas in situ. Os valores de Cc
definidos pelas curvas calculadas pelo modelo numérico apresentaram valores muito
próximos aos definidos pelas curvas in situ.
142
0 0 0
εy
εy
-0,15 -0,15 -0,15
Modelo M2 B2
(2,5 a 4,5 prof.) Modelo M2 B2
(6,5 a 7,5 prof.)
-0,2 -0,2 Modelo M2 B2 -0,2
(4,5 a 6,5 prof.)
Figura 6-39 - Curva de compressão das camadas 1A (a), 2A (b) e 3A (c): Calculadas modelo B2 x “in sutu” x ensaios oedométricos a profundidades equivalentes
(adaptado de MARQUES, 2001).
143
Para o caso específico da camada 3A as simulações numéricas não indicaram
a passagem completa da condição sobreadensada para a condição normalmente
adensada.
Trajetória de tensões
MARQUES (2001) apresentou (Figura 6-40) um esquema da trajetória de
tensões (em um plano s´- t) na parte central de um aterro, durante um carregamento
por vácuo (V) e durante um carregamento convencional (C). Durante um
carregamento, convencional a trajetória de tensões inicia-se num estado inicial
sobreadensado (I0) até tocar a superfície de escoamento em C1'. A seguir, o caminho
de tensões acompanha a curva de estado limite de C1' até C2 e durante esta fase, as
poro-pressões mantém-se quase constantes. Após a construção do aterro, quando em
um estado normalmente adensado, as deformações verticais tornam-se importantes e
a trajetória de tensões se encaminha para uma tensão efetiva final em C3. Neste
momento os valores de K(σ´v/σ´h) encontram-se acima da linha Ko_nc, contudo, estes
tendem a se aproximar progressivamente da linha Ko_nc, à medida que o adensamento
se desenvolve.
144
.
Figura 6-40 - Caminhos de tensões no plano s' - t: carregamento de um aterro convencional e por
vácuo no centro do aterro (Marques 2001).
Para cada uma das profundidades citadas acima, foram utilizadas as tensões
de sobreadensamento corrigidas definidas na Tabela 6-1 para a determinação das
superfícies de escoamento iniciais.
145
80
60 ponto (0;-2,5)
6
5
4
40
2 α0
q (kPa)
1
20
K0_nc 3
1 – Inicio vácuo (fase 10);
Figura 6-41 – Trajetória de tensões para um ponto próximo ao centro do aterro e à profundidade de
aproximadamente 2,5 m calculada por simulações numéricas (Modelo B2).
146
80
6
60 M ponto (0;-4,5)
5
40 2
q (kPa)
α0
-20
0 20 40 60 80
p´ (kPa)
Figura 6-42 – Trajetória de tensões para um ponto próximo ao centro do aterro e à profundidade de
aproximadamente 4,5 m calculada por simulações numéricas (Modelo B2).
100
ponto (0;-6,5)
80
M
60
6
5
q (kPa)
-20
0 20 40 60 80 100 120
p´ (kPa)
Figura 6-43 – Trajetória de tensões para um ponto próximo ao centro do aterro e à profundidade de
aproximadamente 6,5 m calculada por simulações numéricas (Modelo B2).
147
As trajetórias de tensão apresentadas até o momento foram traçadas para
elementos de solo posicionados no eixo de simetria do aterro. Contudo, tais trajetórias
dependem da profundidade, das condições de drenagem, das velocidades de
construção e da localização do elemento do solo em relação ao aterro (centro, bordo,
etc.).
148
100 100 100
Ponto (6,8; -2,5) Ponto (6,8; -4,5) Ponto (6,8; -6,5)
80 80 80
60 60 60
40 40 40
q (kPa)
q (kPa)
q (kPa)
20 20 20
0 0 0
Supercífie
Superfícieescoamento inicial
de escoamento S-Clay 1S
Inicial Supercífie
Superfícieescoamento inicialInicial
de escoamento S-Clay 1S Superfícieescoamento
Supercífie de escoamento Inicial
inicial S-Clay 1S
(6,8;-2,52)
S-Clay 1S (6,8;-2,52) (6,8;-4,52)
S-Clay 1S (6,8;-4,52)
-20 -20 -20 S-Clay 1S (6,8;-2,52)
(6,8;-6,52)
Trajetória de tensões (6,84; -2,52) Trajetória de tensões (6,84; -4,52) Trajetória de tensões (6,84;-6,82)
Figura 6-44 –Modelo B2 -Trajetória de tensões para pontos abaixo da borda do aterro às profundidades de: -2,52 m (a); -4,52m (b); -6,82m (c).
