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Aula 1.

Prof.: Curt Max Á. Panisset


Panisset..

Sistemas dispersos

 Podem ser divididos em três tipos:


– Soluções: o disperso menor que 1nm (água e
NaCl - se o sistema estiver em equilíbrio nunca
vai haver separação).
– Colóides: o disperso entre 1nm e 1µm (água e
maisena - haverá separação se houver um longo
tempo hábil).
– Suspensão: o disperso é maior que 1µm (sílica e
água - decantação).

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Sistemas dispersos e a área superficial.

 Cubo de volume de 1 mm3: área de 6mm2.


 Mesmo volume de matéria, mas arestas de 1µm
(faixa dos colóides): área de 106 mm (ou seja
6m2).
 Ou seja,colóides apresentam uma área
superficial considerável. Sendo assim todos os
efeitos relativos à superfícies são muito
relevantes à descrição dos sistemas coloidais.

Tipos dos sistemas coloidais.


Fase Fase Dispersante Sistema Exemplos
Dispersa Disperso

Sólido Líquido Sol Argila em água

Líquido Líquido Emulsão Maionese

Gás Liquido Espuma Espuma

Sólido Sólido Sol sólido Rubi

Líquido Sólido Emulsão Sólida Pérola

Gás Sólido Espuma Sólida Pedra pomes

Sólido Gás Aerosol Sólido Fumaça

Líquido Gas Aerosol Líquido Névoa

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Estabilidade e comportamento

 Para que se possa determinar a estabilidade


do sistema coloidal, bem como seu
comportamento é relevante entendermos:
– Propriedades interfaciais.
– Interações partícula-dispersante.
– Interações partícula-partícula.

Interação partícula-dispersante

 Se há uma afinidade positiva entre o


disperso e o dispersante o primeiro vai
estabilizar o segundo, mantendo o sistema
coloidal. Neste caso temos um colóide liófilo.
 Se há uma afinidade negativa, o dispersante
atua no sentido de instabilizar o sistema.
Neste, temos um liófobo.

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Propriedades de sistemas liofóbicos:

 Decantação:
– Gravidade (Ex.: Lei de Stokes), Difusão e Interação entre
partículas.

 Envelhecimento:
– Tendência espontânea de redução de superfícies, re-
precipitação e reações químicas.

 Agregação:
– Aglomeração de partículas.

Sistemas dispersos e a carga residual

 O ato de dispersar a matéria em partículas


faz com que elas fiquem com uma carga
residual. Ex.: o experimento de Millikan.
 Substituição isomórfica
e defeitos cristalinas
também podem causar o
aparecimento de cargas.
 Adsorção de íons específicos.

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Possibilidades de distribuição de
carga .

 Os eletrólitos formam uma


camada em torno da
partícula e isso é o
suficiente para anular
suas cargas.
 Temos um gráfico do
potencial em função da
distancia da superfície a
partícula.

Possibilidades de distribuição de
carga .
 Os eletrólitos formam uma
camada em torno da partícula
mas isso não é o suficiente para
anular o potencial da superfície
das partículas.
 Surge então uma segunda
camada (difusa) até neutralizar a
carga da partícula.

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Possibilidades de distribuição de
carga .
 Os eletrólitos formam uma
camada em torno da partícula
e suas cargas são maiores
que as da partícula.
 Isso acaba gerando uma
segunda camada com íons
com a mesma carga da
partícula ou mesmo outras
partículas.

Possibilidades de distribuição de
carga .

 Neste ultimo caso os íons se


distribuem em torno da
partícula somente de forma
difusa.
 O tipo de comportamento
observado depende de como
é a interação entre as
partículas e os íons da
solução (adsorção,
quimissorção).

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Distribuição de cargas e a dupla
camada.

A concentração salina e o tipo de íon


também afeta o comportamento.

 Quanto maior a
salinidade menor a
eficiência da
estabilização.
 Quanto maior a carga do
íon menor a eficiência
da estabilização.
Qual curva corresponde a cada concentração?
Se as curvas representasse o comportamento
na presença de cátions de carga +1, +2 e
+3, qual seria a curva correspondente a
cada carga?

