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NAVAIS:
PROJETANDO UMA EMBARCAÇÃO ATRAVÉS DA FERRAMENTA AUTOCAD
Rio de Janeiro
2017
LAURA DE SOUSA QUEIROZ
Rio de Janeiro
Julho de 2017
MODELAGEM GEOMÉTRICA COMPUTACIONAL DE ESTRUTURAS
NAVAIS:
PROJETANDO UMA EMBARCAÇÃO ATRAVÉS DA FERRAMENTA AUTOCAD
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JULHO DE 2017
RESUMO
Com um mercado de trabalho cada vez mais competitivo é fundamental que não se perca tempo
e dinheiro ao projetar um produto. A modelagem computacional surgiu da necessidade de
realizar um projeto de forma virtual que gere pouquíssimo custo e renda o tempo de trabalho.
Assim como em qualquer indústria, o setor naval possui também essa necessidade. Produzir
uma embarcação requer muito material, mão de obra, custo e segurança, portanto um projeto
virtual te permite modificar, ao longo de toda elaboração do mesmo, sua estrutura sem perdas
financeiras, assim como também adequar também as exigências do cliente que podem vir mais
a frente, e correção de possíveis erros. Ter uma modelagem pronta em um programa com todas
ferramentas e cálculos de escala e proporção, permite enxergar o produto como um todo, uma
prévia daquilo que se quer de forma material para enfim colocar em prática a execução de forma
mais segura. Através da ferramenta utilizada neste trabalho, o AutoCAD, programa de
modelagem computacional, foi possível construir toda a estrutura de um navio, embasada em
um anterior estudo sobre estruturas navais e seus componentes, para enfim produzir peça por
peça e parte por parte, que posteriormente foram acopladas para formar a base da embarcação,
implementar os elementos necessários e presentes em um casco de navio.
With an increasingly competitive job market, it is fundamental that there is not waste of time
and money when designing a product. A computational modeling has arisen the need to carry
out a project in a virtual way that generates very little cost and income the working time. As in
any industry, the naval sector has also these needs. A vessel requires a lot of material, labor,
cost and security, thus a virtual project allows you to modify, throughout its elaboration,
structure without financial losses, as well as also adapt customer requirements that may come
later, and correction of possible errors. Having a model ready in a program with all the tools
and calculations of scale and proportion, allows you to see the product as a whole, a preview of
what you want to know in a material form in order to implement the execution in a more secure
way. Through the tool used in this work, AutoCAD, a computer modeling program, was
possible to build a ship structure, based on an earlier study of naval structures and their
components, to finally product piece by piece and part by part, which were attached later to
form a base of the vessel, implement the necessary and presente elements in a ship's hull.
1.INTRODUÇÃO 1
2.REVISÃO DE LITERATURA 3
3.ESTRUTURAS NAVAIS 5
4.METODOLOGIA 11
5.1. Elementos 14
6.1. Elementos 24
7.1. Elementos 33
8. RESULTADOS 42
9. CONCLUSÕES 43
É inegável que o AutoCAD é um dos softwares mais usados para criar e manipular projetos e
desenhos técnicos, tanto por projetistas quanto pelos estudantes de engenharia. O uso dessa
ferramenta evolucionou a indústria de projetos, aumentando produtividade dos profissionais e
reduzindo drasticamente as chances de erros (BALADI, 2015).
Assim sendo, na Indústria Naval é imprescindível também o uso de tais ferramentas, onde se
projetam embarcações, estaleiros e peças em geral. Um projeto naval pode ser executado desde
a menor peça componente de sua estrutura até a sua totalidade e conjuntura. Como base deste
trabalho foi utilizado o sistema CAD, que permitiu através de suas ferramentas a elaboração de
toda uma estrutura naval base de um casco de uma embarcação.
1
A principal motivação se justifica pelo interesse em um design completo de uma embarcação,
mas que traz toda a formação e junção de peças, muitas modelagens atualmente são feitas
através de um casco fixo que é modelado como se através de um grande paralelepípedo fosse
esculpido suas formas de acordo com o modelo de interesse, o intuito deste é um processo de
construção de sessões e suas partes, que traga ao leitor as explicações sobre sua elaboração
básica e conhecimento da técnica aplicada na mesma e por fim proporcionar uma visão de um
casco estrutural completo.