149
Conforme dito anteriormente, as trajetórias de tensões geradas por um
carregamento tradicional são diferentes das trajetórias de tensões geradas por um
carregamento por vácuo. As deformações horizontais são, no primeiro caso, positivas,
enquanto que são negativas no segundo caso. Em uma condição similar a um ensaio
oedométrico, a trajetória de tensões desenvolve-se sobre a linha Ko_nc (para o solos
normalmente adensados), já durante um carregamento por vácuo o caminho de
tensões situa-se normalmente abaixo da linha Ko_nc.
7.1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa contribuir tanto para a compreensão da técnica do
carregamento por vácuo no melhoramento de solos moles, como buscar metodologias
analíticas e numéricas capazes de fornecer resultados realistas para o tema proposto.
Este trabalho dá continuidade aos estudos desenvolvidos por MARQUES (2001). A
revisão bibliográfica apresenta o estado da arte sobre o tema e as informações
necessárias para uma compreensão abrangente do problema estudado. Da mesma
forma, são definidos e validados os parâmetros utilizados nas análises numéricas e
nos cálculos analíticos. Os resultados obtidos nessas análises são apresentados e
comparados com os resultados de campo disponíveis.
152
levemente sobreadensadas que possuem anisotropia e estruturação. Contudo, o
elevado número de parâmetros pode ser um fator limitador de sua utilização.
153
7.5.2 COMPATIBILIZAÇÃO DOS RECALQUES DA CÉLULA UNITÁRIA AXISSIMÉTRICA
PARA O ESTADO PLANO DE DEFORMAÇÕES
154
mostraram coerentes com os resultados obtidos pelos cálculos analíticos (que
utilizaram os mesmos materiais).
Embora o Plaxis, a partir da versão utilizada na tese (Plaxis 2D 2015 V0) tenha
se mostrado capaz de simular os casos do carregamento por vácuo, ainda existem
questões relacionadas a situações específicas, tais como a avaliação do nível no N.A.,
quando da aplicação do vácuo, as situações envolvendo condições não saturadas,
que precisam ser estudadas e devidamente validadas.
156
BIBLIOGRAFIA
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and reduced sand embankment preloading”. Geotech. Eng.: Southeast Asian Geotech.
Soc. 29: 95-121 p.1998.
157
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CHAI, J.C.; CARTER, J.P.; HAYASHI, S. “Vacuum consolidations and its combination
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164
ANEXO 1 - DERIVADAS DO MODELO S-CLAY1S NO
ESPAÇO TRIAXIAL E DETALHAMENTO DA MATRIZ
ELASTOPLÁSTICA .