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Forças atuantes nestes sistemas

 Forças de repulsão.
 Forças de atração.
– Dipolo permanente.
– Dipolo permanente-dipolo induzido.
– Forças de dispersão (London)
 Ambas as forças perdem intensidade
rapidamente a medida que as partículas se
afastam.

Estabilidade de um colóide liófobo.

 Entender cada uma das


partes do gráfico.
 Flocular vs Agregar.
 Certos compostos
podem auxiliar na
formação da dupla
camada elétrica em torno
de partículas liofóbicas.

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Agregar vs Flocular (gel)

Tensão superficial:
 Interface, Superfície e Área de Contato.
 Como e porque ocorre.
 As interações entre as moléculas.
– No seio da solução.
– Na superfície.
 Configuração de mínima energia.

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Tensão superficial:

Molhabilidade:

 Ângulo de contato.
 Interação entre o líquido
e o sólido.
 Se as tensões
envolvidas na interação
do liquido com o sólido
diminuem, temos.
 Do contrario...

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Molhabilidade:

 A análise do que vai ocorrer pode ser feita


olhando-se a energia livre de cada um dos
componentes do sistema.
 Se ela for menor quando o sólido e o líquido
estão juntos então este líquido irá molhar a
interface.
 Caso contrário o sistema tentará minimizar
sua energia livre mantendo as partículas
sólidas sempre juntas minimizando o contato
entre as duas fases (ver figuras abaixo).

Molhabilidade:

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Molhabilidade:

Inverter a molhabilidade?

 Os surfactantes (Surface Active Agents).


 Como tratar o vidro para que ele não molhe.
 Uma rocha pode ser “molhavel” por que tipo
de fluido?
 Capilaridade.

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Capilaridade:

 Trabalho realizado pela dimi-


nuição da tensão interfacial.

 Capilaridade no reservatório.

 Menisco côncavo e o convexo.

Emulsões:

 Para termos uma emulsão


devemos ter dois líquidos
imiscíveis (polar e apolar).

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Fatores para formar um emulsão estável:

 É importante termos cisalhamento suficiente


para garantir gotas de tamanho pequeno e
uniforme .
 Gotas pequenas e uniformes geram
viscosidade e forças de gel.
 A lei de Stokes e a estabilidade de emulsões.
V = d2 (∆ρ) g / (18µ)

Fatores para formar um emulsão estável:

 Se aumentarmos a quantidade da fase


dispersa:
– Aumenta o tamanho das gotículas da fase
dispersa.
– Aumenta as chances de fusão das gotículas.
– Aumenta a viscosidade plástica da emulsão.
– Aumenta a quantidade de emulsificante exigido
para formar uma emulsão estável.
– Diminui a estabilidade da emulsão.

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Emulsificantes:

 Emulsificantes são detergentes e agentes molhantes


que, diminuindo a tensão interfacial entre as duas fases
líquidas, auxilia na estabilidade de uma emulsão.
– Facilita a formação de gotas menores.
– Forma uma camada em torno da gota ajudando a estabilizar a
emulsão.

Emulsificantes

 O balanço entre as forças do terminal hidrofílico e o terminal


lipofílico pode ser medido usando o balanço hidrofílico-
lipofílico (número HLB). O número HLB pode caracterizar a
funcionalidade de um surfactante.
 Emulsificantes de óleo em água possuem HLB altos e
emulsificantes de água em óleo, número HLB baixos. Os
agentes molhantes possuem número HLB intermediário

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• Defina o que é dispersão.
• Por que os fenômenos de interface são tão importantes
para descrever os colóides?
• O que é adsorção?
• Cite 3 fatores que influenciam a estabilidade de um
sistema coloidal.
• Qual a diferença entre o processo de agregação e
floculação?
• Se aumentarmos a proporção da fase dispersa o que
pode acontecer com a emulsão? Por que?
• Qual função de um emulsificante? Um emulsificante
pode desestabilizar uma emulsão?

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