O trabalho apresenta oito capítulos, logo após esta introdução é possível colher informações
através da revisão da literatura, seguidamente de um breve capítulo sobre estruturas navais e
construção de cascos, como também um capítulo justificativo da escolha e versão do software
AutoCAD. Os demais capítulos se dividem em três seções base para a modelagem realizada:
seção mestra, proa e popa; assim como a junção de todas partes há também a metodologia
utilizada, os resultados e por fim as conclusões obtidas.
As medidas utilizadas nas projeções das figuras que compõem o trabalho foram trabalhadas em
escala utilizando um padrão em metros (m).
2
2. REVISÃO DE LITERATURA
Ao realizar uma pesquisa na literatura, observa –se, ainda que escasso, trabalhos centralizados
em construção naval e a ferramenta virtual de modelagem AutoCAD. Portanto, a seguir será
apresentado uma revisão sobre estudos anteriores e seus respectivos resultados.
1
SOUZA, C. S. Metodologia para Construção de Estaleiros. Trabalho de Conclusão de Curso (Tecnologia em
Construção Naval). Rio de Janeiro: UEZO, 2015.
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sobre como utilizar os comandos do sistema escolhido e, por fim, obteve modelagens com a
devida proporcionalidade e artes satisfatórias.
Também no mesmo ano, SILVA (2016) contribuiu com o estudo da utilização de ferramentas
computacionais para a indústria naval, com foco em construção virtual de um porto (Figura 2.3)
utilizando o AutoCAD, apresentando de forma técnica os comandos por ele utilizados,
detalhando visualmente através de figuras um passo a passo da elaboração de seu projeto,
medidas e conceitos utilizados. O autor, portanto, teve como resultados além da apresentação
da interface do software a apresentação de um projeto virtual final de um porto e sua ideal
organização.
2
MARQUES, L.F. A. Modelagem Geométrica Computacional Para Embarcações Utilizando o AutoCAD:
Uma Experiência na Modelagem de um Navio Cruzeiro e de um Submarino. Trabalho de Conclusão de
Curso (Tecnologia em Construção Naval). Rio de Janeiro: UEZO, 2016.
3
SILVA, D. V. Estudo e Modelagem Computacional de um Porto. Trabalho de Conclusão de Curso
(Tecnologia em Construção Naval). Rio de Janeiro: UEZO, 2016.
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3. ESTRUTURAS NAVAIS
Embarcação é uma construção feita de madeira, concreto, ferro, aço ou da combinação desses
e outros materiais, que flutua e é destinada a transportar pela água pessoas ou coisas. Barco tem
o mesmo significado, mas usa-se pouco. Navio, nau, nave, designam, em geral, as embarcações
de grande porte; nau e nave são palavras antiquadas, hoje empregadas apenas no sentido
figurado; vaso de guerra e belonave significam navio de guerra, mas são também pouco usados.
Em nossa Marinha, o termo embarcação é particularmente usado para designar qualquer das
embarcações pequenas transportáveis a bordo dos navios, e também as empregadas pelos
estabelecimentos navais, ou particulares, para seus serviços de porto (ARTE NAVAL, 2002).
4
https://cnavblog.files.wordpress.com/2016/08/arquitecturanaval-lisboa.pdf
5
exterior das balizas. A diferença entre estas duas superfícies é a espessura do casco, o que em
navios metálicos representa alguns milímetros, mas em navios de madeira pode representar
vários centímetros. Nos navios de aço é frequente considerar que a superfície do casco é a
superfície na ossada, enquanto nos navios de madeira é a superfície fora do forro. A
representação da geometria do casco faz-se normalmente pela projeção em três planos
ortogonais, das intersecções de planos paralelos aos de referência com a superfície do casco, tal
como se mostra nas Figuras 3.2 e 3.3.