𝑑𝐹
= (𝑝´ − 𝑝´𝑚𝑖 . (𝜒 + 1)). (𝑀2 − 𝛼 2 ) − 2𝛼. (𝑞 − 𝛼𝑝´) + 𝑝´. (𝑀2 − 𝛼 2 )
𝑑𝑝´
𝑑𝐹
= 2𝑞 − 2𝛼𝑝´
𝑑𝑞
𝑑𝐹
= −𝑝´. (𝜒 + 1). (𝑀2 − 𝛼 2 )
𝑑𝑝´𝑚𝑖
𝑑𝐹
= −2𝑝´. (𝑞 − 𝛼𝑝´) − 2𝛼𝑝´. (𝑝´ − 𝑝´𝑚𝑖 (𝜒 + 1))
𝑑𝛼
𝑑𝐹
= 𝑝´. 𝑝´𝑚𝑖 . (𝑀2 − 𝛼 2 )
𝑑𝜒
𝟑𝜼 𝒑 𝜼 𝒑
𝒅𝜶 = 𝝁. [( − 𝜶) . ⟨𝒅𝜺𝒗 ⟩ + 𝜷. ( − 𝜶) . |𝒅𝜺𝒅 |]
𝟒 𝟑
𝑑𝛼 𝜂
𝑝 = 𝜇. 𝛽 . ( − 𝛼)
𝑑𝜀𝑑 3
𝑑𝛼 3𝜂
𝑝 = 𝜇.( − 𝛼)
𝑑𝜀𝑣 4
𝒑 𝒑
𝒅𝝌 = −𝒂𝝌. [|𝒅𝜺𝒗 | + 𝒃. |𝒅𝜺𝒅 |]
𝑑𝜒
𝑝 = −𝑎𝜒
𝑑𝜀𝑣
𝑑𝜒
𝑝 = −𝑎𝑏𝜒
𝑑𝜀𝑑
165
Matriz elastoplástica
𝑒𝑝
1𝑒 𝑒]
𝜕𝑔 𝜕𝐹 𝑇 𝑒
[𝐷 ] = [𝐷 ] − [𝐷 ( ) [𝐷 ]
𝛽 𝜕𝜎´𝑖 𝜕𝜎´𝑖
𝑑𝑔
1 𝑑𝑝´ 𝑑𝐹 𝑑𝐹
𝐷𝑒𝑝 = 𝐷𝑒 − . 𝐷𝑒 . .[ ] . 𝐷𝑒
𝛽 𝑑𝑔 𝑑𝑝´ 𝑑𝑞
[ [ 𝑑𝑞 ] ]
sendo:
𝑑𝑔
𝑑𝐹 𝑑𝐹 𝑒 𝑑𝑝´
𝛽 = 𝐻+. [ ].𝐷 .
𝑑𝑝´ 𝑑𝑞 𝑑𝑔
[ [ 𝑑𝑞 ] ]
𝐻 = −(𝐻𝑝´𝑚𝑖 + 𝐻𝛼 + 𝐻𝜒 )
𝑑𝐹 𝑑𝑝´𝑚𝑖 𝑑𝑔
𝐻𝑝´𝑚𝑖 = . .
𝑑𝑝´𝑚𝑖 𝑑𝜀𝑣𝑝 𝑑𝑝´
𝑑𝐹 𝑑𝛼 𝑑𝑔 𝑑𝛼 𝑑𝑔
𝐻𝛼 = . [( 𝑝 . ⟨ ⟩) + ( 𝑝 . | |) ]
𝑑𝛼 𝑑𝜀𝑣 𝑑𝑝´ 𝑑𝜀𝑑 𝑑𝑞
𝑑𝐹 𝑑𝜒 𝑑𝑔 𝑑𝜒 𝑑𝑔
𝐻𝜒 = . [( 𝑝 . | |) + ( 𝑝 . | |) ]
𝑑𝜒 𝑑𝜀𝑣 𝑑𝑝´ 𝑑𝜀𝑑 𝑑𝑞
166
ANEXO 2 – GENERALIZAÇÃO DO MODELO S-CLAY1S
PARA O ESPAÇO 3D
√2𝜏𝑦𝑧
[ √2𝜏𝑧𝑥 ]
1 3
sendo: 𝑝´ = (𝜎´𝑥 + 𝜎´𝑦 + 𝜎´𝑧 ) e 𝑞 = [𝜎´𝑑 ]𝑇 [𝜎´𝑑 ].
3 2
2
sendo: 𝑑𝜀𝑣 = 𝑑𝜀𝑥 + 𝑑𝜀𝑦 + 𝑑𝜀𝑧 e (𝑑𝜀𝑑 )2 = [𝑑𝜀𝑑 ]𝑇 [𝑑𝜀𝑑 ].
3
167
O vetor de inclinação da superfície de escoamento (anisotropia):
1
(2𝛼𝑥 − 𝛼𝑦 − 𝛼𝑧 )
3
1
(−𝑑𝛼𝑥 + 2𝛼𝑦 − 𝛼𝑧 )
3
1
𝛼𝑑 = (−𝛼𝑥 − 𝛼𝑦 + 2𝛼𝑧 ) ;
3
√2𝛼𝑥𝑦
√2𝛼𝑦𝑧
[ √2𝛼𝑧𝑥 ]
1 2
sendo: (𝛼𝑥 + 𝛼𝑦 + 𝛼𝑧 ) = 1; e (𝛼)2 = [𝛼𝑑 ]𝑇 [𝛼𝑑 ].
3 3
Função de escoamento:
2 3
𝐹= [{𝜎´𝑑 − 𝑝´𝛼𝑑 }𝑇 {𝜎´𝑑 − 𝑝´𝛼𝑑 }] − [𝑀2 − {𝛼𝑑 }𝑇 {𝛼𝑑 }] [𝑝´𝑚 − 𝑝´]𝑝´ = 0
3 2
𝑝
𝑣. 𝑝´𝑚𝑖 . 𝑑𝜀𝑣
𝑑𝑝´𝑚𝑖 =
𝜆𝑖 − 𝜅
3𝜂 𝑝 𝜂 𝑝
𝑑𝛼 = 𝜇 [( − 𝛼𝑑 ) . 〈𝑑𝜀𝑣 〉 + 𝛽. ( − 𝛼𝑑 ) . |𝑑𝜀𝑠 |]
4 3
Degradação da estruturação:
𝑝 𝑝
𝑑𝜒 = − 𝑎𝜒[|𝑑𝜀𝑣 | + 𝑏(𝑑𝜀𝑠 )]
168
Matriz Elastoplástica
1 𝜕𝑔 𝜕𝐹 𝑇
[𝐷𝑒𝑝 ] = [𝐷𝑒 ] − [𝐷𝑒 ] ( ) ( ) [𝐷𝑒 ]
𝛽 𝜕𝜎´ 𝜕𝜎´
𝜕𝐹 𝑇 𝜕𝑔
𝛽 = 𝐻 + ( ) [𝐷𝑒 ] ( )
𝜕𝜎´ 𝜕𝜎´
𝜕𝐹 𝜕𝑝´𝑚𝑖 𝜕𝑔
𝐻 = −[ . .
𝜕𝑝´𝑚𝑖 𝜕𝜀𝑣𝑝 𝜕𝑝´
𝜕𝐹 𝑇 𝜕𝛼𝑑 𝜕𝑔 2 𝜕𝛼𝑑 𝜕𝑔 𝑇 𝜕𝑔
+ { √
} . [( 𝑝 . ⟨ ⟩) + √ { 𝑝 } { } { }]
𝜕𝛼𝑑 𝜕𝜀𝑣 𝜕𝑝´ 3 𝜕𝜀𝑑 𝜕𝜎´𝑑 𝜕𝜎´𝑑
𝜕𝐹 𝜕𝜒 𝜕𝑔 2 𝜕𝜒 𝜕𝑔 𝑇 𝜕𝑔
+ { } . [( 𝑝 . | |) + √ { 𝑝 } √{ } { } ]]
𝜕𝜒 𝜕𝜀𝑣 𝜕𝑝´ 3 𝜕𝜀𝑑 𝜕𝜎´𝑑 𝜕𝜎´𝑑
169
ANEXO 3 – “MODELLING OF LABORATORY TESTS ON
SAINT-ROCH-DE-L´ACHIGAN CLAY WITH S-CLAY1S
MODEL”
170
Modelling of laboratory tests on Saint-Roch-de-l´Achigan clay with S -
CLAY1S model
Affiliations:
171
Abstract:
172
1 INTRODUCTION
Natural clays often exhibit both anisotropy and some apparent inter-particle
bonding. The evolution of plastic strains involves slippage at inter-particle and inter-
aggregate contacts, re-arranging and re-aligning particles. In that way, plastic straining
can produce both changes of anisotropy and progressive degradation of bonding,
referred to as destructuration (Koskinen et al. 2002).
The S-CLAY1S model (Karstunen et al. 2005) was developed by Koskinen et al.
(2002) using the ideas presented by Gens and Nova (1993). The model may be
considered an expansion of S-CLAY1 model, proposed initially by Näätänen et al.
(1999) and was further developed by Wheeler et al. (1999) and Wheeler et al. (2003).
The main objective of this paper is to evaluate the capability of the S-CLAY1S
model in representing the stress-strain behavior of Saint-Roch-de-l´Achigan´s clay. The
results of aboratory tests were compared with numerical simulations performed with an
implementation of the S-CLAY1S model in the Finite Element code Plaxis developed
by Sivasithamparam (2012).