6
FIGURA 3.2 – PROJEÇÃO EM PLANOS ORTOGONAIS DE CORTES DO CASCO
5
https://cnavblog.files.wordpress.com/2016/08/arquitecturanaval-lisboa.pdf
6
https://cnavblog.files.wordpress.com/2016/08/arquitecturanaval-lisboa.pdf
7
Uma embarcação é constituída de várias partes, mas como foco deste trabalho, o leitor terá
aprofundamento sobre a construção de cascos e seus elementos.
O casco é corpo do navio sem mastreação, ou aparelhos acessórios, ou qualquer outro arranjo.
Normalmente, o casco não possui uma forma geométrica definida, e a principal característica
de sua forma é ter um plano de simetria (plano diametral) que se imagina passar pelo eixo da
quilha. Da forma adequada do casco dependem as qualidades náuticas de um navio: resistência
mínima à propulsão, mobilidade e estabilidade de plataforma (ARTE NAVAL, 2002).
Fonte: Educolorir.com7
7
https://www.educolorir.com/foto-casco-de-barco-i4901.html
8
FIGURA 3.5 – CASCO VIRTUAL
Fonte: Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Tecnologia – Escola Politécnica Departamento de
Engenharia Naval e Oceânica8
Proa (Pr) – É a extremidade anterior do navio no sentido de sua marcha normal. Quase
sempre tem a forma exterior adequada para mais facilmente fender o mar.
Popa (Pp) – É a extremidade posterior do navio. Quase sempre, tem a forma exterior
adequada para facilitar a passagem dos filetes líquidos que vão encher o vazio produzido
pelo navio em seu movimento, a fim de tornar mais eficiente a ação do leme e do hélice.
Bordos – São as duas partes simétricas em que o casco é dividido pelo plano diametral.
Boreste (BE) é a parte à direita e bombordo (BB) é a parte à esquerda, supondo-se o
observador situado no plano diametral e olhando para a proa. Em Portugal se diz
estibordo, em vez de boreste.
Meia-nau (MN) – Parte do casco compreendida entre a proa e a popa. As palavras proa,
popa e meia-nau não definem uma parte determinada do casco, e sim uma região cujo
tamanho é indefinido. Em seu significado original, o termo meia-nau referia-se à parte
do casco próxima do plano diametral, isto é, eqüidistante dos lados do navio.
A vante e a ré – Diz-se que qualquer coisa é de vante ou está a vante (AV), quando está
na proa; e que é de ré ou está a ré (AR), quando está na popa. Se um objeto está mais
para a proa do que outro, diz-se que está por ante-a-vante (AAV) dele; se está mais para
a popa, diz-se por ante-a-ré (AAR).
8
http://www.deno.oceanica.ufrj.br/deno/prod_academic/relatorios/ate-2002/joaoluiz/relat1/relat-1.htm
9
Corpo de proa (em arquitetura naval) – Metade do navio por ante-avante da seção a
meia-nau. Corpo de popa (em arquitetura naval) – Metade do navio por ante-aré da
seção a meia-nau. Obras vivas (OV) e carena – Parte do casco abaixo do plano de
flutuação em plena carga, isto é, a parte que fica total ou quase totalmente imersa.
Carena é um termo empregado muitas vezes em lugar de obras vivas, mas significa com
mais propriedade o invólucro do casco nas obras vivas.
Obras mortas (OM) – Parte do casco que fica acima do plano de flutuação em plena
carga e que está sempre emersa.
Linha-d’água (LA) – É uma faixa pintada com tinta especial no casco dos navios, de
proa a popa; sua aresta inferior é a linha de flutuação leve. Normalmente só é usada nos
navios de guerra. Linha-d’água, em arquitetura naval, tem outra significação.
Cavernas – Peças curvas que se fixam na quilha em direção perpendicular a ela e que
servem para dar forma ao casco e sustentar o chapeamento exterior. Gigante (fig. 1-4)
é uma caverna reforçada. Caverna mestra é a caverna situada na seção mestra.