173
2 Constitutive model S-CLAY1S
The yield surface (F) separates purely elastic behavior from elasto-plastic
behavior. Purely elastic behavior is observed when F < 0, elasto-plastic behavior is
observed when F = 0 and F > 0 is an impossible situation.
where:
p´m – represent the size of the yield surface of the natural clay.
𝟑
[2] 𝜶𝟐 = [𝜶𝒅 ]𝑻 [𝜶𝒅 ]
𝟐
Figure 1 shows the shape of the yield surface of the S-CLAY1S model for the
case where principal axes of both the stress tensor and the fabric tensor are coincident
with x, y, z directions. Need to explain .
With α = 0 the soil behavior is isotropic and yield surface corresponds to MCC
yield curve.
174
The process of formation of some natural soils may induce a creation of
bonding between the particles, in that way, natural soil may provide additional
resistance to yielding. An unbounded soil with the same fabric (including anisotropy)
and at the same void ratio as the natural soil would yield at a lower stress when
compared to the natural soil. This phenomena can be described using the idea of an
“intrinsic yield curve”, representing the yield behavior of an equivalent unbounded soil
(Koskinen et al. 2002). The intrinsic yield curve is smaller in size, and its size can be
specified by a parameter, p´mi (see figure 1). The relation between the yield curve for
bonded soils and the size of the intrinsic yield curve can be expressed using the
parameter χ. The definition of the current degree of bounding is given by:
In the one-dimensional case it is evident that the plastic strains happen in the
same direction as the imposed stress. However, working with more than one
dimension, the problem becomes more complex, once it is possible to have six
components of both stresses and strains. In order to evaluate the plastic deformations,
the existence of a plastic potential (G) is assumed, and a flow rule is used to specify de
directions of plastic strains at every stress state. In the S-CLAY1S model an associated
flow rule is adopted (F = G). Experimental evidence by Wheeler et al. (2003) and
Karstunen & Koskinen (2008), support the idea that the assumption of an associated
flow rule is a reasonable approximation for natural clay when used together with an
inclined yield curve and a rotational hardening law.
The hardening or softening functions dictates how the state parameters change
with plastic strains. The S-CLAY1S model incorporates three hardening laws.
The first hardening law controls the size of the intrinsic yield curve and is related
solely to the plastic volumetric strains. A similar equation to the MCC model is used,
however the parameter p’m is replaced by p’mi and by i.
where:
The change is size is based on the assumption that for a material without
bonding the increase in the size of the yield curve is due to the re-arrangement of the
particles to a denser packing arrangement.
The second hardening law describes the changes in the orientation of the yield
surface as a function of the increments in the volumetric and deviatoric plastic strains.
𝟑𝜼 𝒑 𝜼 𝒑
[5] 𝒅𝜶𝒅 = 𝝁 [( − 𝜶𝒅 ) . 〈𝒅𝜺𝒗 〉 + 𝜷. ( − 𝜶𝒅 ) . |𝒅𝜺𝒔 |]
𝟒 𝟑
where:
The third and last hardening law is related to degradation of bonding caused by
the evolution of the plastic strains. This law may be represented by the following
equation (Karstunen et al. 2005):
𝒑 𝒑
[6] 𝒅𝝌 = −𝒂𝝌[|𝒅𝜺𝒗 | + 𝒃 |𝒅𝜺𝒔 |]
where:
3 PARAMETER DETERMINATION
176
poisson ratio (υ), it is necessary to obtain two parameters related to the rotational
hardening: β, μ [5] and other parameters related to the bonding: λi ([4) and a, b [6].
Furthermore, it is necessary to define the initial state of the soil: the stress state,
specific volume (υ) or void ratio (e), and initial values of parameters p´mi, α0 and χ0.
The traditional soil constants λ, κ, M and the poisson´s ratio (υ) and the initial
size of the yield curve (p´m) may be determined by standard procedures. For the
intrinsic value determination of p´mi and λi the same standards procedures can be
adopted however using a completely remolded and reconstituted sample.
For the cases where the soil deposit can be considered normally consolidated
or lightly overconsolidated, with its formation restricted to one dimensional strains, a
very simple procedure can be applied to the determination of the initial value of α =
αko. If the K0 value is estimated by Jaky´s formula (K0~1-sin ϕ´, where ϕ´ is the critical
state friction angle), the ratio η for the K0 condition (ηko) can be calculated. Only one
value of the yield curve inclination α, in combination with associated flow, could predict
zero radial straining when loading at stress ration ηko. That can be represented by
equation:
𝜼𝟐𝒌𝒐 +𝟑𝜼𝒌𝒐 −𝑴𝟐
[7] 𝜶𝒌𝒐 =
𝟑
Given both M and ηk0 (for normally consolidated clays) can be exclusively
represented in terms of the critical state friction angle ϕ´, it suggests that 𝛼𝑘𝑜 for
normally consolidated or lightly overconsolidated clays is uniquely related to ϕ´.
177
𝟑(𝟒𝑴𝟐 −𝟒𝜼𝟐𝒌𝒐 −𝟑𝜼𝒌𝒐 )
[8] 𝜷=
𝟖(𝜼𝟐𝒌𝒐 −𝑴𝟐 +𝟐𝜼𝒌𝒐 )
During the derivation of [9 some major assumptions have been made (Leoni et
al. 2008), and hence depending of other parameter combinations a negative value to μ
(a physically impossible situation) can result.
𝟏𝟎 𝟐𝟎
[10] ≤𝝁≤
𝝀 𝝀
where 𝜆 is the slope of the oeadometerric compression line of the natural clay
sample.
The initial value of parameter χ (χ0) can be obtained by the relation presented in
[3 by comparing the yield stress obtained from a naturally bonded with that of a
completely remolded and reconstituted sample (represented by the imaginary intrinsic
yield curve, see Figure 1).
[11] 𝝌𝟎 ≈ 𝑺𝒕 − 𝟏
There are no direct methods for the determination of values for parameters a
and b. Koskinen et al. (2002) propose that model simulation comparisons with
laboratory test should be used to obtain their values. Ideally a test with mainly
volumetric strains (such as isotropic compression) is used to calibrate the value of a
and then a test with a constant high stress path is simulated to calibrate the value of
b. However, based on the tests and simulations done for far (see e.g. Koskinen et al.
(2002), McGinty (2006), Karstunen et al. (2008), initial values of: a = 8 to 12;
b = 0.2 to 0.3 can be adopted.
4 SAINT-ROCH-DE-L´ACHIGAN CLAY
179
measurement. In situ tests (like vane tests) were also performed completing the site
investigation. The triaxial tests were performed both in isotropic and anisotropic
conditions and for different initial stress ratios during consolidation.
DETERMINATION :
Initially all data of the triaxial tests performed by Marques (2001) were analyzed,
and triaxial test CAU1 was chosen as the test that could best represent the initial stress
state and bond destructuration in the field, with similar vertical stresses and K0 values
(K0 = 0.5 was used in the test and K0 = 0.44 was calculated using the Jaky’s formula).
Table 1 presents the main parameter obtained both from triaxial test data and using the
previously described procedures.
Table 2 presents the main parameter obtained from oedometric tests using from
the procedures previously described.
180
5 PARAMETRIC ANALYSES:
Initially, using the parameters presented in the Table 1 and Table 2 , a study
was made to evaluate the influence some of the of parameters on the results of four
different anisotropic triaxial loading situations: drained and undrained compressions
(CADC and CAUC, respectively); drained and undrained extension (CADE and CAUE,
respectively). The results of the parameter changes in oedometric test simulations
were also evaluated. The Finite Element code Plaxis was used for the analyses with
the implementation of the S-CLAY1S model by Sivasithamparam (2012).
For all the cases, the following curves were plotted: void ratio (e 0) versus
vertical effective stress log (σ´v); mean effective stress (p´) versus deviatoric stress (q);
deviatoric stress (q) versus major principal strain (ε1).
Additionally, the following graphs were also plotted: the excess of pore pressure
(u) versus major principal strain (ε1) for the undrained analyses.
These curves were chosen based on the available results of the oedometric and
triaxial tests performed on the Saint-Roch-de-l´achigan clay, presented in Marques
(2001).