Cavername é o conjunto das cavernas no casco. O intervalo entre duas cavernas
contíguas, medido de centro a centro, chama-se espaçamento. Os braços das cavernas
acima do bojo chamam-se balizas.
Vaus – Vigas colocadas de BE a BB em cada caverna, servindo para sustentar os
chapeamentos dos conveses e das cobertas, e também para atracar entre si as balizas das
cavernas; os vaus tomam o nome do pavimento que sustentam.
Hastilhas– Chapas colocadas no fundo do navio, em cada caverna, aumentando a altura
destas na parte que se estende da quilha ao bojo.
Quilha – Peça disposta em todo o comprimento do casco no plano diametral e na parte
mais baixa do navio. Constitui a “espinha dorsal” e é a parte mais importante do navio,
qualquer que seja o seu tipo; nas docagens e nos encalhes, por exemplo, é a quilha que
suporta os maiores esforços.
Longarinas ou longitudinais – Peças colocadas de proa a popa, na parte interna das
cavernas, ligando-as entre si.
Sicordas – Peças colocadas de proa a popa num convés ou numa coberta, ligando os
vaus entre si (ARTE NAVAL, 2002).
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4. METODOLOGIA
11
FIGURA 4.2 – ÍCONES DA INTERFACE
Com o devido estudo básico e conhecimentos sobre o sistema utilizado, a metodologia segue
preceitos visuais e criativos, as formas foram obtidas através de estudo de peças já existentes e
reproduzidas com escalas e proporções adequadas em referência a uma embarcação em
tamanho real, o projeto resulta em características visuais similares a de estruturas reais. Todas
as formas geométricas partiram de conceitos bidimensionais e transformados em
tridimensionais, ambas obtidas por meio de comandos específicos inseridos na linha de
comando do programa.
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O processo de construção da estrutura naval virtual foi pensado em três seções principais e suas
partes: seção mestra, proa e popa. Assim como as figuras geométricas em si, o posicionamento
e encaixe de peças e seções foram todos por meio dos comandos devidos inseridos, que serão
detalhados no capítulo posterior.
Além de comandos de produção, o software possui algumas opções que facilitaram a construção
assim como visualização da forma geométrica, como por exemplo os layers (Figura 4.4) que
permitiram ativar/desativar as vistas das peças, mudar suas cores e outras propriedades.
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5. MODELAGEM GEOMÉTRICA SEÇÃO MESTRA
5.1. Elementos
Chama-se seção mestra a maior das seções transversais de um casco. A seção mestra se situa
coincidentemente com a seção a meia nau, ou muito próximo desta, na maioria dos navios
modernos, qualquer que seja o tipo. Em muitos navios modernos, e particularmente nos navios
mercantes de carga, certo comprimento da região central do casco é constituído por seções
iguais à seção mestra numa distância apreciável, quer para vante, quer para ré da seção a meia-
nau ou seção mestra; diz-se então que o navio têm formas cheias. Nos navios que têm formas
finas, a forma das seções transversais varia muito em todo o comprimento do navio a vante e a
ré da seção mestra (ARTE NAVAL, volume 1, 2002).
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FIGURA 5.2 – QUILHAS 2D
As quilhas foram feitas em 3D com o comando BOX que permite jogar os valores desejados de
todos os eixos (x,y,z) conforme o projeto pensado. O comando COPY permitiu reproduzir duas
peças iguais (Figuras 5.1 e 5.2).
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FIGURA. 5.4 – CAVERNAS 2D.
Primeiramente foi iniciado o formato da peça em 2D com o comando REC para fazer os dois
tipos de formatos de retângulos vazados da peça, seguido de LINE, as linhas que determinaram
os limites externos e internos da peça. Os cantos arredondados foram feitos utilizando FILLET
e as parte interiores em diagonais CHAMFER. Os retângulos foram posicionados através do
MOVE e repetidos com COPY. Para transformação em 3D a peça virou um objeto único através
do BOUNDARY, e EXTRUDE para dar profundidade a peça, e SUBTRACT nos retângulos
para furar e permitir a passagem das quilhas e hastilhas. O comando COPY permitiu reproduzir
seis peças iguais (Figuras 5.3 e 5.4).