The graphs containing the main parametric simulations results for oedometric
tests are presented in the Figure 4. It demonstrates that special care should be taken in
the planning to yield good determination of λi and χ0, and then the calibration of the
parameter a should came in a second moment and it should be an easy task. There is
no point in playing with b given it has minor influence unless if it is necessary to make a
fine adjust in the curves curvature.
181
The graphs containing the main parametric simulations results for triaxial tests
are shown in the Figure 5, Figure 6, Figure 7. They demonstrate that it is essential to
have a reliable value for M if using these types of models.
Figure 8 compares the S-CLAY1S and MCC final numerical simulations results
with the laboratory tests results.
Figure 8-b shows that for Saint-Roch-de-l´achigan clay the S-CLAY1S model
predicts more realistic stress paths than MCC model when compared to the laboratory
test results.
182
Figure 8-c and Figure 8-d show that using S-CLAY1S, the soil behavior in terms
of q versus 1 and u versus 1 are better predicted than with the isotropic model. The
peak stress is predicted after approximately 1-2% axial strain, which is in good
agreement with the laboratory results.
It is possible to verify that the model S-CLAY1S and the described procedures
to the input parameters determination were able to represent the general behavior of
the soil in the specific analyzed cases.
183
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7 LIST OF SYMBOLS
p´m – represent the size of the yield surface of the natural clay;
𝜆𝑖 - slope of the intrinsic normal compression line (for a reconstituted soil) in the
ln p’x υ plane;
υ – specific volume;
𝑝
𝑑𝜀𝑣 - increments of plastic volumetric strain;
𝑝
𝑑𝜀𝑠 - increments of plastic deviatoric strain;
η = σd / p´;
185
a and b – represent soil constants controlling the rate of bonding degradation;
u – excess of porepressure;
υ - poisson´s ratio
186
compression line 0.45; 0.60 the volumetric strains in drained tests.
(λi) It was also noted that a specific choices of λi values not
compatible with other parameters, may cause unrealistic
results in the analyses(λi = 0.45; 0.60).
Slope of critical 0.77; 1.22; 1.37;1.63; It is important to note that changing the initial value of the
state line (M). 2.05 slope of the critical state line, using the formulation of S-
CLAY1S presented above, implies changes in the initial
rotation of the yield surface (α0) and in the value of
effective rotational hardening (β), given these two
parameters are directly related to M. No significant
influence noted in the oedometric analyses. However, a
relevant influence in all triaxial graphs was identified.
187
Table 6 – Parameter used in the numerical simulations
8 FIGURE CAPTIONS
Figure 1 - S-CLAY1S yield surface: (a) in 3D stress space, and (b) in triaxial space
(Yildiz et al. 2009)
Figure 2 - Behaviour of natural bounded and reconstituted clays (Karstunen et al. 2008)
188
Figure1 - S-CLAY1S yield surface: (a) in 3D stress space, and (b) in triaxial space (Yildiz et al. 2009)
Figure 2 - Behaviour of natural bounded and reconstituted clays (Karstunen et al. 2008)
189
Figure 3 - Geotechnical characteristics of the St-Roch-de-l’Achigan clay (Marques et al. 2003)
3,00 3,00
2,50 2,50
2,00 2,00
1,50 1,50
e
3,00 3,00
2,50 2,50
2,00 2,00
1,50 1,50
e
(CAUC)
b = 0.1B=0,1
1,00 χ0 = 1 Xo = 1
(CAUC) 1,00 (CAUC) B= 0,15
b = 0.15
χ0 = 5Xo = 5
(CAUC) b = 0.25
(CAUC) B=0,25
0,50 χ0 = 9.66
(CAUC) Xo = 9,66 0,50 b = 0.2B=0,2
(CAUC)
χ0 = 50
(CAUC) Xo = 50 b = 0.3B=0,3
(CAUC)
χ0 = 100
(CAUC) Xo = 100
0,00 0,00
10,00 100,00 1.000,00 10,00 100,00 1.000,00
σ'y [kN/m²] σ'y [kN/m²]
190
170,00 170,00 170,00
q [kN/m²]
q [kN/m²]
0,00 50,00 100,00 150,00 0,00 50,00 100,00 150,00 0,00 50,00 100,00 150,00
191
180,00 180,00 180,00
q [kN/m²]
q [kN/m²]
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20
-20,00 -20,00 -20,00
q [kN/m²]
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20
-20,00 -20,00 -20,00
(CAUC) M = 2,05 χ0 == 11
(CAUC) Xo
-70,00 -70,00 -70,00
(CAUC) M = 1,63 χ0 == 55
(CAUC) Xo
(CAUC) μ =100 (CAUC) M = 1,37 χ0 = 9,66
(CAUC) Xo 9.66
(CAUC) μ = 25 (CAUC) M = 1,2 χ0 == 50
(CAUC) Xo 50
-120,00 (CAUC) μ =15,80 -120,00 -120,00 χ0 == 100
100
(CAUC) M = 0,77 (CAUC) Xo
(CAUC) μ = 5
(CAUC) μ =1 (CAUE) M = 2,05 χ0 == 11
(CAUE) Xo
(CAUE) μ = 100 (CAUE) M = 1,63 χ0 == 55
(CAUE) Xo
-170,00 (CAUE) μ = 25 -170,00 (CAUE) M = 1,37 -170,00 χ0 == 9,66
(CAUE) Xo 9.66
(CAUE) μ = 15,80 (CAUE) M = 1,2 χ0 == 50
(CAUE) Xo 50
(CAUE) μ = 5 (CAUE) M = 0,77 χ0 == 100
(CAUE) Xo 100
(CAUE) μ = 1 -220,00
-220,00 -220,00
|ε1| [%] |ε1| [%] |ε1| [%]
192
-100,00 -100,00 -100,00
u [kN/m²]
u [kN/m²]
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20
0,00 0,00 0,00
u [kN/m²]
u [kN/m²]
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20
0,00 0,00 0,00
193
Figure 8 – Comparison of laboratory results with MCC and S-CLAY1S simulations: a) oedometric
situations; (b), (c) and (d) triaxial compression test simulations.
194
ANEXO 4 - APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA PLAXIS 2D
2015
a
(a) (b)
Figura A4-0-1 (a) e (b) – Apresentação tela de criação de um novo modelo.
A tela de criação dos materiais (Figura A4-0-2 (a)) é idêntica à existente nas
versões anteriores do programa. Os modelos constitutivos de utilização mais comum
dentro do meio geotécnico já se encontram disponibilizados como ferramentas padrão
dentro do programa, todavia, ainda é possível a utilização de modelos criados pelos
próprios usuários, desde que devidamente implementados para a utilização dentro da
rotina do programa.
196
(a) (b)
Figura A4-0-2 – Apresentação das telas de criação de matérias (a) e definição da estratigrafia do
problema (b).
Visualização
da malha
criada
198
Aba definição das
condições de
fluxo
199
Aba de criação
das etapas de
cálculo.
Figura A4-0-6 – Apresentação da janela de criação e definição das propriedades de cada etapa de
cálculo.
200
Figura A4-0-7 – Apresentação dos resultados – Plaxis 2D 2015.
Equação A4-1
201
sendo:
Equação A4-2
sendo:
𝑆−𝑆𝑟𝑒𝑠
Seff = , Equação A4-3
𝑆𝑠𝑎𝑡 −𝑆𝑟𝑒𝑠
sendo:
sendo:
Tipos de análises
Para uma correta simulação do comportamento mecânico do solo, usando
ferramentas numéricas, é importante que seja feita uma correta representação do
estado de tensões iniciais do solo.
204
Na versão anterior do programa Plaxis, análises não saturadas e de sucção
eram realizadas utilizando o modo avançado do programa, empregando a definição de
tensões efetivas de Bishop, enquanto análises convencionais eram realizadas no
modo clássico, empregando a definição de tensões efetivas de Terzaghi, através do
modo clássico de cálculo.
205
ANEXO 5 – CÁLCULO DO FATOR DE INFLUÊNCIA PARA
CARREGAMENTO TRAPEZOIDAL (POULOS E DAVIS,1974)
Figura A5-0-1 - Recalques por adensamento imediato: (A) Esquema de deslocamentos Verticais; (B)
variáveis usadas para o cálculo das cargas verticais utilizadas para o cálculo dos recalques; (C) Fator de
influência I para carregamento trapezoidal (POULOS; DAVIS,1974).
206