As longarinas base foram feitas em 3D com o comando BOX que permite jogar os valores
desejados de todos os eixos (x,y,z) conforme o projeto pensado. O comando COPY permitiu
reproduzir quatro peças iguais (Figuras 5.5 e 5.6).
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FIGURA 5.8 – LONGARIAS LATERIAS 2D
As longarinas laterais foram feitas em 3D com o comando BOX que permite jogar os valores
desejados de todos os eixos (x,y,z) conforme o projeto pensado. O comando COPY permitiu
reproduzir seis peças iguais (Figuras 5.7 e 5.8).
18
FIGURA 5.10 – VAUS 2D
Primeiramente foi iniciado o formato da peça em 2D com o comando REC para fazer os
formatos de retângulos vazados da peça, seguido de LINE, as linhas que determinaram os
limites externos e internos da peça. Os retângulos foram posicionados através do MOVE e
repetidos com COPY. Para transformação em 3D a peça virou um objeto único através do
BOUNDARY, e EXTRUDE para dar profundidade a peça, e SUBTRACT nos retângulos para
furar e permitir a passagem das sicordas. O comando COPY permitiu reproduzir seis peças
iguais (Figuras 5.9 e 5.10).
19
FIGURA 5.11 – SICORDAS 3D
20
As sicordas foram feitas em 3D com o comando BOX que permite jogar os valores desejados
de todos os eixos (x,y,z) conforme o projeto pensado. O comando COPY permitiu reproduzir
seis peças iguais (Figuras 5.11 e 5.12).
A montagem foi feita respeitando as ordens das peças onde umas são apoios e encaixes para
as outras. Começou- se com o posicionamento aleatório das duas quilhas e com as distâncias
já definidas pelos furos (retângulos) das cavernas foram posicionados através do MOVE na
distância adequada as quatro longarinas bases (Figura 5.2.1).
Com a sessão mestra pronta foi feita uma última verificação através da aba de visualização de
vistas (FRONT, TOP, EW, SW, ETC) e também ORBIT e ZOOM IN para total certeza do
encaixe.
As seis cavernas foram posicionadas (Figura 5.2.2) com um distanciamento proporcional entre
si, respeitando a proporção do casco e a proporção do projeto e inspiração inicial. Foi utilizado
o comando MOVE para o posicionamento e também ROTATE e ROTATE 3D para que todas
peças se encaixassem na posição ideal.
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FIGURA 5.2.2- POSICIONAMENTO CAVERNAS
22
FIGURA 5.2.4 - POSICIONAMENTO SICORDAS
23
6. MODELAGEM GEOMÉTRICA PROA
6.1. Elementos
É a extremidade anterior do navio no sentido de sua marcha normal. Quase sempre tem a forma
exterior adequada para mais facilmente fender o mar (ARTE NAVAL, volume 1, 2002).
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As quilhas foram feitas em 3D com o comando BOX que permite jogar os valores desejados de
todos os eixos (x,y,z) conforme o projeto pensado. O comando COPY permitiu reproduzir duas
peças iguais (Figuras 6.1 e 6.2).
A caverna subsequente foi feita em tamanho menor com os mesmos comandos porém sua linha
exterior foi desfeita e produzida uma leve curva com o comando ARC, fromando assim hastes
mais arqueadas que acompanhe as hatilhas que possuem este formato.
As demais cavernas foram feitas apenas uma lateral e posteriormente acionado o comando
MIRROR que espelhou o mesmo formato em sentido oposto. Foi iniciada uma lateral em 2D
com o comando LINE que delimitou os limites externos, a base e começo do limite “interno”,
seguido do comando CHAMFER para as diagonais e retorno do LINE para finalização
respeitando os mesmos tamanhos dos retângulos da maior caverna para o encaixa das hastilhas
e finalizadas as maiores com uma linha horizontal e as menores com a linha vertical. O comando
COPY facilitou a criação da menor caverna em base da maior. Para transformação em 3D a
peça virou um objeto único através do BOUNDARY, e EXTRUDE para dar profundidade a peça
(Figuras 6.5 e 6.6).
Foi iniciado o formato de uma lateral peça em 2D com o comando REC para fazer os formatos
base de retângulos vazados da peça. Em seguida foi utilizado o comando POLYLINE pra fazer
a linha guia para a hastilha e auxiliado pelo SWEEPE para fazer o retangulo percorrer a
POLYLINE, seguidos do comandor MIRROR onde foi possível espelhar a peça exatamente
igual para seu lado oposto e formar a hastilha. Para transformação em 3D a peça virou um
objeto único através do BOUNDARY, e EXTRUDE para dar profundidade a peça. (Figuras 6.7
e 6.8). O comando COPY permitiu reproduzir três vezes as hastilhas.
Primeiramente foi iniciado o formato da peça em 2D com o comando REC para fazer os
formatos de retângulos vazados da peça, seguido de LINE, as linhas que determinaram os
limites externos e internos da peça. Os retângulos foram posicionados através do MOVE e
repetidos com COPY. Para transformação em 3D a peça virou um objeto único através do
BOUNDARY, e EXTRUDE para dar profundidade a peça, e SUBTRACT nos retângulos para
furar e permitir a passagem das sicordas. A segunda vau foi feita pelo comando REC com as
mesmas medidas das linhas da primeira vau (Figuras 6.9 e 6.10).
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FIGURA 6.12 – SICORDAS 2D.
As sicordas foram feitas em 3D com o comando BOX que permite jogar os valores desejados
de todos os eixos (x,y,z) conforme o projeto pensado. O comando COPY permitiu reproduzir
seis peças iguais (Figuras 6.11 e 6.12).
A montagem foi feita respeitando as ordens das peças onde umas são apoios e encaixes para as
outras. Começou- se com o posicionamento aleatório das longarinas e quilhas com as distâncias
já definidas pelos furos (retângulos) das cavernas foram posicionados através do MOVE na
distância adequada as quatro longarinas bases (Figura 6.2.1).
Com a proa pronta foi feita uma última verificação através da aba de visualização de vistas
(FRONT, TOP, EW, SW, ETC) e também ORBIT e ZOOM IN para total certeza do encaixe.
30
FIGURA 6.2.1 – POSICIONAMENTO DE QUILHAS E LONGARINAS.
31
Os mesmos comandos, MOVE, ROTATE e ROTATE 3D continuaram sendo utilizados e
auxiliados pelo PAN (mão de posicionamento) e ZOOM IN para verificação e aproximaçao do
trabalho, assim como o ORBIT permitiu girar a peça e ajudou também em todo processo de
encaixe das hastilhas, vaus e sicordas (Figuras 6.2.3 e 6.2.4).
É a extremidade posterior do navio. Quase sempre, tem a forma exterior adequada para facilitar
a passagem dos filetes líquidos que vão encher o vazio produzido pelo navio em seu movimento,
a fim de tornar mais eficiente a ação do leme e do hélice (ARTE NAVAL, volume 1, 2002).
7.1. Elementos
34
Primeiramente foi iniciado o formato da peça em 2D na caverna maior com o comando REC
para fazer os dois tipos de formatos de retângulos vazados da peça, seguido de LINE, as linhas
que determinaram os limites externos e internos da peça. Os cantos arredondados foram feitos
utilizando FILLET e as parte interiores em diagonais CHAMFER. Os retângulos foram
posicionados através do MOVE e repetidos com COPY. Para transformação em 3D a peça virou
um objeto único através do BOUNDARY, e EXTRUDE para dar profundidade a peça, e
SUBTRACT nos retângulos para furar e permitir a passagem das quilhas, hastilhas e longarinas.
As demais cavernas foram feitas seguindo o modelo da segunda mas em menor escola, atráves
do comando COPY foi possível copiar e retirar seu meio através do comando TRIM. Suas linhas
exterioriores produzidas através de uma leve curva com o comando ARC seguiram também o
padrão da caverna base. Para transformação em 3D de todas as peças, foram transfomadas em
um objeto único através do BOUNDARY, e EXTRUDE para dar profundidade a peça (Figuras
7.3 e 7.4).
Foi iniciado o formato de uma lateral da peça em 2D sendo utilizado o comando POLYLINE
pra fazer a linha guia para a longarina e auxiliado pelo SWEEPE para fazer o retangulo
percorrer a POLYLINE e formar a longarina. O comando MIRROR foi utilizado com a
marcação de centro adequada às cavernas para espelhar o outro lado da peça exatamente igual
mas sem encostrar as pontas. Para transformação em 3D a peça virou um objeto único através
do BOUNDARY, e EXTRUDE para dar profundidade a peça (Figuras 7.5 e 7.6).
36
FIGURA 7.8 – HASTILHAS 2D
Foi iniciado o formato de uma lateral peça em 2D com o comando REC para fazer os formatos
base de retângulos vazados da peça. Em seguida foi utilizado o comando POLYLINE pra fazer
a linha guia para a hastilha e auxiliado pelo SWEEPE para fazer o retangulo percorrer a
POLYLINE, seguidos do comando MIRROR foi utilizado com a marcação de centro adequada
às cavernas para espelhar o outro lado da peça exatamente igual mas sem encostrar as
pontas.Para transformação em 3D a peça virou um objeto único através do BOUNDARY, e
EXTRUDE para dar profundidade a peça (Figuras 7.7 e 7.8).
As sicordas foram feitas em 3D com o comando BOX que permite jogar os valores desejados
de todos os eixos (x,y,z) conforme o projeto pensado. O comando COPY permitiu reproduzir
seis peças iguais (Figuras 7.9 e 7.10).
Foram feitas três vaus de tamanhos diferentes mas as duas primeiras pelo mesmo processo:
primeiramente foi iniciado o formato da peça em 2D com o comando REC para fazer os
formatos de retângulos vazados da peça, seguido de LINE, as linhas que determinaram os
limites externos e internos da peça. Os retângulos foram posicionados através do MOVE e
repetidos com COPY.
A terceira vau foi feita pelo comando REC com as medidas proporcionais às das linhas da
primeira e segunda vau, porém não há retângulos de perfuração.
A montagem foi feita respeitando as ordens das peças onde umas são apoios e encaixes para as
outras. Começou- se com o posicionamento aleatório das quilhas com as distâncias já definidas
39
pelos furos (retângulos) das cavernas, que foram posicionados através do MOVE (Figura 7.2.1)
na distância adequada as quatro longarinas laterais (Figura 7.2.2).
Com a popa pronta foi feita uma última verificação através da aba de visualização de vistas
(FRONT, TOP, EW, SW, ETC) e também ORBIT e ZOOM IN para total certeza do encaixe.
40
Os mesmos comandos, MOVE, ROTATE e ROTATE 3D continuaram sendo utilizados e
auxiliados pelo PAN (mão de posicionamento) e ZOOM IN para verificação e aproximaçao do
trabalho, assim como o ORBIT permitiu girar a peça e ajudou também em todo processo de
encaixe da hastilha, vaus e sicordas, sempre respeitando a proporção entre as cavernas (Figuras
7.2.3 e 7.2.4).
Após todo processo de montagem das três partes essenciais (seção mestra, proa e popa) foi feita
a junção de toda a estrutura para formação do casco, através do comando MOVE que colocou
cada parte selecionada em seu devido lugar. O trabalho foi finalizado e verificado através da
aba de visualização de vistas (FRONT, TOP, EW, SW, ETC) e também ORBIT, assim como
ZOOM IN/OUT para total certeza do encaixe.
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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OLIVEIRA, J.L.P. Relatório I - Navio Petroleiro (VLCC). Rio de Janeiro: UFRJ, 2002.
Disponível em http://www.deno.oceanica.ufrj.br/deno/prod_academic/relatorios/ate-
2002/joaoluiz/relat1/relat-1.htm. Acessado em 20 de janeiro de 2017.
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